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Cadernos PDE
GOIOERÊ
2013
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GOIOERÊ
2013
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ............................................................................................... 3
5 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 30
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APRESENTAÇÃO
1 GESTÃO DEMOCRÁTICA
.
Pensar a gestão escolar voltada para a garantia dos direitos à educação e
para a transformação social implica romper com o tipo de administração escolar
pautada na centralização do poder do diretor. Esse novo pensar deve primar pela
participação dos usuários da educação na administração ou gestão da escola.
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Embora, como temos observado, não tenha sido esta a prática nas escolas ao longo
dos tempos.
Nesse sentido, cabe ao gestor escolar, bem como à equipe de direção, mudar
esta realidade e fazer acontecer a gestão democrática. Assim, pedagogo e equipe
de direção serão os protagonistas em articular um constante diálogo com os
diferentes segmentos da escola, oferecendo condições de participação, valorizando
a contribuição para que a comunidade se sinta parte importante nesse processo de
construção coletiva e no desenvolvimento das ações da escola.
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Nesse contexto, o gestor deve ter a clareza de que não dá para isentar ou
comprometer apenas o Estado com as obrigações com a educação. Entender que
autonomia da escola não implica apenas dever do Estado, mas de todos os
envolvidos no processo, buscando oferecer educação de qualidade e em quantidade
suficiente para atender a demanda social.
A escola não está posta para produzir ou priorizar investimentos através de
arrecadação de fundos extras para manutenção do patrimônio público em detrimento
de um plano de educação que atenda aos interesses de toda a comunidade. Não se
pode priorizar promoções e o ambiente físico em prejuízo ao pedagógico, pois é esta
uma das principais obrigações do gestor quando atua na coordenação da
construção coletiva do Projeto Político Pedagógico, bem como o acompanhamento e
a implementação das ações nele previstas.
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com a equipe pedagógica, estarem atentos aos resultados aferidos e, em sendo não
satisfatórios, estabelecer ações pedagógicas para que possa acontecer a
superação. Tal ação envolve os órgãos internos e externos mas, sobretudo, ações
pedagógicas, com a participação dos envolvidos diretamente no processo de ensino
e aprendizagem, professores, alunos, pais, instâncias colegiadas com a participação
efetiva do gestor e da equipe pedagógica.
A autora reforça que essa formação não deve estar vinculada somente aos
conteúdos curriculares, mas também à compreensão de todo o contexto escolar e
suas relações com a sociedade, especialmente no tangente às relações
democráticas no contexto escolar.
Apesar das inúmeras dificuldades, reconhece-se que os avanços quanto à
formação estão sendo implantados nos últimos anos no Estado do Paraná. A
formação continuada faz com que os profissionais envolvidos se sintam mais
valorizados e, por sua vez, passam a valorizar mais o espaço onde desenvolvem
seus trabalhos. Aos poucos nota-se uma mudança de postura do professor em sala
de aula, em relação ao aluno e em relação ao colega. Entretanto, estão faltando
investimentos por parte do Estado no que diz respeito à concretização de políticas
que garantam a valorização dos profissionais da educação, no que se refere a
melhores condições de trabalho, valorização salarial, formação adequada a todos os
profissionais para atender as novas demandas da escola, principalmente no que se
refere à inclusão e à diversidade. Sabe-se que já existem avanços consideráveis,
mas ainda temos um longo caminho a percorrer. As condições de trabalho na escola
fazem parte do processo de democratização do ensino, como bem explica Veiga:
nenhum significado para o professor, que não seja um documento de gaveta, mas
um objeto de trabalho que aponta caminhos na direção de ensino que realmente se
busca com significado consistente, comprometido com a aprendizagem.
momento, fazer análise criteriosa do seu trabalho, avaliando sua prática e suas
ações diante do que se planejou.
Para que o planejamento possa ser implementado em sala de aula, o
professor é um dos principais agentes de mudança do ensino. Primeiro, por estar em
contato direto com os alunos, no lócus privilegiado onde se manifestam os
problemas. Segundo, por ser o profissional da educação. Terceiro, por ser,
potencialmente, um dos mais interessados em resolver estes problemas
(VASCONCELLOS, 1995, p. 31).
O autor afirma ainda que o plano de aula é parte do planejamento, que, caso
não ocorra, pode implicar perder possibilidades de caminho, perder pontos de
entrada significativos. Planejar significa antever uma forma possível; se não há
planejamento, corre-se o risco de se desperdiçarem possibilidades muito
interessantes.
Sobre plano de aula Vasconcellos afirma ainda:
Quando planejamos, temos que ter em mente sua finalidade, ou seja, para
que ensinar? No planejamento, elencamos as ações que pretendemos desenvolver,
com objetivos claros, com metodologias diferenciadas, com um único fim: a
aprendizagem do aluno. Neste sentido, recorremos ao Projeto Político Pedagógico,
um documento construído coletivamente que contempla as diversas concepções,
respeita a realidade de sua comunidade e de sua instituição, valoriza a participação e
implementa as ações que visam o processo de ensino e aprendizagem. Vinculado ao
PPP, o Plano de Trabalho Docente ganha vida e dá sentido à prática docente, pois
retrata as aspirações da comunidade escolar, concretizadas em sala de aula.
GESTÃO DEMOCRÁTICA
CONSELHO
ESCOLAR
Diretrizes
Curriculares
CONSELHO
DE CLASSE
APRENDIZAGEM COM QUALIDADE
PERMANÊNCIA DO ALUNO NA ESCOLA
(RE)AVALIAÇÃO DO PROCESSO
PEDAGÓGICO
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5 REFERÊNCIAS
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debates contemporâneos.Maringá :Eduem, 2008.
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