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Economia e Finanças Públicas p/ ICMS-RS - teoria e questões

Prof. Manuel Pinon

AULA 00

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Teoria e Questões
Prof. Manuel Piñon – Aula 00

AULA 00 – Aula Demonstrativa

Macroeconomia: conceitos básicos. Identidades Fundamentais (parte1).

SUMÁRIO PÁGINA
Apresentação 01
Informações sobre o curso 03
Análise do último edital 06
1 - Macroeconomia: Conceitos básicos 07
1.1 – Economia: a ciência da escassez 07
1.2 – Macroeconomia x Microeconomia 09
1.3 – Fluxo circular da Renda 11
2 – Identidades Fundamentais (parte 1) 15
2.1 – Economia Fechada, sem Governo e sem Formação
15
de Capital
2.2 – Economia Fechada, sem Governo, mas com
21
Formação de Capital
Lista das questões resolvidas e comentadas na aula 31
Gabarito das questões 34

Olá, meus amigos!

Vamos com tudo em busca da tão sonhada vaga nos concursos da


área fiscal. Essa é a hora!

É com imensa satisfação que passo a fazer parte dessa equipe de


excelentes professores, nesse projeto inovador que é o Concurseiro
Fiscal, com ensino especializado, completamente focado em
concursos da área fiscal.

Sejam muito bem vindos ao curso de Economia e Finanças Públicas


para concurso ao cargo de Agente Fiscal do Tesouro do Estado do Rio
Grande do Sul (ICMS/RS) !!!

Nossa proposta terá o seguinte foco: a abordagem completa da


matéria.

No entanto, não vamos nos desviar dos elementos que devem nortear
o aprendizado eficaz: apresentação dos temas em uma sequência
didaticamente elaborada, com abordagem simples, clara e objetiva.

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Nessa linha, o nosso objetivo aqui é detalhar os itens do conteúdo


programático, de tal forma que você conheça profundamente a
matéria e chegue à prova com bastante segurança.

Apresentação do Professor

Antes de iniciar os comentários sobre o nosso curso, gostaria de fazer


uma breve apresentação pessoal.

Sou Administrador de Empresas com especilalização em Finanças pela


Fundação Getúlio Vargas-FGV e Auditor Fiscal da Receita Federal do
Brasil, aprovado no concurso nacional de 2009/2010. Atuei
inicialmente na Área de Arrecadação e Administração Tributária,
passando pelo setor de Planejamento e Controle da Atividade Fiscal
até chegar à atividade de Fiscalização propriamente dita,
especificamente na fiscalização do Imposto de Renda Pessoa Física.
Porém, antes de tomar posse no meu atual cargo, eu já o havia
exercido anteriormente entre 1999 e 2001. É que fui aprovado no
concurso de para Auditor Fiscal da Receita Federal (na época AFTN)
de 1998, e, após 2 anos de exercício na atividade de fiscalização de
empresas da Região Norte do país, recebi e aceitei um convite para
voltar a trabalhar na iniciativa privada em minha cidade: Salvador.
Após alguns anos na área privada, vivendo momentos de alta
satisfação alternados com momentos de insatisfação, resolvi voltar a
estudar para concursos públicos em 2006. Essa fase foi muito difícil.
Eu tinha uma jornada dura, mas tinha que ser discreto, já que
trabalhava e estudava muito, mas sem “poder dar muita bandeira”
dessa dupla jornada. Sei que muitos de vocês vivem situações
parecidas, mas acreditem que essa situação é transitória. No meu
caso, fui recompensado com a aprovação para o cargo de Analista de
Finanças e Controle – AFC da Controladoria Geral da União – CGU no
ano de 2008.
Entretanto, mesmo já trabalhando em bom cargo e com um excelente
ambiente de trabalho na CGU, eu não me acomodei. Continuei com
meus estudos rumo ao sonho de voltar a ser Auditor Fiscal da Receita
Federal, que, como já dito, pode ser realizado com a aprovação no
concurso de 2009/2010.

É isso meu amigo! Espero dividir com você a experiência adquirida ao


longo da minha preparação, pois sei exatamente o que se passa “do
outro lado”: as angústias, as expectativas, as dificuldades, mas
também os sonhos. Não se esqueçam que são os sonhos que nos
movem. Acredite e se esforce ao máximo. Esse é o segredo!

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Bom, feitas às apresentações iniciais, passemos à proposta do nosso


curso.

Informações sobre o curso

1. Divisão das aulas


Nosso curso será ministrado ao longo de 13 aulas, incluindo esta aula
demonstrativa, de acordo com o cronograma abaixo:

AULA ASSUNTO DATA


Macroeconomia: conceitos básicos. Identidades
Aula 00 fundamentais (parte 1) 04/04/2014

Macroeconomia: identidades fundamentais (parte


Aula 01 2), formas de mensuração do Produto e da Renda 14/04/2014
Nacional.

Moeda: criação e destruição de moeda,


Aula 02 multiplicador dos meios de pagamento, objetivos e 24/04/2014
instrumentos de política monetária.

Aula 03 Regimes Cambiais. 05/05/2014

Inflação e Estabilização:metas de inflação, déficit


Aula 04 14/05/2014
público, seignorage, indexação

Estrutura e funcionamento do Sistema Financeiro


Aula 05 23/05/2014
Nacional. Mercado de Renda Fixa.

Mercado de Renda Variável. Introdução aos


Aula 06 03/06/2014
Derivativos: opções, swaps e futuros.

Finanças Públicas: objetivos, metas, abrangência e


definição. Funções do Estado; evolução das
Aula 07 13/06/2014
funções do Governo; o financiamento dos gastos
públicos: tributação e equidade

A função do bem-estar; políticas alocativas,


distributivas e de estabilização. Instrumentos e
Aula 08 recursos da economia pública (política fiscal, 23/06/2014
regulatória e monetária). Hipóteses teóricas do
crescimento das despesas públicas

