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PERSPECTIVA HISTÓRICA
Publicado em 18 de November de 2009 por RAQUEL MARA
INTRODUÇÃO
Com essa expulsão, um alvará foi criado, este previa o cargo de diretor
geral dos estudos e a designação de comissários, que exerciam a supervisão
envolvendo aspectos de direção, fiscalização, coordenação, inspeção e
orientação de ensino, estes seriam os comissários do diretor. Nesse sentido, a
idéia de supervisão passa a englobar aspectos político-administrativos em nível
de sistema concentrado na figura do diretor geral (SAVIANI, 1999).
No período Imperial, mas precisamente em 15 de outubro de 1827, Dom
Pedro I em Assembléia Geral decretou a primeira lei da educação que instituiu
em todas as cidades, vilas e lugares mais populosos do Império, que houvesse
escolas de primeiras letras quantas fossem necessárias. Essa lei determinou em
seu artigo 5º que os estudos se realizassem seguindo um método chamado de
“Ensino Mútuo”, onde o professor atuava como docente e supervisor, instruindo
monitores (alunos mais avançados) para auxiliá-los na supervisão das atividades
dos demais alunos (SAVIANI, 1999).
Por muito tempo, essa função supervisora se deu desta forma, mas
chegando a década de 20, no ano de 1924, com o processo crescente de
industrialização e urbanização, aconteceram várias mudanças na sociedade e
na economia e passou a se exigir reformas na educação para que esta pudesse
acompanhar as mudanças. Surge então, uma nova categoria profissional: os
técnicos em escolarização, chamados de especialistas em educação, dentre
eles estava o supervisor. Essas mudanças permaneceram por muito tempo
somente no âmbito estadual, pois o poder nacional ainda não havia demonstrado
interesse, até que com uma reforma acontecida após a revolução de 30, isso
ganha proporção nacional e surge a necessidade de se reestruturar o ensino
brasileiro. Um decreto foi criado e implantado nas Faculdades de Educação para
formar professores de diferentes disciplinas das escolas secundárias e com isso
foi criado o curso de pedagogia para formar professores de disciplinas do curso
Normal e formar “técnicos de educação”, a nova categoria que havia surgido,
foram então tomadas as primeiras medidas legais para a reforma do ensino
superior.
Daí por diante, vários movimentos foram criados primando por melhorias
no sistema e nos cursos de formação de educadores, se estendendo até o final
dos anos 70, e em outubro de 1979, acontece o encontro Nacional de
Supervisores de Educação, na ocasião defendia-se uma tese de que a função
do supervisor é uma função política e não apenas técnica (SAVIANI, 1999).
É chegada a conclusão a partir daí que o supervisor deveria assumir seu
papel político. A sua habilitação com a criação dos cursos de pedagogia os
tornavam pedagogos, que faziam o curso e se tornavam educadores que
seguiam ainda um modelo ideológico, embora mais moderno. Percebe-se então
que a concepção havia mudado, mas a sua formação não, e esse profissional
estava longe dele próprio se ver como político, com identidade própria, já que
desde a sua origem ele sempre defendeu apenas os interesses dos dominantes
e não tinha poder algum de decisão.
Podem-se citar ainda nos dias de hoje, outros desafios que se mostram
bastante visíveis, como: a falta de estrutura dos estabelecimentos de ensino, os
recursos escassos, a má vontade de alguns educadores, alguns alunos, por
parte de alguns funcionários administrativos, enfim, uma série de coisas que
dificultam o trabalho do supervisor, mas que não o impedem de criar na sua
atividade profissional meios de mudar esta realidade e fazer com que a escola
mude sua cara, e se transforme na escola de nossos sonhos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS