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Fundamentos de Física I
Clederson Paduani
José Antonio de Oliveira
Florianópolis, 2017.
SUMÁRIO
Prefácio v
1. O que é Física 1
1.1. Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.2. O método científico e a Física . . . . . . . . 5
1.3. Áreas da Física . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.4. Física teórica, experimental e computacional . . 12
1.5. A Física e a tecnologia . . . . . . . . . . . . 15
1.6. A atuação do licenciado em Física . . . . . . 19
2. Grandezas Físicas e o Sistema Internacional de
Unidades 21
2.1. Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.2. Grandezas físicas . . . . . . . . . . . . . . 22
2.2.1. O sistema internacional de unidades . . . . . . . . 22
2.2.2. Dimensões de grandezas físicas . . . . . . . . . . . . . . 23
2.3. Notação científica . . . . . . . . . . . . . . 26
2.4. Algarismos Significativos . . . . . . . . . . . 28
2.4.1. Critérios de Arredondamento . . . . . . . . . . . . . . . . 30
2.4.2. Operações com Algarismos Significativos . . . . . 32
2.5. Conversão de unidades . . . . . . . . . . . 36
2.6. Exercícios Propostos . . . . . . . . . . . . . 36
3. Frações e suas Operações 39
3.1. Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
3.2. O que é uma fração? . . . . . . . . . . . . . 39
3.3. Nomenclaturas das frações . . . . . . . . . . 40
3.3.1. Frações com denominadores de 1 a 10 . . . . . . . 40
3.3.2. Frações em que o denominador é uma potên-
cias de 10 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
3.3.3. Frações com denominadores diferentes dos
anteriores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
3.3.4. Uma forma simples de ler a fração . . . . . . . . . . . 41
3.4. Tipos de Frações . . . . . . . . . . . . . . 42
3.4.1. Frações próprias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
3.4.2. Frações impróprias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
3.4.3. Frações aparentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
3.4.4. Frações particulares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
i
ii SUMÁRIO
Clederson Paduani
José Antonio de Oliveira
Florianópolis, 2015
1
O QUE É FÍSICA
1.1 Introdução
A Física é a ciência fundamental da natureza, onde se aplica a
matemática no estudo dos fenômenos naturais. É o estudo cien-
tífico da matéria e da energia e como estas interagem entre si. O
campo de atuação dos estudiosos deste ramo da ciência pode ser
dividido em duas áreas: teórica e experimental. Enquanto físicos
experimentais buscam compreender os mecanismos dos fenôme-
nos naturais pela observação e experimentação, os físicos teóricos
propõem modelos e teorias para explicar ou até mesmo antecipar
os resultados das observações experimentais com a utilização da
matemática.
Na antiguidade o estudo sistemático dos fenômenos natu-
rais e das leis fundamentais da natureza não era uma grande pre-
ocupação. A ciência na época consistia basicamente em resolver
problemas da construção e da agricultura, e de tudo aquilo que
pudesse contribuir de alguma forma para a melhoria da qualidade
de vida das pessoas. A habilidade na construção podia ser até
mesmo notável, como se pode observar nas construções egípcias
do passado e dos impérios ocidentais e orientais. Entretanto, o
conhecimento das leis naturais fundamentais das regras básicas
ainda era impreciso e muito incompleto.
Nas civilizações antigas mais avançadas se encontram re-
gistros de rudimentos em astronomia, o que mostra que o céu
sempre despertou a atenção do ser humano, não só pela beleza
impressionante como também pela regularidade observada nos
movimentos do Sol, da Lua e das estrelas. A noção religiosa de di-
vindades que governavam os desígneos de nossas vidas enraigou
desde o início conceitos que buscavam descrever os fenômenos
naturais em termos da influência dos deuses em nosso cotidiano.
Em meados do século V na Grécia antiga já se acreditava nas
causas naturais dos acontecimentos do dia a dia. A ideia de que a
1
2 Capítulo 1. O que é Física
Figura 1.1: Tales de Mi- matéria é composta de minúsculas partículas também remonta a
leto (624-558 aC). esta época. Estas partículas foram chamadas átomos, termo este
oriundo de uma palavra grega que significa indivisível.
Desde os primeiros estudos sobre a natureza o homem bus-
cava explicar os princípios naturais dos acontecimentos do co-
tidiano através de uma observação fiel da natureza mas quase
sempre esta mesclada com uma ênfase religiosa, onde a influência
de divindades permeava a argumentação descritiva.
O filósofo grego Tales de Mileto é reconhecido como o funda-
dor da filosofia natural e o primeiro a propor explicações baseadas
em hipóteses racionais para os fenômenos naturais em vez de
usar explicações mitológicas. Pelos registros Tales foi o primeiro
a investigar os princípios básicos, a questão das substâncias fun-
damentais provenientes da matéria e, portanto, é considerado o
Figura 1.2: Aristóteles de fundador da escola de filosofia natural. Ele propôs teorias para
Samos (384-322 aC). explicar muitos dos eventos da natureza, incluindo estudos de
astronomia, e forneceu uma série de explicações de eventos cos-
mológicos sem recorrer a causas sobrenaturais.
Posteriormente, Aristóteles, considerado como o maior pen-
sador do mundo antigo, acreditava que a afinidade de semelhan-
tes era responsável pela atração dos corpos, e que a observação
de fenômenos físicos poderia levar à descoberta das leis naturais,
que tinham contudo natureza divina. A matéria era identificada
em cinco formas: água, fogo, terra, ar e éter.
Outro grande pensador da antiguidade que teve profunda
influência na Física foi Arquimedes. Entre seus trabalhos destacam-
se os princípios da densidade e do empuxo, sistemas de roldanas,
centro de gravidade, estática, sistemas de irrigação, sistemas béli-
cos dentre outros.
! observação / pesquisa,
! hipótese,
! experimento,
! análise,
! conclusão.
Pode-se ainda discriminar:
Figura 1.10: James Clerk Com o volume de conhecimento acumulado até os dias de
Maxwell (1831-1879). hoje, atualmente são definidos vários campos de atuação da Fí-
sica que à primeira vista podem até parecer completamente des-
correlacionados. Como ciência natural, esta faz uso do método
científico, baseando-se essencialmente na matemática e na lógica
para a formulação de conceitos. Por conseguinte, cada vez mais
foi necessário para os físicos concentrar sua atenção em áreas
menores do conhecimento, haja visto a grande quantidade de in-
formação acumulada. Isto deu origem à diversas modalidades de
especialistas, como aliás ocorreu em todas as áreas da ciência.
No mundo antigo a Física era apenas uma parte da filosofia
natural, que se misturava à Química, Matemática e Biologia, no
estudo dos fenômenos naturais.
