Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
Administração
Prof. Fabrizio Scavassa
FABRIZIO SCAVASSA
Ensino a Distância — E a D
Revisão1
São Paulo
2007
SUMÁRIO
Não importa o tamanho e nem o ramo de atividade da empresa, pois, em qualquer uma é
revelado uma enorme profusão de contas e sem termos noção do que representam, qualquer
tipo de análise fica prejudicada pela incapacidade de uma interpretação.
Assim sendo, o conhecimento do significado de cada conta ou grupo de contas facilita a busca
de informações, uma vez que, a análise de demonstrações financeiras visa transformar os
dados existentes nestas em informações úteis para tomadas de decisão.
BALANÇO PATRIMONIAL
Conceito
O Balanço é a demonstração contábil que tem como finalidade mostrar a situação patrimonial
da empresa em um dado momento, obedecendo a critérios de avaliação.
APRESENTAÇÃO DO BALANÇO
A Lei 6404/76 em seu art. 178 com a finalidade de evitar heterogeneidades em excessos na
apresentação de Balanços estabelece critérios sobre a forma de apresentação destes.
1
Fabrizio Scavassa especialista em Gestão Empresarial, MBA (latu-sensu) pela Fundação Getulio Vargas –
FGV/EPGE-RJ, bacharel em Ciências Administrativas pela Faculdade Oswaldo Cruz – São Paulo/SP, professor
da graduação nas cadeiras de Matemática Financeira, Análise das Demonstrações Financeiras, Administração
Financeira e Orçamento Empresarial. Experiência em gestão empresarial, finanças corporativas e gestão
orçamentária em empresas como Banco Bradesco S.A, GOL linhas aéreas inteligentes e Grupo IBOPE
4
A Lei se estende a todos os tipos de pessoas jurídicas tributadas com base o Lucro Real. As
demonstrações são apresentadas da seguinte forma:
BALANÇO
A IMPORTÂNCIA DO BALANÇO
Obter dados através de verificação direta nos registros é trabalhoso e inviável, mesmo em
pequenas empresas devido ao volume de lançamentos ocorridos diariamente.
Pelas importantes informações de tendência que podem ser extraídas de seus diversos grupos
de contas, o balanço servirá como elemento de partida indispensável para o conhecimento da
situação econômica e financeira da empresa.
Esta tarefa é fácil com o uso do plano de contas, obedecendo aos critérios de realização e
exigibilidade.
A padronização estabelecida pela Lei das S. As. é útil porque facilita a preparação das
demonstrações, as análises, as interpretações, as comparações e os estudos estatísticos.
5
Conteúdo do Balanço:
Ativo Passivo
Ativo Circulante Passivo Circulante
Ativo Realizável a Longo Prazo Passivo Exigível a Longo Prazo
Ben s e Direitos
Patrimônio
Capital Social
Líquido
9 Reservas de Capital
9 Reservas de Reavaliação
9 Reservas de Lucro
9 Lucro (ou Prejuízo) Acumulado
No Brasil as empresas utilizam o Plano de Contas adaptado às suas atividades, não existindo,
portanto um padrão para todas a empresas.
A Lei, apenas disciplina de forma geral, a função e a ordem dos vários grupos que compõe o
Ativo, Passivo e P. Líquido, como segue:
CLASSIFICAÇÃO DO ATIVO
Classificado em três grandes grupos: Ativo Circulante, Realizável a Longo Prazo e Ativo
Permanente, os quais são apresentados em ordem decrescente do grau de liquidez (realização)
de acordo com a Lei das S.As.
Ativo Circulante
O ativo circulante compreende as disponibilidades, os direitos realizáveis no exercício social
subseqüente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte (SILVA – 1995).
Todas as contas de grande rotação são apresentadas no Balanço como ativo circulante. Dessa
maneira, todas a contas de liquidez imediata, ou que se convertem e dinheiro em curto prazo,
serão classificadas nesse grupo.
Consideram-se curto prazo todos os valores cujos vencimentos ocorrerão até o final do
exercício seguinte ao encerramento do balanço, ou do ciclo operacional da empresa, no caso
de esse ser superior a um ano (exercício social).
O disponível – inclui as contas com maior grau de liquidez do ativo, constituído pelas
disponibilidades imediatas, como dinheiro em caixa e cheques recebido e não depositados.
6
Também fazem parte do disponível a conta bancos conta movimento (para pagamentos em
cheques), títulos e aplicações financeiras de liquidez imediata.
Valores a Receber a Curto Prazo – discrimina todos os valores recebíveis a curto prazo de
propriedade da empresa, como Clientes e os valores a receber provenientes das demais
transações da empresa.
a) Do montante das duplicatas a ser recebidas de Clientes, parte podem ser descontadas em
instituições financeiras e isso aparecerá como (-) Duplicatas Descontadas. Que aparecerá
subtraindo do valor de Duplicatas a Receber (Clientes).
b) Parte das duplicatas a receber, podem deixar de ser recebidas por vários motivos
(concordatas, falências, etc.), em função disto a empresa pode provisionar parte do valor
como perdas prováveis, quando aparecerá no “ativo realizável” como ( - ) Provisão para
devedores Duvidosos, subtraindo do valor de Duplicatas a Receber (Clientes).
Despesas Antecipadas – inclui-se nesse subgrupo todos os recursos aplicados em itens que
proporcionarão serviços ou benefícios durante o exercício social seguinte, ou seja, são
despesas pagas antecipadamente e ainda não incorridas. Exemplos:
9 Prêmio de seguros;
9 Passagens pagas e não utilizadas;
9 Assinatura de jornais e revistas;
9 Encargos financeiros, etc.
As contas que compõe a realizável a longo prazo, com exceção do disponível, as demais
rubricas classificadas no ativo circulante que tiverem prazo de realização após o término do
exercício seguinte ao do balanço, ou seja demorar mais de um ano para serem recebidas, terão
suas classificações no realizável a longo prazo.
7
Ativo Permanente
Este representa o último grupo do ativo e de acordo com a conceituação, o que tem o menor
grau de liquide. Como o próprio nome indica, são recursos aplicados em bens ou direitos não
destinados à comercialização, ou seja, à circulação econômica, permanecendo na empresa. O
ativo permanente é dividido em três subgrupos: investimentos, imobilizado e diferido.
Investimentos – esse subgrupo caracteriza-se pelos vários direitos de suas contas não se
destinarem à manutenção da atividade da empresa ou a negociações. Para fins de análise, a
planilha de reclassificação pode subdividir os investimentos em duas rubricas básicas, sendo
uma relativa às participações em coligadas e controladas e a outra para agrupar outros bens e
direitos não destinados à manutenção das atividades empresariais, portanto, com
características de investimentos (especulação).
CLASSIFICAÇÃO DO PASSIVO
PASSIVO CIRCULANTE
São as obrigações de curto prazo, ou seja, obrigações que deverão ser liquidadas dentro do
exercício social seguinte ao encerramento do balanço. O passivo circulante, também pode ser
dividido em vários subgrupos como:
Salários e encargos sociais – normalmente os salários e encargos de cada mês são pagos no
início do mês seguinte, ou seja, são apropriados como despesas ou custos do período tendo
8
como contra-partida a obrigação a ser quitada no mês seguinte, como: Salários, férias, 13º
terceiro salário, INSS, FGTS e outras obrigações originadas na folha de pagamento.
Impostos e taxas – neste item são agrupados os tributos como: ICMS a recolher, IPI, ISS,
PIS, IRRF, etc.
Debêntures – títulos de longo prazo lançados pela empresa com objetivo de captar recursos,
tais valores podem ser convertidos em ações ao final do período.
O PL é representado através:
9 Dos investimentos dos proprietários na sociedade;
9 De valores recebidos como doação e subvenções para investimentos;
9 Das reservas oriundas de lucros;
9 Das reservas provenientes de reavaliação de Ativos.
9
OPORTUNIDADE DO BALANÇO
9 Obrigatório pelo menos uma vez a cada ano;
9 Atualmente, devido às necessidades de informações cada vez mais atualizadas e precisas,
o ideal é que se emita um balanço a cada mês, ou quantos for necessário para auxiliar no
processo de tomada de decisões.
Exemplo:
Cia. Exemplo S/A
Balancete de Verificação em 31-07-X1
Contas Saldos
Devedores Credores
Caixa 60.000 -
Despesas Diversas 9.000 -
Estoques 78.000 -
Terrenos 31.000 -
Móveis e Utensílios 50.000 -
Fornecedores - 58.000
Capital - 170.000
228.000 228.000
Tal verificação abrange todas as contas (ativo, passivo e resultado). Caso haja divergência nos
saldos será feito o que se chama de conciliação das contas para o devido ajuste.
As de resultado são encerradas a cada fechamento de exercício social, iniciando com saldo
“Zero” no período seguinte, ou seja, seus saldos são transferidos através de lançamentos
contábeis para a conta de Apuração de Resultado (Resultado do Exercício), cujo saldo
(diferença despesas x receitas) é transferido para a conta Lucro/Prejuízo Acumulado, que é
mostrada no balanço como indicadora da variação patrimonial no decorrer da vida da
empresa.
A conta Lucros ou Prejuízos Acumulados representa o único elo de ligação entre as contas do
Balanço e as do Resultado do Exercício.
O Imposto de Renda em decorrência do lucro apurado é obtido extracontabilmente, através
do “LALUR” – Livro de Apuração do Lucro Real, de escrituração obrigatória, por todas as
pessoas jurídicas.
Normalmente são encontrados nas demonstrações publicadas, títulos como exemplo abaixo:
Essa conta é tão importante, que é demonstrada num relatório chamado de Demonstração de
Lucros ou Prejuízos Acumulados, ou Mutação do Patrimônio Líquido.
Após sua apuração essa conta pode ser distribuída para outras contas por lançamentos
contábeis de forma a atender:
Concluída toda escrituração dos ajustes, encerramento das contas de resultado e distribuição
do mesmo, é levantado o Balancete de Verificação, e em seguida elaborados os relatórios
contábeis como:
9 Balanço Patrimonial;
9 Demonstração do Resultado do Exercício;
9 Demonstração do Lucro ou Prejuízo Acumulados;
9 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido;
9 Demonstração da Origens e Aplicação de Recursos;
9 Notas Explicativas.
13
Refere-se ao valor nominal total das vendas de bens ou dos serviços prestados pela empresa,
no exercício social considerado, antes de qualquer dedução. É importante dizem também que
estas receitas são registradas quando da realização da venda, independentemente da mesma ter
sido recebida ou de quando irá ocorrer seu vencimento, procedimento este, conhecido como
regime de competência.
comprar uma quantidade regular, etc. A este tipo de desconto podemos chamar ainda de
desconto comercial. O abatimento sobre vendas difere de desconto devido a ocorrência deste,
se dar, por anormalidade em relação ao bem ou serviço entregue, no caso de um bem estar
avariado e uma devolução ser inviável economicamente, negocia-se um abatimento sobre a
venda.
RESUMINDO:
9 Brutas – total do faturamento, antes das deduções (descontos, abatimentos, devoluções e
impostos).
9 Líquidas – resultante da subtração dos impostos a elas relacionadas, e também das
Devoluções e Abatimentos sobre Vendas.
Tanto os custos de produtos ou de mercadorias vendidos são obtidos através da baixa nas
contas de estoques pelos valores de produção ou aquisição e os critérios de avaliação adotados
podem ser PEPS, UEPS, Média Ponderada Móvel, etc. cuja escolha de um ou outro provoca
diferença tanto no resultado como na valorização dos estoques
(-) PARTICIPAÇÕES
Compreendem as participações estatutárias que representam parcelas dos lucros destinadas a
empregados, diretores, debenturistas, etc.
DISTRIBUIÇÃO DO LUCRO
Cabe aos acionistas ou quotistas determinarem o destino do Lucro Líquido Disponível.
Criam-se as Reservas (Legal, Estatutária, etc.), distribuem-se os Dividendos e o restante é
retido na empresa (Lucros Acumulados).
EXPLICAÇÕES ADICIONAIS:
Reversões de Reservas – são as parcelas do lucro líquido de exercícios anteriores que foram
destinadas à constituição de reservas, reconvertidas totais ou parcialmente, no momento em
que não existir mais razão para sua manutenção. Basicamente tais reversões processam-se
sobre as reservas de lucros, existindo, porém, exceções.
Obs.: Em situações reais, por exemplo, em vez de ser apresentada uma única coluna chamada
“reservas de capital”, é apresentada uma coluna para cada uma das reservas, valendo a
estrutura básica apenas como ilustração.
O referido quadro também mostra algumas movimentações que podem ocorrer no patrimônio,
porém, quaisquer outras movimentações que a empresa realize que integrem o patrimônio
líquido devem ser explicitadas nessa demonstração.
Através dessa demonstração, o analista pode saber se a empresa se a empresa gerou recursos
em suas operações, se obteve novas fontes de financiamento de longo prazo e se os acionistas
fizeram novos aportes de capital.
19
Em aspecto geral, as origens e aplicações de recursos podem ser identificadas de acordo com
o esquema a seguir:
DOAR trata somente das origens e aplicações de recursos que ocorrem fora do âmbito do
circulante:
Capitulo 01 Estrutura das Demonstrações Financeiras
Quando: Ocorre:
Total das origens > Total das aplicações Aumento do capital circulante líquido
Total das origens < Total das aplicações Redução do capital circulante líquido
2. APLICAÇÕES DE RECURSOS
• Dividendos distribuídos
• Aquisição de Imobilizado
• Aquisição de Investimentos
• Adição de Diferido
• Aumento do Realizável a Longo Prazo (ex.: novas aplicações)
• Redução do Exigível a Longo Prazo (ex.: pagto. De empréstimos)
NOTAS EXPLICATIVAS
A Lei estabelece as indicações mínimas que devem constar das Notas Explicativas, que são as
seguintes:
Para melhor entendimento desse assunto, sugere-se leitura complementar nas páginas de
150 a 156 do livro “Contabilidade Introdutória” FEA/USP.
VALORES A RECEBER
Na composição dos “valores a receber a curto prazo” são discriminados todos os valores
recebíveis a curto prazo, de propriedade da empresa.
Os diversos valores a receber são avaliados por seu valor de realização, ou seja, pelo montante
que a empresa espera auferir quando do recebimento.
Quando se torna comprovada a real impossibilidade da quitação de suas dívidas, são esses
devedores considerados pela contabilidade devedores insolváveis.
Dessa forma, baseando-nos na premissa de que o Balanço deve retratar a situação patrimonial
com o máximo de fidelidade possível, os títulos (duplicatas e outros documentos) a receber
deveriam aparecer no Balanço com saldo correspondente ao montante líquido que
provavelmente serão recebidos.
Sabemos que a conta Resultado dever ser debitada todas as despesas e perdas relativas ao
período. A perda decorrente de débitos insolváveis deve, portanto, pesar negativamente no
resultado desse exercício. Em função disso, devemos concluir que tanto o Balanço como a
Demonstração de Resultados serão incorretos, a menos que neles sejam previstas as possíveis
e prováveis perdas relacionadas a terceiros.
Os prejuízos futuros não podem ser previstos com precisão, por isso, a legislação do IR dispõe
que o valor considerado dedutível como provisão para perda, será aquele que for suficiente
para absorver as perdas que provavelmente ocorrerão no recebimento dos créditos de direito
existentes no final de cada exercício.
O parâmetro normalmente aceito para esta provisão é o percentual (médio dos últimos três
anos) de duplicatas não liquidadas em relação ao saldo de Duplicatas a Receber.
A lei permite também que se constitua provisão para devedores duvidosos da seguinte
maneira:
Exemplo:
DEMONSTRAÇÃO DO CÁLCULO DA PROVISÃO PARA DEVEDORES
DUVIDOSOS (retrospecto histórico)
EXERCÍCIOS Duplicatas a Receber Perda
Saldo em 31-12 efetivamente %
observada
Ano 1 $380.000 $15.200 4,00
Ano 2 $460.000 $18.000 3,91
Ano 3 $500.000 $15.000 3,00
TOTAL $1.340.000 $48.200 3,60
Observação:
- O saldo da conta Devedores Duvidosos, da mesma forma que outra conta de despesa deve
ser transferida para resultado do exercício.
- O saldo da conta Provisão para devedores duvidosos aparecerá no ativo reduzindo a conta
de duplicatas a receber com sinal negativo ( - ).
Exemplo no Balanço:
Duplicatas a Receber..............................$480.000
(- ) Provisão p/Dev. Duvidosos..............$ 17.280 $ 462.720
24
9 Ficar com a mesma até que seja quitada pelo devedor (cliente);
9 Endossar e enviar ao banco, para que este proceda a cobrança;
9 Endossar, enviar ao banco, transferindo ao mesmo sua propriedade, recebendo em troca o
valor do título, deduzidas as despesas incidentes sobre a operação, a isso, dá-se o nome de
“Desconto de Duplicatas”.
As duas primeiras atitudes não envolvem qualquer operação contábil. A terceira implica a
transferência de posse das duplicatas ao Banco. Porém, o simples endosso, não exime a
empresa da responsabilidade de pagar o título, na hipótese do devedor não liquidá-lo junto ao
banco.
Por esse motivo, e por questão de controle da própria empresa, a contabilização do desconto
de duplicatas é feita da seguinte forma:
Diversos
a Duplicatas Descontadas
Pelo desconto das duplicatas nºs. .... no banco ... como segue:
Bancos Cta. Movimento
Valor creditado ............................................................$ 18.000
Juros e Descontos a Vencer (conta do ativo)
Valor do juros a ser cobrado no recebimento da duplic....$ 1.400
Despesas Bancárias
Comissão e IOF cobrados pelo banco $ 600 $ 20.000
Vejam agora, que o valor que a empresa tem realmente a receber apresentada no Balanço é:
EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL
O regime de competência, neste caso significa que a sociedade investidora deve registrar sua
parte no lucro da investida assim que esta o obtiver, e não quando o distribuir em dinheiro aos
sócios.
Exemplo:
A Cia Exemplo S/A tem participação de 60% no capital da Cia ª cujo Patrimônio Líquido é de
$ 10.000. No fechamento do exercício aponto-se que a mesma obteve lucro de $ 2.000.
25
A Cia Exemplo S/A conhecedora desse resultado reconhece seu ganho ref. Participação (60%)
imediatamente, como segue:
ATIVO IMOBILIZADO
O tipo de imobilizado varia com a atividade operacional de cada empresa. Numa empresa de
transporte rodoviário, a tendência é de que a frota de veículos seja um componente expressivo
de seu ativo imobilizado. Já em determinado tipo de indústria, as aplicações de recursos em
sua planta industrial tenderão a ser o principal absorvedor de recursos no ativo permanente.
É importante observar que um bem pode ser classificado como imobilizado ou como estoque,
dependendo apenas de seu propósito. Numa revendedora de veículos, por exemplo, os carros
destinados a venda representam estoques (mercadorias), enquanto os veículos que fazem parte
da frota de uso da revendedora constituem imobilizado.
Os itens componentes do ativo imobilizado são avaliados pelo custo de aquisição, mais os
gastos necessários à colocação dos mesmos em condição de funcionamento. Tais valores eram
antes da Lei 4249/95 corrigido monetariamente para fins de atualização devido ao efeito da
inflação, porém, essa Lei extinguiu tal correção.
Imóveis e Terrenos;
Máquinas e Equipamentos;
Veículos, acessórios e semoventes;
Móveis e Utensílios;
Instalações;
Imobilizações em Andamento;
Etc.l
Há vários critérios e taxas para depreciação, tendo em vista cada critério suas próprias
vantagens. Pelo princípio contábil de consistência, a empresa deverá manter durante a vida
útil do bem o mesmo critério de depreciação que adotou desde o início, porém, na
eventualidade de mudança deverá explicar a ocorrência em nota explicativa.
I. Método da linha reta: é o método mais utilizado, com base em uma expectativa de
vida útil do bem, é estabelecido um percentual anual fixo para depreciação. Supondo,
por exemplo, que determinado bem como veículo tenha uma vida útil de cinco anos,
sua taxa de depreciação será de 20% ao ano.
Capitulo 01 Estrutura das Demonstrações Financeiras
II. Método da taxa constante: é aplicada um taxa constante de depreciação sobre o valor
residual, isto é sobre o custo mais a depreciação acumulada. Observe que, enquanto o
método da linha reta mantém uma taxa constante sobre o valor base, este aplica o
percentual sobre o valor residual, fazendo que a depreciação seja maior nos primeiros
anos de vida do bem.
III. Método da soma dos Dígitos: por esse método também é suposto que a depreciação é
maior nos primeiros anos de vida do bem, sendo a taxa aplicada uma fração cujo
denominador é a soma dos algarismos (dígitos) seqüenciais correspondentes aos anos
de vida útil do bem.
Supondo um veículo, com cinco anos de vida útil estimada, teríamos a soma dos números
seqüenciais de 1 a 5 (1 + 2 + 3 + 4 + 5 = 15), resultando no denominador igual a 15. O
numerador é composto pelos períodos de vida restantes no início da cada período, isto é, para
um veículo com vida prevista de cinco anos, no início do primeiro ano seu restante de vida
útil seria de cinco anos, no início do segundo ano, seu período de vida restante seria de quatro
anos, isto é, o segundo ano que está iniciando, mais três anos.
Exemplo:
ANO 1 2 3 4 5
TAXA 5/15 4/15 3/15 2/15 1/15
Observa-se que a soma das frações relativas a cinco anos é igual a um, isto é, corresponde a
100%, que é a totalidade do valor do bem a ser depreciado.
A Lei das Sociedades por Ações trata dos critérios de avaliação do ativo imobilizado das
empresas, destacando que a diminuição do valor dos elementos do ativo imobilizado será
registrada periodicamente nas contas de:
a. Depreciação – quando corresponder à perda do valor direitos que têm por objeto bens
físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou
obsolescência.
Há diversas outras taxas para diversos tipos de ativos, os quais constam do Regulamento do
Imposto de Renda, Cabe ressaltar que as taxas estabelecidas pela Receita Federal são taxas
máximas.
Se a empresa utilizar taxas acima das convencionais, caberá a ela provar ao fisco, através de
laudos do Instituto Nacional de Tecnologia, que usou taxas cientificamente adequadas em
face da expectativa de vida útil do bem.
A legislação admite que as taxas sejam ajustadas em função do número de turnos em que a
empresa opere. Caso a empresa opere em mais de um turno (8 horas de trabalho), poderá
aplicar as taxas como segue:
Quanto à amortização, de modo geral, são aplicadas sobre os intangíveis como marcas e
patentes, ou sobre benefícios em propriedade de terceiros.
A exaustão, por outro lado, é utilizada no caso de florestas e de jazidas de minérios, por
exemplo.
Antes de qualquer coisa, visando ativar o interesse dos alunos sobre a disciplina “Análise das
Demonstrações Financeiras”, tratada na INSTITUIÇÃO como Contabilidade Geral II,
devemos falar um pouco da importância de conhecer internamente cada uma das
demonstrações financeiras geradas no departamento contábil, as quais farão parte de
importantes ferramentas utilizadas pelos gestores econômicos e financeiros, que utilizarão
seus dados, transformando-os em informações úteis que os auxiliarão nas tomadas de decisão.
Isto justifica a grande importância da matéria no programa dos principais cursos voltados à
gestão empresarial como Administração, Economia, Ciências Contábeis, etc.
Obrigatórios são aqueles definidos pela legislação societária, sendo mais conhecidos como
“demonstrações contábeis” ou “demonstrações financeiras”.
29
A atual Lei das Sociedades por Ações determina que ao final de cada exercício social (12
meses) toda empresa deve apurar, com base nos fatos registrados pela contabilidade, as
seguintes demonstrações contábeis:
9 Balanço Patrimonial;
9 Demonstração do Resultado do Exercício – DRE;
9 Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados ou Demonstração das Mutações do
Patrimônio Líquido;
9 Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos.
A análise de balanços visa relatar, com base nas informações contábeis fornecidas pela
empresa, a posição econômico-financeira atual, as causas que determinaram a evolução
apresentada e as tendências futuras.
Em outras palavras, pela análise de balanços extraem-se informações sobre a posição passada,
presente e futura (projetada) de uma empresa.
A análise de balanços é considerada por alguns autores como “uma arte”, pois, apesar das
técnicas desenvolvidas, não há um critério ou metodologia formal de análise válidos nas
diferentes situações e aceitos unanimemente pelos analistas. Dessa forma, torna-se impossível
estabelecer uma seqüência metodológica ou instrumental científico capazes de fornecer
diagnósticos sempre precisos da empresa (ASSAF NETO). Isso faz com que os indicadores
de análise sejam vistos de maneira particular por quem faz a análise, sobressaindo-se, além do
conhecimento técnico, a experiência e a própria intuição do analista.
Dois analistas podem chegar a conclusões diferentes sobre a mesma empresa, mesmo tendo
trabalhado com os mesmos dados e utilizados as mesmas técnicas de análise. Isso significa
que cada analista concentra-se nas demonstrações financeiras da sociedade, das quais extrai
suas conclusões a respeito de sua situação econômico-financeira, e toma (ou influencia)
decisões com relação a conceder ou não crédito, investir ou não em seu capital acionário,
alterar determinadas políticas financeiras, avaliar se a empresa está sendo bem administrada,
identificar sua capacidade de solvência (se irá falir ou não), avaliar sua lucratividade ou se
tem condições de saldar suas dívidas com recursos gerados internamente etc.
Esses dados representam a matéria-prima do setor p/o Administrador Financeiro que, de posse
deles os transformam em informações úteis para tomadas de decisões.
As informações representam, para quem as recebe, uma comunicação que pode produzir
reações ou decisão, freqüentemente acompanhada de um efeito surpresa.
Em um exemplo podemos dizer que numa partida de futebol da sel. Brasileira x sel. Boliviana
teve uma renda de R$ 286.400,00 e 36.000 pagantes, isso seria um dado, já com a divisão da
arrecadação pelo n.º de pagantes obteríamos o preços médio por ingresso o que já se
transformou em informação.
Esse pode ser um importante e justificado motivo para se transformar parte desses dados em
informações capazes de levar os dirigentes da empresa a uma decisão.
O INÍCIO DA ANÁLISE
O Contador
A função básica do contador é compilar os dados decorrentes das operações da empresa
mediante os registros contábeis. E suas matérias-primas, são os fatos de significado
econômico-financeiro expressos em moeda e os seus produtos finais são as demonstrações
financeiras.
O analista
O analista de balanços por sua vez preocupa-se com as demonstrações financeiras, que
necessitam ser transformadas em informações, que permitam concluir se a empresa merece ou
não crédito, se é lucrativa, se possui dívidas acima de sua capacidade, se vem evoluindo ou
regredindo ou até mesmo se sobreviverá ou irá a falência.
Linguagem
O resultado da análise de balanços é demonstrado através de relatórios escritos em
linguagem descomplicada, com uso de gráficos representativos como auxiliares, objetivando
simplificar as conclusões mais complexas. Devem ser elaborados como se fossem destinados
a leigos mesmo que não o sejam.
Deve-se ter o cuidado de não elaborar relatórios cheio de dados ao invés de informação, que
é o produto esperado pela alta direção da empresa, estes sempre irão querer decidir com base
nas informações obtidas, fornecidas pelos analistas sem a necessidade de interpretar índices
ou gráficos mirabolantes.
O que realmente vai interessar à alta administração serão os comentários objetivos sobre a
situação da empresa.
31
- Situação financeira;
- Situação econômica;
- Desempenho;
- Eficiência na utilização dos recursos;
- Pontos fracos e fortes;
- Tendências e perspectivas;
- Quadro evolutivo;
- Adequação das fontes às aplicações de recursos;
- Causas das alterações na situação financeira;
- Causas das alterações na rentabilidade;
- Evidência de erros da administração;
- Providências que deveriam ser tomadas e não foram;
- Avaliação de alternativas econômico-financeiras futuras.
GRUPOS DE INTERESSE
- Diretores/Acionistas;
- Clientes;
- Fornecedores;
- Instituições financeiras (instituições de crédito, bancos, corretoras de valores, etc.)
- Governo.
-
32
A política financeira de uma empresa tem reflexo nas demonstrações financeiras e é através
da sua análise que se pode conhecer os seus objetivos.
Capitulo
“A análise de balanços é fundamental para quem 02 Análise
pretende das Demonstrações
relaciona-se Financeiras
com a empresa”.
A análise de balanços permite uma visão da estratégia e dos planos da empresa analisada;
permite estimar o seu futuro, suas limitações e suas potencialidades.
EXEMPLOS:
FORNECEDORES
O fornecedor de materiais ou serviços precisa conhecer a capacidade de pagamento de seus
clientes, ou seja, a sua liquidez.
CLIENTES (COMPRADORES)
Raramente o comprador analisa a situação do fornecedor.
Nestes casos, preocupando-se com o aspecto de continuidade, deve proceder análise mais
aprofundada.
BANCOS COMERCIAIS
Esses bancos que trabalham com créditos de curto-prazo, preocupam-se com o grau de
endividamento do cliente e sua rentabilidade e capitalização.
33
BANCOS DE INVESTIMENTOS
Estes se preocupam muito mais com análise de tendência e fazer previsões, que é muito mais
importante para o banco de investimento. Ou seja, eles estão mais preocupados é com a
situação futura da empresa.
CORRETORAS DE VALORES
Concede empréstimos às construtoras e sua análise está entre um banco comercial e um de
investimento.
SOCIEDADES FINANCEIRAS
Créditos diretos a consumidores. Essas sociedades necessitam conhecer a capacidade
financeira de seus clientes (tomadores).
CONCORRENTES
Esta análise é de vital importância, para conhecimento profundo da situação de seus
concorrentes, e pode ser um fator de sucesso ou de fracasso da empresa no mercado.
DIRETORES/ACIONISTAS
Estes se interessam pelo desenvolvimento geral da empresa, mais precisamente no que diz
respeito ao desempenho, aos resultados obtidos, ao grau de endividamento, a lucratividade,
aos prazos de pagamentos, aos prazos de recebimentos etc.
A análise de balanços, para os administradores da empresa é instrumento importante
(complementar) para a tomada de decisão.
GOVERNO
O governo utiliza análise de balanços em diversas situações. Por exemplo, as concorrentes de
concorrência pública.
METODOLOGIA DE ANÁLISE
Na maioria das ciências, o processo de tomada de decisão obedece alguma seqüência como
segue:
Etapas:
1. Escolha de indicadores
2. Comparação com padrões
3. Diagnóstico ou conclusões
4. Decisão
Obs.: Todos os tipos de profissionais têm um padrão estatístico ou não para comparar níveis
satisfatórios para dar sustentação a suas decisões. A análise se compõe através das três
primeiras etapas que devem estar perfeitamente coordenadas.
O médico, por exemplo, tem um padrão de reações estatisticamente elaborado para suportar
seus diagnósticos.
O Diagnóstico de uma empresa quase sempre começa com uma rigorosa Análise de
Balanços, cuja finalidade é determinar quais são os pontos críticos e permitir, de imediato,
Capitulo
apresentar um esboço das prioridades para a solução 02 problemas.
de seus Análise das Demonstrações Financeiras
As vezes, por falta de padrões ou por não se saber construí-los, deixam-se de fazer
comparações e a análise fica comprometida por falta de elementos de referência.
A análise surgiu e desenvolveu dentro dos bancos que foi e ainda é seu principal usuário.
Seu início se deu no séc. passado quando os banqueiros americanos passaram a solicitar
balanços às empresas tomadoras de empréstimos.
35
Em 1915 o Banco Central dos Estados Unidos determinou que, só poderiam ser
redescontados títulos negociados por empresas que tivessem apresentado seu balanço ao
banco.
Em 1918 foi criado um livreto que inclui formulários padronizados para balanços e
demonstrações de lucros e perdas, uma vez que, as demonstrações da época não tinham muita
uniformidade nos dados apresentados.
A partir de 1931, a Dun & Bradstreet passou a elaborar e divulgar índices-padrão para
diversos ramos de atividades, nos Estados Unidos.
Em 1925, Stephen Gilman, realizando algumas críticas à análise de coeficientes, propôs que
fosse substituída pela construção de índices encadeados que indicassem as variações havidas
nos principais itens em relação a ano-base.
Existem hoje, muitos índices surgidos de 1915 até então. Porém, com o passar do tempo,
seguindo a tendência natural da sociedade, as técnicas vêm se aprimorando, sofrendo
refinamentos como objetos de estudos nas universidades.
As duas devem ser utilizadas conjuntamente e servem para complementar as análises por
quocientes.
36
Elas são mais detalhadas, envolve todos os itens das demonstrações e revelam falhas
responsáveis por anomalias encontradas.
VERTICAL
Também chamada por análise por coeficientes, é aquela através da qual se compara cada um
dos elementos do conjunto em relação ao total do conjunto. Evidencia a porcentagem de
participação de cada elemento no conjunto.
Exemplo:
Em uma DRE onde as Despesas Administrativas são R$ 257.000 e a Receita Operacional é
R$ 1.480.000:
HORIZONTAL
Também denominada por alguns analistas como análise por índices, tem por finalidade
evidenciar a evolução dos itens das demonstrações financeiras ao longo do ano.
Por meio deste tipo de análise, é possível acompanhar o desempenho de todas as contas que
compõe a demonstração analisada.
Através do cálculo dos índices de rotação ou prazos médios, é possível construir um modelo
de análise dos investimentos e financiamentos do Capital de Giro, de grande utilidade
gerencial, bem como para avaliação da capacidade de administração do Capital de Giro por
parte da empresa.
Por comparar o custo das diferentes alternativas de capital de terceiros com o custo do
capital próprio, a análise da “alavancagem financeira” é imprescindível para as decisões de
subscrição de ações e muito recomendável nas decisões de financiamento de longo prazo.
ANÁLISE PROSPECTIVA
O pensamento é de que analisando o passado, pode-se ter idéias do futuro, supondo-se que o
comportamento da empresa não se altere. Esse é um raciocínio dominante em grande parte do
mundo.
“As demonstrações financeiras devem ser preparadas para análise, da mesma forma que um
terreno deve ser preparado e modelado para a construção de um prédio”.
Este trabalho consiste em uma crítica às contas das demonstrações financeiras e na transcrição
delas para um modelo previamente definido. A isto, dá-se o nome de “Padronização”.
O primeiro passo para análise é verificar se estamos de posse de todas a DF’s (inclusive notas
explicativas). Também seria desejável Df’s de três períodos. Com as publicações em colunas
38
comparativas teremos, de posse de uma única publicação, dois períodos (exercício atual e
anterior).
Em seguida devemos averiguar a autenticidade das DF’s. O Parecer da Auditoria nas DF’s dá
uma satisfatória margem de confiabilidade para o analista. Não havendo Parecer de Auditoria,
recomenda-se ao analista uma maior dose de conservadorismo, uma vez que, nem sempre as
DF’s refletem a realidade (principalmente as pequenas empresas)
O segundo passo é preparar as DF’s de forma conveniente para a análise. Esta etapa
denomina-se Reclassificação de itens nas Demonstrações Financeiras.
Muitas vezes o contador visa, através do seu agrupamento de contas nas DF’s melhorar a
situação econômico-financeira da empresa usando de uma certa subjetividade.
Exemplo:
Se a empresa se dispõe a vender um imóvel que está classificado do Ativo Permanente, a
atitude do contador visando melhorar a situação financeira da empresa reclassifica este imóvel
no Ativo Circulante. Neste caso, estaria melhorando a situação de liquidez da empresa a curto
prazo.
Significa uma nova classificação, um novo reagrupamento de algumas contas nas DF’s,
sobretudo no Balanço Patrimonial e DRE. São alguns ajustes para melhorar a eficiência da
análise.
É necessário que o analista responsável por esta tarefa conheça bem o que representa cada
uma das contas das demonstrações financeiras, que tenha domínio do mecanismo contábil
utilizado pelas empresas, sabendo como aqueles valores surgiram, o que eles representam e
como serão liquidados. Precisa ainda saber interpretar a nomenclatura utilizada pelas
empresas, convertendo-a para planilhas internas. É fundamental que o analista tenha
condições de avaliar a relevância de cada item, à medida que tal item possa apresentar
dificuldade. Os fatores mais importantes devem ser esclarecidos, enquanto os menos
relevantes muitas vezes não justificam tempo que podem absorver.
Simplificação – Um balanço aberto em uma S/A, contem um nº. elevado de contas, o que
dificulta a visualização do balanço como um todo. Quando se faz cálculos fazendo análise
vertical e horizontal, por exemplo, chega-se a aproximadamente 500 a 600 números o que é
um complicador na vida do analista.
Precisão na classificação das contas – Consiste na adequação das contas segundo suas
próprias naturezas. Ë comum encontrarmos falhas de classificação de contas tanto no balanço
como nas demais demonstrações.
Descoberta de erros – existe caso de erros que podem ser intencionais ou não:
Obs.: Uma padronização rigorosa deveria sempre ser precedida da elaboração de um fluxo
de caixa, uma vez que, tanto as saídas como as entradas de caixa são bem identificadas o que
dá uma boa base para análise.
ATIVO
CIRCULANTE
FINANCEIRO
Disponível
Aplicações Financeiras
SOMA
OPERACIONAL
Clientes
Estoques
Outros Créditos
SOMA
Total do Ativo Circulante
REALIZÁVEL A L. P.
PERMANENTE
Investimentos
Imobilizado
Diferido
Total do Ativo Permanente
TOTAL DO ATIVO
PASSIVO
CIRCULANTE
OPERACIONAL
Fornecedores
Outras Obrigações
SOMA
FINANCEIRO
Empréstimos Bancários
Dupl. Descontadas
SOMA
Total do Passivo Circulante
EXIGÍVEL A L. PRAZO.
Empréstimos
Financiamentos
Total do Exig. A L. Prazo
P. LÍQUIDO
Capital e Reservas
Lucros Acumulados
Total do P. Líquido
TOTAL DO PASSIVO
41
Obs.:
A partir deste ponto, todos as análise exemplificadas, serão feitas com base nos dados
(através de demonstrações e dados adicionais) da empresa hipotética denominada Cia. BIG,
cujos dados foram adaptados a um caso real.
Em todos os capítulos abordados adiante será abordado a Cia. BIG para efeito de
conformidade das técnicas de análise e como elas se relacionam.
42
DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS
Exercício
CIA. BIG
31.12.X1 31.12.X2 31.12.X3
Receita Líquida 4.793.123 4.425.866 5.851.586
Custo dos Produtos Vendidos (3.621.530) (3.273.530) (4.418.671)
Lucro Bruto 1.171.593 1.152.336 1.632.915
Despesas Operacionais (495.993) (427.225) (498.025)
Outras Receitas Operacionais 8.394 17.581 27.777
Lucro Oper. Antes do Imposto de Renda 683.994 742.692 1.162.667
Receitas Financeiras 10.860 7.562 5.935
Despesas Financeiras (284.308) (442.816) (863.298)
Lucro Operacional 410.546 307.438 305.304
Resultado não Operacional 1.058 0 0
Lucro antes do Imposto de Renda 411.604 307.438 305.304
Lucro Líquido 223.741 167.116 165.956
Reserva Legal +
Capital Social e
lucros Total
reservas
Acumulados
Saldo em 31.12.X0 577.605 244.222 821.827
Lucro líquido do Exercício de 20X1 0 223.741 223.741
Aumento de Capital 79.478 (30.000) 49.478
Dividendos 0 (24.185) (24.185)
Saldo em 31.12.X1 657.083 413.778 1.070.861
Lucro Líq. Do Exercício de 20X2 0 167.116 167.116
Aumento de Capital 537.074 (281.634) 255.440
Dividendos 0 (86.232) (86.232)
Saldo em 31.12.X2 1.194.157 213.028 1.407.185
Lucro Líq. Do Exercício de 20X3 165.956 165.956
Aumento de Capital 156.673 0 156.673
Dividendos 0 (61.987) (61.987)
Saldo em 31.12.X3 1.350.830 316.997 1.667.827
44
VARIAÇÃO DO CAPITAL
CIRCULANTE LÍQUIDO 347.898 243.571 113.204
DADOS ADICIONAIS:
31.12.X1 31.12.X2 31.12.X3
1- Receita Bruta de Vendas 6.113.052 6.227.390 8.069.229
(-) Devoluções e Abatimentos 152.825 184.276 249.086
Vendas Realizadas 5.960.227 6.043.114 7.820.143
(-) Impostos 1.107.104 1.617.248 1.968.557
Receita Líquida 4.793.123 4.425.866 5.851.586
5- Estoques
Matérias-primas 264.132 269.385 317.413
Produtos em Processo 263.713 386.643 466.271
Produtos Acabados 223.361 383.407 533.830
751.206 1.039.435 1.317.514
ATIVO PASSIVO
Circulante Circulante
Operacional 1.378.133 Operacional 839.522
Financeiro 122.756 Fornecedor 570.520
1.500.889 Outras Obrigações 269.002
Financeiro 389.742
1.229.264
Conceito
É um processo comparativo, expresso em porcentagem, que se aplica ao se relacionar uma
conta ou grupo de contas com um valor afim ou relacionável, identificado no mesmo
demonstrativo, ou seja, o primeiro propósito da análise vertical (AV) é mostrar a participação
relativa de cada item de uma demonstração financeira em relação a determinado referencial.
De maneira mais simples podemos ver que a AV mostra a importância que cada conta em
relação o valor total do conjunto. No balanço calcula-se o percentual de cada conta em relação
ao ativo total e ao passivo total, dentro de suas respectivas naturezas.
A Análise Vertical, também denominada por alguns analistas como “Análise por Coeficientes”, é
aquela através da qual se compara cada um dos elementos do conjunto em relação ao total do
conjunto. Ela evidencia a porcentagem de participação de cada elemento no conjunto.
Através desse tipo de análise, pode-se conhecer pormenores das demonstrações financeiras
que escapam à análise genérica através dos índices.
O cálculo do percentual que cada elemento ocupa em relação ao conjunto é feito por meio de
regra de três, em que o valor-base é igualado a 100, sendo os demais calculados em relação a
ele.
No caso do Balanço, podemos saber qual o percentual do ativo circulante em relação a ativo
total, ou ainda a relação percentual entre o disponível e ativo total, como o exemplo a seguir.
É evidente que nos casos referentes ao DRE, calcula-se o percentual de cada conta em relação
às vendas, onde o valor das vendas é igualado a 100.
Embora a AV possa ser feita em qualquer demonstração financeira, alcança sua plenitude
quando efetuada na Demonstração do Resultado do Exercício.
A redução do Lucro Líquido de um período para outro pode ser resultado do aumento
indesejado de alguns itens de despesa, o que é facilmente verificado através da análise
vertical.
Conceito
É a comparação que se faz entre os valores de uma mesma conta ou grupo de contas, em
diferentes exercícios sociais. É basicamente um processo de análise temporal, desenvolvido
por meio de números-índices.
A Análise Horizontal, também denominada por alguns analistas como “Análise por meio de
números-índices”, tem por finalidade evidenciar a evolução dos itens das demonstrações
financeiras ao longo do tempo.
Este tipo de análise possibilita o acompanhamento do desempenho de cada uma das contas
que compõem a demonstração em questão, ressaltando as tendências evidenciadas em cada
uma delas, sejam de evolução ou retração.
Através da AH, o analista poderá verificar a evolução normal desta conta e compará-la com a
evolução das demais contas da Demonstração e concluir sobre o comportamento da mesma
durante o período.
Enquanto a Análise Vertical é feita pela comparação de cada elemento do conjunto em
relação ao total, em um mesmo período, a Análise Horizontal compara a evolução dos valores
de cada conta das demonstrações em análise ao longo de vários períodos.
O analista não pode desprezar em sua análise a influência da inflação, que pode concorrer
para um crescimento ou redução dos valores em análise.
Número-índice é uma operação estatística, utilizada pela análise de Balanços, que consiste
em substituir os valores constantes das contas de cada exercício por um número percentual
que facilita a comparação entre eles.
Na construção dos percentuais para cada elaboração de análise horizontal se usa a técnica dos
números índices em que no primeiro ano todos os valores são considerados iguais a 100.
REPETINDO
9 Através da regra de três obtem-se os valores dos anos seguintes;
9 A variação é o que exceder a 100 ou o que faltar para 100.
Exemplo:
Suponhamos que a Demonstração do Resultado do Exercício de uma determinada empresa
apresente os seguintes valores da Receita Operacional Líquida:
Exercício de x1 = 4.280.000
Exercício de x2 = 8.200.000
Exercício de x3 = 9.680.000
Escolhendo o exercício de x1 como base, faremos:
Para fins de Análise Horizontal, podemos elaborar uma tabela com base nos dados apurados.
Veja:
VEJAM QUE:
49
• Na construção dos percentuais para elaboração da Análise Horizontal se usa a técnica dos
Capitulo
números-índices, onde no 1º. Ano todos os 03 sãoAnálise
valores Vertical / iguais
considerados Análise aHorizontal
100.
A análise pode ser feita inicialmente comparando-se os índices obtidos em cada ano sempre
em relação ao ano-base. Pode ser feita especificamente em cada item e depois em conjunto,
possibilitando verificar a influência de cada item um sobre o outro.
Nota:
A anual não deve ser feita em substituição a encadeada, uma vez que pode causar alguma
confusão. Veja exemplos:
Suponha que uma conta Estoques de determinada empresa tenha a seguinte evolução:
20X1 20X2 20X3 20X4
Estoques 2.890.143 1.156.058 1.926.764 2.890.143
Conclui-se que a empresa teve uma redução de estoques em 20X2; tal redução passou a
representar 40% dos estoques iniciais. Em 20X3 os estoques subiram para o nível de 67% dos
iniciais e em 20X4 voltaram exatamente ao nível inicial.
A análise horizontal anual mostra os seguintes números (observe-se que neste processo em
cada ano só aparece o percentual de variação em relação ao ano anterior).
Isto sugere que a redução inicial teria sido inteiramente compensada em 20X3 e ainda havido
um aumento dos estoques em 20X4, o que não corresponde a realidade.
Ou seja, a redução de 60% de 20X2 foi calculada sobre uma base muito maior do que a base
usada para o crescimento em 20X3 e 20X4.
Não se deve tirar conclusões exclusivamente da análise horizontal, pois determinado item,
mesmo apresentando variação de 2.000%, por exemplo, pode continuar sendo irrelevante
dentro da demonstração financeira a que pertence.
Na DRE, pequenos percentuais podem ser significativos, visto que o lucro líquido costuma
representar também percentuais pequenos em relação as vendas em análise vertical, porém em
uma análise horizontal pode representar variações de grandes proporções.
A análise Vertical/Horizontal desce a um nível de detalhes que não permite essa visão ampla
da empresa, mas possibilita localizar pontos específicos de falhas, problemas e características
da empresa e explicar os motivos de a empresa estar em determinada situação.
Análise Vertical:
Mostrar a importância de cada conta em relação à demonstração financeira a que pertence e,
através da comparação com padrões do ramo ou com percentuais da própria empresa em anos
anteriores e permitir inferir se há itens fora das proporções normais.
Análise Horizontal:
Mostrar a evolução de cada conta das Demonstrações. Financeiras e, pela comparação entre
si, permitir conclusões sobre a evolução da empresa.