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Financiamento dos gastos públicos – tributação e


equidade; incidência tributária. Princípios teóricos
da tributação; tipos de tributos: progressividade,
regressividade e neutralidade; teoria da tributação
ótima. Receita orçamentária: classificação,
Aula 09 estágios (etapas) da receita, regime de execução 03/07/2014
orçamentária, os recursos orçamentários,
deduções da receita orçamentária. Despesa
orçamentária: classificação da despesa
orçamentária sob seus diversos enfoques, estágios
(fases) da despesa orçamentária.
Orçamentação pública: a perspectiva
multifacetada do orçamento público; orçamento
público e parâmetros da política fiscal. Orçamento
público: conceitos e princípios orçamentários,
Aula 10 11/07/2014
tipos de orçamento, técnicas de elaboração
orçamentária. Orçamento e gestão das organizações do
setor público: características básicas de sistemas
orçamentários modernos.
Ciclo orçamentário. Créditos adicionais: conceito,
tipos, requisitos para abertura, fontes de recursos,
incorporação ao orçamento. Conceito de déficit
público; financiamento do déficit; sustentabilidade
Aula 11 da política fiscal. Crédito público: fonte alternativa 21/07/2014
de financiamento das despesas públicas; pressão
do crédito público sobre o mercado financeiro e
monetário; limites do crédito público. Economia da
dívida pública.
Reforma do Estado (Reforma Administrativa e
Reforma Previdenciária). Economia do setor
público no Brasil – experiências recentes. Política
fiscal: equilíbrio orçamentário; estabilização da
moeda; pleno emprego; desenvolvimento
econômico; redistribuição da renda.Federalismo
fiscal: políticas e critérios de distribuição de
receitas e encargos entre esferas de governo.
Aula 12 Tópicos da Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei 29/07/2014
Complementar Federal 101/00): princípios,
objetivos, efeitos no planejamento e no processo
orçamentário; limites para despesas de pessoal;
limites para dívida; “regra de ouro” (Constituição
Federal, art. 167, III); renúncia de receita;
geração de despesas; transferências voluntárias:
conceito, requisitos; destinação de recursos para o
setor privado: requisitos, vedações.

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2. Metodologia utilizada

A nossa metodologia será aplicada inicialmente com o


desenvolvimento da teoria, considerando que o aluno nunca estudou a
matéria, intercalando essa teoria com questões comentadas à medida
que os temas forem sendo apresentados, de modo a unir a teoria e a
prática de prova, fazendo que você tenha uma visão completa do
assunto.
Isso ajuda muito na preparação, eis que o estudo somente da teoria
pode se tornar cansativo, com muitos detalhes e termos técnicos que
acabam por confundir o aluno.
No intuito de facilitar o aprendizado, as questões serão selecionadas
de modo que a teoria seja bem entendida e fixada após a sua
resolução.
No final de cada aula, essas mesmas questões serão listadas, para
que você as resolva e proceda à correção pelo gabarito também
apresentado ao final, podendo tirar suas dúvidas por meio dos
comentários já apresentados.
As questões utilizadas no nosso curso são de autoria de diversas
bancas retiradas de provas de concursos anteriores.
Usaremos uma linguagem simples, para você se sentir em “de sala de
aula” e criar uma empatia com a matéria, mas não esqueceremos
também do “economês”, pois são os termos técnicos que caem em
prova.
Pela apresentação das aulas com os assuntos a serem abordados, já
deu para notar que o conteúdo é grande, mas para facilitar a sua vida
nosso curso abordará toda a teoria e inúmeros exercícios comentados,
com foco direcionado para o seu concurso.
Mas não posso deixar de cientificá-los que a última prova, a do
concurso de 2009, exigiu um conhecimento da matéria relativamente
avançado. Outra observação importante em relação à prova anterior é
que a maior parte das questões cobrou o conhecimento teórico da
matéria (em detrimento das questões de cálculo). No entanto nada
garante que a Banca procederá da mesma forma, podendo incluir
mais questões envolvendo cálculos. Destaco também que as formulas
e gráficos apresentados também ajudam no entendimento da teoria.

3. Suporte

Por fim, futuro colega Fiscal, informo que o nosso estudo não se limita
à apresentação das aulas ao longo do curso. É mais do que natural
que você tenha dúvidas, mas elas não podem permanecer até o dia

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da prova, não é mesmo? Então, estarei sempre à disposição para


responder aos seus questionamentos através do fórum de cada aula.
Todos têm dúvidas. Errar é comum, quando se está tentando
aprender. O que não pode acontecer é você guardar sua dúvida ao
invés de expor a sua dificuldade. Livre-se das dúvidas! Elas não lhe
pertencem!
Conte comigo!
Nada será mais gratificante para mim do que receber um e-mail
trazendo a notícia da sua aprovação.

Análise do último edital

Feitas as considerações sobre o conteúdo programático, a distribuição


das aulas, a atenção especial que se deve dar ao estudo de Economia,
analisemos agora com que proporção a matéria de Economia e
Finanças Públicas foi exigida no último concurso (2009). Vale destacar
que a Banca na época foi a FUNDATEC (www.fundatec.com.br).
Para o cargo de Auditor Fiscal, a matéria teve 20 questões de peso 1,
ou seja, 20 pontos de um total de 240 pontos, o que corresponde a
8,33 % da prova. Isso mesmo, quase 10% dos pontos!
E detalhe, para que o candidato não fosse eliminado teria que acertar
no mínimo 10 questões. Isso mesmo! Mínimo de 50%!
Praticamente tivemos metade das questões envolvendo assuntos de
Economia e a outra metade com assuntos de Finanças Públicas.
Isso nos leva a perceber a importância dessa matéria no concurso.
Não podemos vacilar. São muitos pontos em jogo que só dependerão
de nós!
Assim, analisados todos os itens que nortearão o nosso curso, vamos
ao que interessa!!!

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1.Macroeconomia : conceitos básicos

1.1 Economia : a ciência da escassez

Vamos começar pontuando alguns conceitos econômicos gerais e


em seguida vamos entrar nos conceitos básicos da
Macroeconomia que servirão para um melhor embasamento teórico
necessário ao bom entendimento dos assuntos tratados ao longo do
curso.
O nosso objetivo hoje nessa aula 00 é sedimentar alguns conceitos,
evoluir no entendimento da matéria, criar uma base para o resto
curso. Ao final dessa aula quero ver tanto eu quanto você com uma
sensação boa, de que estamos no caminho certo.
Um dos princípios fundamentais da Economia é a chamada lei da
escassez que nos diz que os recursos são escassos, mas as
necessidades são ilimitadas. Ou seja, as necessidades humanas
são ilimitadas, enquanto que os recursos necessários à produção dos
bens capazes de satisfazer a essas necessidades são escassos
(existem em quantidades limitadas). A Economia é chamada então
por muitos como a ciência da escassez!
As necessidades humanas variam desde as mais elementares, tais
como comida, moradia, etc, até as mais sofisticadas, tais como
assistir a um concerto de música clássica em Viena, fazer uma
cirurgia plástica ou obter determinado conhecimento
especializadíssimo (imagine alguém que faz um curso que aborda a
reprodução das girafas na África Oriental).
Essas necessidades humanas são consideradas infinitas,
basicamente, por dois motivos principais:
a) Porque se renovam dia a dia, exigindo contínuo suprimento de
bens para atendê-las (por exemplo, alimentação, vestuário,
transporte, etc);
b) Porque tendem a seguir uma escala de sofisticação: a cada dia
surgem novos desejos e novas necessidades, motivadas pelas
perspectivas de aumento do padrão de vida da sociedade (por
exemplo, os “smart phones” e seus aplicativos, carros automáticos,
roupas da moda, etc).
Para suprir à inúmera quantidade e diversidade de desejos humanos,
é preciso que sejam produzidos certos bens. Entende-se o conceito
de bem de uma forma ampla, sendo tudo aquilo capaz de atender a
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uma necessidade humana. Os bens podem ser materiais (quando é


