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Fundamentação legal do uso do RPAS como instrumento de defesa e

preservação do meio ambiente e sua aplicação em perícias ambientais


Douglas Rodrigues – douglasrodrigues.ea@gmail.com
MBA – Perícia, Auditoria e Gestão Ambiental
Instituição de Pós-Graduação – IPOG
São Miguel do Oeste, SC, 19 de abril de 2018

Resumo
Os impactos socioambientais ocasionados pela grande demanda de recursos, imposta pelo
crescimento e desenvolvimento populacional, cada vez mais põe em risco o equilíbrio
ambiental do nosso planeta. Neste contexto, a criação e o aperfeiçoamento de técnicas e
ferramentas de geotecnologia, capazes de contribuir na defesa do meio ambiente, se mostra
uma alternativa interessante para o desenvolvimento sustentável. Dessa forma, o objetivo
deste trabalho é fundamentar a utilização do Sistema de Aeronave Remotamente Pilotada
(Remotely-Piloted Aircraft System – RPAS) como um instrumento de defesa e preservação do
meio ambiente e sua aplicação em perícias ambientais. Desenvolvido por meio de pesquisa
bibliográfica, este artigo aborda passagens do direito ambiental, enfatizando o conceito de
meio ambiente e a legislação pertinente à perícia ambiental. Ainda, evidencia a interação
entre meio ambiente e geotecnologia e a utilização desta como ferramenta para a perícia
ambiental. Por fim, conclui-se que a utilização do RPAS como instrumento de defesa e
preservação do meio ambiente é uma alternativa viável e seu uso como ferramenta nas
perícias ambientais auxilia de forma precisa e eficiente na comprovação, ou não, do dano
ambiental.

Palavras-chave: Meio Ambiente. Direito Ambiental. Perícia. RPAS. Drone.

1. Introdução
O crescimento populacional ocorrido, principalmente, no século XX trouxe consigo o
aumento da demanda por recursos naturais utilizados para atender os desejos e necessidades
da sociedade. Esse aumento ainda hoje acarreta a necessidade de alterações no meio ambiente
e essas, por sua vez, causam diversos impactos e comprometem o equilíbrio ecológico do
planeta.
Sabendo disso, o Estado desenvolveu Políticas Públicas com o objetivo de proteger o meio
ambiente. A Lei nº 6.938/81 é um exemplo, pois estabeleceu a Política Nacional do Meio
Ambiente - PNMA e trouxe em seu objetivo, disposto no art. 2º desta mesma lei, “a
preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando
assegurar, no País, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da
segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana”.
O art. 225 da Constituição Federal é outro exemplo, quando, no ano de 1988, estabeleceu que
“todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo
e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever
de defendê-lo e preservá-lo para às presentes e futuras gerações”.
Quando o dever jurídico é descumprido e o ato acarreta em dano ou prejuízo aos elementos
que compõe o meio ambiente, sendo o indivíduo pessoa física ou jurídica, autora, coautora ou
partícipe do mesmo ato, este será responsabilizado pelo delito, podendo haver cumulação de
responsabilidades jurídicas pelo descumprimento de um único dever jurídico.
Para comprovar, ou não, a existência do dano o Estado, por meio do Ministério Público,
poderá requisitar o exame pericial, realizado por profissional de comprovada aptidão e
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idoneidade profissional, que também servirá como fonte de informação e embasamento


técnico-científico utilizado pelo juiz para a sentença (MARTINS JUNIOR, 2010).
Para Cruz (2006), o trabalho do Perito Ambiental é justamente a coleta, análise e
interpretação das marcas ou vestígios, de forma a materializar o conjunto probatório da
existência ou inexistência de um crime ambiental.
Neste sentido o uso do Sistema de Aeronave Remotamente Pilotada (Remotely-Piloted
Aircraft System – RPAS), popularmente conhecido como VANT ou drone e seus sistemas de
pilotagem, tem papel importante na coleta, análise e interpretação dos vestígios por meio das
imagens por ele geradas, que poderão instruir o laudo pericial e contribuir com uma decisão
mais assertiva do juiz.
O RPAS se mostra uma eficiente ferramenta, também, para o gerenciamento da superfície
terrestre e dos recursos nela contidos, contribuindo no monitoramento, fiscalização e análise
ambiental e na proteção e preservação do meio ambiente.
Mediante o exposto, este artigo tem por objetivo a fundamentação legal do uso de RPAS na
defesa e preservação do meio ambiente, sendo esta uma pesquisa bibliográfica – com consulta
à doutrina, legislação e arquivos eletrônicos – de natureza aplicada e abordagem qualitativa.