ANÁLISE VERTICAL
- Essa situação, conforme se comentou, produziu uma redução da liquidez da empresa que
deve administrar um volume maior de dívidas vencíveis a curto prazo sem apresentar um
incremento correspondente em seus ativos circulantes. Situação semelhante também pode
ser verificada em relação ao Realizável a Longo Prazo X Exigível a Longo Prazo:
52
A maior preocupação por investimentos produtivos pode ser derivada do crescimento dos
níveis de vendas da empresa, tendo atingido 51,8% em X2 em relação a X1 e 62,7 em X3 em
relação a X2, conforme quadro da DRE.
Da mesma forma, observa-se que em X1 60,7% dos ativos da empresa eram financiados por
capital próprio. Em X3, esse percentual caiu para 53,4%, significando que a empresa deve a
terceiros os outros 46,6% (100%-53,4) de seus ativos.
Vejam:
Receitas de Vendas 830.000 100,0 1.260.000 100,0 2.050.000 100,0
(-) Custos (524.167) 63,2 (840.500) 66,7 (1.594.600) 77,8
(=) Lucro Bruto 305.833 36,8 419.500 33,3 455.400 22,2
.Nota-se também que apesar de haver ocorrido uma redução proporcional das despesas
operacionais e financeiras na estrutura de resultados, a empresa teve de assumir um prejuízo
de $8.100 em X3 equivalente a 0,4 de suas vendas.
Vejam:
Ou seja, em X1, 94,4% da receita de vendas foram para cobrir os custos e despesas, no
exercício seguinte esse percentual foi de 96,7% e em X3 a empresa utilizou toda a sua receita
e mais 0,4 do P.L (representado por prejuízo).
ANÁLISE HORIZONTAL
Visando fixar melhor a teoria, desenvolvam, utilizando as técnicas apresentadas a análise
horizontal das demonstrações abaixo:
Vejam:
Ativo Circulante 100.000 100,0 110.000 110,0 95.000 95,0
Passivo Circulante 70.000 100,0 90.300 129,0 106.400 152,0
Nota-se que está decaindo de ano a ano a diferença entre ativo circulante e passivo circulante
tanto em valores absolutos como em valores relativos o que provoca uma redução em sua
capacidade de liquidez, tanto que em X3 essa diferença assume valores negativos.
exigibilidades totais cresceram 55,2% em relação ao ano de X1, o capital próprio evoluiu
apenas 14,9% no mesmo período, o que vem demonstrar maior dependência da empresa
aos credores e, conseqüentemente, maior risco financeiro.
Observações importantes:
Gostaria de lembrar que os cálculos são importantes para se construir a estrutura da
demonstração analisada através de números índices, porém, o mais importante é a
interpretação dos índices feita através de um bom relatório como no exemplo acima
exposto.
Vejam que coloco junto a informações levantadas partes dos quadros apenas para que
tenham a visão que está sendo informado.
55
Tomando-se como o ano base de 20X5, os números-índices das vendas, custos e despesas, e
lucro líquido em X5, X6, X7 e X8 são calculados da seguinte forma:
Cálculos:
20X6/20X5 20X8/20X5
Vendas: 100.434 x 100 = 95,7 Vendas: 113.925 x 100 = 108,6
104.899 104.899
Lucro Líquido 23.896 x 100 = 75,2 Lucro Líquido 53.658 x 100 = 168,9
31.777 31.777
20X7/20X5
Vendas: 103.044 x 100 = 98,2
104.899
31.777
Neste sistema de análise verifica-se a variação percentual de uma conta ou grupo de conta de
um período para outro. Logo, o período base para calcular a variação X6/X5 é o ano X5, já a
variação de X7/X6 o ano base é o X6 e a variação X8/X7 a base é o X7.
Obs.: A variação é o que ultrapassa ou falta para 100.
56
Cálculo:
20X6/20X5
Vendas: 100.434 x 100 - 100 = (4,3%)
104.899
31.777
20X7/20X6
Vendas: 103.044x 100 - 100 = 2,6%
100.434
23.896
20X8/20X7
Vendas: 113.925 x 100 - 100 = 10,6%
103.044
49.150
INFORMAÇÕES EXTRAÍDAS:
Através destas análises podemos ver que as vendas diminuíram 4,3% em X6 em relação a X5.
Em X7, apesar de terem crescido em relação ao ano imediatamente anterior, regrediram em
relação ao ano X5. A redução das vendas de X7 foi de 1,8% (98,2 – 100) em relação a X5.
Entretanto, no exercício de X8 observou-se um crescimento de 8,6% nas vendas em relação a
X5, ou seja, estão 1,086 vezes maiores que as obtidas em X5
Ilustrando melhor a análise horizontal, comentemos agora, a mesma com base anual.
57
Outras observações análogas podem ser descritas em função das variações apresentadas
pelos grupos de contas em análise.
O que é índice?
Os índices financeiros são relações entre contas ou grupos de contas das demonstrações
financeiras, que tem por objetivo fornecer-nos informações que não são fáceis de serem
visualizadas de forma direta nas demonstrações financeiras. Por exemplo, se alguém nos diz
que o passivo circulante de uma empresa é de $100.000, essa informação isolada não é
relevante, uma vez que, esse valor pode ser grande ou pequeno, dependendo do porte da
empresa e do referencial com que esteja sendo comparado.
Também podemos definir os índices como sendo a relação entre contas ou grupo de contas
das demonstrações financeiras, que visa evidenciar determinado aspecto da situação
econômica ou financeira de uma empresa.
58
O papel dos índices de Balanço é fornecer visão ampla da situação econômica ou financeira
da empresa.
Os índices servem para medir os diversos aspectos econômicos e financeiros das empresas.
Como medida relativa de grandeza, o índice nos permite que numa mesma empresa possamos
compara-lo ano a ano para observar sua tendência, ou seu comportamento. Adicionalmente, é
possível compararmos, em determinado momento ou período, o índice de uma empresa como
o mesmo índice relativo a outras empresas de mesma atividade, para sabermos como está a
empresa em relação a suas principais concorrentes ou mesmo em relação aos padrões de seu
seguimento de atuação.
Devemos lembra que é necessário que os índices financeiros sejam calculados após a
padronização (reclassificação) das demonstrações financeiras procedidas pelo analista.
A profundidade de análise varia de acordo com o interesse de cada usuário, ou seja, cada um
está interessado em determinado aspecto da empresa analisada.
É importante que atribuamos um peso (um conceito) a cada um dos índices, de modo que
tenhamos uma ponderação que nos leve a uma avaliação final da empresa. A ponderação dos
índices pode ser através de comparação da empresa com padrões de seu segmento, de sua
região geográfica e de seu porte, através da experiência do analista, ou através de outros
meios quantitativos.
Principais Índices
Embora haja inúmeros pontos comuns nos principais índices formados por autores e
profissionais de análise, existem algumas diferenças em suas análises.
Exemplos:
Exemplo:
- Há autores que apresentam a rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido Inicial, outros
Capitulo Líquido
sobre o Patrimônio Líquido médio e outros sobre o Patrimônio 03 Análise através dos Índices
final.
Apresenta-se a seguir quadro resumo com os principais índices que devem ser utilizados na
análise de Balanços.
Deve-se frisar que, a quantidade de índices pode ser reduzida se o usuário desejar uma
análise superficial.
Não é necessário que a análise contenha mais índices do que os existentes no quadro a seguir.
60
2. PC/CT - Composição do Passivo Circulante x 100 Qual o percentual de obrigações a Quanto menor, melhor
Endividamento Cap. de Terceiros curto prazo em relação ás
obrigações totais.
3. AP/PL - Imobilização do Ativo Permanente x 100 Quanto reais a empresa aplicou no Quanto menor, melhor
Patr. Líquido Patr. Líquido Ativo Permanente p/cada $100 de
Patr. Líquido.
4. AP/PL+ELP - Imobilização dos Ativo Permanente x 100 Que percentual dos recursos não Quanto menor, melhor
recursos ñ correntes Patr.Líq + Ex. a L.P correntes (PL e Ex. a L.P.) foi
destinado ao At.Permanente.
Liquidez
5. LG Liquidez Geral At.Circulante + Real L.P Quanto a empresa possui de Ativo Quanto maior, melhor
Pas. Circ. + Exig. L.P circulante + Real. A L. Prazo p/
cada $1,00 de dívida total.
6. LC Liquidez Corrente Ativo Circulante Quanto a empresa possui de At. Quanto maior, melhor
Passivo Circulante Circulante p/cada $1,00 de Pas.
Circulante.
7. LS Liquidez Seca Disp. + Tít. Rec + Outros Quanto a empresa possui de At. Quanto maior, melhor
(ativos de rápida conversão) Líquido p/cada $1,00 de Pasivo
Passivo Circulante Circulante.
Rentabilidade (ou Resultados)
8. VL/AT Giro do Ativo Vendas Líquidas Quanto a empresa vendeu para Quanto maior, melhor
Ativo $1,00 de investimento total.
9. LL/VL Margem Líquida Lucro Líquido x 100 Quanto a empresa obtém de lucro Quanto maior, melhor
Vendas Líquidas p/cada $100 vendidos.
10. LL/AT Rentabilidade do Ativo Lucro Líquido x 100 Quanto a empresa obtém de luvro Quanto maior, melhor
Ativo p/cada $ 100 de investimento total.
11. LL/PL Rentabilidade do Lucro Líquido x 100 Quanto a empresa obtém de lucro Quanto maior, melhor
Patr. Líquido Patr. Líq.Médio p/cada $100 de capital próprio
investido, em média, no exercício.
ESTRUTURA DE CAPITAIS
Fórmula:
19X1
20X1 19x2
Capitais de Terceiros 1.655.317 2.576.865
Patrimônio Líquido 1.070.861 1.407.185
Índice de Participação
de Capitais de Terceiros 1.655.317 X 100 = 155% 2.576.865 X 100 = 183%
1.070.861 1.407.185
FÖRMULA:
P. Circulante x 100
Ex. Total
Indica: Qual o percentual de obrigações de curto prazo em relação às obrigações totais, ou
seja, quanto da dívida total da empresa deverá ser pago a curto prazo.
Após conhecer o grau de Participação de Capitais de Terceiros, resta saber qual a composição
da dívida. Existem dívidas a curto prazo e a longo prazo. Capitulo 03 Análise através dos Índices
Fórmula:
Indica: Quanto à empresa aplicou no Ativo Permanente para cada $100,00 de P. Líquido.
São considerados como recursos não correntes a somatória do Patrimônio Líquido mais o
Exigível a Longo Prazo. É perfeitamente possível utilizar recursos de longo prazo para
financiar os ativos da empresa, desde que o prazo seja compatível com a duração do
imobilizado ou então que o prazo seja suficiente para a empresa gerar recursos capazes de
resgatar as dívidas de longo prazo. Aí está a lógica deste índice que compara as aplicações
fixa (ativo permanente) com os recursos não correntes (PL + Exig. aL. Prazo).
Fórmula:
Indica: Que percentual de recursos não correntes a empresa aplicou no Ativo Permanente.
LIQUIDEZ OU SOLVÊNCIA
LIQUIDEZ GERAL: LG
FÓRMULA:
INDICA: Quanto à empresa possui no Ativo circulante e Realizável a L. Prazo para cada $
1,00 de dívida total.
19x1
20X1 19x2
20X2
Ativo Circulante 1.960.480 2.269.171
Ativo Real. a L. Prazo -0- -0-
Passivo Circulante 1.340.957 1.406.077
Exigível a L. Prazo 314.360 1.170.788
LIQUIDEZ CORRENTE: LC
FÓRMULA:
LIQUIDEZ SECA: LS
FÓRMULA:
Disponível++Aplic.
Disponível Aplic.Financeiras
Finaceiras ++ Clientes
Clientes
de rápida conversibilidade em dinheiro
Passivo Circulante
INDICA: Quanto à empresa possui de Ativo Líquido para cada $1,00 de Passivo circulante
(dívida de c. prazo). O índice revela capacidade financeira líquida para cumprir compromissos
de curtíssimo prazo.
Conforme Matarazzo, este índice é um teste de força aplicado à empresa; visa medir o grau de
excelência da sua situação financeira.
FÓRMULA:
Vandas Líquidas
Ativo Total
FÓRMULA:
- O quociente revela a margem de lucro obtida pela empresa em função do seu faturamento,
isto é, quanto a empresa obteve de lucro líquido p/cada $100,00 vendidos.
FÓRMULA:
- Este quociente revela o potencial de geração de lucros por parte da empresa, isto é, quanto
à empresa obteve de lucro líquido para cada $100,00 de investimentos totais.
FÓRMULA:
- O tempo necessário para se obter O retorno do valor do Capital Próprio investido pode ser
calculado da mesma maneira que se calcula o tempo de retorno do Capital Total.
Para fins didáticos. Pode-se trabalhar com índices hipotéticos. Pois, na escola interessa mais,
neste momento, desenvolver o raciocínio comparativo entre os índices encontrados com a
mediana alcançada por empresa que exercem o mesmo ramo de atividades da empresa em
análise e viva o mesmo cenário econômico-financeiro.
a) Descoberta de indicadores:
No nosso caso, os indicadores são representados pelos índices financeiros de:
- Estrutura de capitais;
- Liquidez;
- Rentabilidade.
c) Tabulação de padrões:
- Consiste na construção de tabelas baseadas em elementos do mesmo conjunto analisado,
(índices de empresas de mesmo ramo);
- Escolha dos melhores indicadores e atribuição dos respectivos pesos;
ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO
- Não podemos esquecer que o relatório deve ser elaborado de forma que um leigo possa
entender, ou seja, em linguagem simples e descomplicada;
- Um bom relatório de análise de balanços deve conter avaliações sobre os principais
aspectos econômicos e financeiros da empresa, objetivando fornecer ao leitor elementos
para a tomada de decisões;
- Recomenda-se o uso de gráficos, para simplificar as conclusões mais complexas.
Exemplo:
Devemos imaginar que todas as etapas necessárias à análise que gerou tal relatório foram
cumpridas.
RELATÓRIO
Situação Financeira
a) Endividamento
- A empresa apresenta alto grau de endividamento, uma vez que os índices de Estrutura de
Capitais se encontram acima dos índices alcançados por empresas que exercem o mesmo ramo de
atividade.
- No período analisado, a empresa não apresentou Capital Circulante Próprio, trabalhando com
Capitais de Terceiros em proporções maiores que os Capitais Próprios, insuficientes para financiar
o Ativo Permanente, revelando que a empresa encontra-se em mãos de terceiros. Houve
68
b) Liquidez
- Sob o ponto de vista de solvência, a empresa encontra-se também em situação desfavorável, pois
não apresenta solidez financeira que garanta o cumprimento dos compromissos de curto prazo e de
longo prazo. A exceção é o exercício de X2, no qual o quociente de liquidez corrente encontra-se
ligeiramente acima do quociente-padrão de seus concorrentes.
Situação Econômica
Rentabilidade
- A situação econômica no exercício de X2 foi melhor que no exercício de X1. Em X2, os
quocientes de rentabilidade encontram-se acima dos padrões de seus concorrentes. A boa
rentabilidade alcançada no exercício de X2 decorre do esforço efetuado pela empresa no sentido
de reverter o alto grau de endividamento apresentado no exercício de X1.
- O alto grau de rentabilidade alcançado no exercício X2, que coloca a empresa acima do patamar
de seus concorrentes, não foi suficiente para reverter, naquele ano, o quadro desfavorável
verificado no exercício de X1. Não há, entretanto, evidências para falências.
- Empresa consegue girar seu ativo em apenas 2,77 anos, possibilitando o retorno do Capital
investido pelos proprietários em apenas 1,05 ano. mantendo a atual política de negociação de
dívidas, de contenção de despesas e aumento da rentabilidade, conseguirá, em pouco tempo,
apresentar graus de endividamento e liquidez satisfatórios, estruturando-se adequadamente sob o
ponto de vista econômico e financeiro.
Ass.:
Fulano de tal – Analista
69
Do relacionamento entre os diversos grupos de contas das demonstrações financeiras pode ser
extraído um grande número de quocientes, apresentando cada um sua importância de acordo
com o aspecto da análise e com o objetivo que cada um tem em mente.
Esses quocientes, também conhecidos por quocientes de Atividades, são obtidos pelo
confronto dos elementos da DRE com elementos do Balanço e evidenciam o tempo necessário
para que os elementos do Ativo se renovem.
FÓRMULAS:
Este quociente evidencia quantas vezes ocorreu a renovação dos estoques, em função das
vendas.
70
Observações:
- Fórmula dos estoques médios: Estoque Inicial + Estoque Final dividido por 2 ;
Este quociente evidencia o tempo que a empresa deverá esperar, em média, para receber o
valor de suas vendas.
- Contas a Receber médias = Somas dos saldos de Duplicas a Receber ou Clientes de cada
período, dividido por 12;
- Vendas a Prazo médias = Totais das vendas brutas do ano divididas por 12.
Este quociente indica o tempo que a entidade dispõe, em média, para pagar as suas obrigações
referente aquisição de mercadorias a prazo.
As fórmulas são compostas da mesma forma que o quociente anterior, sendo que as contas a
pagar são representadas por fornecedores ou duplicatas a pagar.
Real: Dividendos
Patrimônio Líquido
Evidência a rentabilidade obtida pelo PL da entidade, ou quanto a empresa pagou de
dividendos para cada Real de PL existente.
2- Rendimento Atualizado
Fórmula: Dividendos
Valor de Mercado da Ação
Evidencia a rentabilidade oferecida por ação em relação ao preço cotado em bolsa.
3- Rendimento Total
ANEXO:
RELATÓRIO DA DIRETORIA
Senhores acionistas:
A empresa e Produtos
E Empresa Exemplo S.A., tradicional empresa no segmento de artigos esportivos e detentora das marcar A, B e
C, produz, em suas fábricas de São Paulo e Rio de Janeiro, calçados, bolas, roupas em geral e acessórios para a
prática de esportes.
CONJUNTURA ECONÔMICA
Apesar do cenário político e econômico adverso, que nos obrigou ao convívio com uma inflação média de 15%
ao mês, ascendendo aos 20% no final do exercício, a iniciativa privada deu mostras mais uma vez de seu vigor e
capacidade de crescimento em meio à turbulência. Dessa forma, a preocupação em crescer dentro de uma nova
postura de gestão, que não se deve influenciar pelo cenário político-econômico, mostrou sua eficácia e o país
obteve um crescimento, em seu PIB, superior ao de paises cuja inflação é próxima de zero.
MARKETING
O expressivo crescimento das vendas, que em relação ao ano anterior foi da ordem de 140% reais, demonstra de
maneira inequívoca o acerto das estratégias adotadas e da união de todos os setores da empresa na prática de uma
política de mercado séria e responsável, que vem permitindo o fortalecimento da confiança dos clientes aos
produtos e marcas da empresa.
PRODUÇÃO/INVESTIMENTOS
O investimento no montante de aproximadamente US$ 2,2 milhões foi realizado no exercício aplicados na
substituição de equipamentos e expansão de linhas de produção. Visando descentralizar parte da produção e com
o objetivo estratégico de criar unidades de negócios, parcelas da produção foram deslocadas para novas unidades
no Rio de Janeiro.
