Vous êtes sur la page 1sur 79

NOTAS DE AULA 14/02/2012

Argamassas, Dosagem e Controle do Concreto


Curso de Engenharia Civil

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini

Programa de Ensino
Objetivo
UNIDADE 1 - PROPRIEDADES E CIÊNCIA DOS MATERIAIS
Apresentar estudos
UNIDADE 2 – AGREGADOS relativos a argamassas e
concretos tais como
UNIDADE 3 - AGLOMERANTES aplicabilidade e
características exigidas para
UNIDADE 4 - ARGAMASSAS o uso, assim como aceitação
do material no canteiro de
UNIDADE 5 - CONCRETOS obras. Após a conclusão
desta disciplina o aluno terá
competência e habilidade
suficiente para acompanhar
obras que utilizem destes
composto, tal como dosar
os mesmo de acordo com
exigências pré-estabelecidas,
enfatizando o seu controle
tecnológico.

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 1


NOTAS DE AULA 14/02/2012

Instrumentos de Avaliação
Objetivo
• Instrumentos - Provas escritas, listas de exercícios extra-classe, pesquisas
orientadas e desenvolvimento do projeto estrutural de uma ponte Apresentar estudos
rodoviária em concreto. relativos a argamassas e
• Critérios: concretos tais como
aplicabilidade e
1º bimestre: características exigidas para
Avaliação (A1): peso 60% o uso, assim como aceitação
Trabalhos e atividades em sala (T1): peso 40% do material no canteiro de
2º bimestre: obras. Após a conclusão
Avaliação (A2): peso 60% desta disciplina o aluno terá
Projeto estrutural de uma ponte rodoviária em concreto (T2): peso 40% competência e habilidade
Semestre suficiente para acompanhar
1º bimestre: peso 50% obras que utilizem destes
2º bimestre: peso 50% composto, tal como dosar
os mesmo de acordo com
Assim, a média final da disciplina é dada por: exigências pré-estabelecidas,
enfatizando o seu controle
MF =
(0,60 ⋅ A1 + 0,40 ⋅ T1) + (0,60 ⋅ A1 + 0,40 ⋅ T 2) ≥ 6,00
tecnológico.
2

Datas Importantes
Trabalhos
Datas a serem estabelecidas

Avaliações
A1:
A2:

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 2


NOTAS DE AULA 14/02/2012

Bibliografia
Básica
BAUER, L. A. F. Materiais De Construção 1, Vol.1, 5ª. Edição. Rio de Janeiro: Livros
Técnicos e Científicos, 1995.
BAUER, L. A. F. Materiais de Construção 2,Vol.2, 5ª. Edição. Rio de Janeiro: Livros
Técnicos e Científicos, 1994.
HELENE, P; TERZIAN P. Manual de Dosagem e Controle do Concreto, 1ª. Edição. São
Paulo: Editora Pini, 1992.
Complementar
BAUD, G. Manual de Pequenas Construções: Alvenaria e concreto armado, 1ª Edição,
São Paulo: Editora Hemus.
PETRUCCI, E. G. R. Materiais de Construção, 11ª ed., São Paulo: Editora Globo, 1998.
AZEVEDO, H. A. O Edifício e seu acabamento. 2ª Edição. São Paulo Editora Edgard
Blucher, 1997.
SILVA, M. R. Materiais de construção, 2ª Edição. São Paulo : PINI, 1991.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Projeto de
Estruturas de Concreto - Procedimento. Rio de Janeiro, 2003.

PROPRIEDADES E CIÊNCIA DOS


MATERIAIS

UNIDADE 1

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 3


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 1 - PROPRIEDADES E CIÊNCIA DOS MATERIAIS

Generalidades

No desenvolvimento dos projetos, os engenheiros


precisam ter um íntimo conhecimento das propriedades,
características e comportamento dos materiais que eles se
propõem a usar, quaisquer que sejam os materiais (ferro,
aço, vidro, plásticos, borracha, etc) presentes em quaisquer
produtos (ponte, computador, veículo espacial, marca-passo,
reator, sistema de exaustão, equipamento de linha de produção,
etc).

UNIDADE 1 - PROPRIEDADES E CIÊNCIA DOS MATERIAIS

Cada produto deve ser apto à utilização proposta (resistência


ao calor, ao impacto, a cargas dinâmicas, etc).

Deve-se sempre buscar conhecer as vantagens, limitações e


propriedades dos materiais, com o intuito de:

Proporcionar resistência aos esforços solicitantes


Conhecer as curvas tensão-deformação
Diminuir o custo do projeto
Prevenir-se da falta de materiais
Estabelecer padrões mínimos de qualidade
Acompanhar o desenvolvimento tecnológico
Garantir melhor acabamento e durabilidade do produto

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 4


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 1 - PROPRIEDADES E CIÊNCIA DOS MATERIAIS

Tipos de materiais:

• Naturais
Minerais (inorgânicos): não houve vida no processo de formação –
rochas, areias, argilas, etc
Orgânicos: houve vida no processo de formação – madeira, borracha
(derivados do petróleo), etc;
• Artificiais
Metais: ferrosos e não ferrosos
Não metais:
Cerâmica: convencional e avançada (técnica ou fina)
Vidro: materiais silicosos

UNIDADE 1 - PROPRIEDADES E CIÊNCIA DOS MATERIAIS

Metais não-ferrosos: são todos os metais, com exceção do ferro e do


aço, empregados na construção mecânica (cobre; estanho; zinco; chumbo;
platina; alumínio; magnésio; titânio). Possuem os mais diversos empregos,
pois podem substituir materiais ferrosos em várias aplicações e nem
sempre podem ser substituídos pelos ferrosos.

Cerâmica avançada engloba uma classe de "novas" cerâmicas, onde as


matérias primas são artificiais. Há um grande controle do processo e,
principalmente, um forte controle da microestrutura. Ex. cerâmicas de alta
resistência, baixa condutividade térmica, baixo peso específico, etc, para uso
em motores, fuselagens de naves espaciais, etc..

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 5


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 1 - PROPRIEDADES E CIÊNCIA DOS MATERIAIS

Pontos comuns para o desenvolvimento dos materiais:

• Técnico: busca de desempenho de um componente;


• Sustentabilidade: busca a não agressão ao meio ambiente;
• Cultural: adequação do produto às características regionais, como modelo, forma,
etc;
• Econômico: baixa relação custo benefício - eficiência;
• Estratégico: existência de reservas de minério – diferentes disponibilidades podem
gerar composições diferentes para a obtenção de um mesmo produto. Ex. aço com
maior ou menor teor de carbono pode ficar mais ou menos dúctil;
• Estruturas internas: diretamente relacionadas com as propriedades e
características dos materiais:
Estrutura atômica: composição do átomo e interação entre prótons, elétrons e neutros;
Estrutura molecular: uma molécula é um agrupamento de átomos, ligados pelas forças interatômicas;
Estrutura cristalina: arranjo ordenado de átomos que se repetem indefinidamente no espaço;
Estrutura amorfa: arranjo desordenado dos átomos, não existindo uma repetição cristalina;
Estrutura mista: parte é cristalina e parte é amorfa.

UNIDADE 1 - PROPRIEDADES E CIÊNCIA DOS MATERIAIS

Ligações atômicas

Iônica: muito forte – átomos com cargas opostas se atraem, tornando-se íons através da
troca de elétrons;
Covalente: muito forte – compartilhamento de elétrons entre dois átomos;
Metálica (tipo de covalente): forte – nuvem eletrônica de elétrons livres nos metais;
Van der Waals (secundária): fraca – pontes de hidrogênio

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 6


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 1 - PROPRIEDADES E CIÊNCIA DOS MATERIAIS

Propriedades importantes no estudo dos materiais

• Porosidade: matéria descontínua em um corpo;


• Dureza: capacidade de resistência a riscos ou à penetração;
• Tenacidade: capacidade de resistência a choques mecânicos (relacionada com a
energia perdida durante o choque);
• Elasticidade: tendência de retorno à forma primitiva após aplicação de um
esforço;
• Plasticidade: capacidade de deformação após ultrapassar o estado elástico, sem
romper (deformação permanente);

UNIDADE 1 - PROPRIEDADES E CIÊNCIA DOS MATERIAIS

Propriedades importantes no estudo dos materiais (cont.)

• Resiliência: capacidade do material se deformar elasticamente, até o limite do regime elástico


(energia absorvida no estado elástico);
• Ductibilidade: capacidade de maior ou menor deformação antes de romper (quanto maior a
capacidade de deformação, mais dúctil é o material)
• Fragilidade: inverso de ductibilidade;
• Desgaste: perda de qualidades ou de dimensões com o uso contínuo
• Durabilidade: manutenção das propriedades ao longo do tempo
• Fadiga: perda das propriedades dos materiais metálicos, devido a esforços cíclicos
• Propriedades térmicas: capacidade térmica, condutividade e dilatação térmica
• Propriedades elétricas: condutividade e resistividade

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 7


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 1 - PROPRIEDADES E CIÊNCIA DOS MATERIAIS

Grandezas físicas relacionadas com as propriedades dos materiais:

Peso específico: peso em relação à massa

Massa Específica: massa em relação ao volume

Densidade: água destilada a 4 Co no vácuo

Deformação específica: variação da dimensão em relação à dimensão inicial

AGREGADOS

UNIDADE 2

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 8


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 2 - AGREGADOS

DEFINIÇÃO : Material granular inerte (pedra, areia, etc.), que participa da


composição de concretos, argamassas e alvenarias, e cujas partículas são ligadas entre
si por um aglutinante (cimento + água)

O que se espera do agregado ?

