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Aula 13 - 5/05/2005
Objetivos:
ǫ2 ǫ1 ~ = ρ
∇ · ǫ1 E z>0
b
P
~ = 0
∇ · ǫ2 E z<0 (1)
R2
R1 ∇×E ~ = 0 ∀z
bc 0
b Condições de Contorno:
′ q ẑ
q
d d D1 |n = D2 |n ou
ǫ1 E2 |0+ = ǫ2 Ez |0− (2)
Ex (Ey )|0+ = Ex (Ey )|0− (3)
Como há uma carga pontual q em z > 0 o método da imagens sugere que uma carga
imagem q ′ , localizada sobre o eixo ẑ na região z < 0, com uma distância d, poderá
atender às condições de contorno. Neste caso o potencial na região z > 0 seria dado por:
1 q q′
Φ1 (~x) = + z>0 (4)
4πǫ1 R1 R2
p p
com R1 = ρ2 + (d − z)2 ; R2 = ρ2 + (d + z)2
1 q ′′
Pb ǫ2 ǫ1 Φ2 = z < 0. (5)
4πǫ2 R1
Aplicando (4) e (5) à condição de contorno (2)
R1
resulta:
c
b
0 q ′′ ẑ ∂Φ1 ∂Φ2
ǫ1 = ǫ2 ou
d ∂z O+ ∂z O−
∂ 1 ′ ∂ 1
q + q =
∂x R1 O+ ∂z R2 O+
′′ ∂ 1
=q (6)
∂z R1 O−
Mas,
∂ 1 2(d + z) ∂ 1 d
= 2 =− = (7)
∂z R2 [ρ + (d + z)2 ]3/2 O+
∂z R1 O+
(ρ2 + d2 )3/2
Substituindo (7) em (6), resulta:
q − q ′ = q ′′ (8)
1 1
(q + q ′ ) = q ′′ (9)
ǫ1 ǫ2
Resolvendo as duas equações (8) e (9) obtemos o valor das cargas imagens propostas, isto
é:
′ ǫ2 − ǫ1 2ǫ2
q =− q e q ′′ = q (10)
ǫ2 + ǫ1 ǫ2 + ǫ1
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Mas, P~ = ǫE ~ − ǫ0 E
~ = (ǫ − ǫ0 )E~ = −(ǫ − ǫ0 )∇Φ. Usando os valores do potencial dados
por (4) e (5) com os valores das cargas dadas por (10)
∂ ∂Φ
σpol = + (ǫ2 − ǫ0 ) Φ − (ǫ1 − ǫ0 )
∂z O− ∂z O+
′′
(ǫ2 − ǫ0 ) dq (ǫ1 − ǫ0 ) dq d q′
= − −
4πǫ2 (d2 + ρ2 )3/2 4πǫ1 (d2 + ρ2 )3/2 (d2 + ρ2 )3/2
q ǫ0 (ǫ2 − ǫ1 ) d
σpol = − (14)
2π ǫ1 (ǫ2 + ǫ1 ) (ρ + d2 )3/2
2
Obs:
• Quando ǫ1 = ǫ2 → σpol = 0.
• Quando ǫ2 ≫ ǫ1 , o meio 2 comporta-se como condutor: q ′ ≃ −q; q ′′ ≃ 2q. O campo
no meio 2 é muito pequeno.
ǫ0
σpol ≃ σpol
ǫ1 condutor
~
Componente Tangencial de E:
1 ∂Φdentro 1 ∂Φfora
− =− (17)
a ∂θ r=a a ∂θ r=a
Componente Normal de D
∂Φdentro ∂Φfora
−ǫ = −ǫ0 (18)
∂r r=a ∂r r=a
Substituir as soluções dada por (15) com os coeficientes já calculados. Comparar os
coeficientes dos polinômios de Legendre de cada lado que devem se anular separadamente.
Logo,
C1 ǫ 2C1
A1 = −E0 + e A1 = −E0 − 3
az ǫ0 a
Cl ǫ Cl
Al = e l Al = −(l + 1) 2l+1 (l 6= 1)
a2l+1 ǫ0 a
donde resulta:
Al = Cl = 0 ∀ l 6= 1 (19)
3E0
A1 = − (20)
(2 + ǫ/ǫ0 )
ǫ/ǫ0 − 1
C1 = a3 E0 (21)
ǫ/ǫ0 + 2
Substituindo (19)-(21) em (15) resulta:
3
Φdentro = − E0 r cos θ + Φ0 (22)
ǫ/ǫ0 + 2
ǫ/ǫ0 − 1 a3
Φfora = −E0 cos θ + E0 2 cos θ + Φ′0 (23)
ǫ/ǫ0 + 2 r
~ dentro = − 3 ~ 0, ~ fora = E
~0 + E
~ dip
E E E (24)
ǫ/ǫ0 + 2
ǫ/ǫ0 − 1 ~0
p~ = 4πǫ0 a3 E (25)
ǫ/ǫ0 + 2
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ou
ǫ/ǫ0 − 1
σpol = 3 ǫ0 E0 cos θ (26)
ǫ/ǫ0 + 2
Objetivos:
• Estabelecer a relação entre as propriedades moleculares (microscópicas) e a suscep-
tibilidade elétrica (macroscópica).
