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MECÂNICA
AUTOMOTIVA
FREIOS
PROIBIDO A REPRODUÇÃO, TOTAL OU PARCIAL DESTA OBRA, POR QUALQUER MEIO OU MÉTODO SEM AUTORIZAÇÃO POR ESCRITO DO EDITOR.
© TODOS OS DIREITOS SÃO RESERVADOS.
MECÂNICA AUTOMOTIVA - FREIOS
FREIOS
Introdução cantes de automóveis desenhar um sistema capaz de
detectar a perda de tração de uma ou de todas as
Os técnicos enfrentam diferentes problemas na re- rodas e compensar a mesma, de modo que o motoris-
paração dos automóveis. O problema, pode surgir no ta possa manter o controle máximo possível, sem que
motor, no sistema elétrico, na realidade, em qualquer as rodas do veículo fiquem travadas (Sistema ABS).
lugar entre os pára-choques dianteiro e traseiro. Nos
diferentes sistemas encontrados num automóvel, o de
freio, talvez, seja o mais crítico. Uma falha neste siste- Sistema de Suspensão
ma, provocada por um componente não original ou
A função do sistem a de suspensão é a de suportar
uma má montagem durante sua na fabricação, pode
o veículo. Para poder cumprir com isto, existem além
determinar, con certeça, na destruição do veículo e o
disso, outras funções que são:
que é pior, na perda de vidas humanas.
1- Ligar o chassi do veículo às estruturas dos eixos
Sistema de Freios traseiro e dianteiro.
2- Transmitir o movimento dos eixos de tração ao
A função primordial do sistema de freios, é deter o chassi do veículo.
veículo de acordo com os desejos do motorista. As 3- Transmitir a inercia de freado da suspensão e
altas velocidades do tráfego atual, demandam que os freios ao chassi.
sistemas de freios sejam desenhados para muito mais 4- Manter as rodas do veículo em permanente con-
do que uma simples função. tato com o asfalto ainda com superfícies irregulares.
5- Fornecer a maior suavidade de marcha ao veícu-
Um moderno sistema de freios, que na realidade é a lo e, consequentemente, aos passageiros e carga.
combinação de dois sistemas, deverá ser capaz de 6- Evitar o excessivo balanceio e ruído do veículo
funcionar sob uma ampla variedade de condições nas viragens.
durante a condução, sob diferentes temperaturas por 7- Evitar a perda de tração entre as rodas e o chão
longos períodos de tempo ou grandes kilometragens. ao efetuar curvas.
O sistema deve balançar a ação de freado para ga-
rantir a detenção total do veículo, sem dificuldade. Foram desenvolvidos varios tipos de suspensões,
que incluem desde a simples mola até sistemas mais
O sistema de freios deve oferecer ao motorista, uma complexos, como os controlados por computador que
forma auxiliar de detenção do veículo, ainda se oco- ajustam o comportamento da suspensão de acordo
rrer um vazamento no seu sistema hidráulico. Além aos desejos do motorista e além disso, melhoram muito
disso, deve possuir um dispositivo que alerte o moto- o «deslocamento» e segurança do veículo.
rista quando acontece um vazamento de fluído hidráu-
lico. Estes sistemas são divididos em: de disco, de Cada melhora na suspensão é conseqüência da
tambor ou uma combinação de ambos. necessidade de uma maior qualidade no andar do
veículo, maior segurança de marcha, controle da di-
O uso dos microprocessadores permitiu aos fabri- reção, estabilidade e maior durabilidade.
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MECÂNICA AUTOMOTIVA - FREIOS
Inclinação do pivô
Alinhamento da
Direção
É o processo que per-
mite, ao veículo, restau-
rar a sua geometria ori-
ginal e à suspensão, às
rodas e sua direção, tra-
balhar em conjunto, após
sua montagem.
O propósito do alinha-
mento das rodas diantei-
ras é atingir a maior es-
Avanço
tabilidade, durabilidade e
controle do veículo.
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MECÂNICA AUTOMOTIVA - FREIOS
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MECÂNICA AUTOMOTIVA - FREIOS
Para corrigir todos estes inconvenientes, fora des- O primeiro fator, têm relação direta com o Coeficiente
envolvido o sistema de freios atuado hidráulicamen- de Fricção do material.
te. Este sistema permite um maior controle e dossa-
gem da freagem de todas as rodas. O coeficiente de fricção é afetado pelo tipo e aca-
bamento do material. Ele é o resultado da divisão en-
tre a força necessária para deslocar o objeto e a força
Haste aplicada ao material contra a superfície de desloca-
mento. Este resultado desenvolve um papel importante
Alavanca Came na determinação do tipo de material que deverá ser
Sapata utilizado para obter o efeito de freagem desejado.
Figura 4: Freio de tambor ou de expansão interna. Os diferentes valores de força que permitem deslo-
car um mesmo peso, demonstram os diferentes tipos
de materiais com seus diferentes níveis geradores de
FUNDAMENTO DO FREIO fricção ou atrito.
A fricção é a força necessária para se opor ao mo- O coeficiente de fricção entre dois pontos pode ser
vimento. Ela consome energia e gera calor, portanto, determinado, dividindo a força que aciona ou movi-
a quantidade de energia requerida para manter a ve- menta esse corpo pelo seu proprio peso.
locidade de um veículo é proporcional à fricção e à
resistência gerada pelo seu proprio movimento. Para Se uma caixa de 100 libras ou kilos de peso é apoia-
deter o mesmo veículo, será necessária uma quanti- da sobre uma superficie de ferro e ela fosse desloca-
dade de energia igual à energia consumida. O resul- da ao longo dessa superficie, um dinamómetro forne-
tado final é a geração de calor, devido à fricção. cerá um valor de umas 60 libras de força para poder
mexer a mesma.
Se for necessário, deter o veículo em uma curta dis-
tância, será necessária maior fricção e a conseqüên- Esse esforço será menor se entre a caixa e a super-
cia lógica, é que o calor gerado será maior. ficie de ferro fosse aplicada uma camada de graxa ou
ainda, se fosse colocado um sistema de roletes. Em
Fatores importantes: este último exemplo, com certeça, que o instrumento
Haste 1- Os materiais usados e o estado das super- fornecerá um valor muito menor e que pode ser de,
fícies de contato ou atrito. somente, umas 30 libras.
2- A pressão aplicada às superfícies em contato.