Acontece, entretanto, que ainda hoje a Física tem intersec-
ção com muitas áreas interdisciplinares de pesquisa, como por
exemplo Biofísica e Química quântica, e desse modo os limites do
Figura 1.11: Joseph John campo de atuação da Física dificilmente podem ser rigidamente
Thompson (1856-1940). definidos. Nos dias de hoje alguns podem acreditar que o trabalho
dos físicos e a pesquisa em Física atualmente têm um impacto me-
nor em suas vidas diárias do que a Biologia, Química , Engenharia
e outros campos do conhecimento. A Física para alguns é vista até
mesmo como algo abstrato, enigmático, de interesse puramente
acadêmico.
As maravilhas tecnológicas do mundo moderno são cada vez
mais acessíveis em todas as idades e modificam de forma irre-
versível o nosso dia a dia, e a economia do mundo atual é for-
temente dependente desta tecnologia. Vivenciamos hoje a era
da disseminação rápida da informação, onde as notícias chegam
a todas as partes do mundo quase ao mesmo tempo em que os
fatos acontecem. É inegável que todo esse parque tecnológico
tem sua origem principal no domínio da eletricidade, que alías
aconteceu relativamente há bem pouco tempo, em meados do
Figura 1.12: Werner Karl século XIX. Os fundamentos da teoria eletromagnética remontam
Heisenberg (1901-1976). aos trabalhos de diversos cientistas até culminar nos trabalhos do
escocês James Clerk Maxwell, que foi o responsável por consolidar
a teoria eletromagnética na forma em que a conhecemos hoje.
As consequências deste conhecimento crescem em profusão
espantosa praticamente a cada dia. É interessante observar que a
motivação ao trabalho dos grandes cientistas não tinha nenhuma
conotação econômica nas suas raízes. A curiosidade e o inte-
resse em descobrir os mecanismos pelos quais as leis naturais
se aplicam eram a fonte pura para os estudos científicos, sem
nenhuma ganância pelos eventuais lucros que pudessem even-
tualmente advir da descoberta. A motivação pura e simples era
apenas o conhecimento.
É interessante e ao mesmo tempo impressionante observar
que o elétron só foi descoberto há pouco mais de 100 anos, em
1.3. Áreas da Física 9
1897, pelo físico Joseph John Thompson. Na época esta descoberta Figura 1.13: Erwin R. J. A.
não impressionou muito e foi até mesmo subestimada, como aliás Schrödinger (1887-1961).
é frequente acontecer, sendo considerado mesmo como um des-
perdício de dinheiro fazer experimentos sobre uma partícula muito
pequena de se ver. Obviamente ainda se estava longe da com-
preensão da dimensão da importância de tal descoberta. Basta
dizer apenas que toda a tecnologia da informação é baseada no
conhecimento do elétron e de suas propriedades.
O desenvolvimento da teoria quântica ocorreu no início da
década de 30 com os trabalhos de Werner Karl Heisenberg, Erwin
Schrödinger e Paul A. M. Dirac.
Os fundamentos para o nascimento desta teoria têm origem
em 1859 quando da discussão sobre a radiação de corpo negro,
um objeto hipotético que absorve toda a energia incidente sobre
ele e que não reflete nenhuma luz parecendo então negro para
um observador. Um corpo negro é também um emissor perfeito Figura 1.14: Paul A. M.
e é um protótipo onde se estuda a radiação na matéria. A teoria Dirac (1902-1984).
discutindo esta radiação utilizava argumentos de termodinâmica
e da teoria eletromagnética de Maxwell, mas ainda mostrava-se
incompleta. Isto mais tarde culminou na interpretação de Max
Planck que considerou a quantização da energia para descrever a
radiação de corpo negro.
A partir daí foram sendo descobertos novos conceitos revo-
lucionários na Física, aliado à novas formulações matemáticas,
que vieram por fim culminar no nascimento da mecânica quân-
tica.
Vale mencionar que Albert Einstein também propôs uma
teoria quântica da luz para interpretar o efeito fotoelétrico em
1906. Evidências experimentais vieram confirmar as hipóteses
levantadas pela teoria. Em 1925 em sua tese de doutorado Louis
de Broglie apresentou a idéia da dualidade onda-partícula para a
radiação e a matéria. Figura 1.15: Max K. E. L.
Em 1926 Schrödinger publicou um artigo sobre o átomo de Planck (1858-1947).
hidrogênio e anunciava assim o nascimento da mecânica ondula-
tória. Heisenberg escreveu seu primeiro artigo sobre a mecânica
quântica em 1925 e dois anos mais tarde anunciou seu princípio
da incerteza. Em 1928 Dirac apresentou a solução do problema de
expressar a teoria quântica de uma forma invariante sob o grupo
de transformações de Lorentz da relatividade especial.
Em 1929 John Von Neumann veio finalmente colocar a teoria
quântica em uma base teórica firme, após dedicar-se à axiomati-
zação da mecânica quântica, e assim a Física tradicional podia ser
representada por operadores lineares e a física da mecânica quân-
tica foi reduzida à matemática de operadores. Como resultado, o
enquadramento matemático da teoria quântica foi desenvolvido e
os aspectos formais das suas novas regras de interpretação foram
analisadas.
10 Capítulo 1. O que é Física
Figura 1.16: Albert Eins- Em suma, a Física quântica é portanto o estudo do compor-
tein (1879-1955). tamento da matéria e da energia ao nível sub-atômico das partícu-
las elementares. A palavra "quantum "vem do latim, que significa
"quantidade". Refere-se às unidades discretas de matéria e ener-
gia previstos pela teoria quântica .
Apesar do nascimento da Física quântica ser atribuído ao
ano de 1900, com uma publicação de Planck sobre a radiação de
corpo negro, o desenvolvimento desta foi feito com o trabalho
subsequente de vários cientistas, como visto acima.
A mecânica quântica explica com sucesso muitas das ca-
racterísticas de nosso mundo, principalmente o comportamento
das partículas subatômicas, mas também descreve com sucesso
as propriedades de moléculas e sólidos. A aplicação da mecânica
quântica à química é conhecido como química quântica e os cál-
culos realizados em química computacional moderna dependem
da mecânica quântica.
Figura 1.17: Louis de Bro- Na verdade a grande maioria das invenções tecnológicas mo-
glie (1892-1987). dernas operam numa escala onde os efeitos quânticos são bas-
tante significativos. Atualmente pesquisadores buscam novos mé-
todos de manipular estados quânticos e desenvolver a chamada
criptografia quântica para permitir a transmissão segura de in-
formações. Um objetivo visado mas ainda um pouco distante é
o desenvolvimento dos chamados computadores quânticos que
poderiam, em princípio, executar determinadas tarefas computa-
cionais exponencialmente mais rapidamente do que os computa-
dores convencionais.
Um outro tema pesquisado é a possibilidade de teletrans-
porte quântico para transmitir informação quântica em distâncias
arbitrárias. Contudo, embora a mecânica quântica seja aplicada
principalmente aos regimes atômicos da matéria e energia, esta
também fornece descrições precisas sobre o funcionamento de
muitos sistemas biológicos, como por exemplo, estruturas de pro-
Figura 1.18: John Von teínas. Trabalhos recentes sobre fotossíntese também dão evi-
Neumann (1903-1957). dências de que correlações quânticas desempenham um papel
essencial neste processo básico e fundamental do reino vegetal.
De um modo mais geral a mecânica quântica incorpora qua-
tro classes de fenômenos os quais a Física clássica não pode ex-
plicar, que são, a quantização de certas propriedades físicas, a
dualidade onda-partícula, o princípio da incerteza e o chamado
entrelaçamento quântico.
Com o desenvolvimento das pesquisas vão surgindo assim
novos campos de investigação onde as possibilidades de aplica-
ções práticas crescem continuamente. As áreas de atuação dos
pesquisadores hoje são subdivididas em numerosos campos de
estudos voltados para propriedades específicas daquele assunto.
Numa tentativa de classificação primária, podemos identificar as
seguintes áreas disciplinares da Física na atualidade (em ordem
1.3. Áreas da Física 11
alfabética):
Acústica
Astronomia
Astrofísica
Biofísica
Eletromagnetismo
Física atômica
Física computacional
Física de partículas
Física espacial
Física matemática
Física médica
Física molecular
Física nuclear
Geofísica
Mecânica clássica
Mecânica estatística
Mecânica quântica
Óptica
Relatividade
Teoria de campos
Termodinâmica
12 Capítulo 1. O que é Física
2.1 Introdução
O escopo da Física é o estudo sistemático dos fenômenos naturais,
na tentativa de compreender as leis que regem o comportamento
de tudo que nos rodeia. Antes este conhecimento era adquirido
através da observação direta dos eventos, utilizando a lógica e a
razão, e mais tarde se viu a necessidade de adotar procedimentos
segundo uma sistemática que garantisse a confiabilidade das con-
clusões e interpretações dos resultados dos eventos estudados.
O método científico introduzido por Galileu veio orientar
uma sequência lógica de ações para atingir o objetivo de verificar
uma hipótese aventada. Desde o início da investigação das leis
naturais cada vez mais a matemática se mostrou fundamental na
análise e observação dos eventos, na interpretação dos dados e
na elaboração de uma teoria sólida e consistente para o conheci-
mento adquirido. Apesar de que a matemática tenha se desenvol-
vido independentemente em diferentes partes do mundo antigo,
no início esta parece ter sido mais voltada ao comércio e finanças
dos governos. Paulatinamente esta foi se tornando uma ferra-
menta indispensável na solução de problemas do cotidiano, como
nas construções civis e navais, sistemas de irrigação, e em observa-
ções astronômicas, segundo registros históricos encontrados nas
civilizações mais antigas. Por exemplo, no antigo Egito foi regis-
trado um progresso significativo da geometria básica, advindo da
necessidade de controlar a agricultura seguindo as inundações do
rio Nilo. Houve ainda aplicações importantes na construção dos
grandes templos e pirâmides, assim como na astronomia. Na Gré-
cia antiga também houve progressos significativos com os estudos
de Euclides e Pitágoras, dentre outros.
21
22 Capítulo 2. Grandezas Físicas e o Sistema Internacional de Unidades
sendo a massa de um cilindro padrão de uma liga platina- Figura 2.2: Relógo atô-
irídio (90% platina and 10% irídio), mantido na Agência In- mico (NIST-F1) com fonte
ternacional de Pesos e Medidas em Sèvres, França. de Césio no NIST.
g → grandeza física
[g ] → dimensão de g
n → número puro
[n] → dimensão 1
Exemplo 1
Solução:
[d ] L
[v ] = = ⇒ ∴ [v ] = L T−1 .
[t ] T
2.2. Grandezas físicas 25
Exemplo 2
Solução:
· ¸ · ¸
1 2 1
[d ] = [v 0 t ] + at = [v 0 ] × [t ] + [a][t ]2
2 2
L L
= × T + 1 × 2 × T2 = L + L
T T
∴ [d ] = L.
Quantidade Dimensão
Área L2
Volume L3
Velocidade L T−1
Aceleração L T−2
Massa específica M L−3
Energia Mecânica M L2 T−2
Pressão M L−1 T−2
Força M L T−2
Carga Elétrica M1/2 L3/2 T−1
Exemplo 3
a) 100 m
b) 0,025 kg
Solução:
Exemplo 4
Solução:
9, 11 × 10−31 kg.
Exemplo 5
Solução:
Podemos escrever
M = (m ± ∆m)u.
2.4. Algarismos Significativos 29
Exemplo 6
a) 4,5 cm
b) 4,6 cm
c) 4,7 cm
d) 4,8 cm
e) 4,9 cm.
Solução:
Exemplo 7
Solução:
Exemplo 8
Solução:
b) 24,92̄87 g ≈ 24,93 g
c) 0,00261̄54 A ≈ 0,00262 A
Exemplo 9
Solução:
Exemplo 10
Solução:
a) 45,18̄5 s ≈ 45,18 s
c) 0,028̄5 mA ≈ 0,028 mA
Exemplo 11
Solução:
a) 2,73̄500 s ⇒ 2,74 s
b) 0,075̄5 A ⇒ 0,076 A
Adição
Exemplo 12
Solução:
Subtração
Exemplo 13
Solução:
Multiplicação
Exemplo 14
a) 3, 27251̄cm × 1, 32̄cm
b) 0, 452̄A × 2671̄Ω
Solução:
Divisão
Exemplo 15
0, 451̄V
b)
2001̄Ω
Solução:
63, 72̄cm
a) = 2, 75̄8441558cm/s ≈ 2, 76cm/s2
23, 1̄s
0, 451̄V
b) = 0, 000225̄3873A ≈ 2, 25 × 10−4 A
2001̄Ω
2.4. Algarismos Significativos 35
Radiciação e Potenciação
Exemplo 16
b) (8, 75̄m/s)2
Solução:
p
3
a) 29, 69̄m3 = 3, 096̄492738m ≈ 3, 096m
Exemplo 17
b ×h
A área de um triângulo é dada por A = , onde, b =
2
3, 10cm e h = 2, 50cm. Calcule o valor da área.
Solução:
Exemplo 18
Solução:
Exemplo 19
Solução:
a)
b)
kg 1kg 1✚m✚
3
103 g g
1 = × × = 10−3
m✚ (10 cm)
m3 3 2 3 kg cm3
✚
a) 0,302 ........
b) 487,13 ........
c) 0,00076 ........
d) 6,0470 ........
2.6. Exercícios Propostos 37
a) 0,00030 g = ................
b) 41,0 ◦ C = ................
c) 350 kg = ................
d) 145300000 km = ................
59, 23̄N
d)
4, 1̄m2
p2
e) 45, 56̄m2
¡ ¢3
f) 15, 36̄mm
a) 400 mm = ................ m
b) 158 cm = ................ m
c) 3,2 m = ................ cm
d) 0,075 kg = ................ g
e) 18500 kg = ................ g
f) 780 g = ................ kg
38 Capítulo 2. Grandezas Físicas e o Sistema Internacional de Unidades
3
FRAÇÕES E SUAS OPERAÇÕES
3.1 Introdução
39
40 Capítulo 3. Frações e suas Operações
Exemplo 21
Exemplos:
1
a) , lê-se um terço;
3
2
b) , lê-se dois quintos;
5
3
c) , lê-se três quartos;
4
2
d) , lê-se dois nonos;
9
7
e) , lê-se sete décimos.
10
1
, lê-se um décimo;
10
1
, lê-se um centésimo;
100
1
, lê-se um milésimo;
1000
1
, lê-se um décimo de milésimo;
10 000
1
, lê-se um milionésimo.
1000 000
3.3. Nomenclaturas das frações 41
Exemplo 22
Exemplos:
3
a) , lê-se três décimos;
10
2
b) , lê-se dois centésimo;
100
33
c) , lê-se trinta e três milésimos;
1000
127
d) , lê-se cento e vinte sete décimos de milésimos;
10 000
5
e) , lê-se cinco milionésimos.
1000 000
Exemplo 23
Exemplos:
1
a) , lê-se um onze avos;
11
5
b) , lê-se cinco vinte e um avos;
21
4
c) , lê-se quatro cinquenta e cinco avos ;
55
17
d) , lê-se dezessete cento e vinte e um avos.
121
Exemplo 24
5
a) , lê-se cinco sobre oito;
8
15
b) , lê-se quinze sobre quarenta e três;
43
13
c) , lê-se treze sobre cem.
100
Exemplo 25
1 2 3
, , ·
3 5 4
Exemplo 26
5 3 7
, , ·
2 3 4
Exemplo 27
6 4 2
, , ·
3 1 2
3.4. Tipos de Frações 43
Exemplo 28
0 0 0
= 0, = 0, = 0.
2 16 21
Exemplo 29
2 5 150
= 2, = 5, = 150.
1 1 1
Exemplo 30
2 13 110
= 1, = 1, = 1.
2 13 110
Exemplo 31
2
a)
5
4 4÷2 2
b) = =
10 10 ÷ 2 5
20 20 ÷ 5 4÷2 2
c) = = =
50 10 ÷ 5 10 ÷ 2 5
Exemplo 32
2 4 11
, ,
3 5 100
note que, para qualquer uma delas, não existe forma de
simplificar a fração mais do que já está.
3.5.1 Comparação
Exemplo 33
Exemplo 34
Sejam as frações,
2 3
e ·
5 4
Solução:
O mínimo múltiplo comum entre os denominadores 4 e 5 é
20. Assim,
2 8
=
5 20
3 15
=
4 20
15 8
>
20 20
logo
3 2
∴ > ·
4 5
46 Capítulo 3. Frações e suas Operações
3.5.2 Simplificação
A simplificação de uma fração é obtida dividindo-se seus termos
(numerador e denominador) por um mesmo número de maneira a
obter termos menores que os iniciais, formando uma outra fração
e que é uma fração equivalente à primeira. Desta forma, pode-
se simplificar uma fração até chegar a sua forma irredutível (Se-
ção 3.4.6).
Exemplo 35
90
·
120
Solução:
90 90 ÷ 2 45
= =
120 120 ÷ 2 60
45 ÷ 3 15
= =
60 ÷ 3 20
15 ÷ 5
=
20 ÷ 5
3
=
4
3 90
∴ é uma fração equivalente à ·
4 120
Exemplo 36
1 3
+ ·
5 5
Solução:
1 3 1+3 4
+ = = ·
5 5 5 5
3.6. Operações com frações 47
Exemplo 37
Solução:
É valido notar que a subtração é a soma de uma parcela
positiva com uma negativa. Veja,
µ ¶ µ ¶
5 2 5 2 5 −2 5 − 2 3
− = + − = + = = ·
7 7 7 7 7 7 7 7
Exemplo 38
2 1 3 5
− + − ·
3 2 5 9
Solução:
O mínimo múltiplo comum, neste caso, é 90. Assim,
2 1 3 5 2 × 30 1 × 45 3 × 18 5 × 10
− + − = − + −
3 2 5 9 90 90 90 90
60 − 45 + 54 − 50
=
90
19
= ·
90
3.6.2 Multiplicação
O produto de duas frações resulta em outra fração, em que o nu-
merador resultante é obtido pela multiplicação dos numeradores
de cada fração e o denominador resultante é obtido pela multipli-
cação dos denominadores de cada fração.
48 Capítulo 3. Frações e suas Operações
Exemplo 39
1 3 7
× × ·
2 4 10
Solução:
Para realizar esta operação multiplica-se todos os nume-
radores para obter o numerador resultante e multiplica-
se todos os denominadores para obter o denominador
resultante,
1 3 7 21
× × = ·
2 4 10 80
3.6.3 Divisão
Exemplo 40
Exemplo 41
MMC(x1 , x2 , x3 , . . ., xn ).
Exemplo 42
1º) 3 ; 10 ÷2
2º) 3 ; 5 ÷3
3º) 1 ; 5 ÷5
4º) 1 ; 1 30
Observe que:
2 1 2 × 10 + 1 × 3 20 + 3 23
+ = = = .
3 10 30 30 30
3.8. Exercícios Propostos 51
Exemplo 43
7 ; 4 ; 8 2
7 ; 2 ; 4 2
7 ; 1 ; 2 2
7 ; 1 ; 1 7
1 ; 1 ; 1 56
M MC (7; 4; 8) = 2 × 2 × 2 × 7 = 23 × 7 = 56.
Assim,
5 3 1 5 × 8 − 3 × 14 + 1 × 7 40 − 42 + 7 5
− + = = = .
7 4 8 56 56 56
36
a)
84
9
b)
36
25
c)
625
3 1
a) +
7 7
3 1 9
b) − +
10 10 10
4 2 18
c) + +
15 3 20
1 1 1
d) + −
5 125 625
52 Capítulo 3. Frações e suas Operações
1
4) Na universidade, do seu gramado foi cortado pela manhã. Na
2
1
parte da tarde foi cortado mais do gramado. Quanto de grama
3
falta para cortar?
2
5) O recipiente de água para um cão tem capacidade para de
3
1
litro de água. Que fração desse recipiente foi enchido com litro
2
de água. Use operações com frações para esse cálculo.
a) R$ 1400,00
b) R$ 1500,00
c) R$ 1600,00
d) R$ 1700,00
e) R$ 1800,00
4.1 Introdução
Derivada da língua grega, a palavra trigonometria significa o es-
tudo das relações entre as medidas de ângulos e lados nos triân-
gulos retângulos (trigono = triângulo e metria = medida), mas não
se sabe ao certo se o conceito da medida de ângulo surgiu com
os gregos. As relações trigonométricas são dedicadas a estudar
as relações entre os lados e ângulos de triângulos, mas pode-se
dizer que o início do desenvolvimento da trigonometria se deu
principalmente devido aos problemas gerados pela astronomia,
agrimensura e as navegações, por volta do século IV ou V a.C., com
os egípcios e babilônios.
Os primeiros avanços em trigonometria vieram principal-
mente em trigonometria esférica, devido a sua aplicação em astro-
nomia. A astronomia esférica, ou astronomia de posição, se refere
às direções nas quais os astros são vistos, expressas em termos
das posições sobre a superfície de uma esfera, a chamada esfera
celeste. Essas posições são medidas em ângulos. Os três principais
responsáveis reconhecidos pelo desenvolvimento da trigonome-
tria grega são Hiparco, Menelau e Ptolomeu.
Hiparco é o primeiro estudioso conhecido pela utilização
sistemática da trigonometria. Alguns historiadores dizem até que
foi ele quem inventou a trigonometria. Ele é reconhecido como Figura 4.1: Relógio solar.
astrônomo, construtor, cartógrafo e matemático da escola de Ale-
xandria. Construiu um observatório na ilha de Rodes, onde fez
observações no período de 160 a 127 aC, e compilou um catálogo
com a posição no céu e a magnitude de 850 estrelas. A magnitude,
que especificava o brilho da estrela, era dividida em seis catego-
rias, de 1 a 6, sendo 1 a mais brilhante e 6 a mais fraca visível a olho
nu. Hiparco deduziu corretamente a direção dos polos celestes,
e até mesmo a precessão, que é a variação da direção do eixo de
rotação da Terra devido à influência gravitacional da Lua e do Sol,
que leva 26000 anos para completar um ciclo. Deduziu o valor
55
56 Capítulo 4. Trigonometria
de seis livros, mas que foram todos perdidos. Seu único trabalho
encontrado é um de três livros chamado Sphaerica, cujo livro ter-
ceiro contém algumas excelentes informações sobre o desenvol-
vimento da trigonometria e é o mais antigo texto versando sobre
trigonometria esférica. A versão grega do texto está perdida, e tudo
o que resta é uma versão árabe traduzida mil anos depois do origi-
nal. Infelizmente vários tradutores ao longo dos anos tiveram seu
comentário incluído no trabalho, e torna-se então difícil separar o
texto original dos comentários.
Ptolomeu foi o último astrônomo importante da antigui-
dade. Não se sabe se ele era egípcio ou romano. Ele compilou
uma série de treze volumes sobre astronomia, conhecida como o
Almagesto, que é a maior fonte de conhecimento sobre a astrono-
mia na Grécia, onde aparecem numerosas referências a Hiparco,
o que permitiu reconstituir partes do seu pensamento e das suas
descobertas.
O dispositivo de medição mais antigo encontrado em todas
as civilizações é a vareta e sua sombra. Esta foi usada também
para observar o movimento do Sol e para contar o tempo. Este
instrumento hoje é chamado de Gnomon. O nome vem do grego
e refere-se a qualquer instrumento em forma de L, originalmente
usado para desenhar um ângulo reto. O conjunto de funções
trigonométricas tangente e cotangente foi desenvolvido a partir
do estudo dos comprimentos de sombras projetadas por objetos
de várias alturas. Tales utilizou comprimentos de sombra para
calcular as alturas das pirâmides por volta de 600 aC.
Sol
Vista lateral
l (altura do gnomon)
θ (altitude do sol) l
tan(θ) =
d d
(comprimento da sombra)
r1
B >
arco AB (comprimento s)
b
ângulo central AOB
α
θ
O
r2
γ A
β α=β
γ=θ
r 1 ,r 2 : retas
A B A
O O
> >
arco AB de 90° arco AB de 180°
(um quarto de volta) (meia volta)
B
>
AB =1 rad
b = 1 rad
AOB
O r A
1 radiano = 1 rad
60 Capítulo 4. Trigonometria
π rad = 180°
Exemplo 44
Solução:
grau radiano
180° —– π rad
45° —– x
π rad × 45° π
x= ⇒ ∴ x = rad.
180° 4
Exemplo 45
π
Escreva rad em graus.
3
Solução:
grau radiano
180° —– π rad
π
x —– rad
3
180° π
x= rad ⇒ ∴ x = 60°.
π rad 3
4.3. A circunferência trigonométrica e a determinação dos quadrantes 61
o raio é unitário.
C A
x
(−1, 0) O (1, 0)
1
horário
(0, −1) D sentido negativo
Assim,
Se um dado arco mede θ, em graus, os arcos côngruos a ele
podem ser dados pela expressão
θ ′ = θ + k 360°
com k ∈ Z.
θ ′ = θ + k 2π
com k ∈ Z.
Exemplo 46
. são congruentes.
Solução:
y y
90° B π/2 B
270° D 3π/2 D
(a) Ângulos em graus. (b) Ângulos em radianos.
a α
c a: hipotenusa
θ b, c: catetos
b
64 Capítulo 4. Trigonometria
c
sen θ = (4.1)
a
b
cos θ = (4.2)
a
c
tan θ = (4.3)
b
Igualmente
b
sen α = (4.4)
a
c
cos α = (4.5)
a
b
tan α = (4.6)
c
Exemplo 47
5 α a) sen(α) d) sen(β)
3 b) cos(α) e) cos(β)
c) tan(α) f) tan(β)
β
4
Solução:
4 3
a) sen(α) = d) sen(β) =
5 5
3 4
b) cos(α) = e) cos(β) =
5 5
4 3
c) tan(α) = f) tan(β) =
3 4
b2 c 2
1= + . (4.8)
a2 a2
4.4. Triângulo retângulo 65
Substituindo as Eq. 4.1 e 4.2 na Eq. 4.8 temos, então, uma im-
portante identidade trigonométrica válida para qualquer ângulo
agudo:
sen2 θ + cos2 θ = 1
Exercício 1
Um quadrado tem um lado igual a a. Calcule o compri-
mento da diagonal que liga dois vértices opostos. Desenhe
esta diagonal no quadrado. Identifique os ângulos internos.
Calcule para um dos triângulos retângulos: sen 45°, cos 45°
e tan 45°.
Exemplo 48
³ p ´ (0, 1) ³ p ´
− 21 , 23 1
,
2 2
3
³ p p ´ ³p p ´
− 22 , 22 π 2
2
, 22
2
³ p ´ 2π π ³p ´
3 1 3 3 3 1
− 2 ,2 3π π ,
2 2
4 4
5π 90° π
6
120° 60° 6
150° 30°
(−1, 0) (1, 0)
π 180° 360°
0° 2π x
210° 330°
7π 11π
6 240° 300° 6
³ p ´ 270° ³p ´
5π 7π
3 1 3
− 2
, − 2
4 4
2
, − 12
4π 5π
³ p p ´ 3 3π 3 ³p p ´
− 22 , − 22 2
2
2
, − 2
2
³ p ´ ³ p ´
3 3
− 21 , − 2
1
2
, − 2
(0, −1)
Ø = θ · R.
BC (4.9)
sen (θ)
θ B
x
−1 O cos(θ) A 1
−1
AC
sen θ = (4.10)
OC
OA
cos θ = (4.11)
OC
AC
tan θ = (4.12)
OA
A tangente de um ângulo agudo é então igual a razão que
existe entre o seno e o cosseno do mesmo ângulo. Essa
igualdade pode ser obtida substituindo as Eq. 4.10 e 4.11 na
Eq. 4.12, o que resulta,
sen θ
tanθ = (4.13)
cos θ
Ø é igual ao ângulo
Sendo o raio unitário, a medida do arco BC
Ø
θ, e assim as relações acima são as mesmas para o arco BC.
Sendo estas razões entre grandezas da mesma espécie re-
sulta daí que tais relações são números puros. Ademais, em todo
triângulo retângulo o seno de um ângulo agudo é igual ao cosseno
do seu complemento. Em todo triângulo retângulo a tangente de
um ângulo agudo é igual ao inverso da tangente do seu comple-
mento. Como na circunferência trigonométrica o raio é unitário,
observe que o valor numérico do seno de qualquer ângulo corres-
pondente a um arco é exatamente igual a sua projeção sobre o eixo
y, e assim, varia de +1 a −1. O mesmo vale para o cosseno, cuja
projeção é sobre o eixo x.
C D
1 tan(θ)
sen (θ)
θ B
−1
O cos(θ) A 1
−1
1
cot θ = (4.14)
tan θ
cos θ
cot θ = (4.15)
senθ
1
sec θ = (4.16)
cos θ
1
csc θ = (4.17)
senθ
sen2 θ cos2 θ 1
+ =
cos θ cos θ cos2 θ
2 2
logo,
sen2 θ cos2 θ 1
+ =
sen θ sen θ sen2 θ
2 2
Exemplo 49
Demonstrar a identidade
1 + senθ cos θ
=
cos θ 1 − senθ
Solução:
Fazemos assim
1 − sen2 θ − cos2 θ 0
= = =0
cos θ(1 − senθ) cos θ(1 − senθ)
Daí
1 + senθ cos θ
= .
cos θ 1 − senθ
f (θ) ↓
p p
1 2 3
senθ 0 1
p2 p2 2
3 2 1
cos θ 1 0
p2 2 2
3 p
tan θ 0 1 3 -
3 p
p 2 3
csc θ - 2 2 1
p 3
2 3 p
sec θ 1 2 2 -
3 p
p 3
cot θ - 3 1 0
3
4.5. Funções trigonométricas 71
sen (x)
0 x(rad)
π π 3π 2π
2 2
−1
1 cos (x)
0 θ(rad)
π π 3π 2π
2 2
−1
Exemplo 50
Solução:
×3
−1 ≤ sen(x) ≤ 1 =⇒ −3 ≤ 3 sen(x) ≤ 3
3
3 sen(x)
2
sen(x)
1
3π/2
0 x(rad)
π/2 π 2π
−1
−2
−3
Exercício 2
Para a função f (x) = 2 cos(x) a) encontre o período da
função, b) esboce o gráfico de f (x) no intervalo de [0; 2π]
e c) determine o conjunto imagem de f .
Exemplo 51
Solução:
3
3 sen(2 x)
2
1
π/2 π 3π/2
0 x(rad)
π/4 2π
−1
−2
sen(x)
−3
Exercício 3
Dadas as funções abaixo a) encontre o período da função,
b) esboce o gráfico de f (x) no intervalo de [0; 2π] e c)
determine o conjunto imagem de f .
³x´ 3
a) f (x) = 2 sen b) f (x) = − cos (2 x)
3 2
76 Capítulo 4. Trigonometria
Exemplo 52
³ π´
Faça o esboço de f (x) = 1 + 2 sen 4 x + no intervalo de
2
[0; 2π].
Solução:
0 x(rad)
π/2 π 3π/2 2π
−1
³ π´
−2 1 + 2 sen 4 x + sen(x)
2
Da função f (x) temos que: a = 1, o que desloca o gráfico
para cima de 1 unidade; b = 2, o que fornece a amplitude de
2 unidades; k = 4, o que comprime o gráfico na horizontal
em 4 vezes, onde o período T ′ de f (x) é obtido por
2π 2π π
T′ = = ⇒ ∴T= .
|k| 4 2
π
Com δ = , o gráfico translada de
2
¯ ¯ ¯ ¯
¯ δ ¯ π/2 ¯δ¯ π
¯ ¯= ⇒ ∴ ¯¯ ¯¯ = (unidades)
¯k ¯ 4 k 8
para a esquerda.
Exercício 4
Dadas as funções abaixo a) encontre o período da função, b)
esboce o gráfico de f no intervalo de [0; 2π] e c) determine
o conjunto imagem de f .
π ³π π´
a) f (x) = 2 + sen(πx − 3) c) f (t ) = − sen x +
2 2 4
³π π´ π4 ³π π´
b) f (t ) = 1 + cos x + d) f (t ) = − cos x +
2 4 4 2 4
4.5. Funções trigonométricas 77
Exercício 5
Uma pessoa está andando em uma roda gigante. De acordo
com a especificação, em uma placa, a altura que a pessoa
estaria em relação ao solo é dada aproximadamente pela
função ³π π´
h(t ) = 10 + 9 sen t−
20 2
onde, t é medido em segundos e h em metros.
definida no domínio
π
x ∈ R | x 6= + kπ, k ∈ Z.
2
A função tangente é periódica com período igual a π, o que
indica que a cada meia volta a função repete-se em idênticas con-
dições.
0 x(rad)
3π −π π π π π 3π
− −
2 2 −1 4 2 2
−2
−3
x(rad)
−π π 0 π π π 3π 2π
−
2 −1 4 2 2
−2
−3
−1 ≤sen(x) ≤ 1
−1 ≤ cos(x) ≤ 1
1
sec(x) = (4.30)
cos(x)
1
csc(x) = (4.31)
sen(x)
2
1
0 x(rad)
π π π 3π 5π
−
2 2 2 2
−1
−2
−3
1
Então, como sec(x) = , teremos
cos(x)
1
Já para a função csc(x) = , teremos
sen(x)
x(rad)
0 π π 3π 2π 5π 3π
2 2 2
−1
−2
−3
sen[cos(−θ)] = sen[cos(θ)]
1 + cot2 θ = csc2 θ
tan2 θ + 1 = sec2 θ
tan θ
senθ = p
tan2 θ + 1
1
cos θ = p
tan2 θ + 1
sen2θ = 2senθ cos θ
a) 75°
b) 120°
c) 270°
a) 210°
b) 350°
5π
c) rad
6
2π
c) − rad
3
4) Determine os senos e cossenos, dos arcos abaixo, e iden-
tifique através dos valores obtidos em quais quadrantes se
localizam.
2π
a) rad
3
5π
b) − rad
6
π
c) − rad
4
5) Simplifique as expressões:
a) cot(x). sec(x)
b) sen(x). tan(x). sec(x)
5.1 Introdução
Neste capítulo você estudará potências, raízes, equações exponen-
ciais e inequações exponenciais.
2. a 1 = a
3. a 0 = 1, para a 6= 0
µ ¶n
−n 1 1
4. a = n= , para a 6= 0.
a a
Exercício 6
Calcule as potências em cada item abaixo:
a) 34
b) (−2)3
c) −23
µ ¶5
2
d)
3
e) (−5)0
f) (0, 5)2
83
84 Capítulo 5. Exponenciais
1. a m .a n = a m+n
am
2. n = a m−n (a 6= 0)
a
3. (a m )n = a m.n
4. (ab)n = a n b n
³ a ´n a n
5. = n (b 6= 0)
b b
Exercício 7
Simplifique as expressões abaixo para que fique na forma
am
a n ou n , a 6= b. Note que podemos ter m = n ou m 6= n.
b
a) 22 .23
34
b)
32
¡ ¢2
c) 53
d) 103.102
e) 32 .3−1
µ ¶
2 3 2
f) .
3 2
µ ¶3
1
g) . 25
2
µ ¶3 µ ¶2
1 1
h) ÷
3 5
5.2.3 Raízes
Definição 5.2.2. Se a ∈ R e n ∈ N∗ , chama-se raíz n-ésima de a o
número x, de maneira que x n = a. Assim,
p
x= n
a ⇒ x n = a.
5.2. Potências e raízes 85
Nota:
Exercício 8
Efetue as operações abaixo.
p
a) 49
p
5
b) 32
p
3
c) −8
r
6 1
d)
64
p
e) 4 0, 0625
Exercício 9
Simplifique as expressões:
¡p ¢4
a) 2
p3
b) 642
p3
c) −8
pp
d) 16
¡p p ¢2
e) 3 + 27
Exercício 10
Efetue as operações abaixo:
p p p
a) 3 2 − 2 + 4 2
p p p
b) 5 + 45 − 20
Exercício 11
m
Escreva cada expressão na forma a n , onde m ∈ Z e n ∈ N∗
p
a) 3
p
3
p
b) 2. 2
p
5
p4
c) 2. 16
p
4 3 0,4
5 .5
d) p 2
125
Solução:
a)
p
3
2x = 32
5
2x =2 3
5
∴ x= ·
3
b)
¡ ¢2
3x−1 =272 = 33 = 33×2
3x−1 =36
x − 1 =6
∴ x =7·
c)
µ ¶t 2 −12 µ ¶ µ 4 ¶t µ ¶4t
2 625 t 5 5
= = 4 =
5 16 2 2
µ ¶t 2 −12 µ ¶−4t
2 2
=
5 5
t 2 +4t − 12 = 0
∴ t1 = 2 e t2 = −6
Exemplo 54
Solucione a equação
5
4x − + 4 = 0·
2−x
Solução:
Inicialmente deve-se rearranjar a equação, como segue
5
4x − −x + 4 =0
2
¡ 2 ¢x
2 − 5 · 2x + 4 =0
¡ x ¢2
2 − 5 · 2x + 4 =0
y 2 − 5y + 4 =0
y =1 e y =4
2x = 1 e 2x =4
∴ x = 0 ou x =2·
3)Solucione a equação
1
− 36 · 3x = −243
9−x
6
LOGARITMOS
6.1 Introdução
O desenvolvimento científico no final do século XVI dependia cada
vez mais da matemática, com esforços crescentes no desenvol-
vimento do cálculo para aplicações em diversas áreas do conhe-
cimento, como a astronomia e a navegação. Muitas vezes estes
cálculos envolviam relações trigonométricas, o que demandava
ainda a utilização de grandes tabelas de relações importantes e
de uso prático imediato. E ainda, cada vez mais se interpunha a
necessidade de lidar com grandes números e, com eles, os erros
propagados para os resultados também se tornavam cada vez mais
expressivos.
Tornava-se, assim, necessário o desenvolvimento de novas
técnicas computacionais que pudessem introduzir um tratamento
adequado e preciso de grandes tarefas de longas multiplicações
e divisões. Um passo importante foi substituir esses processos
com adições e subtrações equivalentes. Um método originário
do final do século XVI amplamente utilizado era a técnica cha-
mada prosthaphaeresis, um termo oriundo do grego e significando
adição e subtração. Esta transformava longas multiplicações e
divisões em adições e subtrações utilizando identidades trigono-
métricas. Por exemplo, se alguém precisava do produto de dois
números x · y, as tabelas trigonométricas eram usadas para encon-
trar A e B tal que, x = cos(A), e y = cos(B). As tabelas forneciam
então os valores dos cossenos, e daí se obtinha
1
cos(A) cos(B) = [cos(A + B) + cos(A − B)] .
2
A multiplicação longa de dois números era então convertida
em uma sequência de adições, utilizando tabelas trigonométricas.
Aos poucos a comunidade científica se debruçou no desenvolvi-
mento de novas técnicas e métodos computacionais mais efici-
entes e menos laboriosos, para lidar com uma grande massa de
dados.
89
90 Capítulo 6. Logaritmos
Figura 6.1: Michael Stifel Nos séculos XV e XVI, matemáticos, como Nicolas Chuquet
(1487-1567). (1430-1487) e Michael Stifel estudavam relações de sequências ge-
ométricas, para expressar uma relação exponencial. Este trabalho
foi decisivo para o desenvolvimento da relação logarítmica. A rela-
ção logarítmica é particularmente útil por reduzir a multiplicação
e a divisão em adição e subtração. Quando esta entrou em cena no
início do século XVII teve grande impacto na ciência da computa-
ção aritmética. Em particular, o matemático escocês John Napier
e o suíço Joost Bürgi, que produziram de forma independente
sistemas que empregavam a relação logarítmica.