possível atribuir-lhes características físicas, tais como tamanho, forma
e cor) e imateriais (os chamados bens intangíveis como, por exemplo,
os diversos tipos de serviços).
A produção dos bens, por sua vez, exige o uso de certo conjunto de
recursos, os chamados fatores de produção, que usualmente são
classificados em três grandes grupos:
a) O fator de produção “Terra”, incluindo o solo e as diversas riquezas
naturais: minérios (incluindo o petróleo), florestas, recursos hídricos,
etc);
b) O fator de produção “Trabalho”, representado pela força de
trabalho humano, seja ele físico ou intelectual;
c) O fator de produção “Capital”, que corresponde às máquinas,
equipamentos, ferramentas, instrumentos, infra-estrutura, enfim,
bens que foram produzidos anteriormente e que continuam a ser
utilizados durante algum tempo para a produção de outros bens.
Mais adiante vamos falar de novo desses 3 grupos de fatores de
produção!
Aqui é importante destacar que, num dado momento, toda sociedade
possui um estoque limitado desses recursos ou fatores de produção.
Isto significa que não é possível produzir uma quantidade infinita de
bens, porque os recursos são limitados.
Assim, surge o problema econômico da escassez: de um lado, as
necessidades humanas são ilimitadas; de outro, os recursos/fatores
de produção que devem ser utilizados para produzir os bens – que
irão atender a essas necessidades - são limitados.
Conclui-se, meu caro amigo, que não é possível produzir todos os
bens de que a sociedade necessita, mas é possível utilizar os recursos
da melhor maneira possível, para produzir o máximo de bens e desse
modo atender ao maior nível possível de necessidades. Isso nos leva
a uma das idéias-chave na Economia, que é a idéia da eficiência:
maximizar a produção de bens e serviços, dadas as restrições
colocadas pela quantidade limitada de fatores de produção.
Assim, a sociedade como um todo se organiza de modo a tentar
produzir os bens e serviços de forma eficiente, ou seja, empregando
de forma racional os recursos disponíveis, visando otimizar (melhorar)
seus resultados, maximizando (aumentando) o nível de bem-estar da
população. Nesse contexto, a Economia se apresenta como a ciência
social que se ocupa da administração dos recursos escassos entre
usos alternativos e fins competitivos.

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1.2 Macroeconomia X Microeconomia

A Economia, especificamente o estudo da Ciência Econômica, para


fins didáticos, divide seu campo de atuação em 2 áreas específicas
principais:
A Microeconomia – que estuda o comportamento das unidades
produtivas (empresas ou firmas), dos indivíduos, de determinados
mercados, etc. Pertence ao campo da Microeconomia, por exemplo, o
estudo de um determinado mercado, as causas do desequilíbrio entre
oferta e procura (se os preços estão altos ou baixos, por exemplo), os
tipos de mercado (por exemplo, se ocorre monopólio ou se existe a
concorrência perfeita), etc;
E a Macroeconomia – que estuda o comportamento dos grandes
agregados econômicos de forma global: Produto Interno Bruto (PIB),
inflação, desemprego, etc.
Uma forma simples de melhor definir essas 2 áreas é fazendo-se uma
comparação entre ambas, caso o objeto de estudo fosse, por
exemplo, a nossa maravilhosa Floresta Amazônica. Assim, enquanto a
Microeconomia se ocuparia apenas do estudo de determinada árvore
ou tipo de árvores, a Macroeconomia teria como objeto de atuação o
estudo da floresta como um todo, de uma forma ampla.

Galera, isso já caiu em prova! Vejam uma questão da ESAF:


01) ESAF -APO/MPOG – 2010 adaptada

Julgue a afirmativa abaixo:


A macroeconomia trata os mercados de forma global.

Comentários

Alguma dúvida?
GABARITO: CERTO, claro! Como dito acima a Macroeconomia estuda
o comportamento dos grandes agregados econômicos de forma
global.

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Em seguida, mais uma questão que aborda o campo de estudo da


Macroeconomia:

2) CESGRANRIO/BNDES/Biblioteconomia/2013

Macroeconomia é o estudo da estrutura de economias nacionais e das


políticas econômicas exercidas pelos seus governos, com o objetivo
de melhorar o desempenho econômico doméstico.

NÃO se considera como uma questão pertencente ao ramo da


Macroeconomia aquela que:

a) causa desemprego.
b) causa aumento de preços.
c) causa o desequilíbrio entre oferta e demanda de produtos.
d) causa volatilidade da atividade econômica de uma nação.
e) determina o crescimento econômico de uma nação ao longo do
tempo.

Comentários

Bem pessoal, com exceção da letra c), todas as demais alternativas


tratam de temas ligados ao campo de atuação da Macroeconomia. A
preocupação com a causa de um desequilíbrio entre oferta e procura
de determinados produtos está inclusa na área Microeconômica.
Não vamos entrar nos conceitos de Microeconomia, pois em nosso
edital apenas é cobrada a Macroeconomia. Sem dúvida, para fins de
concurso público na área fiscal, geralmente a predominância maior é
da Macroeconomia. Então vamos entender melhor a Macroeconomia,
ok?

Como já dito, a Macroeconomia trata do estudo dos agregados


econômicos, de seus comportamentos e das relações que guardam
entre si. Aqui o objetivo é avaliar o desempenho da economia no
sentido de satisfazer as necessidades da sociedade como um todo
(por isso fizemos aquela introdução da economia como ciência da
escassez).

