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A primeira semana do novo Brasil

• A Semana de Arte Moderna durou três dias e reuniu


poetas, escultores, pintores, músicos e intelectuais
ligados à "Nova Arte". Iniciou-se calma, com a palestra "A
estética na arte moderna", exposta por Graça Aranha,
um dos padrinhos do evento.
• A confusão durou dois dias depois, na palestra de
Menotti Del Picchia ("Queremos luz, ar, ventiladores,
aeroplanos, reivindicações obreiras, idealismos, motores,
chaminés de fábricas, sangue, velocidade e sonho na
nossa arte", disse ele). A conferência abriu claramente a
caça ao "passadismo", a plateia se conteve e não vaiou.
Minutos depois houve uma vaia estrondosa.
Realizada a Semana de Arte Moderna e ainda sob os ecos das vaias e gritarias, tem início uma
primeira fase modernista, que se estende de 1922 a 1930.

O período de 1922 a 1930 é o mais radical do movimento modernista, justamente em


conseqüência da necessidade de definições e do rompimento com as estruturas do passado.
Daí o caráter anárquico dessa primeira fase e seu forte sentido destruidor, assim definido por
Mário de Andrade:
Constitui, um período rico em manifestos.

"(...) se alastrou pelo Brasil o espírito destruidor do movimento modernista. Isto é, o seu
sentido verdadeiramente específico. Porque, embora lançando inúmeros processos e
ideias novas, o movimento modernista foi essencialmente destruidor. (...) diz Mário de
Andrade.
Mas esta destruição não apenas continha todos os germes da atualidade, como era uma
convulsão profundíssima da realidade brasileira. O que caracteriza esta realidade que o
movimento impôs é a fusão de três princípios fundamentais: o direito permanente à pesquisa
estética; a atualização da inteligência artística brasileira e a estabilização de uma consciência
criadora nacional.”
Ao mesmo tempo que se procura o moderno, o original e o polêmico, o nacionalismo se
manifesta em suas múltiplas facetas: uma volta às origens, a pesquisa de fontes quinhentistas,
a procura de uma “língua brasileira” (a linha falada pelo povo nas ruas), as paródias – numa
tentativa de repensar a história e a literatura brasileira – e a valorização do índio
verdadeiramente brasileiro. É tempo do Manifesto da Poesia
Contexto histórico mundial
• a) Crise do capitalismo e nascimento da chamada
"Democracia de Massas".
• b) Revolução científica e tecnológica.
• c) Estado de "euforia" e crença desmedida no progresso.
• d) Burguesia Industrial Dominante X Classe Operária
marginalizada.
• e) Primeira guerra Mundial (1914-1918) – abatendo o
espírito de euforia, questionamento dos valores da época
– Estado de Melancolia.
• f) Revolução Russa (1917).
• g) Crise econômica violenta na Europa – desemprego
inflação e fome – fatores decisivos para explosão da 2º
guerra Mundial (1939-1945).
• h) Apologia ao poder da máquina – Invenções da época:
Telégrafo /Avião / Telefone / Cinema / Automóvel
/Lâmpada.
• i) "Belle Ëpoque" (bela época) – termo para designar o
avanço tecnológico, cultural e social da época. O homem
deslumbrou-se com o progresso, o conforto que ele
proporcionava.
• j) "Anjos Loucos" – Termo para designar a "crise" do
período entre guerras (1ª e 2ª).
• Tendências da Vanguarda Europeia: Cubismo, Futurismo,
Expressionismo, Dadaísmo e Surrealismo
Contexto histórico no Brasil
• A economia mundial caminha para um colapso - a quebra
da Bolsa de Valores de Nova Iorque, em 1929;
• O Brasil vive os últimos anos da chamada República
Velha;
• A revolta militar do Forte de Copacabana, episódio
conhecido como Os 18 do Forte;
• Revolução de 1930;
• A ascensão de Getúlio Vargas.
Produção Literária
Forma
Destruição de todo academismo (a linearidade,
linguagem de dicionário, rima, métrica,
sentimentalismo romântico, o racionalismo
realista-naturalista).
Conteúdo
Nacionalismo ufanista (Verde-amarelismo e
Grupo da Anta) e crítico (Pau-Brasil e
Antropofagia).
Principais conquistas
• Verso livre (sem rima e sem métrica).
Associação mais analógica que lógica entre as
palavras. Preferência por substantivos e
verbos, em vez de adjetivos e advérbios.
• Blague (poema-piada), bom humor, ironia.
Mistura entre prosa e poesia. Utilização de
linguagem coloquial.
• Temáticas tradicionalmente consideradas não-
poéticas etc.
As revistas
• Klaxon
• Revista de Antropofagia
• Revista Verde de Cataguases
• A Revista
• Manifesto da Poesia Pau-Brasil
• Verde Amarelista
• Manifesto Regionalista de 1926.
• Revista Estética
• Revista Terra Roxa e outras Terras
• Revista Festa
Dentre os principais nomes dessa primeira fase do Modernismo, destacam-se:

Mário de Andrade.
Oswald de Andrade. Manuel Bandeira.
Antônio de Alcântara Guilherme de Almeida.
Machado.
Os escritores de maior destaque dessa fase defendiam estas propostas:

reconstrução da cultura brasileira sobre bases nacionais;


promoção de uma revisão crítica de nosso passado histórico e de nossas tradições culturais;
eliminação definitiva do nosso complexo de colonizados, apegados a valores estrangeiros.
Aproximação entre a fala e a escrita na linguagem.
Várias obras, grupos, movimentos, revistas e manifestos ganharam o cenário intelectual
brasileiro, numa investigação profunda e por vezes radical de novos conteúdos e de novas
formas de expressão.

Revista Movimento Pau-


Klaxon, Brasil = buscava uma
lançada para poesia ingênua, de
dar redescoberta do
continuidade mundo e do Brasil e
ao processo que foi inspirada nos
de divulgação movimentos de
das ideias vanguarda europeus,
modernistas. devido às viagens que
Oswald fazia à
Europa.
REVISTA KLAXON
A revista Klaxon - Mensário de Arte Moderna foi o
primeiro mensário modernista. Seu nome é
derivado do termo usado para designar a buzina
externa dos automóveis. O principal propósito da
revista foi servir de divulgação do movimento
modernista.
Também destaca-se na revista a busca pelo atual; o
culto ao progresso; a concepção de que a arte não
deve ser uma cópia da realidade; aproveitamento
das lições de uma nova arte em evidência, o cinema.
Características:
• 1.Liberdade de Criação
Poética
(Manuela Bandeira)
Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente
protocolo e manifestações
de apreço ao Sr. Diretor.
Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar o cunho
vernáculo de um vocábulo.
Abaixo os puristas
( ... )
Quero o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbados
O lirismo difícil e pungente dos bêbados
O lirismo dos clowns de Shakespeare
-Não quero mais saber do lirismo que não é libertação
2.Nacionalismo 4.Desprezo pela Gramática Normativa
Lundu do Escritor Difícil Vício na Fala
(Mário de Andrade) (Oswald de Andrade)
Você sabe o francês “singe”
Mas não sabe o que é guariba? Para dizerem milho dizem mio
Pois é macaco, seu mano, Para melhor dizem mió
Que só sabe o que é da Para pior pió
estranja. Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
3.Verso Livre E vão fazendo telhados
Erro de Português
(Oswald de Andrade)
Quando o português chegou
Debaixo duma bruta chuva
Vestiu o índio
Que pena!
Fosse uma manhã de sol
O índio tinha despido
O português
5.Coloquialismo 6.Cotidiano
Pronominais Poema Tirado de uma Notícia de Jornal
(Oswald de Andrade) (Manuel Bandeira)

Dê-me um cigarro João Gostoso era carregador de feira livre


Diz a gramática e morava no
Do professor e do aluno morro da Babilônia num
E do mulato sabido barracão sem número.
Mas o bom negro e o bom branco Uma noite ele chegou no bar Vinte de
Da Nação brasileira Novembro
Dizem todos os dias Bebeu
Deixa disso camarada Cantou
Me dá um cigarro Dançou
Depois se atirou na Lagoa Rodrigo de
Freitas e morreu afogado
7.Paródia 8.Poema-Piada
No Meio do Caminho
Escapulário (Drummond)
(Oswald de Andrade) No meio do caminho tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
Tinha uma pedra
No Pão d Açúcar No meio do caminho
De cada dia Nunca me esquecerei desse
acontecimento
Dai-nos Senhor
na vida de minhas retinas tão fatigadas
A poesia Nunca me esquecerei que no meio do
De Cada Dia caminho
tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra.
Manifestos da 1ª Fase
• Manifesto pau-brasil: lançado em março de 1924. Seu ideal
era conciliar a cultura nativa e a cultura intelectual. Fazer uso
da língua sem preconceitos e resgatar todas as manifestações
culturais, fossem da elite ou do povo. Tropicalismo. A poesia
Pau-Brasil reúne os nomes de Oswald de Andrade e Tarsila do
Amaral
• Manifesto verde-amarelismo ou da Escola Anta: publicado
em 1929, defendia um estado forte e centralizador e a adoção
de um nacionalismo ufanista e primitivista. Liderado por
Menotti del Picchia e Cassiano Ricardo. Assumiu uma feição
radical, pregando ideias políticas reacionárias.
• Manifesto antropófago: reação ao nacionalismo ufanista do
grupo Anta. Tinha feição anarquista. Liderado por Oswald de
Andrade defendia que os brasileiros deveriam adotar uma
postura crítica diante das influências culturais europeias.

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