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Direção do Movimento
Dinamómetro
Superficie de ferro
Direção do Movimento
Dinamómetro
Capa de graxa
1- Mola de retorno
2- Mola de fixação
3- Sapata primária
4- Sapata secundária
5- Cilindro de roda
6- Prato ou porta-sapata
7- Parafuso de fixação
FIGURA7. FREIO DE TAMBOR DIANTEIRO
8- Mola anti-vibração
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Retentor
Guarda-pó
Pinça
Anel de retenção
Disco Trava
Válvula de sangria
Conexão hidráulica
Anel de retenção
Pastilha
Pistão
Suporte
da pinça
Mola Bucha
Pino-trava
Trava
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MATERIAL DE FRICÇÃO
A lona de freio é a parte mais importante do sistema Os componentes utilizados atualmente, são
de freios. Ela pode ser colada ou rebitada a um suporte classificados nas seguintes categorias:
metálico chamado sapata.
O material de fricção varia na sua qualidade e fabri- 1- Econômico. De baixo custo. Estão colados à sapata
cação, mas em todos os casos, deve reunir as seguintes e contêm uma grande quantidade de aditivos e pouca
características para poder fornecer uma freagem quanatidade de fibras de asbesto.
perfeita.
1- Resistência ao desgaste por calor, ou seja, a 2- Regular. De preço médio. Boa qualidade dos com-
qualidade de poder ser resistente às altas temperatu- ponentes e são colados ou rebitados à sapata.
ras.
2- Rápida recuperação, ou seja, voltar à condição 3- Especial. De alto preço. Totalmente tratados e usam
anterior à freagem. componentes de elevada qualidade, capazes de
3- Capacidade de manter a sua forma original ao ser suportar altas temperaturas e provêm alta resistência
aplicada contra o tambor ou disco, sob diferentes ve- ao desgaste.
locidades.
4- Resistência ao desgaste devido à velocidade e à Os componentes devem suportar temperaturas
perda de fricção devido à sujeira ou à umidade prove- pperto dos 260º C e pressão de atè os 1000 p.s.i..
niente da chuva ou poças de água do caminho.
5- Longa vida que permita fornecer o máximo de As materia-primas na sua maior parte são derivados
pressão e resistência ao desgaste ao longo do tempo, do asbesto, essas fibras perigosas para o ser humano,
sem estragar as superfícies de atrito do disco ou do portanto, os procedimentos utilizados e recomenda-
tambor. dos pela industria e o governo são os seguintes:
Os componentes utilizados nas lonas das sapatas e 1- Se for possível, a área de serviço onde é realizado
pastilhas são, basicamente, os mesmos que se o concerto dos freios, deve estar separada das outras
empregam na maioria dos materiais de fricção. O prin- áreas da oficina mecânica.
cipal componente é um composto de fibra de asbes-
to, utilizado nas sapatas de freios de tambor e pó 2- Em cada lugar de trabalho, deverá se fixado o
metálico utilizado nas pastilhas dos freios de disco. seguinte aviso:
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PRINCÍPIO HIDRÁULICO
O automóvel moderno usa freios hidráulicos, como Os líquidos e os gases são elementos conhecidos
meio de redução de sua velocidade. Isto significa que como fluídos. Em alguns aspetos, eles tem o mesmo
hastes, cames e cabos que controlavam os freios comportamento, existem características especiais que
mecânicos foram substituídos por um sistema mais determinam suas diferenças, fazendo com que somente
eficiente, o hidráulico. Devemos lembrar que, por os líquidos, sejam utilizados nos sistemas hidráulicos.
razões de segurança, o freio de mão continua sendo,
ainda hoje, mecânico.
O líquido não é compressível
Os fluidos especiais que se encontram no interior de
mangueiras flexíveis ou de tubos de aço, são utilizados Quando um líquido fica no interior de um recipien-
para transmitir a pressão no pedal do freio aos con- te, sob pressão, ele não pode ser comprimido. Isto, se
juntos de freios localizados nas rodas. deve a que suas moléculas ficam muito perto umas
das outras. Isto não acontece com os gases, cujas mo-
Um sistema hidráulico usa fluído para transmitir léculas estão muito afastadas.
força, pressão e movimento. Quando é aplicada uma
força sobre um líquido fechado num sistema, é gerada Se é exercida pressão sobre um gas, é possível reduzir
uma pressão dentro do mesmo. Ela se transmite, o espaço inter-molécular. Isto significa que o seu
imediatamente, para todas as direções. Essa pressão volume é reduzido. Num líquido, isto não é possível.
se exerce em ângulo reto sobre todá superfície do sis-
tema e em forma equitativa, quer dizer, que superfícies Por isso, os gases podem ser comprimidos e quando
iguais receberão forças iguais. essa pressão é eliminada ou diminui, os mesmos voltam
a seu volume original.
Este fenômeno é conhecido como Lei de Pascal e se
aplica em todos os sistemas hidráulicos.
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Ar Liquido Liquido
Ar
Quando um dos pistões recebe uma força que o obri- ser transmitido o mesmo movimento. Quando isto
ga a se deslocar na direção do outro, o segundo pistão acontece e os dois cilindros da mesma medida e o tubo
se movimentará, para fora, o mesmo comprimento, que estão cheios de líquido e é deslocado um deles, o pis-
o primeiro entra no interior do cilindro. Se esses dois tão do outro cilindro se movimentará na mesma di-
cilindros estiverem ligados entre si por um tubo, pode reção e comprimento.
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Cilindro-mestre
Pinças de Cilindros
freios de roda
Tubulação de freio
Até no inicio dos anos ‘60, a bomba de freio era Se for necessário, o comprimento, deverá ser sufi-
montado na estrutura do chassi, perto da caixa de câm- ciente para que fique uma folga de 1/4 a 1/2 polegada
bios. Os carros e camionetes mais antigos, usavam este (6 a 12,5 mm). Isto permite que a bomba de freios
tipo de pedal pois tinham os pontos de fixação no pro- não seja atuada ao deixar o pé sobre o pedal. Quando
prio chassi do veículo e aparecia na cabine através de é ajustado o comprimento da haste, o inicio de resis-
um furo feito no assoalho da mesma. tencia ao movimento do pedal é sinal de que está sen-
do atuado o pistão principal do cilindro-mestre.
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CILINDRO-MESTRE
Suporte do pedal
Ele é uma bomba hidráulica atuada pelo mecanismo
do pedal de freio. A maioria dos cilindros mestres são
feitos de fundição de ferro e tem o reservatorio de fluido
de freios usinado no proprio alojamento da unidade. Eixo
Geralmente, ele fica na parte superior do cilindro-mes- Cilindro-mestre
tre. Haste Pedal de freio
ajustável
Existem outros componentes feitos em fundição de Parede de fogo
alumínio e seu reservatorio, feito de material plástico
transparente, localizado na parte superior do cilindro- Assoalho do carro
mestre.
FIGURA 15: TÍPICO PEDAL DE FREIO PENDURADO
A finalidade do cilindro-mestre é converter a força
mecânica em pressão hidraúlica. os modelos saídos no ano 1967. Este componente têm
Os tipos de cilindro-mestres mais utilizados na in- dois circuitos de pressão hidráulica completamente
dustria automotiva são: independentes.
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Cilindro-mestre com
Diafragma Tampa
pistões de diferentes
diâmetros Reservatório secundário Reservatório primário
Estes funcionam como um Orificio secundário
sistema duplo normal, exceto
que o diâmetro do cilindro,
entre a seção primária e
secundária, é diferente. Ao ser Haste de
maior o diâmetro do cilindro, atuação
Mola de retorno
maior é a quantidade de
Anél Anéis Anél de
fluído, ou seja que o esforço é Pistão Anél primário
primário Secundários Molas de retorno vedação
menor para o mesmo secundario
deslocamento ou ângulo do
pedal de freio. Este sistema é FIGURA17: CORTE DE UM CILINDRO-MESTRE
utilizado para o controle do
conjunto de freios dianteiros.
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Sangria
Secundário
Primário
O cilindro-mestre pode ser sangrado antes de
sua montagem. Se não for feita esta operação,
dificilmente será obtida uma freagem satisfatória.
O procedimento é o seguinte:
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HIDRAULICOS MECANICOS
Luz de alerta
de freios
Estes interruptores
começaram a ser uti-
lizados nos modelos
de 1967 junto com
os cilindros-mestres
FIGURA 19: INTERRUPTORES de circuito duplo.
Avisam ao motorista
da existência de uma
Existem dois tipos de interruptores: falha no sistema de freios.
1 - Atuados mecânicamente: utilizados na maioria Existem três tipos:
dos veículos modernos. 1- Interruptor com molas de centragem.
2 - Atuados hidráulicamente: utilizados em alguns 2- Interruptor com molas de centragem e dois
automóveis antigos. pistões.
3- Interruptor sem molas de centragem.
O interruptor mecânico da luz de freio é atuado pelo A partir de 1970, nos carros equipados com freios
pedal de freio. O interruptor hidráulico é atuado pela de disco, o interruptor da luz de alerta foi ligado com
pressão hidráulica gerada no cilindro-mestre. Em am- a válvula de controle (Metering). Além disto, este in-
bos componentes, o circuito elétrico é aberto quando terruptor pode ser montado no proprio cilindro-mestre.
o pedal não é pisado. No entanto, quando é utilizado
o sistema de freios, o circuito eletrico é fechado e VÁLVULA DE CONTROLE (Metering
ambas lanternas traseiras acendem.
valve)
O mau funcionamento destes interruptores pode ser
devido ao desgaste, ruptura, corrosão, vazamentos ou Os automóveis que estão equipados com freios de
trincas. Antes de trocar uma destas peças elétricas, disco, nas rodas dianteiras, e freios de tambor, nas
utilize um fio elétrico para testar a continuidade no traseiras, têm uma válvula medidora montada na linha
circuito elétrico. Troque as lâmpadas queimadas ou hidráulica ligada aos conjuntos de freios de disco.A
porta-lâmpadas defeituosos, conectores ou fios finalidade básica desta válvula é melhorar o efeito da
elétricos em mau estado. freagem, geralmente, quando é pisado, levemente, o
pedal de freio.
Se as luzes de freio acendem quando for ligado o fio
elétrico de teste no circuito, mas, elas não acendem A válvula evita o uso dos discos dianteiros até que a
quando o pedal é pisado, então, o interruptor está com pressão do sistema hidráulico, atingir entre 75 a 125
defeito ou sem a regulagem correta. O interruptor com p.s.i.. Esta pressão é contra às molas de retorno das
defeito deverá ser trocado. Antes de troca um inte- sapatas nos freios de tambor, permitindo que elas
rruptor mecânico, verifique se ele está bem regulado. fiquem encostadas aos tambores. Ao mesmo tempo,
Ele deverá fechar o circuito elétrico quando o pedal as pastilhas começam a apertar aos discos dianteiros.
do freio for deslocado, aproximadamente, 1/2 A válvula de controle não é ajustável nem pode ser
polegada. consertada. Se estiver estragada, deve ser trocada.
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VÁLVULA DOSADORA
Na maioria das aplicações, a pressão hidráulica do
cilindro-mestre, trabalha diretamente sobre os conjun-
tos de freios dianterios, enquanto a pressão nos freios
traseiros está limitada ou reduzida, por esta válvula
dosadora.
Tampa
A válvula regula a pressão para permitir uma freagem
Diafragma máxima, sem que as rodas fiquem travadas.
Anel da
válvula Geralmente, esta válvula é montada no chassi do
Orificio frontal de Válvula móvel veículo e ligada ao trem traseiro por meio de um mola
saída ou parafuso de tensão calibrado. O desloque da carga
do veículo durante a freagem, variará a pressão libera-
FIGURA20:VÁLVULADECONTROLE da aos freios traseiros.
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AOS FREIOS
TRASEIROS
PISTÃO
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Tubulações e Mangueiras
Tampa Corpo do cilindro Tampa
de borracha Entrada de roda de borracha
As tubulações (tubos de aço) e mangueiras
flexíveis (borracha reforçadas), ligam o ci-
lindro-mestre com os conjuntos de freios lo-
calizados nas rodas e devem ser capazes de
suportar valores de pressão superiores aos
liverados pelo cilindro-mestre.
A mangueira é utilizada como conexão flexível entre O cilindro de pistão simples tem um unico pistão,
o chassi do veículo e as rodas. Elas devem suportar, seu selo e uma cremalheira. Geralmente, este tipo de
além das altas pressões, o conjunto de movimentos da cilindro é montado em par.
direção e da suspensão do veículo. Sempre verifique o
estado geral das mangueiras e as possíveis trincas ou A câmara que se forma entre os dois selos de vedação
furos no seu revestimento. deve ficar, sempre, cheia de fluido de freios. Quando é
pisado o pedal de freios, a pressão gerada no interior
do cilindro-mestre é transmitida, de forma direta, atè
CILINDRO DE FREIOS DA RODA esta câmara. Então, o fluído do freio é forzado a se
deslocar no interior do cilindro, mexendo em sentido
Este componente converte a pressão hidráulica oposto, aos dois pistões.
gerada e fornecida pelo cilindro-mestre, no desloque
necessario para afastar as zapatas e deter o giro das
rodas.
Existem três tipos de cilindros utilizados nos freios Este pequeno movimento de ambos pistões, força às
de tambor. sapatas de freio para que se afastem entre elas, isto é,
1- Duplo pistão com cilindro do mesmo diâmetro. que se abram e possam se encostar na face interna do
2- Duplo pistão com cilindros de diferente diâmetro. tambor de freios.
3- Pistão simples.
O mais comum dos três é o de duplo pistão com
cilindro do mesmo diâmetro. O pistão duplo de dife-
rente diâmetro têm os mesmos componentes que o
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MECÂNICA AUTOMOTIVA - FREIOS
O freio de tambor é um dos tipos de freios mais uti- Quando são aplicados os freios, as sapatas são
lizado nos veículos, ainda hoje. forçadas contra o tambor em rotação. Conforme as
Este conjunto de freio tem os seguintes componen- lonas encostam no tambor, a sapata primária tende a
tes: o cilindro de freios, as sapatas e todas as peças acompanhar o giro do tambor. Este arrante produzido
necessárias para o seu funcionamento. pela rotação do tambor é transmitido desde a sapata
Um típico conjunto de freios de tambor tem: primária à secundária, através do dispositivo de
1- Prato ou porta-sapata sobre o qual estão monta- regulagem. O resultado final é que a sapata secundária
dos todos os outros elementos do conjunto, com é forçada a se encostar contra o tambor e o resultado
exceção do tambor. é a eficiência da freagem por aumento da área de atri-
2- Duas sapatas montadas sobre o prato. to. Na maioria dos veículos, o sistema de duplo servo
3- Molas de retorno e travas das sapatas. permite as sapatas ser auto-ajustáveis.
4- Dispositivo de regulagem automático o manual ,
para poder compensar o desgaste das sapatas. Os mecanismos diferem no desenho do fabricante,
5- O tambor. porém, sua função é a mesma ou seja, deixar a sapata
Os tambores de freio utilizados nos veículos de hoje o mais perto do tambor para compensar o desgaste
têm dois modelos: das lonas. A melhor maneira de brindar um bom serviço
- duplo servo no freio de servo duplo, é seguir as instruções do fa-
- sem servo. bricante.
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TAMBOR DE FREIO
O tambor de freio é a superfície metálica de atrito
Tambor
necessária para que possam ser encostadas as sapatas Sapata
e permitir a freagem do veículo. Eles devem suportar e
resistir grandes esforços sem deformar-se e, além disso,
poder dissipar o calor gerado durante o processo.
Devem ser observadas as seguintes condições: FIGURA 24: CONIXIDADE
1- Trincas: é a falha mais comum que têm o tambor
após o seu uso. Isto, se deve que se acumula poeira 3- Concavidade: este problema, é causado por um
excessivo desgaste ná area central da superfície do tam-
entre as peças de atrito ou ao desgaste excessivo das
bor. Uma forte pressão pode deformar a sapata, e em
lonas rebitadas, pois as cabeças dos rebites podem futuros freagens, as forças se concentrarão no centro
entrar em contato com a superfície do tambor. do tambor.
Tambor côncavo
Superfície
trincada Material
de
fricção
Material
de fricção
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MECÂNICA AUTOMOTIVA - FREIOS
Tambor convexo
Material de
fricção
FIGURA29: OVALAÇÃO
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Freio de mão
Quando se aplica este freio, o cabo puxa o came
É um freio atuado mecânicamente, controlado pela mão que atua outra parte interna da sapata forçando-a
ou pé e sua função é permitir o estacionamento do veículo. contra o tambor. Uma mola de retorno volta o
O freio de mão, simplesmente, movimenta as sapatas dos conjunto na sua posição inicial ou de repouso,
freios traseiros contra o tambor. Isto se consegue através quando o mesmo é liberado pelo motorista.
de cabos e alavancas.
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Tampão de atrito
Pinça
Assento Anel
da pastilha Pistão Trava
Abraçadeira
do assento B Obturador do pistão
Adaptador de mordaça
Cobertura contra pó
Disco de freio
FIGURA 32: CONJUNTO DE FREIOS DE DISCO
Estes componentes são utilizados para garantir a É um pequeno pedaço de metal rebitado no bordo
posição das pastilhas na pinça e prevenir, além disso, da base da pastilha de freio. Quando a pastilha de freio
o ruído que a vibração a freagem gera. fica gasta demais, esta peça metálica encosta contra o
disco e o atrito das duas superficies metálicas gera um
Chave de suporte da pinça chiado forte.
Sensor sonoro
Sensor visual
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Operação
O vácuo do motor está disponível na seção de Adaptador
potência, através de uma mangueira ligada à válvula
FIGURA 37: PINÇA MÓVEL.
de controle de vácuo. Se o pedal de freio não é pisado,
o vácuo do motor se encontra presente em ambos la-
dos do diafragma. O diafragma e a placa ficam estão,
na posição livre, ou seja, para trás da seção de potência.
Parede de fogo
Cilindro-mestre
Mangueira
de vácuo
Pedal do freio
Unidade de potência
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Operação
A força resultante desloca o pistão para a frente
e empurra a haste que liga o pistão do cilindro-
mestre. Com o motor ligado e sem atuar o pedal de
freios, a pressão da bomba é dirigida à seção de
potência da caixa de direção.
Logo de pisar o pedal de freios, o parafuso de
entrada e o pistão de potência se mexem, pouco,
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Válvula
Saídas
FIGURA 42: FREIOS
NÃO APLICADOS
Do pedal
Parafuso interno
Mola
PISTÃO DO
ACUMULADOR
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Rolamento em
bom estado
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Em este assunto serão apresentados os procedimen- O veículo deve ser erguido do chão sobre macacos
tos aceptáveis para: ou rampas de ferro. Também o carro pode ser erquido
1- Inspecionar desde ambos extremos para efetuar uma melhor e mais
2- Ajustar profunda inspeção. Nunca fique sob o veículo quando
3- Consertar estiver sobre qualquer tipo de macaco. No caso do
4- Sangrar mesmo falhar, o pessoal ficará exposto a um grave pe-
rigo.
O sistema de freios de tambor, de disco ou uma com-
binação de ambos deve ser revisado a intervalos regu- Retire todas as rodas e tambores (se for o caso) e
lares. Muitas vezes, o motorista se lembra do sistema inspecione cada uma delas, nas seguintes áreas:
de freios quando está realizando a viagem ou quando
ouve um ruído e já pode ser muito tarde. 1- Inspecione o cilindro-mestre por sinais de vaza-
mento.
O fabricante estabelece normas de manutenção pre- 2- Procure possíveis vazamentos ou danos físicos nas
ventiva para o sistema de freios e uma das tarefas que tubulações dos freios ou nas mangueiras flexíveis.
o técnico deve realizar é a de explicar o programa de 3- Verifique cada conjunto de freio, um de cada vez,
manutenção ao usuario. procurando vazamentos de fluído em cada cilindro de
roda ou pinça.
Si se suspeita da existência de um possível proble- 4- Verifique a existência de contaminantes ou sujei-
ma, a primeira coisa que o técnico deve fazer é: “Veri- ra nas lonas de freio ou nas pastilhas, tais como graxa
ficar”. Além disso, deve permitir ao motorista ou clien- dos rolamentos.
te, explicar a situação. Para isso, faça as seguintes pre- 5- Observe o desgaste do material de fricção. Ele deve
guntas: ser uniforme e calcule se o conjunto pode ser monta-
“Quanto tempo tem o problema?” do de novo ou é necessária sua troca.
“Aonde ou quando ouve o ruído?” 6- Verifique o freio de mão e seus cabos. Verifique
“A roda puxa para algum lado? que o mecanismo todo se mexa livremente, pois ele
É aconselhável fazer um teste de direção junto com pode ficar travado ou emperrado, se o mesmo não for
o cliente, sempre que for possível. usado com frequência.
7- Escreva sua opinião, compare a mesma com as
Nota: Antes de realizar um teste de direção, num especificações do fabricante e faça as recomendações
carro que se suspeita tem um problema nos freios. pertinentes ao cliente.
1- Verifique o nível do fluído de freios.
2- Pise o pedal de freio para verificar a não exis- Depois de todos estes pasos, pode ser que o proble-
tência de ar no sistema. ma não exista, mas, pode resultar muito perigoso não
3- Verifique o funcionamento do freio de mão. resolver o problema a tempo.
4- Dirija o veículo devagar fazendo duas ou três
paradas antes de realizar o teste. Lembre-se do perigo que representa o asbesto, an-
tes de mexer no sistema de freios.
Tome o tempo necessário para ler esta nota mais uma
vez . Estes conselhos ajudarão ao técnico como ao
freguês. Dirigir um veículo que não freia num sinal de
Pare deve ser uma experiência muito ruim.
Ajustagem
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o sistema hidráulico geral do veículo deve suportar freios além de ser a causa do seu mau funcionamento.
altas pressões além das condições ruins da estrada e Estes problemas poderão ser evitados, sempre que o
do meio ambiente. técnico utilize ferramentas limpas e na hora da mon-
tagem da nova peça, o local deverá estar limpo.
O tambor ou o disco de freios, no caso de necessitar
ser rectificado, ele deverá atingir um acabamento sa- Sangria
tisfatório, tanto na apariência quanto nas tolerancias
das medidas. Para poder obter isto, o torno utilizado
deverá estar em boas condições de funcionamento. O sistema de freios deve ser sangrado toda vez que a
tubulação hidráulica do sistema for aberta. Qualquer
Durante a manutenção do veículo, se for necessária bolha de ar no sistema é suficiente para tirar a efetivi-
a troca de uma peça estragada, a nova deverá ser ori- dade do sistema e causar serios problemas. Como exis-
ginal ou então, da mais alta qualidade possível. Isto tem diferentes métodos para retirar o ar do sistema de
permite que o sistema de freios volte ao seu estado freios é recomendado, sempre, seguir as instrucções
original e dure o maior período de tempo possível. Um do fabricante.
conserto «de baixo custo» não será realmente barato
se o sistema não consegue trabalhar normalmente. Sempre que um cilindro-mestre for trocado, previa-
mente, ele deverá ser sangrado na bancada de trabal-
Troque todos os materiais de fricção, lonas ou pas- ho, “antes” de ser montado no veículo. Existem vários
tilhas, quando for necessário ou estiver consertando o métodos para realizar esta operação, mas, retirar o ar
sistema de freios. Isto garante a qualidade do serviço. do cilindro-mestre tem a finalidade de evitar que o
líquido de freio possa estragar a tinta do carro.
Geralmente, os acessórios do sistema de freios, as-
sim seja uma mola de retorno ou um retentor, são ig- Para sangrar o sistema é suficiente uma pessoa no
norados. Se com um destes elementos tiver dúvidas, o assento do motorista para poder pisar o pedal de freio
melhor será trocá-lo por um novo. Isto fará com que o e uma outra, no conjunto de freios que será sangrado.
cliente fique satisfeito com o serviço realizado. Este é método mais comum e aceitável, mas, leva maior
quantidade de tempo. Verifique se a válvula de san-
O cilindro-mestre ou o cilindro da roda deve ser con- gria está bem apertada e se o nível de fluído de freios
sertado ou trocado, se existe algum sinal de vazamen- no reservatório do cilindro-mestre é o correto.
to. Atualmente e com a finalidade de reduzir o tempo
que o veículo está parado, alguns cilindro-mestres e Algumas vezes acontece que o sistema hidráulico
de roda não podem ser consertados e o jeito, é tro- está contaminado e quando isto acontece, o sistema
caçá-los. deverá ser lavado, cheio com liquido de freios novo e
sangrado. O novo fluído de freios é o adequado para
As pinças devem ser desmontadas e consertadas se lavar o sistema. Se algum componente do sistema es-
existe algum sinal de vazamento. Use sempre, o ma- tiver muito sujo é recomendada a utilização de álcool
nual de serviço do fabricante, como guía. Tenha muito para lavá-lo.
cuidado quando é retirado o pistão da pinça. Sangria
43
MECÂNICA AUTOMOTIVA - FREIOS
1- Erga o veículo
totalmente e insta- Não espalhe liquido de freio
le os suportes de
chassi. Empurrar e puxar
varias vezes
Nota: O veículo
deverá estar nivela-
do para sangrar o
Tubulação de sangria
sistema de freios.
de freios
Não erga a parte
dianteira e depois a FIGURA 48. SANGRIA DO CILINDRO-MESTRE NA BANCADA.
traseira para atingir
as válvulas de san-
gría.
Atenção: Se fluído de freios for espalhado sobre a tinta do veículo, lave imediatamente o local afetado com
água fría e assim evitará man-
char a mesma.
44
MECÂNICA AUTOMOTIVA - FREIOS
45
MECÂNICA AUTOMOTIVA - FREIOS
Altura do pedal
Ferramentas especiais:
- Suporte do relógio comparador.
