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Copom foi instituído em 20 de junho de 1996, com o objetivo de estabelecer as

diretrizes da política monetária e de definir a taxa de juros. A criação do Comitê buscou


proporcionar maior transparência e ritual adequado ao processo decisório, a exemplo do
que já era adotado pelo Federal Open Market Committee (FOMC) do Banco Central dos
Estados Unidos e pelo Central Bank Council, do Banco Central da Alemanha. Em junho
de 1998, o Banco da Inglaterra também instituiu o seu Monetary Policy Committee
(MPC), assim como o Banco Central Europeu, desde a criação da moeda única em
janeiro de 1999. Atualmente, uma vasta gama de autoridades monetárias em todo o
mundo adota prática semelhante, facilitando o processo decisório, a transparência e a
comunicação com o público em geral.

Desde 1996, o Regulamento do Copom sofreu uma série de alterações no que se refere
ao seu objetivo, à periodicidade das reuniões, à composição, e às atribuições e
competências de seus integrantes. Essas alterações visaram não apenas aperfeiçoar o
processo decisório no âmbito do Comitê, como também refletiram as mudanças de
regime monetário.

Destaca-se a adoção, pelo Decreto 3.088, em 21 de junho de 1999, da sistemática de


"metas para a inflação" como diretriz de política monetária. Desde então, as decisões do
Copom passaram a ter como objetivo cumprir as metas para a inflação definidas pelo
Conselho Monetário Nacional. Segundo o mesmo Decreto, se as metas não forem
atingidas, cabe ao presidente do Banco Central divulgar, em Carta Aberta ao Ministro da
Fazenda, os motivos do descumprimento, bem como as providências e prazo para o
retorno da taxa de inflação aos limites estabelecidos.

Formalmente, os objetivos do Copom são "implementar a política monetária, definir a


meta da Taxa Selic e seu eventual viés, e analisar o 'Relatório de Inflação'". A taxa de
juros fixada na reunião do Copom é a meta para a Taxa Selic (taxa média dos
financiamentos diários, com lastro em títulos federais, apurados no Sistema Especial de
Liquidação e Custódia), a qual vigora por todo o período entre reuniões ordinárias do
Comitê. Se for o caso, o Copom também pode definir o viés, que é a prerrogativa dada
ao presidente do Banco Central para alterar, na direção do viés, a meta para a Taxa
Selic a qualquer momento entre as reuniões ordinárias.

As reuniões ordinárias do Copom dividem-se em dois dias: a primeira sessão às terças-


feiras e a segunda às quartas-feiras. Mensais desde 2000, o número de reuniões
ordinárias foi reduzido para oito ao ano a partir de 2006, sendo o calendário anual
divulgado até o fim de outubro do ano anterior. O Copom é composto pelos membros
da Diretoria Colegiada do Banco Central do Brasil: o presidente, que tem o voto de
qualidade; e os diretores de Política Monetária, Política Econômica, Estudos Especiais,
Assuntos Internacionais, Normas e Organização do Sistema Financeiro, Fiscalização,
Liquidações e Desestatização, e Administração. Também participam do primeiro dia da
reunião os chefes dos seguintes Departamentos do Banco Central: Departamento
Econômico (Depec), Departamento de Operações das Reservas Internacionais (Depin),
Departamento de Operações Bancárias e de Sistema de Pagamentos (Deban),
Departamento de Operações do Mercado Aberto (Demab), Departamento de Estudos e
Pesquisas (Depep), além do gerente-executivo da Gerência-Executiva de
Relacionamento com Investidores (Gerin). Integram ainda a primeira sessão de
trabalhos três consultores e o secretário-executivo da Diretoria, o assessor de imprensa,
o assessor especial e, sempre que convocados, outros chefes de departamento
convidados a discorrer sobre assuntos de suas áreas.

No primeiro dia das reuniões, os chefes de departamento e o gerente-executivo


apresentam uma análise da conjuntura doméstica abrangendo inflação, nível de
atividade, evolução dos agregados monetários, finanças públicas, balanço de
pagamentos, economia internacional, mercado de câmbio, reservas internacionais,
mercado monetário, operações de mercado aberto, avaliação prospectiva das
tendências da inflação e expectativas gerais para variáveis macroeconômicas.
No segundo dia da reunião, do qual participam apenas os membros do Comitê e o chefe
do Depep, sem direito a voto, os diretores de Política Monetária e de Política Econômica,
após análise das projeções atualizadas para a inflação, apresentam alternativas para a
taxa de juros de curto prazo e fazem recomendações acerca da política monetária. Em
seguida, os demais membros do Copom fazem suas ponderações e apresentam
eventuais propostas alternativas. Ao final, procede-se à votação das propostas,
buscando-se, sempre que possível, o consenso. A decisão final - a meta para a Taxa
Selic e o viés, se houver - é imediatamente divulgada à imprensa ao mesmo tempo em
que é expedido Comunicado através do Sistema de Informações do Banco Central
(Sisbacen).

As atas em português das reuniões do Copom são divulgadas às 8h30 da quinta-feira da


semana posterior a cada reunião, dentro do prazo regulamentar de seis dias úteis,
sendo publicadas na página do Banco Central na internet ("Notas da Reunião do
Copom") e para a imprensa. A versão em inglês é divulgada com uma pequena
defasagem de cerca de 24 horas.