2. Desenvolvimento

2.1. Meio Ambiente e Direito Ambiental.


Desde os tempos mais antigos o homem costuma fazer alterações no meio ambiente em prol
de seu desenvolvimento. O aumento populacional significativo ocorrido principalmente no
século XX, aliado aos avanços técnico-científicos da Revolução Industrial, fez com que as
alterações ambientais antrópicas também crescessem exponencialmente, sendo responsáveis
por sérios problemas no equilíbrio ecológico do planeta.
Os conflitos provenientes da crescente concentração populacional associado a um modelo de
desenvolvimento econômico consumista e insustentável que compromete o equilíbrio
ecológico e, consequentemente, a qualidade de vida dos cidadãos, têm gerado impactos
socioambientais e demandas judiciais cada vez mais complexas envolvendo o meio ambiente.
A necessidade de proteção e preservação dos recursos naturais e de melhoria na qualidade
ambiental forçou o Estado a desenvolver Políticas Públicas com o objetivo de proteger o meio
ambiente, evitar sua degradação e punir os responsáveis por ações e/ou omissões causadoras
de danos ambientais.
A Constituição Federal de 1988 – CF, em seu art. 23, impôs à União, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios, a competência de proteger o meio ambiente, combater a poluição
em qualquer de suas formas e preservar as florestas, a fauna e a flora. Essa mesma
Constituição também estabeleceu que:

[...]Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem
de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder
Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para às presentes e
futuras gerações.
§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo
ecológico das espécies e ecossistemas;
II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e
fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético;
III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus
componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão
permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a
integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;
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IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente


causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto
ambiental, a que se dará publicidade;
V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e
substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio
ambiente;
VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a
conscientização pública para a preservação do meio ambiente;
VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem
em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os
animais a crueldade.
§ 2º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio
ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público
competente, na forma da lei.
§ 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os
infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas,
independentemente da obrigação de reparar os danos causados [...].

Esse artigo é um marco no que se refere à proteção do meio ambiente e do ser humano.
Diferente dos conceitos apresentados até a sua publicação, a CF inseriu o conteúdo humano e
social no contexto meio ambiente, que antes era tratado de um ponto de vista unicamente
biológico.
Mesmo não estando fixado no Título II da CF, que dispõe “Dos Direitos e Garantias
Fundamentais”, o direito de viver num ambiente ecologicamente equilibrado se mostra um
direito fundamental implícito na Constituição, pois está subentendido de um direito ou
princípio positivado.
Quando o Poder Público diz que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado, classificando-o como bem de uso comum, e impõe à coletividade o dever de
preservar e defender o meio ambiente, os direitos e deveres vão de encontro a um objetivo
maior, o desenvolvimento em prol do equilíbrio ambiental.
A Lei nº 6.938/81 que estabeleceu a Política Nacional do Meio Ambiente - PNMA veio
fundamentada nos arts. 23 e 225 da CF e trouxe em seu objetivo “a preservação, melhoria e
recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao
desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da
dignidade da vida humana”.
A PNMA também foi responsável por estabelecer instrumentos de controle e fiscalização da
qualidade ambiental e por definir o meio ambiente como “o conjunto de condições, leis,
influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida
em todas as suas formas”.
A inserção das leis na definição de meio ambiente auxiliou na mudança de paradigmas da
sociedade, pois, explicitou o estabelecimento de deveres e padrões a serem cumpridos e
penalidades disciplinares a quem, física ou juridicamente, incorrer em ações lesivas ao meio
ambiente.
Em relação aos instrumentos da PNMA, Santos (2014) dividiu sua aplicação em duas fases:

a) Uma fase preventiva, antes da implantação da atividade ou da instalação da


fonte efetiva ou potencialmente degradadora do meio ambiente, controlada
através do sistema de licenciamento e da exigência, quando for o caso, da
realização de estudo de impacto ambiental;
b) Uma fase corretiva, através da fiscalização da operação de atividades, efetiva ou
potencialmente poluidoras, já existentes, e da exigência de adoção de medidas
concretas visando reduzir ou eliminar a degradação ambiental.
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Levando em consideração o meio ambiente e a sua proteção, a melhor opção é agir


preventivamente nas causas potencialmente degradadoras, pois, assim, é possível evitar a
ocorrência do dano e os esforços podem ser concentrados no planejamento e desenvolvimento
prévio da melhor solução socioeconômica e ambiental para a atividade.
Quando uma ação é considerada danosa e o ato incita no descumprimento de um dever
jurídico, este pode ocasionar diversas modalidades de responsabilidade e dependerá da
natureza jurídica da sanção prevista no ordenamento jurídico para cada caso.
Considerando que o bem meio ambiente possui natureza pública e privada, onde estão
inseridos os interesses difusos, ao atingi-lo, pode-se lesionar, ao mesmo tempo, tanto o meio
ambiente propriamente dito, quanto o patrimônio privado e, assim, gerar obrigações e
responsabilidades jurídicas distintas (SANTOS, 2014).
Nestes casos a responsabilidade jurídica engloba a responsabilidade civil, administrativa e a
penal. Para Santos (2014), “poderá haver cumulação de responsabilidades de naturezas
diversas pelo descumprimento de um único dever”, independente de ser pessoa física ou
jurídica.
No que se refere à responsabilidade administrativa, Meirelles (2009) afirma que, “é a que
resulta da infringência de norma da Administração, estabelecida em lei ou no próprio
contrato” e a Lei nº 9.605/98 – Lei de Crimes Ambientais, em seu art. 70, considera como
infração administrativa ambiental “toda ação ou omissão que viole as regras jurídicas de uso,
gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente”.
A responsabilidade civil foi definida por Diniz (2005), como “a aplicação de medidas que
obriguem uma pessoa a reparar dano moral ou patrimonial causado a terceiros, em razão de
ato por ela mesma praticado, por pessoa por quem ela responde, por alguma coisa a ela
pertencente ou de simples imposição legal”. Para ser caracterizada, a responsabilidade civil
requer: uma ação (comissiva ou omissiva); um dano moral ou patrimonial; e nexo de
causalidade entre o dano e a ação.
A responsabilidade penal ou criminal encontra-se firmada em ordenamento jurídico pela Lei
de Crimes Ambientais, ao qual tem por referência normativa o art. 225, parágrafo 3º, da CF,
já citado anteriormente, e é o dever jurídico de responder pelo delito que recai sobre o agente
imputável. O delito ou crime ambiental é todo e qualquer dano ou prejuízo causado aos
elementos que compõe o ambiente: flora, fauna, recursos naturais e o patrimônio cultural.
Sendo o indivíduo considerado responsável, este será submetido a uma pena.
A Lei de Crimes Ambientais instituiu várias infrações penais ambientais e criou novos pontos
de interseção entre as responsabilidades penal, civil e administrativa, tratou dos crimes contra
a Administração Ambiental e estabeleceu a punição das pessoas jurídicas, sem prejuízo da
responsabilização das pessoas físicas, autoras, coautoras, ou partícipes do mesmo fato
(SANTOS, 2014).

2.2. A Perícia como meio de prova


A perícia é um meio de prova utilizada em processos judiciais, disciplinada nos artigos “420 a
439 da Seção VII – Da Prova Pericial” (Capítulo VI – Das Provas), do Código de Processo
Civil (CPC) e é um instrumental que estrutura tanto a atividade do Estado como da iniciativa
privada na comprovação de irregularidades e/ou crimes, punindo-os e exigindo a reparação do
dano ou impedindo preventivamente sua ocorrência. A perícia, ou o laudo pericial, serve
como fonte de informação e embasamento técnico-científico utilizado pelo juiz para a
sentença e, portanto, sua conclusão pode fundamentar a decisão.
A legislação vigente no país buscou disciplinar a Perícia em todas as áreas onde estas
atividades são imprescindíveis à comprovação ou não da existência do fato, o que subsidia as
definições e formações de juízo dos órgãos institucionais sobre as pendências, quer no âmbito
administrativo, quer no âmbito judiciário (MARTINS JUNIOR, 2010).
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Nunes (1994) conceitua a perícia nas esferas criminal, cível e administrativa, verbis:

[...] Perícia – Exame realizado por técnico, ou pessoa de comprovada aptidão e


idoneidade profissional, para verificar e esclarecer um fato, ou estado ou a estimação
da coisa que é objeto de litígio ou processo, que com um deles tenha relação ou
dependência, a fim de concretizar a prova ou oferecer o elemento de que necessita a
Justiça para julgar. No crime, a perícia obedece às normas estabelecidas pelo Código
de Processo Penal (arts. 158 e seguintes), devendo ser efetuada o mais breve
possível, antes que desapareçam os vestígios. No cível compreende a vistoria, a
avaliação, o arbitramento obedecendo às normas procedimentais do Código de
Processo Civil, arts. 145 e 420. [...]

Diante da inegável necessidade da perícia como um dos instrumentos comprobatórios


eficazes, a Lei Orgânica Nacional deu ao Ministério Público o direito de requisitar
informações e exames periciais para sua instrução, conforme disposto em seus art. 26:

[...] Art. 26. No exercício de suas funções, o Ministério Público poderá:


I – instaurar inquéritos civis e outras medidas e procedimentos administrativos
pertinentes, e para instruí-los:
[...]
b) requisitar informações, exames periciais e documentos de autoridades federais,
estaduais e municipais, bem como dos órgãos e entidades da Administração direta
ou fundacional, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios;
c) promover inspeções e diligências investigatórias junto às autoridades, órgãos e
entidades a que se refere à alínea anterior [...].

O Ministério Público - MP desempenha um papel-chave em toda problemática ambiental,


sendo-lhe atribuída a relevante tarefa constitucional de agir judicialmente em defesa dos bens
ambientais, quando no art. 129, III, a CF definiu:

Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:


III – promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio
público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos.

Para a preservação e proteção do meio ambiente, na esfera judicial, o MP recebeu a


titularidade da ação penal pública e da ação civil pública, genericamente definidas ação
ambiental, prevista no art. 14, parágrafo 1º, da Lei nº 6.938/81, que dispõe sobre a PNMA,
onde diz que: “O Ministério Público da União e dos Estados terá legitimidade para propor
ação de responsabilidade civil e criminal, por danos causados ao meio ambiente.”
Após sua proposição pelo MP, é a Lei nº 7.347/85 que “Disciplina a ação civil pública de
responsabilidade por danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de
valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico (vetado), e dá outras providências”.
A ação civil pública é o principal meio processual de defesa do meio ambiente e principal
fonte de demanda de perícias ambientais.
A Perícia Ambiental é um instrumento de defesa dos direitos individuais e coletivos e se
realiza mediante aplicação de fundamento legal. A perícia ambiental pode ser requerida para
comprovar a existência do fato e gerar dados técnicos que, na grande maioria dos problemas
ambientais, são meios indispensáveis de comprovação da existência e da origem do dano e
das influências sobre os elementos ambientais (MARTINS JUNIOR, 2010).
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Os meios processuais utilizados na apuração de responsabilidade pelos danos ambientais,


além de se constituírem em sistema de controle sucessivo da proteção ambiental, podem,
segundo Silva (1994), também servir de controle preventivo, nas hipóteses em que se admite a
tutela cautelar, como na ação popular, ou ação cautelar destinada a evitar o dano ambiental.
Para Santos (2014), os elementos que integram o meio ambiente são juridicamente protegidos,
logo, todo fato ou ato danoso aos recursos naturais ou artificiais, tanto de propriedade pública
como de propriedade privada, é avaliável e suscetível de ressarcimento, independentemente
de culpa e de o ato ser lícito ou ilícito.
A Lei nº 9.605/98, em seu art. 19, estabeleceu que a perícia de constatação do dano ambiental,
sempre que possível, fixará o montante do prejuízo causado para efeitos de prestação de
fiança e cálculo de multa. No referido diploma legal, a perícia criminal é apontada como
necessária na fase de persecução criminal.
Segundo Trauczynski (2013), consubstancia-se dessa forma, o vínculo da perícia criminal
com a apuração dos crimes ambientais, proporcionando importante relação tanto na coleta dos
vestígios dos crimes, quanto na constatação da reparação ou recuperação de uma área
degradada por algum dano ambiental.
Os peritos tornam-se essenciais para, com base nos padrões estabelecidos pelo Poder Público
e nos conhecimentos de criminalísticas, elaborar laudos na área ambiental, abordar os fatores
abióticos, bióticos e socioeconômicos e desempenhar papel preponderante na promoção do
desenvolvimento sustentável.
Cruz (2006) relaciona a criminalística aos crimes contra o meio ambiente, indicando que as
ações contra o meio ambiente também deixam marcas e vestígios, tal quais outros tipos de
crimes mais conhecidos. O trabalho do Perito Criminal da área ambiental é justamente a
coleta, análise e interpretação dessas marcas ou vestígios, de forma a materializar o conjunto
probatório da existência ou inexistência de um crime ambiental. O mesmo autor ainda destaca
a necessidade de atualização em ciência e tecnologia para que o perito possa cumprir com sua
missão, ou seja, solucionar crimes ambientais através da mensuração dos impactos ambientais
no espaço e no tempo, além de inferir eventual impacto à saúde humana.
Para a avaliação pericial de impactos e danos ao meio ambiente é fundamental o
conhecimento da legislação específica sobre o tema que caracteriza a finalidade da perícia,
pois são diversos os aspectos que integram o cenário do dano ambiental. Para Martins Junior
(2010), outra questão está relacionada à ética, ao exercício da profissão dentro dos limites das
atribuições legais, frente aos interesses conflitantes entre as partes, atento aos seus próprios
valores morais, equilíbrio e bom senso, ao cumprimento de normas técnicas, tudo norteado
pelo compromisso com a verdade.
Não menos importante para os peritos são os instrumentos, equipamentos e materiais que
possam servir de apoio ao trabalho, desde os elementos que compõem o processo judicial, até
os utensílios mais simples necessários ao desempenho integral da função pericial.
Nesse ponto o art. 429 do Código de Processo Civil dispõe que:

Art. 429. Para o desempenho de sua função, podem o perito e os assistentes técnicos
utilizar-se de todos os meios necessários, ouvindo testemunhas, obtendo
informações, solicitando documentos que estejam em poder de parte ou em
repartições públicas, bem como instruir o laudo com plantas, desenhos, fotografias e
outras quaisquer peças.

Fica explicito no disposto que o perito e os assistentes técnicos não devem abdicar de nenhum
meio de prova, e sim maximizar seus sentidos perceptivos para aproveitar tudo que possa
estar relacionado ao objeto da perícia.
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Martins Junior (2010) explica que os dados levantados in loco constituem a base fática para a
elaboração do laudo pericial e dos pareceres dos assistentes técnicos. Os dados de campo são
entendidos como elementos físicos, documentos e informações disponíveis e necessárias ao
total esclarecimento dos fatos questionados nos autos. Como esses elementos se revestem de
importância decisiva para a conclusão da perícia, devem merecer especial atenção do perito.
A precisão e confiabilidade dos dados coletados são de extrema importância para a correta
análise e interpretação dos fatos e para atender o objetivo do exame pericial. Para Trauczynski
(2013), nos crimes contra a flora, os quais são definidos pela Seção II do Capítulo V da Lei
9.605/98, a perícia, através dos exames periciais, objetiva-se a:

1. Qualificar e quantificar o desflorestamento praticado, através das suas


características intrínsecas, da quantificação da área desflorestada e o volume de
madeira derrubada;
2. Informar sobre a data ou intervalo temporal de ocorrência do crime;
3. Definir se a floresta é nativa ou plantada;
4. Determinar se a área em que ocorreu o dano é pública ou privada.

Salienta-se que a perícia em crimes contra a flora é exigida pelo fato de tratar-se de crime que
deixa vestígios e por ser necessário exame que defina a floresta derrubada e ateste o dano.
Nesse sentido, a perícia também poderia atestar se a área enquadra-se como de preservação
permanente, está em regeneração natural, encontra-se em unidade de conservação ou outros
elementos possíveis.
É importante que o perito utilize alguns instrumentos e ferramentas de trabalho que deverão
ser escolhidas em função das características de cada perícia. Em especial nas perícias em
crimes contra a flora, a utilização das geotecnologias vem se destacando e é responsável por
integrar as tecnologias do Geoprocessamento, Sensoriamento Remoto e Sistemas de
Informações Geográficas (SIG) as quais podem gerar informações cruciais para o correto
entendimento do fato (TRAUCZYNSKI, 2013).
Conforme Caldas (2006), o geoprocessamento é instrumento primordial em qualquer
procedimento que envolva a realização de análises ambientais abrangentes, pois atua na
obtenção, processamento e difusão de dados espaciais. Não há dúvidas que um laudo pericial
de desflorestamento, por exemplo, é uma análise ambiental e seu grau de abrangência é
dependente da magnitude do fato investigado.
Assad e Sano (1993) definem SIG como sistemas destinados ao tratamento automatizado de
dados georreferenciados. Trata-se de um sistema computacional (softwares) destinados a
armazenar (em forma de bancos de dados), processar, integrar, analisar, calcular áreas,
visualizar e representar em forma de mapas informações georreferenciadas. Essas
informações podem estar relacionadas a relevo, solos, vegetação, clima, fenômenos,
urbanização e inúmeras outras.
Já o sensoriamento remoto pode ser definido como um conjunto de técnicas que visam obter
informações sobre um determinado objeto ou fenômeno sem que haja contato físico entre os
sensores e os alvos. Conforme Menezes e Netto (2001) os sensores a bordo de satélites e
aeronaves tornam-se extensões dos olhos humanos para ver a superfície do nosso planeta e
conseguiram superar o poder de visão do homem, ampliando nossa visão espectral, espacial e
temporal da superfície terrestre.
Nos exames periciais em que, na maioria das vezes, o objeto pericial está dentro de uma
pequena área de terra, o uso das abordagens clássicas de geotecnologias pode, de alguma
forma, não ser confiável, principalmente nos casos em que são necessárias imagens de alta
resolução espacial e temporal.
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2.3. O RPAS como instrumento de defesa ambiental