• Analisar um modelo clássicos simples para a polarizabilidade molecular: modelo
harmônico (um tratamento mais sofisticado deve recorrer à mecânica quântica).
P~ = ∈0 χe E
~ (30)
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~ é campo
onde χe é a susceptibilidade considerando que o meio é linear e isotrópico, e E
elétrico macroscópico.
~ mol = E
E ~ ext + E
~ viz (32)
~ ext é o campo externo (cargas livres) mais a contribuição da polarização de todo meio
E
~ viz é o campo molecular (exato) atuando decorrente de todas
excluindo a vizinhança V e E
as moléculas contidas em V . Este campo depende diretamente da estrutura cristalina do
meio e varia abruptamente dentro de V .
Portanto, podemos escrever
~ =E
E ~ ext + E
~P , ~i = E
E ~ viz − E
~P (33)
Vimos anteriormente que se há uma densidade de cargas ρ(~x) que produz um campo
~
E(~x), a integral do campo sobre um volume V resulta1 :
Z ~
~ x)d~x = − P
E(~ (35)
r<R 3ǫ0
~ viz :
Cálculo do Campo E
Supor uma rede cúbica simples com dipolos p~ iguais e paralelos em cada sı́tio (polar-
ização microscópica uniforme), como mostra a figura:
a
b bp
~
yijk = j a, j = . . . , −2, −1, 0, 1, 2, . . .
b b
zijk = k a, k = . . . , −2, −1, 0, 1, 2, . . .
0 bc ba
ŷ
O campo na origem é soma do campo pro-
ab b
duzido por todos os dipolos ~xijk = xijk n̂
a
x̂ X 3(~p · ~xijk )~xijk − x2ijk p~
~ viz =
E , (37)
x5ijk
Parte da rede cúbica simples. Os dipolos molec- i,j,k
ulares podem ser permanentes ou induzidos.
1
Equação (24) da Aula 11 ou eq. 4.18, pag. 149, Jackson.
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Mas, a segunda e a terceira parcela do primeiro termo são nulas por simetria, isto é:
X X X 3ijpy
3 2 2 + k 2 )5/2
=0
i=...,−1,0,1,... j=...,−1,0,1,... k
4πǫ 0 a (i + j
Por outro lado, a quarta parcela pode ser simplificada (por simetria de troca de ı́ndices)
como:
X (i2 + j 2 + k 2 )px X i2 p x
= 3
ijk
(i2 + j 2 + k 2 )5/2 ijk
(i2 + j 2 + k 2 )5/2
Portanto, é imediato ver que:
~i ≃ 1 ~
E P (40)
3 ∈0
Definição : Polarizabilidade:
~ loc
p~ = γmol E (41)
Obs:
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~ loc é o campo responsável pelo criação do momento dipolo p~. Portanto, p~ é induzido
• E
pelo campo.
• γmol mede a capacidade do átomo ou molécula de se distorcer sob ação do campo.
Portanto,
p momento dipolo elétrico
γmol = = (42)
Eloc campo elétrico
No caso de um meio dielétrico o campo sobre um particular átomo ou molécula é influ-
enciado pela presença do próprio átomo ou molécula uma vez que este campo incorpora
a polarização do meio, além daquela proveniente do campo externo das cargas livres,
como vimos acima [vide eqs. (31) e (33]. A determinação teórica ou experimental do ver-
dadeiro campo elétrico responsável pelo momento dipolo induzido em um átomo inserido
em um meio dielétrico é um problema complicado , sendo necessário realizar um cálculo
auto-consistente2 .
No caso de um meio dielétrico, a polarizabilidade é definida por:
< p~mol > < p~mol >
γmol = = (43)
~ mol
ǫ0 E ~ +E
ǫ0 (E ~ i)
onde < p~mol > é o valor médio em uma região macroscópica V de pequena escala. Por-
tanto, no caso dos meios dielétricos, γmol é definida pela razão entre duas grandezas
macroscópicas, ou seja
~ +E
< p~mol >= ǫ0 γmol (E ~ i) (44)
Obs:
• γmol pode ser função da intensidade do campo. Para um grande intervalo de valores
de campo, no entanto, γmol ≃ constante.
• A polarizabilidade é dependente da frequência em decorrência das possı́veis causas de
indução de momento dipolo elétrico: eletrônica (deformação dos orbitais atômicos);
iônica (distorções na estrutura cristalina em cristais iônicos); e orientacional (re-
orientação de dipolos elétricos permanentes)
• A polarizabilidade é dependente da temperatura, também de acordo com a fonte da
polarização.