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Um dos aspectos fundamentais da Macroeconomia – que iremos


destacar no estudo para o nosso concurso - é a avaliação do
desempenho econômico. Para avaliar qualquer coisa precisamos
medir. E em economia, como é que se mede? E outra coisa, medir o
quê?
Calma!
O objetivo aqui é medir a quantidade total de bens e serviços que
estão sendo disponibilizados à sociedade como um todo, e verificar as
relações econômicas que estão na base desse processo produtivo.
A Macroeconomia nos fornece um conjunto de variáveis que permitem
saber se a economia de um país, por um período ou num certo
momento, está “crescendo” ou está em “recessão”, se existe
“desemprego de fatores” ou “pleno emprego”, como está o “nível
geral de preços”, etc... Assim, o ponto de partida é medir o
desempenho da economia através de algum indicador.
Normalmente se utilizam os agregados macroeconômicos
denominados Produto, Renda e Despesa para mensurar o nível de
atividade econômica de um país, de uma região ou cidade.
Nas próximas etapas vamos discutir como se chegar a essas medidas
da atividade econômica.

1.3 Fluxo Circular da Renda

A Macroeconomia parte do princípio de que existem dois grandes


mercados (economia a 2 setores):

a) O Mercado de Bens e Serviços, correspondente à compra e venda


dos diversos bens produzidos (bebidas, roupas, aparelhos celulares,
etc.) e dos diversos serviços (banda larga, planos de saúde, cursos
para concursos, transportes, etc) para satisfazer aquelas necessidades
humanas (na verdade não só humanas ... o mercado para “pets” é
gigante ...).

Nesse mercado, as firmas (lembram que falamos das unidades


produtivas/empresas, mas aqui também entram os prestadores de
serviço que atuam como autônomos como, por exemplo, o dentista, a
manicure, etc.) ofertam bens e serviços aos indivíduos (ou famílias);

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Uma definição bem básica que gosto muito para conceituar o que
significa a palavra mercado em economia é “o lugar onde oferta e
procura se encontram”. Assim, nesse mercado, as firmas (lembram
que falamos das unidades produtivas/empresas, mas aqui também
entram os prestadores de serviço que atuam como autônomos como,
por exemplo, o dentista, a manicure, etc.) ofertam bens e serviços
aos indivíduos/famílias que representam a procura (também
chamada de demanda);
Portanto, nós, consumidores, procuramos bens e serviços para
satisfazer nossas necessidades que são o ofertados/produzidos por
empresas. Esse é o primeiro mercado objeto do nosso estudo.
Pode aparecer em prova a expressão “economia a 2 setores”,

b) O Mercado de Fatores de Produção, correspondente à compra e


venda daqueles 3 grupos de fatores de produção, lembram ?
Recapitulando: terra e recursos naturais, trabalho e capital. Nesse
mercado, os indivíduos ofertam os fatores de produção às firmas.
“Mas como assim professor?”
Meu amigo, você quer consumir, não quer? E o que você faz para
poder comprar aqueles bens e serviços e ter suas necessidades
satisfeitas? Trabalha! Ou vai trabalhar depois que passar nesse
concurso, certo. Bom esse então é o fator de produção trabalho!
“E os outros 2 grupos de fatores de produção?”
Calma!
Vamos falar do fator de produção terra. Imagine que você acabou de
receber de herança uma fazenda de soja na cidade de Barreiras –
Bahia. Você não pretende mudar para lá, pois está estudando e será
aprovado em nosso concurso para morar no Rio Grande do Sul, certo?
E aí, o que fazer com a fazenda? Aí você lembra de um primo gaúcho
que se mudou para Barreiras e hoje é um grande produtor de soja por
lá. Está resolvida a questão: você então aluga ou arrenda a sua
fazenda para a empresa produtora de soja do seu primo! Então você,
indivíduo, ofertou seu fator de produção terra para uma firma!

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Vamos agora visualizar tudo isso que nós conversamos até agora! É
com prazer que lhes apresento o famoso e não menos importante:
Fluxo Circular da Renda!

Esse esquema representa um Fluxo Circular da Renda Simplificado ao


máximo, elemento fundamental para se compreender o
funcionamento macro de um determinado sistema econômico.
Vamos lembrar que de um lado estão os indivíduos/famílias, que são
os proprietários da força de trabalho, da terra, dos recursos naturais,
das máquinas, equipamentos, entre outros, que precisam ser
utilizados pelas empresas/firmas no seu processo de produção. Assim,
na parte superior da figura, vemos o que acontece no mercado de
bens e serviços
Por sua vez, do outro lado, as firmas compram o uso dos fatores de
produção dos indivíduos, no mercado de fatores. Na figura, essas
transações são representadas pelas linhas da parte inferior do quadro.
Aí já sei o que você deve estar pensando ...”Professor, até aqui beleza
... mas cadê a tal da renda ?”
Vamos lá!
Para evitar o “decoreba” de setas indo com $ e voltando com outra
coisa e vice-versa, vamos mastigar isso e entender definitivamente,
certo?
Imagine agora o seguinte: Quem oferta/produz/vende uma coisa quer
o que em troca? Isso mesmo, dinheiro! E quem
procura/demanda/compra/consome uma coisa tem que dar o que em
troca? Dinheiro também!
Vamos combinar uma coisa? Em prova de concurso não se usa muito
o termo dinheiro, mas sim unidade monetária, $ ou moeda (Reais,
Dólares, Euros, etc.). Então vamos chamar esse fluxo de dinheiro de

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fluxo monetário, onde ocorrem as transações monetárias, os


pagamentos e recebimentos.
Mas sei que você está louco para visualizar isso na forma de fluxo,
monetário não é? Então aí vai o fluxo monetário:

Assim, nessa figura acima, os sentidos das setas indicam para onde o
fluxo monetário segue. Na parte de baixo as famílias recebem
dinheiro das empresas por terem oferecido fatores de produção. E na
parte de cima, as empresas recebem dinheiro por terem fornecido
bens e serviços, produzidos pelas firmas e colocados à disposição dos
indivíduos, que em troca pagam por esses bens e serviços, gerando a
contrapartida monetária da produção.
Lembro a vocês novamente que esse modelo aqui exposto é uma
simplificação, pois ainda não incorpora outros setores importantes tais
como o Governo e o Setor Externo. Para facilitar o seu entendimento,
estamos partindo de um modelo restrito, mais básico, para chegar a
um modelo mais sofisticado e mais próximo da realidade.
Por enquanto, vamos admitir que só existem esses dois “setores” na
economia: as firmas e os indivíduos. Esse modelo corresponde ao que
se chama normalmente de “Economia Fechada e Sem Governo”
(“fechada” porque não existem, no modelo considerado, transações
com o exterior, como importações e exportações; e “sem Governo”
porque não existem, no modelo considerado, os gastos públicos ou
impostos). Gradativamente iremos adicionando essas variáveis, até
chegarmos à “Economia Aberta e Com Governo”.