Uma nova tendência em sensoriamento remoto é a utilização do Sistema de Aeronave
Remotamente Pilotada (Remotely-Piloted Aircraft System – RPAS) que é composto pela
Estação de Pilotagem Remota – RPS e pela Aeronave Remotamente Pilotada – RPA
popularmente conhecida como VANT ou drone. Essa ferramenta traz a possibilidade de
monitorar o objeto da perícia em tempo real e seus usos para fins de preservação e defesa do
meio ambiente estão fundamentados no art. 225 da Constituição Federal e em diversas
passagens da legislação ambiental do país.
Sua utilização foi regulamentada recentemente pela Agência Nacional de Aviação Civil –
ANAC, por meio da norma RBAC-E nº 94, de 03 de maio de 2017, a qual dispõe sobre os
“Requisitos gerais para aeronaves não tripuladas de uso civil” e têm o objetivo de tornar
viáveis as operações desses equipamentos, preservando-se a segurança das pessoas.
A RBAC-E nº 94 também classificou as RPAs em três classes, de acordo com o peso máximo
de decolagem, regulamentou os procedimentos de operação, licenciamento, habilitação e
definiu a responsabilidade e autoridade do piloto remoto em comando. Essa norma é
complementar às normas de operação de RPA e Aeromodelos, estabelecidas pelo
Departamento de Controle de Espaço Aéreo (DECEA) e pela Agência Nacional de
Telecomunicações (ANATEL). Com isso, a homologação da aeronave na ANATEL e a
solicitação de autorização de voos e aerolevantamentos ao DECEA continuam obrigatórias.
Para título de informação, o Ministério da Defesa, por meio do Decreto-Lei nº 1177/71,
definiu aerolevantamento como “o conjunto das operações aéreas e/ou espaciais de medição,
computação e registro de dados do terreno com emprego de sensores e/ou equipamentos
adequados, bem como a interpretação ou tradução dos dados levantados”.
Nos exames periciais em que sejam realizados aerolevantamentos com RPAS, é aconselhável
que o perito anexe ao laudo pericial a documentação referente à homologação da aeronave e a
autorização do voo, emitidas pelas entidades responsáveis, neste caso ANAC, ANATEL e/ou
DECEA. Isso agrega credibilidade ao laudo e evita contestações referentes à licitude do
aerolevantamento.
Entre as vantagens do uso de RPAS pode-se citar: o menor custo de aquisição de dados,
quando comparados às plataformas tradicionais (aviões e helicópteros); a capacidade de
monitorar áreas fora do alcance dos seres humanos; e ter uma visão absolutamente mais
ampla do habitat dos animais, das áreas de preservação e do objeto pericial, tornando mais
eficaz a obtenção de informações e a análise do ambiente (FONTES & POZZETTI, 2016).
Para Trauczynski (2013) quando são analisados os danos ambientais em um local de crime
contra a flora, por exemplo, é necessário fazer a mensuração do local impactado com alto grau
de precisão. Levantar as características do terreno examinado. Coletar coordenadas
geográficas dos vértices e pontos de relevância para a caracterização dos danos. Fazer o
posicionamento do local impactado em relação a eventuais APP no entorno, bem como U.C.
ou demais áreas da União. Identificar as espécies vegetais derrubadas no local (quando
couber), verificar a presença de espécies endêmicas, raras ou ameaçadas de extinção. Fazer a
cubagem do material lenhoso remanescente no local do crime. Definir a fitofisionomia ou
tipologia vegetal impactada e, se possível, seu estágio sucessional. Também podem ser
consultadas imagens de sensoriamento remoto mais antigas do local, de forma a estimar a
idade do fragmento vegetal impactado.
Essa análise se torna mais simples, rápida e eficiente quando feita com imagens obtidas por
sensores embarcados em RPAS, pois os alvos podem ser identificados e mensurados com
maior facilidade devido à possibilidade de aquisição de imagens de baixa altitude e alta
resolução e da precisão obtida nos produtos pós-processamento. Nos casos em que se faz
necessária a caracterização temporal dos fatos é possível fazer uma integração entre os dados
temporais de imagens obtidas por satélites e as imagens obtidas por RPAS.
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O uso de RPAS abriu um leque de possibilidades no campo da conservação ambiental e da


busca pelo equilíbrio ecológico. Segundo o ICMBio 2015 é possível utilizar os RPAS no
monitoramento do fogo, ajudando as brigadas de incêndio, tanto antes como depois; na
fiscalização de desmatamento, da caça predatória, da pesca indiscriminada, para o manejo e
monitoramento da fauna e flora e plantas invasoras, com intuito de prevenir ou realizar ações
de minimização do dano. Além disso, sua aplicação nos exames periciais de crimes contra o
meio ambiente é essencial devido às informações contidas nas imagens por ele geradas que
auxiliam e fundamentam a decisão do juiz.
É importante salientar que o RPAS, por si só, não é capaz de gerar e processar imagens, ele é
apenas uma plataforma controlada por controle remoto. Para a geração das imagens aéreas são
necessários sensores e câmeras acoplados ao RPAS. Esses, por sua vez, são escolhidos
conforme o objetivo do imageamento e a resolução necessária, sendo que a variedade desses
sensores, disponível no mercado, está aumentando devido à evolução técnica e miniaturização
da RPA e sua adaptação às mesmas.
Já o geoprocessamento é realizado por softwares que combinam a visão computacional e
geomática para gerar, de forma automática e semiautomática, informações espaciais
horizontais e verticais com posicionamento e qualidade no nível centimétrico (COLOMINA
& MOLINA, 2014).
Alguns softwares se destacam no processamento de imagens obtidas por RPAS entre eles o
Agisoft Photo Scan, Pix4D e DroneDeploy. Além das imagens e vídeos, os principais
produtos gerados pela integração entre o RPAS, os sensores embarcados e os softwares de
processamento de imagens citados são: Mosaico de ortofoto, Modelo Digital de Superfície
(MDS) e Modelo Digital de Terreno (MDT).
Os três softwares utilizam técnicas que permitem a extração de informações tridimensionais a
partir de imagens estáticas capturadas em 2D e consistem na tomada de várias fotos de uma
cena a partir de pontos diferentes. A Figura 1, gerada na versão trial do Agisoft Photo Scan,
apresenta, em azul, a posição e a área da superfície de cada imagem capturada pela câmera do
RPAS.

