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PARTE I
Marcos Referenciais Teóricos
Participação: Paradigmas, teorias, definições, representações e
significados
PARTE II
Análises Sobre Realidades Concretas
Cenário da Participação em Práticas de Gestão da Coisa Pública no
Brasil no Final do Milênio: as mudanças no caráter do
associativismo e nas políticas públicas
Antecedentes históricos
“A Comuna de Paris foi um governo de trabalhadores por dois meses na
França, em 1871. É considerada por muitos historiadores como a primeira
experiência histórica de autogestão operária por meio de conselhos populares”.
[...] (p. 66)
“Os sovietes russos nasceram em São Petersburgo em 1905”. [...] “Eram
organismos de classe, compostos por operários, soldados e intelectuais
revolucionários”. [...] “A tarefa mais avançada foi a direção de processos de
produção”. [...] (p. 67)
“Na Itália[...] Gramasci (1981) via os conselhos operários, especialmente
os conselhos de fábrica, como alternativas possíveis de participação, formas
modernas de organização, encontradas em condições de divisão do trabalho
avançadas, com a indústria e a urbanização desenvolvidas”. (p. 68)
“Na Espanha, os conselhos operários surgiram mais tardiamente, entre
1934-1937, associados ao anarco-sindicalismo,” [...] “A Federação Anarquista
Ibérica (FAI) criou as colunas, formação de voluntários para combate e para
disseminar suas ideias”. [...] (p. 68)
“Hungria, Polônia e Iugoslávia são os casos mais conhecidos de
conselhos operários e populares no pós-guerra”. [...] “Os conselhos foram
criados como estratégia de defesa, atuando nas fábricas, nos distritos, nas
municipalidades e nas províncias”. [...] (p 68)
Os conselhos populares
“Os anos 1980 Trouxeram de volta ao cenário político a temática dos
conselhos com nova polêmica. A conjuntura política do país demarcou o campo
de debate em torno de duas propostas: como estratégia de governo, [...] como
estratégia de organização de um poder popular autônomo,” [...] (p. 75)
“Os conselhos populares foram propostas dos setores da esquerda ou
de oposição ao regime militar, e surgiram com papéis diversos tais como:
organismos de movimento popular [...] organismos superiores de luta e de
organização popular, [...] organismos de administração municipal criados pelo
governo para incorporar o movimento popular ao governo, [...]” (p. 75)
“[...] Para os movimentos sociais, a constituição e participação em
conselhos poderia significar um momento de organização e direção das lutas
políticas dispersas e fragmentadas”. [...] (p. 75)
“Os Conselhos Populares de Saúde surgiram a partir da unificação de
movimentos reivindicatórios na área da saúde e do saneamento, atuantes
desde a década de 1970”. [...] (p. 77)