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2 . Identidades Fundamentais

2.1 Economia Fechada, SEM Governo e SEM Formação de


Capital

Relembrando, nessa economia fictícia e simplificada, existem apenas


o setor “firmas” e o setor “indivíduos”. Vamos agora nos aprofundar
um pouco mais nessa economia e imaginar como ficam outros
componentes econômicos nesse modelo, seguindo determinadas
premissas (condições). Tudo tranqüilo até aqui?
As premissas são:
• os preços dos diversos bens e serviços são constantes (ou seja,
não existe inflação nem deflação);
• a economia é estacionária (ou estagnada), ou seja, sua
capacidade produtiva total (relativa ao máximo de bens e
serviços que é possível produzir) não se expande – não há
crescimento econômico, nem recessão;
• não existe, por enquanto, formação de capital, isto é, poupança
e investimento.
Se somarmos todos os bens e serviços finais produzidos pelas
empresas durante certo período de tempo (normalmente durante um
ano) teremos o valor do Produto:

Produto = Σ(pi.qi)

Produto = Somatório de Preço x Quantidade

Onde “pi” representa o preço do bem ou serviço “i” e


“qi” representa as quantidades do bem ou serviço “i”.

Isso significa que no cálculo do Produto temos que somar o valor


monetário da produção dos diversos bens e serviços:

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Produto = (preço do Arroz x quantidade do Arroz) + (p açúcar x q


açúcar) + (plivro x qlivro) + (pcomputador x qcomputadore
+pgeladeira.qgeladeiras +.....

Repare que estamos falando de “Produto” como um agregado, um


somatório de todos os bens e serviços gerados pelo nosso sistema
econômico simplificado num certo período de tempo.
Essa noção é fundamental, pois em Macroeconomia estaremos todo o
tempo falando dos Agregados Macroeconômicos, ou seja, medidas
que correspondem a totais globais, somatórios de toda a economia.
O Produto é um dos principais agregados macroeconômicos, ao
lado da Renda e da Despesa (ou Dispêndio), os quais serão
analisados mais adiante.

Outro ponto que Vale aqui destacar é o sentido do conceito de


agregação de valor. Agregar aqui também tem a ver com a idéia de
que a soma das partes é menor do que o todo. Um bom exemplo é o
setor automobilístico. Nele, certamente, a soma das peças de um
carro tem valor inferior ao valor vendido pelas montadoras, que além
do seu lucro também agregam os próprios serviços/custos de
montagem.

Mas atenção, muita atenção!!!!!!!!

Só entram no cálculo do Produto os bens finais, isto é, os bens que


não serão mais transformados em outros bens. Isso para evitar o
problema da dupla contagem.

Vamos explicar: no cálculo do Produto levamos em consideração


todas as vendas de bens e serviços realizadas pelas empresas durante
certo período de tempo. No entanto, muitas dessas vendas acontecem
entre as próprias empresas, pois alguns bens e serviços se constituem
em insumos para outros bens e serviços. Tais insumos são chamados
bens intermediários e não podem ser computados no cálculo do
Produto, pois senão causarão o problema da dupla (ou tripla, ou tetra,
etc.) contagem.
Assim, no cálculo do Produto, vamos considerar, por exemplo, o valor
da produção de iogurte de morango, mas não podemos somar
novamente o valor da produção do leite, do açúcar, do morango, da
embalagem, etc, senão estaríamos somando várias vezes os mesmos
valores. O valor da produção de iogurte de morango (bem final) já

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contém embutido o valor dos insumos intermediários e matérias-


primas utilizadas em fases anteriores do processo produtivo.

Vamos ver como isso já caiu em prova?

3) CESPE - ACE (TC-DF)/TC-DF/2012


A respeito de macroeconomia, julgue o item subsequente.

O produto interno bruto de um país hipotético que produza somente veículos


automotores será a soma do valor da produção dos veículos, dos pneus, dos
motores automotivos e de todos os demais componentes desses veículos.

Comentários

Fácil ou difícil?

Mesmo sem saber ainda o conceito de PIB – Produto Interno Bruto, já


dá para acertar a questão. A afirmativa está errada, pois não leva em
consideração que os valores da produção dos bens intermediários não
devem ser somados ao valor final dos bens finais para evitar a dupla
contagem. Assim, se somarmos ao valor da produção dos veículos os
valores das suas peças, incorreríamos em dupla contagem, pois no
valor final do veículo já foram computados os valores dos pneus, dos
motores e de todos os seus componentes.

Em seguida, outra questão que trata de Produto:

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4) Fumarc – Pref. Gov. Valadares 2010

O Produto Interno Bruto de uma economia inclui milhares de bens e


serviços produzidos, tais como maçãs, carros, fogões, etc. Dada a
diversificação na produção de bens e serviços:

a) as estimativas do Produto Interno Bruto devem ser expressas


em unidades físicas;
b) torna-se impossível calcular o valor da produção do país;
c) as estimativas do Produto Interno devem ser necessariamente
expressos em unidades monetárias;
d) as estimativas do Produto Interno podem ser expressos tanto
em unidades monetárias quanto em unidades físicas.

Comentários

Galera, como disse na questão anterior, eu sei que ainda não vimos o
conceito de PIB – Produto Interno Bruto. Mas acabamos de ver o
conceito de Produto, certo? Então lhes digo, essa questão vocês
podem responder tranqüilamente apenas com o conceito de Produto.
Lembram que o Produto é aquele somatório dos bens e serviços finais
produzidos/gerados em uma economia num determinado período?
Lembram que necessariamente o Produto é expresso em unidade
monetária? Até porque você não teria como somar, por exemplo, a
produção de banana com o serviço de publicidade, não é mesmo?
Para isso você precisa de uma unidade de medida monetária. Assim
só nos resta a letra c.
GABARITO: letra C.

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Voltando a nossa teoria, lembram que para gerar o Produto durante


certo ano, as firmas necessitam adquirir fatores de produção, e para
usar esses fatores, as empresas necessitam remunerar os
proprietários dos mesmos, que são os indivíduos. O total de
pagamentos que as firmas fazem aos indivíduos, pelo uso dos fatores
de produção, é o que chamamos de Renda:

Renda = w + j + a + l

Onde:

•w = Salários (remuneração do fator de produção "Trabalho”);


• j = juros (remuneração do fator de produção “Capital” na forma
monetária);
• a = aluguéis (remuneração do fator de produção “Terra”);
• l = lucros (remuneração do fator de produção “Capital”, este na
forma de máquinas e equipamentos utilizados no processo produtivo).