Figura 1 – Distribuição de imagens capturadas de diferentes pontos


Fonte: Dados produzidos pelo autor (2018)
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O mosaico de ortofoto ou ortomosaico é um projeto de mapeamento aéreo onde diversas fotos


são capturadas e após o processamento dos dados, estas imagens são unificadas em uma única
imagem abrangendo toda a área de interesse (NETO, 2015). Esta imagem é georreferenciada,
ou seja, cada pixel da imagem possui suas coordenadas conhecidas, permitindo a realização
de medições de áreas precisas. A Figura 2 apresenta um modelo de mosaico de ortofoto.

Figura 2 – Mosaico de Ortofoto


Fonte: Dados produzidos pelo autor (2018)

Após a geração do mosaico de ortofoto é possível gerar o Modelo Digital de Superfície


(MDS), onde são atribuídas coordenadas (X, Y e Z) para cada pixel da imagem. Com isso
cada pixel terá uma altura, representada pela coordenada Z, tornando possível modelar o
terreno (NETO, 2015), conforme é possível perceber na Figura 3.
11

Figura 3 – Modelo Digital de Superfície (MDS)


Fonte: Dados produzidos pelo autor (2018)

Derivado do MDS, o Modelo Digital de Terreno (MDT) realiza a classificação de objetos


acima do solo como árvores, carros, prédios, etc., e posteriormente a filtragem, restando
apenas o terreno de fato. O MDT representa os dados de declividade do terreno e a partir dele
podem ser geradas as curvas de nível.
As imagens e os produtos gerados pós-processamento podem ser aplicados, também, na:
mineração e extração por meio de medições de alta precisão de áreas e volumes, tanto para
escavações quanto para pilhas; agricultura e meio ambiente permitindo monitorar espécies em
extinção, calcular o Índice de Vegetação da Diferença Normalizada (NDVI) e analisar
culturas, vegetações e uso do solo; Arqueologia para realizar um mapeamento de escavação
ou modelar um artefato; cartografia e topografia por meio do georreferenciamento das
imagens, a classificação temática da superfície e a geração de mapas de declividade ou
geológicos (NETO, 2015).
Dessa forma a utilização da geotecnologia aliada a aeronaves remotamente pilotadas se
mostra importante ferramenta, também, para o gerenciamento da superfície terrestre e dos
recursos nela contidos, contribuindo no monitoramento, fiscalização e análise ambiental de
forma preventiva e corretiva.

3. Conclusão
Tendo em vista a essencialidade do meio ambiente ecologicamente equilibrado para a
prosperidade da vida humana é necessário que os modelos de desenvolvimento
socioeconômico tenham como base a sustentabilidade aliada à preservação e a melhoria da
qualidade ambiental. Para isso o avanço tecnológico deve andar de mãos dadas com as boas
práticas ambientais fornecendo alternativas viáveis economicamente e eficientes, capazes de
evitar ou mitigar os danos ao meio ambiente.
O uso do RPAS, aliado à geotecnologia, se fundamenta no art. 225 da Constituição Federal
quando sua aplicação tem por objetivo, direto ou indireto, a defesa e proteção do meio
ambiente, seja de forma preventiva ou corretiva. Essa mesma aplicação do RPAS também
está fundamentada nos instrumentos e objetivos da Política Nacional do Meio Ambiente, Lei
nº 6.938/81, e em várias outros trechos da legislação ambiental vigente em nosso país.
Quando o assunto é perícia, o uso do RPAS se fundamenta no art. 158 do Código de Processo
Penal e no art. 429 do Código de Processo Civil, sendo, sua aplicação, capaz de auxiliar de
forma precisa e eficiente o perito na identificação, mensuração, ilustração, registro de
vestígios e locais de crimes e na comprovação, ou não, da existência do dano.
Por fim, o RPAS se consolida como um importante instrumento de defesa e preservação do
meio ambiente, proporcionando precisão, agilidade, praticidade e inovação aos estudos e
projetos que envolvem esse setor.

4. Referências
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