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HISTÓRIA DA DIVISÃO EM HIPÓTESES

DO PARMÊNIDES DE PLATÃO

I. Divisões que colocam todas as hipóteses sob o mesmo plano e não

tratam do verdadeiro propósito do Parmênides.

1. Divisão em oito hipóteses:

Amélius

1ª Hipótese – um;
2ª Hipótese – intelecto;
3ª Hipótese – almas racionais;
4ª Hipótese – almas irracionais;
5ª Hipótese – matéria que possui uma disposição à participação nas formas;
6ª Hipótese – matéria ordenada;
7ª Hipótese – matéria pura;
8ª Hipótese – forma unida à matéria

 Crítica
▪ o número das hipóteses foi mal estabelecida: oito em vez de nove;
▪ a ordem de sucessão das realidades está incorreta, pois coloca a forma unida à
matéria depois da matéria ela mesma;
▪ apesar das críticas, essa divisão tem seus méritos;
2. Divisão em nove hipóteses:

2.1. Porfírio

1ª Hipótese – o todo primeiro deus;


2ª Hipótese – o plano inteligível;
3ª Hipótese – alma inteira;
4ª Hipótese – corpo ordenado;
5ª Hipótese – corpo sem ordem;
6ª Hipótese – matéria ordenada;
7ª Hipótese – matéria sem ordem;
8ª Hipótese – formas unidas à matéria, consideradas em seu assunto, tema (sujet);
9ª Hipótese – formas unidas à matéria, consideradas nelas mesmas;

 Crítica
▪ a partir da quarta hipótese, ele assume duas vezes as mesmas realidades;
▪ as realidades correspondentes às hipóteses não são todas verdadeiros princípios, ex.,
o corpo ordenado e muito menos o corpo sem ordem, e enfim a nona que teria por
objeto um princípio com existência conceitual e não real;

2.2. Jâmblico

1ª Hipótese – deus e os deuses;


2ª Hipótese – os intelectivos e os inteligíveis;
3ª Hipótese – seres superiores (anjos, demônios, heróis);
4ª Hipótese – almas racionais;
5ª Hipótese – almas de nível inferior;
6ª Hipótese – formas unidas à matéria;
7ª Hipótese – matéria;
8ª Hipótese - corpos celestes;
9ª Hipótese – corpos sublunares;

 Crítica
▪ ele coloca os seres superiores na terceira hipótese, mas ele são ou da ordem dos
intelectivos (segunda hipótese) ou da ordem das almas (quarta ou quinta hipótese);
▪ na oitava e nona hipóteses ele indica como ordem de realidades os seres que são
efeitos e não princípios;

3. Crítica geral às divisões de oito e nove hipóteses:

Não mostram que existem cinco+quatro hipóteses: as cinco primeiras como


consequência da existência do Um, estabelecendo a existência de todas as realidades; as quatro
últimas mostram que não existe nada se não existe o Um. O objetivo do Parmênides seria, assim,
mostrar que graças ao Um toda a realidade existe, mas sem o Um, nada existe. Por isso não se pode
nem colocar as hipóteses no mesmo plano, nem introduzir nas quatro últimas hipóteses ordem de
realidades novas.
II. Divisões que mostram o verdadeiro propósito do Parmênides:

1. Divisão em dez hipóteses, correspondentes dois a dois:

o filósofo de Rhodes:

1ª e 6ª Hipóteses: Um;
2ª e 7ª Hipóteses: intelecto e inteligível;
3ª e 8ª Hipóteses: seres conhecidos pelo racioncínio;
4ª e 9ª Hipóteses: formas do corpo;
5ª e 10ª Hipóteses: receptáculo do corpo (matéria);

 Crítica
▪ essa divisão mostra que as conclusões das hipóteses são às vezes verdadeiras, às
vezes absurdas;
▪ tem uma hipótese a mais que não serve de nada, pois se o Um não existe, não se
pode concluir nada senão sobre os outros do Um e não do Um ele mesmo, como se
faria na sexta hipótese dessa divisão;
2. Retorno à divisão em nove hipóteses

2.1. Plutarco de Atenas

Combinando o ensinamento dos antigos (nove hipóteses) e da


correspondência dois a dois (1+4+4), compreende o Parmênides
como inteiramente relativo aos princípios.