Observe que neste modelo os lucros representam uma espécie de


“custo” para as empresas, na medida em que correspondem a valores
que as mesmas devem pagar aos acionistas (indivíduos ou famílias).

Se as empresas de nosso país hipotético, “simplificadópolis”, durante


o ano de 2013, por exemplo, produziram bens e serviços num total de
$ 100 milhões (100 milhões de unidades monetárias), isto significa
que tais firmas precisaram, durante todo o ano, utilizar fatores de
produção e (como sabemos) para isso tiveram que remunerar os
proprietários de tais fatores, de forma que a soma de todos os
salários, aluguéis, lucros e juros também totalizaram $ 100 milhões.
Temos então uma identidade macroeconômica como abaixo:

Produto = Renda

Conclui-se que o valor do Produto (total de bens e serviços finais


produzidos durante certo período de tempo) é igual ao valor da Renda
(total de pagamentos feitos pelas firmas aos proprietários dos fatores
de produção).

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E você, se lembra como os indivíduos, por sua vez, utilizam suas


rendas?
Aí você me responde: “professor, gastando na compra de bens e
serviços para satisfazer suas necessidades”.
Isso mesmo! 0s indivíduos realizam o Consumo, que nesse modelo
representa a Despesa (ou Dispêndio). A Despesa corresponde ao total
dos gastos realizados pelos indivíduos nas compras de bens e
serviços.
Assim, temos outra identidade para o nosso modelo simplificado:

Despesa = Consumo (C)

E mais, temos agora a identidade macroeconômica fundamental:

Produto = Renda = Despesa

Portanto, se quisermos medir o desempenho de uma economia


durante certo período de tempo, temos três óticas diferentes, gerando
o mesmo resultado:

Sob a ótica da Produção, usando o total de bens e serviços finais


produzidos/vendido/gerados durante o período;

Sob a ótica da Renda, usando o total de recebimentos dos indivíduos,


por terem vendido/cedido os fatores de produção (Terra, Trabalho e
Capital) às empresas e;

Sob a ótica da Despesa, usando o total de pagamentos que os


indivíduos fizeram durante o ano na aquisição/consumo de bens e
serviços diversos.
Agora vamos ter que complicar um pouco. Mas não se assuste!
Você vai continuar entendendo tudo! Esse é o meu objetivo agora.
Avançar um pouco mais na matéria, mas fazer com que você termine
a aula zero com zero de dúvida!

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2.2 Economia ainda Fechada e SEM Governo, mas agora COM


Formação de Capital

Lembra que o modelo anterior é de uma economia estagnada


(estacionária), ou seja, o nível anual de produção não cresce: todo
ano é gerado um Produto no mesmo valor.
Agora nós temos que mudar essa premissa para poder avançar mais
na matéria, de modo a avançar nos assuntos do edital.
Uma verdade é que para haver crescimento econômico (crescimento
do Produto de um ano em relação ao ano anterior) é necessário
ampliar a capacidade produtiva da economia, através do
Investimento.
A capacidade produtiva refere-se ao quantitativo de produção
potencial, ou seja, quanto as empresas podem produzir, considerado
o total das suas instalações. Em macroeconomia é o conjunto das
empresas da nossa economia operando em capacidade máxima.
O investimento, que é a ampliação dessa capacidade produtiva, está
muito relacionado às expectativas das empresas em relação ao futuro.
Assim, se os empresários estão otimistas quanto ao ritmo dos
negócios no futuro, eles tendem a realizar gastos com a aquisição de
novas máquinas, equipamentos e instalações, para ampliar seu
parque industrial e dessa forma aumentar a produção de bens e
serviços. Por isso, algumas empresas se dedicarão a produzir tais
bens: máquinas, equipamentos, ferramentas, instrumentos, etc.(já
vou lhes adiantando que esses bens são chamados de bens de capital
ou bens de investimento).
Meu amigo, não fique desatento agora! Aí vem uma novidade!
Agora passamos a considerar que a Produção (o Produto Agregado) é
composta de dois tipos de bens:
Bens de Consumo, destinados a satisfazer as necessidades dos
indivíduos, como alimentação, transporte, vestuário, etc.
Bens de Investimento (ou Bens de Capital), destinados a aumentar a
capacidade de produção das unidades produtivas: máquinas,
equipamentos, instalações, etc.

Os Bens de Investimento são utilizados pelas empresas no seu


processo produtivo ao longo de muito tempo, portanto a cada ano o
estoque acumulado desses bens na economia vai aumentando. Assim,
um aumento nesse estoque de capital leva a um aumento da
capacidade produtiva total da economia.

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Cuidado aqui! Fique atento, se ligue! Observe que é possível definir


“Investimento” de duas maneiras:

Investimento como gasto (despesa) com bens para aumentar


a capacidade produtiva da economia (os chamados bens de
capital ou bens de investimento que acabamos de estudar);

Investimento como gasto (despesa) com bens que foram


produzidos, mas que não foram consumidos no período (serão
usados em consumo futuro), ou seja: I = Produto – C
“Espera ai professor!” Você deve estar pensando ... “você falou que
toda a renda das famílias era destinada ao consumo e que o consumo,
ou melhor, as quantidades consumidas, era igual a produção, era
igual ao produto! Eu até tinha compreendido aquela identidade
fundamental Produto = Renda = Despesa . “
Eu lhes digo, Você estaria certo se ainda estivéssemos no modelo
passado, em que não existia a formação de capital. Mas lembra
também que agora estamos numa economia COM FORMAÇÃO DE
CAPITAL?
Pois é, essa é uma novidade: alguns bens que foram produzidos, mas
não foram consumidos no presente, ficaram estocados. Foram
produzidos pelas empresas, mas as famílias não compraram, geraram
uma variação positiva nos estoques das empresas.

Assim, os 2 tipos de bens tem impacto no investimento, quais sejam:

• Os bens de investimento ou bens de capital : Máquinas,


equipamentos, instalações, infra-estrutura, imóveis, etc –
Correspondem à Formação Bruta de Capital Fixo (FBk),
também conhecido como “investimento planejado”;e

• Variação de Estoques (∆E), que representa um


“investimento não-planejado” pelas empresas. São
quantidades que foram produzidas, mas não foram vendidas.

Mas agora sei que você deve estar se perguntando, “Professor, o que
é isso? Por que a variação de Estoques é considerada também como
investimento?”
Caro aluno, imagine a seguinte situação hipotética: o setor produtivo
da economia (as empresas) gerou uma produção total igual a $100.