RECURSOS HUMANOS
A Empresa Exemplo S.A. fechou o exercício de 20X3 com 2.509 funcionários. Em relação a 31 de dezembro de
20X2, foram gerados cerca de 750 novos empregos em suas unidades de São Paulo e Rio de Janeiro. Além dos
benefícios de assistência médica já existentes, a sociedade encabeçou iniciativa com outras empresas regionais,
no sentido de ampliar tais benefícios através do atendimento conveniado e extensivos aos familiares. Os
investimentos de treinamento dos funcionários vem sendo focado de maneira racional e sistemática, coerente
com a filosofia de qualidade assumida pela empresa.
ADMINISTRAÇÃO
Concluímos com sucesso em 20X3 o processo de downsizing, ou seja, a migração da totalização de nossos
softwares aplicativos e base de dados de nosso mainframe para micros e redes, obtendo maior agilidade e
compatibilização com a nova tecnologia da informação.
DIREITOS DOS ACIONISTAS E DADOS DE MERCADO
O estatuto da Sociedade define um dividendo anual de 25%. Nesse sentido, foi definida a distribuição do
dividendo mínimo equivalente a $ 1,31 por ação. O valor patrimonial por ação em 31 de dezembro de 20X3 era
de $40,87 e o valor de mercado nessa mesma data era de $30,00 por ação. A valorização média de mercado no
exercício foi de 297%.
DESAFIOS E PERSPECTIVAS
As soluções que se apresentam para a crise político-econômica do país são de tal forma complexas que não
permitem previsões futuras com o mínimo de segurança possível. Mesmo diante de tal quadro de incertezas, a
empresa assume como desafios contínuos, acreditando no potencial mercadológico brasileiro, investir na
modernização constante de seu parque fabril e nos métodos administrativos, buscar de forma contínua a melhor
capacitação competitiva possível e trabalhar sempre em função do mercado.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos a nossos clientes, acionistas e fornecedores, e especialmente a nossos funcionários, pelo empenho
e dedicação ao longo desse exercício.
73
Capital social
Subvenção Retenção de Lucros
para Legal lucros (prejuízos) Totais
investimentos acumulados
Em 31-12-X1 4.101.685 11.934 185.091 4.298.710
Lucro líquido do exercício 208.706 208.706
Apropriações:
• Reserva legal 5.955 (5.955)
• Dividendos propostos ($ 0,21 por
ação) (28.286)
• Retenção de lucros para
investimentos futuros 359.556 (359.556)
Em 31-12-X2 4.101.685 11.934 5.955 359.556 0 4.479.130
Lucro líquido do exercício 1.088.140 1.088.410
Apropriações:
• Reserva legal 36.363 (36.363)
• Dividendos propostos ($ 1,31 por
ação) (172.728) (172.728)
Retenção de lucros para investimentos
futuros 879.319 (879.319)
Em 31.12.X3 4.101.685 11.934 42.318 1.238.875 0 5.394.812
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras
1.524.424 925.731
APLICAÇÕES DE RECURSOS
No realizável a longo prazo 21.858 59.511
No ativo permanente
- Imobilizado 709.025 375.622
- Investimentos 28.882 0
Por transferência do exigível a longo prazo para o circulante
- Dividendos propostos 75.663 148.633
172.728 28.286
1.008.156 612.052
AUMENTO DO CAPITAL CIRCULANTE 516.268 313.679
VARIAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE
Ativo circulante
- No início do exercício 3.037.618 2.501.274
- No fim do exercício 5.540.286 3.037.618
2.502.678 536.344
Passivo circulante
- No início do exercício 2.063.534 1.840.869
- No fim do exercício 4.049.944 2.063.534
1.986.410 222.665
AUMENTO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO 516.268 313.679
1. CONTEXTO OPERACIONAL
As principais atividades operacionais da companhia estão ligadas à fabricação e comercialização de artigos esportivos,
incluindo vestuário, bolas, calçados e outros artefatos.
Os cálculos de ajuste de valor presente foram efetuados consoante os critérios definidos pela Instrução CVM nº. 191, de 15
de julho de 1992.
Os demais ativos são apresentados ao valor de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações
monetárias auferidas ou, no caso de despesas do exercício seguinte, ao custo.
(d) Permanente
Demonstrado ao custo corrigido monetariamente com base em índices oficiais. As depreciações de bens do imobilizado são
calculadas pelo método linear, as taxas anuais mencionadas na Nota 5, que levam em consideração a vida útil-econômica dos
itens.
(f) Rubricas das demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de
recursos.
São atualizadas monetariamente desde a data ou o mês de sua contabilização e até 31 de dezembro de 20X3, ajustados tanto
pelos ganhos e perdas nos itens monetários como pelo ajuste a valor presente de créditos e obrigações prefixados.
4. ESTOQUES
20X3 20X2
Produtos acabados 915.842 269.401
Produtos e elaboração 537.062 230.964
Matérias-primas 835.019 388.998
Mats. Auxiliares e de manutenção 147.356 124.899
Importações em andamento 142.043 42.645
2.577.322 1.056.907
76
5. IMOBILIZADO
20X3 20X2 %
Depreciação Taxas
Custo Acumulada Líquido Líquido Anuais
corrigido Corrigida de
Depreciação
Terrenos 518.825 0 518.825 518.825 0
Edificações 2.485.178 477.328 2.007.850 2.025.989 4
Máquinas, equipamentos e instalações. 4.126.703 2.408.570 1.718.133 873.993 10 a 20
Veículos 189.776 92.368 97.408 78.416 20
Móveis e utensílios 154.854 110.661 44.193 43.509 10
Outros 95.519 16.073 79.446 183.952 10
Imobilizações em andamento 43.011 0 43.011 461.412 0
7.613.866 3.105.000 4.508.866 4.186.096
6. FINANCIAMENTOS E IMPOSTOS A RECOLHER
20X3 20X2
Financiamentos em moeda nacional 277.256 278.298
Impostos a recolher (basicamente, parcelamento do ICMS e
IPI) 640.778 613.749
918.034 892.047
Passivo circulante (219.931) (110.423)
Exigível a longo prazo 698.103 781.624
Os montantes do exigível a longo prazo têm a seguinte composição por ano de vencimentos:
20X3 20X2
1994 289.625
1995 254.438 246.783
1996 192.314 160.408
1997 em diante 251.351 84.808
698.103 781.624
Os financiamentos em moeda nacional estão sujeitos à correção monetária pela variação da UR (20X2 – UFIR/TR) e juros variados entre 8 e
12% ao ano. Em garantia dos financiamentos, foram oferecidos bens imóveis no montante de $388.158 (20X2 - $ 368.684).
7. CAPITAL SOCIAL
O capital social, em 31 dezembro de 20X3 e de 20X2, está dividido em 44.503.004 ações ordinárias e 87.496.996 ações preferenciais, de
igual valor unitário. As ações preferenciais, sem direito a voto, têm prioridade no reembolso do capital e participação nos lucros em
igualdade de condições com as ações ordinárias. Os dividendos propostos correspondem a 25% do lucro líquido do exercício, calculado nos
termos da Lei nº. 6.404/76, conforme previsto no estatuto social, e podem ser assim demonstrados:
Lucro líquido do exercício, pela legislação societária, após a gratificação aos administradores.
727.274
Apropriação do lucro líquido
- Reserva legal - (5%) (36.363)
- Base de cálculo 690.911
- Dividendos propostos - (25%) 172.728
9. Conciliação entre o lucro líquido do exercício e o patrimônio líquido, apurado de acordo com a legislação societária e a demonstração em
moeda de pode aquisitivo constante.
Lucro líquido Patrimônio líquido
20X3 20X2 20X3 20X2
Legislação societária 727.274 446.564 4.758.980 4.204.434
Atualização monetária dos estoques 361.136 (237.858) 635.832 274.696
Demonstração em moeda de poder aquisitivo constante.
1.088.410 208.706 5.394.812 4.479.130
10. SEGUROS
77
Em 31 de dezembro de 20X3, a cobertura de seguros por incêndio para os bens do imobilizado e dos estoques será abrangida por uma apólice
na modalidade de riscos diversos (Multi-riscos – primeiro risco absoluto) no montante de $ 6.035.048 (20X2 - $ 3.287.525), sendo essa
cobertura considerada suficiente pela administração para os risco envolvidos.
Capitulo 03 Análise através dos Índices
Os membros do Conselho Fiscal da Empresa Exemplo S/A., o no uso de suas atribuições legais e estatutárias,
procederam ao exame das Demonstrações Financeiras do período findo em 31 de dezembro de 20X3,
acompanhadas de notas explicativas. Com base nessa análise e no Parecer dos Auditores Independentes,
concluíram que as referidas demonstrações refletem adequadamente a situação financeira e patrimonial da
empresa, estando em condições de serem submetidas à deliberação da Assembléia Geral dos Acionistas.
13 de fevereiro de 20X4
2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria que requerem que os exames sejam
realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos seus
aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam, entre outros procedimentos: (a) o planejamento
dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles
internos da empresa, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os
valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais
representativas adotadas pela administração da empresa, bem como da apresentação das demonstrações
financeiras tomadas em conjunto.
Auditores Eficientes.
Auditoria Autorizada Maria Contadora
Auditores Independentes Sócia
CRC – SP X.XXX CRC – SP XXX.XXX
78
O propósito deste modelo de Demonstrações Publicadas foi o de fornecer ao analista as características básicas de
cada um dos conjuntos de informações que as empresa elaboram, bem como o formato legal e básico que
discrimina tais informações.
79
REFERÊNCIAS
ASSAF NETO, Alexandre – Estrutura e Análise de Balanços, SP, Ed. Atlas, 2000.
SANTI FILHO, A. de – Análise de balanços para controle gerencial – SP; Atlas; 1992.