• Em materiais sólidos a polarizabilidade orientacional é a mais importante.3
Usando esta definição a polarização P~ pode ser escrita como:
1
P~ = N < p~mol >= N ǫ0 γmol E ~+
3ǫ0 P~
Resolvendo a equação acima para P~ obtém-e
3N γ
P~ = ~ = ǫ0 χ e E
~
mol
ǫ0 E (45)
3 − N γmol
2
Para uma discussão introdutória indico a leitura do §5.1 do livro R. Levy, Principles of Solid State
Physics, Academic Press (1968).
3
§5.1, opus cit.
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onde
N γmol 3 ǫ/ǫ0 − 1
χe = → γmol = (46)
1 − 13 N γmol N ǫ/ǫ0 + 2
3 n2 − 1
γmol = (47)
N n2 + 2
1. Modelo harmônico para polarizabilidade eletrônica: Supor que a carga efetiva do dipolo
q está sujeita a uma força restauradora harmônica:
F~ = −mω02~x (48)
F~ + q E
~ = 0 → qE ~ = mω 2~x
0
2
q ~ ~ q2
p~mol = q~x ∴ p~mol = E = γmol E, ∴ γmol = ǫ0
mω02 mω02
Para um conjunto de átomos ou moléculas:
1 X qj2
γmol = (49)
ǫ0 j mj ωj2
0
< pmol >T = R R 2 x′ ]2
0 [~
3 2 /2m 3 −βmω
d pe −βp dx e
′
e2 E
< pmol >T = (50)
mω02
que tem igual ao valor obtido anteriormente sem considerar efeitos térmicos.
4
Lembrar a média sobre o ensemble canônico:
RR
T r O e−βH(p,q) dpdq O(p, q) e−βH(p,q)
< O(p, q)) >T = = RR
T r e−βH(p,q) dpdq e−βH(p,q)
P(p, q) = e−βH(p,q) (Peso de Boltzmann ) e β = 1/kB T
(p, q) ≡ {p1 , p2 ...p3N ; q1 , q2 , ...q3N } (Variáveis canônicas conjugadas)
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1 p2 p2
< pmol >T ≃ E → γmol = (52)
3 KT 3KT ǫ0
R
Obs: AR integral (51) ser pode realizada exatamente observando que xeax dx =
(d/da)[ eax dx] e o resultado fica5 :
p2 E kB T
< pmol >T = coth − 2 (Função de Langevin)
kB T pE
5
Vide pag. 169, opus cit.
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Considerar o espaço vazio com uma densidade de carga ρ(~x) na presença de um po-
tencial externo Φ(~x). A energia potencial eletrostática desta configuração é:
Z
1
W = ρ(~x) Φ(~x)d~x (54)
2
que corresponde ao trabalho para trazer, do infinito, cada parcela infinitesimal de carga
para a posição final.
No caso de um meio dielétrico, a introdução de cargas modifica o meio (polariza) e
portanto altera Φ durante todo o processo de transferência da carga.
Considerar um meio dielétrico geral e calcular a variação δW devido a uma variação
em δρ(~x) onde ρ é a densidade de cargas macroscópica (inclui a carga de polarização):
Z
δW = δρ(~x) Φ(~x)d~x (55)
onde o primeiro termo é nulo admitindo que o potencial é nulo no infinito (ausência de
cargas). Portanto
Z
δW = E ~ · δ Dd~
~ x, E~ = −∇Φ(~x) (56)
~ = ǫE
Se o meio é linear D ~
!
~
D
~ · D)
δ(E ~ = (δ E)
~ ·D
~ +E
~ · δD
~ =δ ~ +E
· ǫE ~ · δD
~
ǫ
= 2E~ · δ(D)
~
Z Z D~ Z
3 1 ~ ~ 1 ~ · D)
~
∴ W = dx δ(E · D) = d~x(E (58)
0 2 2
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Obs: Em caso contrário (meio não-linear), vai depender da história prévia do processo
(histerese).
~0
Problema: Inserir um meio dielétrico ǫ onde previamente existe um campo elétrico E
e uma densidade de carga ρ0 (~x) em um meio ǫ0 .
Z
1 ~0 · D
~0
W0 = d~x E Energia inicial (60)
2
D~ 0 = ǫ0 E~0 Meio inicial linear (61)
Z
1 ~ · Dd~
~ x ~ = ǫE
~
W1 = E onde D (62)
2
Sendo
ǫ = ǫ0 fora de V1
ǫ = ǫ1
dentro de V1
Calculando a diferença:
Z
1 ~ ·D ~ −E ~ 0D
~ 0 )d~x
∆W = W1 − W0 = d~x(E
2
Z Z
1 ~ ~ ~ ~ 1 ~ +E ~ 0 ) · (D
~ −D
~ 0 )d~x
= d~x(E · D0 − D · E0 ) + (E
2 2
Mas,
~ +E
∇ × (E ~ 0) = 0 ∴ ~ +E
E ~ 0 = −∇Φ
Logo:
Z Z
~ −D
∇Φ · (D ~ 0 )d~x = − ~ −D
Φ ∇ · (D ~ 0 ) d~x = 0
| {z }
0
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~ 0 é maior.
Se ǫ1 > ǫ0 e o dielétrico V1 estiver livre, tende a mover-se para regiões onde E