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Como já sabemos, pelo que já estudamos antes, isso significa que foi
gerada também uma renda para os indivíduos no total de $100,
correspondente ao total de salários, aluguéis, lucros e juros.
Aqui entra a novidade. Suponha que os indivíduos resolveram
comprar mercadorias somente num total de $80. Isto significa que
$20 correspondem a mercadorias que foram produzidas, mas não
foram consumidas.
Do ponto de vista das empresas, esse aumento nos seus estoques é
uma espécie de investimento, pois será possível vender mais num
período futuro. Afinal de contas, as empresas tiveram que adquirir os
fatores de produção correspondentes, junto aos indivíduos, portanto
as empresas realizaram a despesa para produzir e vender os $100.
Mas, se só venderam, e conseqüentemente, só receberam $80 como
as empresas puderam financiar estes estoques parados de $20?
E aí amigo, tem alguma idéia? De onde vieram os $20 restantes?
Estes recursos vêm da Poupança gerada pelos mesmos indivíduos, no
valor de $20, equivalente à renda obtida pelos mesmos $100, menos
o valor gasto em consumo de $80. Se as famílias (da economia como
um todo) tiveram renda de $100, mas só consumiram $80, conclui-se
que pouparam $20.
Tranquilo?
Espero que sim!
Então vamos continuar. Aqui os indivíduos pouparam (ou seja, não
gastaram parte de sua renda) num valor de $20, e deixaram estes
recursos aplicados no mercado financeiro. Tais recursos foram
disponibilizados pelos bancos, na forma de empréstimos, às empresas
(da economia como um todo). É o que ocorre na prática.
Chegamos agora a uma importante relação entre os conceitos de
Investimento e Poupança. Estas duas variáveis econômicas estão
inter-relacionadas e correspondem aos dois “lados” do processo de
acumulação de capital: o Investimento representa as aplicações de
recursos, por parte das empresas, e a Poupança representa as origens
desses mesmos recursos, que foram gerados pelas famílias.
Voltaremos a examinar tal relação depois.

Chegamos a seguinte relação para identificar o valor do investimento:

I = Fbk + ∆E

Algumas observações importantes para entender bem os conceitos:

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1. A variação de estoques (∆E) representa a diferença entre o


Estoque no fim do período (normalmente ano) atual e o Estoque no
fim do período (normalmente ano) passado;

2. Investimento no sentido econômico representa gasto, despesa,


com a compra de bens de capital.
Cuidado com a pegadinha! No nosso dia a dia e nos noticiários da TV
utilizamos a palavra investimento como sinônimo de aplicação
financeira, compra de ações, etc. Mas, na linguagem da Ciência
Econômica, e para fins de prova de concursos públicos que é o
que nos interessa, no que se refere especificamente à
contabilização dos agregados macroeconômicos, as aplicações
financeiras, em ações, títulos, etc, não constituem
“investimento”, mas sim mera “poupança”.

Cuidado com isso! Já foi pegadinha de prova e pode pegar os


desatentos! Veja:

5) CESPE - AUFC/TCU/1998

Errado

Comentários

E aí pessoal?
Como dito, a compra de ações de empresas não afeta o Investimento,
portanto a resposta é: Errado!

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Voltando a nossa teoria ...

3. O total do investimento num certo ano corresponde à compra de


bens, equipamentos, máquinas, etc, novos, fabricados naquele ano.
Isso significa que a compra de ativos usados, de segunda mão,
não representa investimento, pois não está aumentando a
capacidade produtiva da economia.

Pessoal, isso também já caiu em prova! Veja:

6) ESAF - ACE/MDIC/1998

Identifique a transação ou atividade abaixo que não seria computada nos


cálculos das contas nacionais e do Produto Interno Bruto.

a) a construção de uma estação de tratamento de água municipal


b) o salário de um deputado federal
c) a compra de um novo aparelho de televisão
d) a compra de um pedaço de terra
e) um decréscimo nos estoques do comércio

Comentários

Também ainda não falamos de contas nacionais, mas de novo o bom


entendimento dos conceitos macroeconômicos básicos nos permitiria
responder. A resposta é a letra d), pois a compra de um pedaço de
terra seria na verdade a compra de um ativo usado, não aumentaria a
capacidade da economia. A terra não foi produzida, nem foi
construída. Essa terra já era um fator de produção que já havia sido
computada anteriormente. Concordam?
Em relação às demais alternativas, temos o seguinte:
a) Produção/construção de um bem de capital novo que deve ser
computado no cálculo do Produto, já que agregou valor ao Produto (a
soma das partes é maior que a soma do todo);
b) Mesmo que o Deputado em questão não contribua em nada com
seu trabalho para a Sociedade, do ponto de vista da economia seu
salário integra o cálculo do Produto (é gasto/despesa com custeio);

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c) A produção de um bem de consumo também deve fazer parte do


Produto;
e) A Variação de estoque negativa é considerada no cálculo do
Investimento, reduzindo o seu valor, também integrando o cálculo do
Produto.

Tranquilo até aqui?


Percebem que os conceitos aprendidos até aqui já têm bastante
utilidade?
Então vamos continuar, que a aula já está quase acabando!
Quem aqui já estudou contabilidade? Já ouviu falar de depreciação?
Aqui esse conhecimento ajuda também. Mas quem não tem, vamos
explicar, não se preocupe. Entender o conceito de Depreciação é
muito importante agora nesse ponto da matéria.
A depreciação corresponde ao desgaste gradativo do capital físico
(máquinas, equipamentos, veículos, etc), em função do uso ou do
simples desgaste de um bem. Um trator, que é um exemplo de bem
de capital, vai se desgastando seja pelo uso nas lavouras ou pela
simples exposição ao tempo. Chegará um dia que ele simplesmente
deixará de ser usado, e um novo trator terá que ser adquirido para
que essa unidade produtiva não deixe de produzir.
Anualmente, as empresas necessitam fazer uma reposição de parte
dos seus bens de capital desgastados. Dessa forma, uma parte do
Investimento feito na economia se destina a repor as perdas
correspondentes à depreciação, o que nos leva à diferenciação entre
Investimento Bruto e Investimento Líquido:

IL = IB – d
Onde:
• IL = Investimento Líquido (aumento efetivo da capacidade produtiva
da economia)
• IB = Investimento Bruto (Formação Bruta de Capital + Variação de
Estoques)
• d = Depreciação no período.