Os logaritmos de Napier foram publicados em 1614 e os loga-
ritmos de Burgi foram publicados em 1620. Em poucos anos cons-
truíram tabelas para o seu uso. O objetivo de ambos foi simplificar
cálculos matemáticos, buscando simplificar a multiplicação e a
Figura 6.2: John Napier divisão ao nível da adição e subtração. Contudo, seu verdadeiro
(1550-1617). significado não foi reconhecido senão mais tarde. Napier tornou-
se famoso por seus métodos de computação, que utilizava meios
mecânicos para facilitar a computação. Com o desenvolvimento
da relação logarítmica, Napier resolveu colocá-la em um contexto
trigonométrico, e criou as tabelas de logaritmos. Além de for-
necer uma breve visão geral dos detalhes matemáticos, Napier
atribuiu uma expressão técnica para o seu conceito: ele cunhou
um termo baseado nos termos gregos logos (proporção) e arithmos
(número), e formou a palavra logaritmo. Os primeiros logaritmos
naturais apareceram em 1618. Colocado de forma bastante sim-
plificada, um logaritmo nada mais é do que um expoente.
Para expressão,
ax = b (6.1)
tem-se que a é a base, b é o logaritmando e x é o logaritmo de b na
base a.
Note que o logarítmo é simplesmente um expoente, um nú-
mero.
Exemplo 55
Solução:
Exemplo 56
Solução:
Exemplo 57
Solução:
loga b = x (6.3)
loga b = x ⇔ a x = b. (6.4)
Novamente,
a é a base;
b é o logaritmando;
x é o logaritmo de b na base a.
Exemplo 58
a) log2 8 = 3
Solução:
log2 8 = 3 ⇔ 23 = 8.
Temos que o número 3 é o logaritmo de 8 na base 2.
b) log3 9 = 2
Solução:
log3 9 = 2 ⇔ 32 = 9.
Temos que o número 2 é o logaritmo de 9 na base 3.
Exemplo 59
Exercício 12
Determine x em cada um dos itens abaixo:
a) log2 32 = x;
b) log 10000 = x;
c) log3 81 = x;
p
d) log5 125 = x.
log1 a
Exemplo 60
Solução:
x 2 − 3x > 0
o que resulta,
x < 0 ou x > 3.
Fazendo a intersecção dos intervalos de x encontrados para
a base e para o logaritmando, resulta,
Exercício 13
Determine as condições de existência das seguintes expres-
sões:
a) log(2x−3) 10
b) log(3−x) (x + 1)
Exercício 14
Resolva as seguintes expressões:
a) logx 9 = 2
b) log(3−x) (x − 1) = 2
6.5. Propriedades dos Logaritmos 95
Exemplo 61
Efetue a operação:
log2 (16.32)
Solução:
Exercício 15
Efetue as operações abaixo. Dados: log 2 = 0, 3010, log 3 =
0, 4771 e log 7 = 0, 8450.
a) log (2.3)
b) log 21
c) log 2 + log 20
Exercício 16
Resolva a seguinte equação:
log2 (x − 1) + log2 (x + 1) = 3.
96 Capítulo 6. Logaritmos
onde, a, b, c ∈ R∗+ e a 6= 1.
Exemplo 62
log5 50 − log5 2
Solução:
50
log5 50 − log5 2 = log5 = log5 25 = 2
2
e de outra forma,
¡ ¢
log5 50 − log5 2 = log5 5 + log5 10 − log5 10 − log5 5 = 2.
Exercício 17
Calcule as expressões abaixo. Dados: log 2 = 0, 3010, log 3 =
0, 4771.
2
a) log
3
10
b) log
3
c) log 5
Exercício 18
Resolva a seguinte equação:
log3 (x + 1) − log3 x = 3.
6.5. Propriedades dos Logaritmos 97
Exemplo 63
Calcule as expressões:
a) log3 27
Solução:
Solução:
p 1 1
log 7 = log 7 2 = log 7.
2
c) 2 log4 8
Solução:
Exercício 19
Calcule as expressões abaixo. Dados: log 2 = 0, 3010, log 3 =
0, 4771 e log 5 = 0, 6990.
a) log 25
b) log 72
p3
c) log 18
Exercício 20
Resolva a equação:
Exemplo 64
1
loga β b = loga b
β
onde, a, b ∈ R∗+ , a 6= 1 e β ∈ R∗ .
Exemplo 65
Solução:
1
log 1 b 2 = 2 loga −1 b = .2 loga b = −2 loga b = −2x
a −1
Exercício 21
Seja loga b = x, determine:
a) logpa b;
b) loga 2 b 3 ;
p
c) log 1 x
a2
Exercício 22
Escreva as seguintes expressões como um único logaritmo:
a) log5 x + log25 x
logc b
loga b = (6.9)
logc a
onde, a, b e c ∈ R∗+ , a 6= 1 e c 6= 1.
Exemplo 66
Solução:
log5 7
log8 7 =
log5 8
Exercício 23
Demonstre que,
1
loga b = .
logb a
Exercício 24
Sabendo-se que log 2 = a e que log 7 = b, calcule em função
de a e b, o valor de x que satisfaz a equação 8x = 49.
Exemplo 67
log5 x = 1 ⇒ ∴ x = 5.
Exercício 25
Determine:
a) log7 9. log3 7
Exercício 26
Calcule:
log7 8. log 7
log5 2. log 5
Propriedade Expressão
P3 loga b α = α. loga b
1
P4 loga β b = loga b
β
logc b
P5 loga b =
logc a
6.5. Propriedades dos Logaritmos 101
loga b
logb b
loga b =
logb a
1
∴ loga b = .
logb a
6.5.8 Cologaritmo
Define-se o cologaritmo de b na base a ao oposto do logaritmo de
b na base a:
cologa b = − loga b (6.12)
onde, a, b ∈ R∗+ e a 6= 1.
Exemplo 68
colog2 16.
Solução:
Exemplo 69
5
log w = 3 log x + log y − log z − log t
4
5
∴ log w = 3 log x + log y + colog z + colog t .
4
102 Capítulo 6. Logaritmos
ln x k = k ln x.
Exemplo 70
Q = Q 0 .e kt
Solução:
ln(Q) = ln(Q 0 .e kt )
= ln(Q 0 ) + ln(e kt )
= ln(Q 0 ) + kt ln(e)
ln(Q) − ln(Q 0 )
∴t= .
k
6.7. Equações e igualdades logarítmicas 103
Exemplo 71
seja verdadeira.
Solução:
(x + 4)(x − 2)
=4
x
(x + 4)(x − 2) =4x
x 2 − 2x − 8 =0
∴ x = 4 ou x = − 2.
S = {4}.
105