2.1.1 Se o Um existe, existe também:

1ª Hipótese – deus;
2ª Hipótese – intelecto;
3ª Hipótese – alma;
4ª Hipótese – formas unidas à matéria;
5ª Hipótese – matéria;

2.1.2. Se o Um não existe, não existem mais:

6ª Hipótese – seres sensíveis;


7ª Hipótese – todo objeto do conhecimento;
8ª Hipótese- os sonhos e as sombras;
9ª Hipótese – tudo que é inferior à imaginação orínica;

 Correspondência dois a dois entre as hipóteses: 2ª e 6ª; 3ª e 7ª; 4ª e 8ª; 5ª e 9ª;

 Sobre 2.1.1. Como se encontra na República e no Timeu a divisão dos seres divinos:
▪ 1ª Hipótese: deus = Bem além do ser (Rep. 509B)
▪ 2ª e 3ª Hipóteses: intelecto, alma = noeta (Tim. 28A)
▪ 4ª e 5ª Hipóteses = formas, matéria = aistheta (Tim. 28A)

 Sobre 2.1.2. Paralelo com a hierarquia dos seres na linha dividida da República VI,
509D:
▪ 2ª Hipótese: intelecto = noeta
▪ 3ª Hipótese: alma = dianoeta
▪ 4ª Hipótese: formas = aistheta
▪ 5ª Hipótese: matéria = eikhasta

2.2. Syrianos
Aqui apareceria uma exegese exata, completa e explicita.

 Progresso de Syrianos na exegese de Plutarco:


▪ ele reconheceu e distinguiu no plano inteligível todas as classes divinas;
▪ ele estabelece que o que é afirmado na segunda hipótese é negado na primeira para
caracterizar a sobre-eminência, sobre-elevação (suréminence) do primeiro deus;
▪ dado que toda causa separada engendra uma dupla multiplicidade (multiplicidade
separada e multiplicidade inseparada dos participantes), ele introduziu ao lado do
Um as henades que constituem a multiplicidade separada articulada ao Um (deve-se
distinguir entre as henades como realidade metafisicas e a identificação dos deuses à
henades, multiplicidade articulado ao Um que Proclus atribui a Syrianos);
▪ a segunda hipótese revela a multiplicidade separada das henades e em particular a
henade da alma divina, resultando que a terceira hipótese trata somente das almas
que procedem pela participação da alma divina;

 Divisão de Syrianos das hipóteses:

1ª Hipótese – o todo primeiro deus;


2ª Hipótese – as classes divinas;
3ª Hipótese – as almas procedentes da alma divina;
4ª Hipótese – seres unidos à matéria;
5ª Hipótese – matéria;
Resumo:

1. Parte-se da leitura plotiniana das três primeiras hipóteses em função das três hipóstases
principais;

2. Os discípulos de Plotino, Amélius e Porfírio, estenderam essa exegese ao conjunto das


hipóteses buscando a hierarquia completa de todas as ordens de realidades;

3. Com Jamblico, por começar a reconhecer as diferentes classes dos deuses nos objetos
visados pelas três primeiras hipóteses; e o filósofo de Rhodes, por ser o primeiro a perceber
a proposta verdadeira que presidiu a organização das hipóteses do Parmênides, e a
correspondência fundamental entre as cinco primeiras hipóteses e as quatro últimas;

4. Plutarco de Atenas e Syrianos, então, somente tiram as consequências dos resultados


propondo a exegese teológica definitiva das hipóteses de Parmênides, demonstrando a
dependência absoluta em relação ao Um, primeiro deus, de todas as ordens de realidades
divinas e sublunares;

5. Então, adotando pura e simplesmente essa teologia platônica, Proclus pôde sonhar em
compor seu tratado Teologia Platônica cujo projeto não poderia ter sido concebido antes;

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