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Como já sabemos que IB = Fbk + ∆E (até então só tínhamos


tratado de investimento bruto), temos então a expressão completa
para definir o Investimento Líquido na economia é:

IL = Fbk + ∆E – d

ATENÇÃO! MUITA ATENÇÃO!

A depreciação nos leva também a alterar o conceito de


Produto, criando a distinção entre Produto Líquido (PL) e
Produto Bruto (PB):

PL = PB – d

Vamos agora completar nosso modelo, considerando também o


conceito de Poupança: aquela parcela da renda que os indivíduos não
consomem.

Assim, o ato de poupar representa abrir mão do consumo atual para


desfrutar de um consumo maior no futuro. Podemos representar essa
idéia da seguinte maneira:

S=R–C

Em que:

• S = Poupança (do inglês “Saving”)


• R = Renda
• C = Consumo

Traduzindo então temos:

POUPANÇA = RENDA - CONSUMO

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Nosso modelo agora se apresenta do seguinte modo:

Ótica da Produção: Produto = Somatório pi.qi (preço x quantidade)

Ótica da Renda: Renda = C + S

Ótica da Despesa: Despesa = C + I

Como Produto = Renda = Despesa, temos que:

C+S=C+I

Logo:

S=I

Conclusão:

POUPANÇA = INVESTIMENTO
POUPANÇA BRUTA = INVESTIMENTO BRUTO
POUPANÇA BRUTA = INVESTIMENTO LÍQUIDO

Caros alunos, vamos ver como isso já foi cobrado em prova?

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7) ESAF -Auditor Fiscal do INSS 2002

Considere os seguintes dados:


Poupança líquida =100;
Depreciação = 5;
Variação de estoques = 50.

Com base nessas informações e considerando uma economia fechada


e sem governo, a formação bruta de capital fixo e a poupança bruta
total são, respectivamente:

a) 100 e 105
b) 55 e 105
c) 50 e 100
d) 50 e 105
e) 50 e 50

Comentários

Galera, questão meramente numérica, mas se tivermos entendido os


conceitos dá para resolver. Vamos começar pela segunda pergunta:
vamos calcular a poupança bruta (SB).
Primeira coisa a fazer é vermos os dados o que temos e os dados que
precisamos.

Nós temos:
A Poupança Líquida (SL) e a depreciação (d)
Opa!
De cara podemos ver que temos tudo que precisamos calcular a
Poupança Bruta (SB)!

Nós sabemos que a Poupança Líquida é a diferença entre a Poupança


Bruta e a depreciação não é mesmo?

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Então temos:
SL= SB - d

Se SL (poupança líquida) é 100 e d (depreciação) é 5, então temos:

100 = SB – 5
Então SB = 105

Bom, as alternativas c) e e) já foram eliminadas.

Agora podemos calcular a formação bruta de capital fixo. Mas o que é


mesmo a formação bruta de capital fixo? É a compra daqueles bens
de capital! Lembra que o investimento é igual a soma da formação
bruta de capital fixo mais a variação dos estoques? Lembra daquela
identidade em que a poupança (bruta) é igual ao investimento?
Ah, então agora podemos resolver:

I = Fbk + ∆E
Se I = SB, temos:
SB= Fbk + ∆E

Ora, nós sabemos que:


SB = 105
∆E = 50

Logo:

105 = FBK + 50
FBK = 55

A resposta certa, portanto, é a letra b.

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Caro aluno,
Com isso chegamos ao final da nossa aula demonstrativa.
Abaixo está a lista das questões resolvidas e comentadas ao longo da
aula e o gabarito.
Além de apresentar os conceitos iniciais da matéria, esta aula serve,
também, para dar uma idéia de como será o nosso curso.
Até a próxima aula.
Para mim será um prazer tê-lo conosco ao longo do curso.
Um grande abraço e bons estudos!

Lista das questões resolvidas e comentadas na aula

1) (APO/MPOG – 2010 - adaptada)


Julgue a seguinte afirmativa: A macroeconomia trata os mercados de
forma global.

Errado

2) CESGRANRIO - PB (BNDES)/BNDES/Biblioteconomia/2013
Macroeconomia é o estudo da estrutura de economias nacionais e das políticas
econômicas exercidas pelos seus governos, com o objetivo de melhorar o
desempenho econômico doméstico.

NÃO se considera como uma questão pertencente ao ramo da Macroeconomia


aquela que:
a) causa desemprego.
b) causa aumento de preços.
c) causa o desequilíbrio entre oferta e demanda de produtos.
d) causa volatilidade da atividade econômica de uma nação.
e) determina o crescimento econômico de uma nação ao longo do tempo.

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3) ACE (TC-DF)/TC-DF/2012
A respeito de macroeconomia, julgue o item subsequente.

Errado

4) (Fumarc – Pref. Gov. Valadares 2010)


O Produto Interno Bruto de uma economia inclui milhares de bens e
serviços produzidos, tais como maçãs, carros, fogões, etc. Dada a
diversificação na produção de bens e serviços:
a) as estimativas do Produto Interno Bruto devem ser expressas
em unidades físicas;
b) torna-se impossível calcular o valor da produção do país;
c) as estimativas do Produto Interno devem ser necessariamente
expressos em unidades monetárias;
d) as estimativas do Produto Interno podem ser expressos tanto
em unidades monetárias quanto em unidades físicas.

5) (CESPE - AUFC/TCU/1998)
A teoria macroeconômica analisa o desempenho da economia a partir do estudo
dos grandes agregados econômicos. À luz dos
conceitos básicos dessa teoria, julgue os itens a seguir.

Se um agente econômico investir R$ 10.000,00 em ações da TELEBRÁS, o


investimento doméstico privado eleva-se, implicando um aumento equivalente
no produto interno bruto (PIB).

Errado

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Teoria e Questões
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6) (ESAF - ACE/MDIC/1998)

Identifique a transação ou atividade abaixo que não seria computada nos


cálculos das contas nacionais e do Produto Interno Bruto.
a) a construção de uma estação de tratamento de água municipal
b) o salário de um deputado federal
c) a compra de um novo aparelho de televisão
d) a compra de um pedaço de terra
e) um decréscimo nos estoques do comércio

7) (ESAF -Auditor Fiscal do INSS 2002)

Considere os seguintes dados:


Poupança líquida =100;
Depreciação = 5;
Variação de estoques = 50.

Com base nessas informações e considerando uma economia fechada


e sem governo, a formação bruta de capital fixo e a poupança bruta
total são, respectivamente:
a) 100 e 105
b) 55 e 105
c) 50 e 100
d) 50 e 105
e) 50 e 50

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Gabarito

01 02 03 04 05 06 07
C C E C E D B

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