É a distância entre o assoalho e o pedal quando está
- Comparador com escala no sistema métrico.
sendo pisado.
Meça a distância entre o assoalho e o centro do pe-
Nota: Antes de proceder ao controle do movi-
dal de freios, quando ele estiver sob a carga de 60 kg.
mento do disco, verifique e ajuste a folga dos rola-
A distância não deve ser inferior ao especificado.
mentos de roda, se for necessário.
Se a distância for inferior, controle o seguinte:
1- Remova o conjunto de roda e pneu.
- Ar no sistema de freios.
2- Remova o passador móvel inferior e segura a pinça
- Lonas de freio muito gastas e isto determina que
ao amortecedor.
atinja seu máximo percurso pela folga excessiva entre
3- Controle o movimento do disco com relação ao
as lonas e o tambor.
eixo, a continuação:
- Folga excessiva entre o servo-vâcuo e o pistão do
a) Posicione o ponteiro e o suporte do comparador
cilindro-mestre.
ao braço da direção (Figura 54). Aplique a ponta do
instrumento sobre a superfície do disco.
Remoção do pedal de freios
1- Desligue o cabo da batería. Aplique o freio de mão.
2- Remova a tampa sob o painel de instrumentos.
3- Desmonte os componentes seguindo a ordem
numérica indicada na figura 53.
Inspeção
Antes da montagem, controle o seguinte:
- Buchas gastas.
- Pedal torto ou gasto. Altura
- Capa do pedal rasgada.
- Parafuso do pivô torto.
- Mola de retorno fraca.
Montagem
Monte os componentes na ordem inversa à de re-
moção. Aplique uma capa fina de graxa na peças. Folga
46
MECÂNICA AUTOMOTIVA - FREIOS
b) Azere o instrumento. Gire o disco com uma ala- Nota: É importante que as superfícies estejam lim-
vanca e uma chave de tubo de medida apropriada. Ob- pas.
serve o ponteiro do instrumento e determine a medida
total (Figura 54). 1- Instale o disco e ajuste-o com os 4 parafusos de
c) A medida total indicada deve estar dentro do es- retenção.
pecificado. Se o movimento do ponteiro excede o li-
mite especificado, tire o disco, rectifíque-o ou troque- Atenção: Se os discos dianteiros devem ser tro-
o. cados, instale dois que tenham a mesma espessu-
d) Um método alternativo para controlar o movimen- ra. Discos com diferente espessura não devem ser
to do disco é montar o comparador e os suportes numa montados num mesmo veículo.
base tal como o conjunto roda-pneu (Figura 55) e pro-
2- Instalar o conjunto de pinça na posição correta e
ceder ao controle do movimento segundo o indicado
ajustar os dois parafusos com o torque especificado.
nos passos b) e c).
Monte o conjunto de roda, abaixe o veículo e ajuste as
porcas da roda. Normalmente, não é necessário remo-
Desmontagem ver o prato protetor para realizar o serviço dos freios
ou rolamentos. Se a sua troca for necessária, siga os
1- Afrouxe as porcas da roda, erga a parte dianteria seguintes passos:
do veículo e instale os suportes do chassi. Tire a roda. - Bater na parte de fixação com um um martelo.
2- Retire o tubo flexível do kit de suporte. Remova os
parafusos de fixação da
pinça e retire o conjunto.
Segure a mordaça do chas-
si, utilizando um pedaço de
arame e que fique pendura-
do de forma segura.
3- Remova o cubo da roda
dianteira e o conjunto de ar-
ticulação da direção. Afaste
o conjunto de cubo e disco
da articulação da direção,
utilizando uma ferramenta
especial (Figura 56).
FIGURA 53
4- Desmonte o cubo da
roda, segundo a sequência 1- TRAVA
indicada na figura 57. Não 2- PASSADOR
remova o prato protetor. 3- PORCA
Lembre-se que esta sequên- 4- ARRUELA ELÁSTICA
cia foi sugerida e cada mo- 5- ARRUELA PANA
delo de veículo é diferente. 6- PARAFUSO
5- Remova os parafusos de 7- CONJUNTO DE PEDAL
fixação e retire o disco do 8- MOLA DE RETORNO
cubo da roda. 9- BUCHA (DUAS)
Montagem 10- ARRUELA DE RETENÇÃO
11- CAPA DO PEDAL
47
MECÂNICA AUTOMOTIVA - FREIOS
Nota: Certifique-se de que o prato protetor fique 6- Monte as rodas dianteiras, remova os suportes do
posicionado de forma que as distâncias “A” e “B”, se- chassi, abaixe o veículo e aperte as porcas da roda ao
jam iguais (Figura 58). valor de torque especificado.
48
MECÂNICA AUTOMOTIVA - FREIOS
FIGURA 56.
FIGURA 55:
A- DISCO
B- COMPARADOR
C- SUPORTESDO COMPARADOR
D- RODA
FIGURA 58.
FIGURA 59.
FIGURA 57.
49
MECÂNICA AUTOMOTIVA - FREIOS
Desmontagem
Nota: Quando for necessário a troca de um pistão,
sempre troque os anéis de vedação e ao guarda-pó.
1- Lave o pistão e seu alojamento com álcool indus- Para remover o pó, de preferência, utilize um aspira-
trial ou fluído de freios novo. Não utilize líquidos de dor de pó, uma escova ou um pano. Todo pó deve ser
base mineral tais como gasolina ou querosene. Verifi- colocado numa bolsa de plástico e fechar ela para sua
que que o pistão e o seu alojamento estejam livres de posterior eliminação.
trincas ou marcas.
Lembre-se que os freios traseiros têm duas sapatas,
NÃO REUTILIZE OS ANÉIS DE VEDAÇÃO USADOS. primária e secundária, e podem estão equipados com
um sistema de ajustagem que, automaticamente man-
2- Monte os anéis de vedação na ranhura ou fenda têm a folga entre a sapata e o tambor. O cilindro de
do pistão. Aplique a graxa que acompanha o kit de freio atua no extremo superior da sapata e seu extre-
conserto nos anéis do pistão e no guarda-pó. mo inferior se apoia nos pontos de apoio.
3- Lubrifique o pistão com fluído de freios limpo e
monte o mesmo no interior de seu alojamento o máxi- Nota: As pastilhas e as sapatas de freio devem
mo que puder. ser trocadas sempre em kits de quatro. Nunca tro-
4- Monte o guarda-pó de borracha do pino móvel e que um par de pastilhas só ou de sapatas de freio.
lubrifique o mesmo e a bucha com a graxa especial
que acompanha ao kit de conserto.