Ao final de cada trimestre civil (março, junho, setembro e dezembro), o Copom publica,
em português e em inglês, o documento "Relatório de Inflação", que analisa
detalhadamente a conjuntura econômica e financeira do País, bem como apresenta suas
projeções para a taxa de inflação.

Normativo em vigor relacionado ao assunto:

CIRCULAR 3.297
--------------

Divulga novo regulamento do


Comitê de Política Monetária
(Copom).

A Diretoria Colegiada do Banco Central do Brasil, em sessão


realizada em 31 de outubro de 2005, no uso de sua competência legal e
considerando o disposto no Decreto 3.088, de 21 de junho de 1999, e
na Resolução 3.210, de 30 de junho de 2004,

D E C I D I U:

Art. 1º Introduzir alterações no Regulamento do Comitê de


Política Monetária (Copom), que passa a vigorar conforme o documento
anexo.

Art. 2º Revogar a Circular nº 3.204, de 4 de setembro de


2003.

Art. 3º Esta Circular entra em vigor na data de sua


publicação.

Brasília, 31 de outubro de 2005.

Alexandre Schwartsman
Diretor
Regulamento anexo à Circular 3.297, de 31 de outubro de 2005.

Capítulo I
OBJETIVO

Art. 1º O Comitê de Política Monetária (Copom), constituído


no âmbito do Banco Central do Brasil, tem como objetivos implementar
a política monetária, definir a meta da Taxa SELIC e seu eventual
viés e analisar o Relatório de Inflação a que se refere o Decreto
3.088, de 21 de junho de 1999.

Capítulo II
ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO

Art. 2º São membros do Copom o Presidente e os Diretores do


Banco Central do Brasil.

Art. 3º O Copom reúne-se ordinariamente oito vezes por ano


e, extraordinariamente, sempre que necessário, por convocação de seu
Presidente.

§ 1º As reuniões ordinárias são realizadas em duas sessões:


a primeira, às terças-feiras, é reservada às apresentações técnicas
de conjuntura; e a segunda, às quartas-feiras, para decisão das
diretrizes de política monetária.

§ 2º Além dos membros do Copom, participam da primeira


sessão das reuniões ordinárias os Chefes de Unidade das seguintes
áreas:

I - Departamento Econômico (Depec);

II - Departamento de Operações das Reservas Internacionais


(Depin);

III - Departamento de Operações do Mercado Aberto (Demab);

IV - Departamento de Operações Bancárias e de Sistema de


Pagamentos (Deban);

V - Departamento de Estudos e Pesquisas (Depep);

VI - Gerência-Executiva de Relacionamento com Investidores


(Gerin).

§ 3º Nas ausências dos Chefes das Unidades, os respectivos


substitutos nas reuniões do Copom serão indicados pelos Diretores das
respectivas áreas e terão as mesmas responsabilidades.
§ 4º A primeira sessão das reuniões ordinárias conta ainda
com a presença do Secretário-Executivo da Diretoria, de três
Consultores da Diretoria, do Assessor de Imprensa, do Assessor
Especial e de outros servidores do Banco Central do Brasil, quando
convocados.

§ 5º Na segunda sessão das reuniões ordinárias, além dos


membros do Copom, participa, sem direito a voto, o Chefe do Depep.

Capítulo III
ATRIBUIÇÕES E COMPETÊNCIAS

Art. 4º Cabe aos integrantes do Copom o exercício das


seguintes atribuições e competências:

I - Presidente e Diretores: avaliar as propostas,


acrescentar proposições acerca das questões apresentadas e definir,
por meio de voto, a meta da Taxa SELIC e seu eventual viés;

II - Presidente: presidir as reuniões e, ao final,


encaminhar a votação; decidir com voto de qualidade; ter a
prerrogativa, concedida pelo comitê, de alterar a meta para a Taxa
SELIC, no mesmo sentido do viés, sem necessidade de convocação de
reunião extraordinária do Copom.

§ 1º Os Chefes de Unidade deverão levar ao conhecimento do


Copom os fatos mais relevantes relacionados aos seguintes assuntos:

I - Chefe do Depec: conjuntura doméstica, abrangendo


inflação, nível de atividade, agregados monetários, finanças públicas
e balanço de pagamentos;

II - Chefe do Depin: ambiente externo, operações do Banco


Central do Brasil, evolução do mercado de câmbio, das reservas
internacionais e da economia internacional;

III - Chefe do Demab: mercado monetário e operações de


mercado aberto;

IV - Chefe do Depep: avaliação prospectiva das tendências da


inflação;

V - Gerente-Executivo da Gerin: expectativas gerais para


variáveis macroeconômicas.

§ 2º Compete ao Copom avaliar o cenário macroeconômico e os


principais riscos a ele associados, com base nos quais são tomadas as
decisões de política monetária.

§ 3º A Diretoria de Política Econômica (Dipec) é responsável


pela elaboração das atas das reuniões.

§ 4º As atas das reuniões do Copom serão divulgadas no prazo


de até seis dias úteis após a data de sua realização.

Art. 5º As decisões emanadas do Copom são divulgadas por


meio de Comunicado assinado pelo Diretor de Política Monetária,
divulgado na data da segunda sessão da reunião ordinária, após as
18:00.

Parágrafo único. No caso de reunião extraordinária, o


horário de divulgação do respectivo Comunicado ficará a critério do
Diretor de Política Monetária.

Art. 6º O calendário das reuniões ordinárias agendadas para


o ano seguinte será divulgado até o fim do mês de outubro de cada
ano.

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