50
MECÂNICA AUTOMOTIVA - FREIOS
Desmontagem
1- Afrouxe as porcas da roda, erga o veículo e instale
os suportes do chassi. Tire a roda traseira.
2- Verifique que o freio de mão não esteja puxado.
Desligue o extremo do cabo no conjunto de freio tra-
seiro (Figura 61).
3- Retire a porca e a arruela-trava da roda e tire o
tambor.
4- Retire a mola que une a sapata primária com a
sapata secundária, puxando e girando a mola. Depois,
pode retirar a mola e o pino do prato de freio.
5- Tire a sapata secundária desde o prato de freio.
Tenha cuidado de não estragar as borrachas do cilin- FIGURA 61:
dro de roda. 1 - Pino de sujeição. - 2 - Trava, alavanca de freio
6- Retire a mola que mantêm a sapata primária no
lolcal, como é indicado no passo 4.
8- Mexa o extremo inferior do suporte espaçador fora
do alojamento do prato de freio.
9- Mexe a sapata primária para cima e para fora do
prato de freio e retire a alavanca do freio de mão e o
conjunto de sapata de freio.
10- Controle o funcionamento do freio de mão. Ajus-
te-o, se for necessário.
11- Monte a roda. Tire os suportes do chassi e abaixe FIGURA 62.
o veículo. Aperte as porcas da roda. Verifique o fun-
cionamento do sistema de freios na estrada.
Conserto Montagem
51
MECÂNICA AUTOMOTIVA - FREIOS
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MECÂNICA AUTOMOTIVA - FREIOS
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MECÂNICA AUTOMOTIVA - FREIOS
FIGURA 64.
54
MECÂNICA AUTOMOTIVA - FREIOS
SISTEMA ANTI-BLOCK (ABS) dição se perde. Por isto, outra grande vantagem do
sistema ABS é a de manter o controle do veículo sob
qualquer condição.
Resumindo, o motorista pode “ficar em pé” sobre o
O sistema anti-bloqueio ou anti-derrapagem dos pedal de freio que ainda consegue virar o veículo na
freios fora opcional em alguns carros de luxo e só hoje, direção desejada, sem se preocupar de que as rodas
ele é montado em veículos como equipamento stan- possam patinhar.
dard ou normal. O motivo disto é muito simples.
Um veículo com este sistema de freios não trava suas O sistema ABS mantêm a estabilidade do veículo
rodas, no caso de uma freagem violenta. durante as freagens imprevistas com velocidades su-
periores às 8-9 mph (14 km/h). Obviamente, o moto-
O sistema anti-derrapagem pode ser interpretado rista deve ter sentido comum e não atingir velocida-
como a combinação da ação hidraúlica e o controle des máximas nas curvas e outras situações extremas.
eletrônico dos freios e será aplicada, somente sob con-
dições extremas de freagem. MODELOS DE SISTEMAS ABS
Motoristas muito experientes ficam bombeando o
O conceito do ABS não é novo. Ele foi desenvolvido
pedal de freio durante uma emergência de freagem,
pela industria da aviação para ajudar aos jets a se O
para evitar, assim que as rodas fiquem travadas. A úni-
deter em distâncias curtas e em linha reta nas pistas
ca diferença entre este procedimento institivo e o sis-
de aterrizagem. No ano 1947, bombardeiros como o
tema anti-derrapagem é que este último será atuado
B-47 já utilizaram este sistema. Hoje em día, aviões
de maneira totalmente automática.
como o Jumbo 747 utilizam este sistema como equi-
pamento normalizado.
O fundamento do sistema é que um pneu sempre
deve ficar em contato ou atrito com o chão e quando
Atualmente, existem três sistemas anti-bloqueio em
a água fica entre esses dois elementos, isto é, começa
automóveis. Os alemães Teves e Bosch como ASC (Ac-
a patinhar ou seja perde tração. Assim que a roda per-
celeration Skid Controle). A BMW e Mercedes Benz
de tração ou seja que é reduzido o atrito, o veículo se
utilizam, na Europa, o sistema BOSCH, exportando à
detêm numa distância muito longa.
América os mesmos sistemas junto com o AUDI. Ao
mesmo tempo, a Ford utilizava um sistema próprio e
A única exceção ao efeito anterior é quando as rodas
que ficou obsoleto por fornecer respostas muito len-
estiverem em contato com neve. Por isso, alguns fa-
tas. Com posterioridade, a Ford começou a utilizar o
bricantes fornecem seus veículos com o sistema ABS e
sistema Teves.
uma chave de controle, com as posições liga e desli-
ga. Em consequência, o sistema ABS permite que o
O sistema Girling é o de mais baixo custo e é possí-
veículo se detenha em distâncias muito curtas.
vel que seja montado em carros mais baratos.
Outra condição que deve ser considerada é que um O sistema ABS controla o giro da roda ao monitorar
pneu patinhando não permite o controle direcional, a desaceleração relativa das rodas durante a freagem.
efeito que não está relacionado com a distância de Se uma das duas rodas começa a reduzir sua velocida-
freagem. Sempre que a roda não estiver patinhando se de ou giro, mais rapidamente que a outra, é sinal posi-
pode seguir a direção desejada ou seja que o carro fica tiva de que a mesma se travará e começará a patinhar.
sob o controle total do motorista. O sistema responde reduzindo a pressão hidráulica
Mas, quando a roda começar a patinhar esta con- aplicada em ambas rodas.
55
MECÂNICA AUTOMOTIVA - FREIOS
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MECÂNICA AUTOMOTIVA - FREIOS
Conjunto motor-bomba
SISTEMA TEVES
FIGURA 66.
A maioria dos automóveis fabricados na América,
estão equipados com este sistema. Entendendo como
funciona este sistema, o técnico poderá interpretar
qualquer outro sistema semelhante. Este sistema, está
dividido em três circuitos com freios dianteiros indivi-
duais e freios traseiros combinados num só circuito.
Seus componentes são:
Cilindro-Mestre e Acelerador Hidráulico: o ser-
vo-vâcuo fica logo detrás do cilindro-mestre, opera- Conjunto cilindro
do por um came ou mecanismo ligado ao pedal de Mestre/Booster
freio.
57
MECÂNICA AUTOMOTIVA - FREIOS
Encher só
até esta
marca
Adaptador de
Controle Eletrônico: o controlador eletrônico é uma
freio traseiro
unidade selada, ou seja que não pode ser aberta para
seu conserto e consiste de dois microprocessadores Eixo
pre-programados. O controle monitora a operação do
sistema assim que o carro for ligado para poder utili-
zar o ABS. Em condições normais, o microprocessador Conjunto de sensor
testa as válvulas solenóides fornecendo pequenos pul-
sos elétricos para verificar o sistema eletrônico de con-
trole sem afetar ao sistema mecânico.
Sob uma condição de travamento das rodas é dispa-
rado um sinal a partir do controlador, abrindo ou fe-
chando as válvulas solenóides correspondentes. Isto
resulta em pulsos moderados no pedal de freio, acom-
panhado de uma variação na altura do pedal. Anel denteado
Durante a freagem normal, a sensação será seme- FIGURA 71.
lhante ao de um sistema standard de freios.
58
MECÂNICA AUTOMOTIVA - FREIOS
de instrumentos. Se o controlador eletrônico detecta gria. Verique o nivel de fluído de freio no reservatorio
alguma falha no sistema, a luz acenderá. No caso de até a marca de Máximo e com o acumulador comple-
isto acontecer, o sistema será desligado de forma au- tamente carregado.
tomática.
CARREGADO
Acumulador
Reservatório
Assim que a pressão do acumulador
estiver disponível no sistema, os freios Cilindro mestre
Vâlvula
traseiros podem ser sangrados giran- Vâlvula
normalmente
do a válvula correspondente, durante normalmente
aberta
10 segundos, pisando o pedal de fechada Bomba-Motor Hydro-boost
(entrada)
freios e a chave de ignição na posição (saída)
ON (Ligado). Deve ser repetida esta
operação até que o ar saia em cada
conjunto de freio ou pinça. A seguir, Esquerdo
deverá ser fechada, de novo, a válvu- Direito Eixo traseiro
frente frente
la. Pesando o pedal de freio varias ve-
zes até completar o processo da san-
59
MECÂNICA AUTOMOTIVA - FREIOS
Primeiro e antes de fazer o serviço, se deve despre- Os parafusos da válvula moduladora devem de estar
surizar o acumulador para evitar acidentes. Isto se con- apertados. Geralmente, a válvula está localizada na
segue, bombeando o pedal de freios e a chave de ig- parte interior do veículo. Tenha cuidado de não espal-
nição na posicão OFF (Desligado) até que o pedal fi- har fluído de freios em está area.
que duro. A distância entre os sensores e o anel denta-
do não deve ser ajustada, até que algum serviço de Os sensores de velocidade estão localizados na roda
retificado ou troca dos discos fosse necessária. e devem ser empurrados com a mão para sua monta-
gem. Não bata nos sensores ao montá-los. Cada vez
Após o serviço se deve fazer a sangria do sistema. que troque algum sensor observe que os mesmos ten-
Para poder fazer ela nas rodas traseiras, deve ser pisa- ham marcas que identificam a sua posição, isto é, la-
do o pedal dos freios e mantido assim atè que a chave teral direita e esquerda.
de ignição é posicionada em ON (Ligado), por um pe-
ríodo minimo de 10 segundos. Isto permite que a bom- Tanto a roda como o pneu devem de estar fora quan-
ba de alta pressão empurre o ar através do sistema. Se do seja realizada a troca dos sensores. Os mesmos de-
for necessário, este processo pode ser repetido. Mas, verão ser cobertos com um anticorrosivo antes de sua
antes de girar o parafuso por segunda vez, volte a cha- instalação. Não é recomendável o uso de graxa. Não
ve de ignição à posição OFF (Desligado) e pise o pedal utilize produtos siliconados. Sempre tenha como re-
dos freios para aliviar a pressão do acumulador. ferência, o manual de serviço ao trocar peças do siste-
ma ABS.
São necessárias algumas precauções quando trabal-
ha com o sistema Teves. Se for necessário fazer uma Quando testamos o funcionamento do ABS deve ve-
soldadura, deve ser desligada a unidade de controle rificar que a luz de alerta esteja acesa quando for liga-
eletrônico, para evitar o seu aquecimento. da a ignição, mas, deverá ficar desligada quando o
Quando trabalha na bomba, deve ter especial cuida- motor estiver funcionando. O circuito de segurança é
do especial ao desmontá-la, marcando as porcas e os ligado quando o motor é ligado e quando a luz de
parafusos para voltar a montar no seu lugar original. alerta estiver desligada e o sistema estivar funcionan-
Não é necessário apertá-las muito. do.
Se a tubulação dos freior estiverem desligadas será Quando o carro é testado na estrada, o técnico pode
necessário ligá-las para evitar que entre sujeira no sis- verificar o efeito da pulsação no pedal de freio. Com
tema. E no caso de repitir a operação de liga e desliga, baixa velocidade, também é possível ouvir o som da
verifique os vazamentos. bomba hidraúlica. Isto é normal e na realidade, é um
sinal positivo de que o sistema está funcionando.
Verifique que as linhas de entrada e saída estejam
ligadas corretamente. Nunca desligue a batería do ca-
rro, quando o motor estiver ligado. Quando a chave
de ignição estiver na posição On (Ligado), não ligue
ou desligue o môdulo de controle. Verifique sempre
as conexões.
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MECÂNICA AUTOMOTIVA - FREIOS
61
MECÂNICA AUTOMOTIVA - FREIOS
Comparação
Relé Môdulo de controle
Luz de alerta
¿Cuál é o melhor sistema? O sis-
tema Teves é o mais compacto e Interruptor de aceleração
elimina a necessidade de um ser- lateral
vo-vácuo, enquanto que o sistema Acelerador (Booster)
Bosch, utiliza um cilindro-mestre
convencional e um servo-vácuo
convencional.
O sistema Teves utiliza um cilin-
dro-mestre mais sofisticado e de
Vâlvula
alto custo. A válvula moduladora
Sensor de velocidade moduladora
no sistema Bosch, por outro lado,
deve ser trocada e nunca conser- Anel dentado Pinça
tada, quando ela falhar.
FIGURA 73: SISTEMA BOSCH
A não utilização de um
sistema eletrônico para mo-
nitorar a velocidade da roda
e regular a pressão, FIGURA 74: SISTEMA LUCAS-GIRLING
62
MECÂNICA AUTOMOTIVA - FREIOS
o sistema Girling está baseado num momento da cias e superfícies irregulares com controle total do
roda e uma embreagem unidirecional para abrir e fe- veículo durante uma freagem imprevista. Lógicamen-
char as válvulas de pressão. te, o seu preço é quase a metade do dos sistemas Bos-
Obviamente, o sistema não é tão sofisticado como o ch e Teves, o que o faz ideal para os carros de tração
alemã. Mas, permite uma freagem em curtas distân- dianteira de baixo custo.
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