1. Quimicamente inertes
2. Fisicamente compatíveis
Cimento
Armadura
3. Duráveis
Expostos a solicitação
4. Boa aderência com a pasta
5. Formas e dimensões definidas

UNIDADE 2 - AGREGADOS

IMPORTÂNCIA ECONÔMICA

Custo do agregado < custo do cimento


Ocupam de 60 a 80 % do m³ de concreto
Produção nacional > 300 milhões de t / ano

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 9


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 2 - AGREGADOS

CLASSIFICAÇÃO GERAL DOS AGREGADOS

ORIGEM

DIMENSÕES

MASSA UNITÁRIA

UNIDADE 2 - AGREGADOS

CLASSIFICAÇÃO QUANTO À ORIGEM

Naturais
Aqueles utilizados tal como encontrados na natureza (areia de rio, seixo
rolado, pedregulho).

Artificiais
Aqueles que necessitam de tratamento (britagem) antes do uso (areia
artificial,pedra britada, argila expandida).

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 10


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 2 - AGREGADOS

CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DIMENSÃO

FILLER < 0,075 mm

MIÚDO 0,075 a 4,8 mm

GRAÚDO 4,8 a 152 mm

UNIDADE 2 - AGREGADOS

CLASSIFICAÇÃO COMERCIAL

Brita 0 4,8 a 9,5 mm


Brita 1 9,5 a 19,0 mm
Brita 2 19,0 a 25,0 mm
Brita 3 25,0 a 38,0 mm
Brita 4 38,0 a 76,0 mm
Brita 5 >76,0 mm

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 11


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 2 - AGREGADOS

QUANTO À MASSA UNITÁRIA

Leves (d < 1000kg/m3)


argila expandida, vermiculita, etc...

Normais (1000 < d < 2000 kg/m3)


seixo rolado, pedra britada, areia de rio, etc...

Pesados (> 2000 kg/m3)


barita, hematita, etc...

UNIDADE 2 - AGREGADOS

PROPRIEDADES FÍSICAS

Distribuição granulométrica (NBR NM 248/03)

Massa unitária

Massa específica real

Umidade e absorção

Forma do grão

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 12


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 2 - AGREGADOS

DISTRIBUIÇÃO GRANULOMÉTRICA

Determinação da distribuição dos tamanhos dos grãos do agregado;

Feita por peneiramento;

Resulta: dimensão máxima Dmáx


módulo de finura MF

UNIDADE 2 - AGREGADOS

Curva granulométrica

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 13


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 2 - AGREGADOS

Análise Granulométrica de uma Brita


Peneira Massa Porcentagem
ABNT (mm) (g) Retida Acumulada
25 0 0 0
19 150 3 3
12,5 2800 56 59
9,5 750 15 74
6,3 1200 24 98
4,8 100 2 100
2,4 0 0 100
1,2 0 0 100
0,6 0 0 100
0,3 0 0 100 Dmax. 19 mm
0,15 0 0 100
M.F. = 6,77
<0,15 0 0 100
TOTAL 5000 100 677

UNIDADE 2 - AGREGADOS

DIMENSÃO MÁXIMA Dmáx

É a abertura da peneira à qual corresponde


uma porcentagem retida acumulada igual
ou imediatamente inferior a 5%.

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 14


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 2 - AGREGADOS

DIMENSÃO MÁXIMA Dmáx

Condicionantes:

Dimensões da peça

Espaçamento das armaduras

Tipo de lançamento

UNIDADE 2 - AGREGADOS

DIMENSÃO MÁXIMA Dmáx

1/3 espessura lajes ou pavimentos

1/4 das faces das fôrmas

0,8 do menor espaçamento entre armaduras horizontais

1,2 do menor espaçamento entre armaduras verticais

1/4 do diâmetro de tubulação de bombeamento

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 15


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 2 - AGREGADOS

MÓDULO DE FINURA (MF)

É a soma das porcentagens retidas


acumuladas nas peneiras da
série normal, dividida por 100.

Último ensaio no laboratório resultou em :


Areia Media Mal Graduada Uniforme : Mf = 2,3

UNIDADE 2 - AGREGADOS

MASSA UNITÁRIA

MASSA DE AGREGADO
VOLUME UNITÁRIO

Importante na transformação do traço de massa para volume.


É utilizada em alguns métodos de cálculo de dosagem de concreto.
É utilizada no cálculo de conferência de estoques.

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 16


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 2 - AGREGADOS

MASSA ESPECÍFICA REAL

MASSA DE AGREGADO
VOLUME SÓLIDO

IMPORTANTE NA DOSAGEM

UNIDADE 2 - AGREGADOS

MASSAS UNITÁRIAS E ESPECÍFICA MÉDIAS DE AGREGADOS

Massa unitária
Massa (kg/m3)
Material Específica
(kg/m3) Solta Compactada

Areia 2650 1470 1670

Brita 1 2700 1430 1490

Brita 2 2700 1380 1430

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 17


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 2 - AGREGADOS

UMIDADE E ABSORÇÃO

UNIDADE 2 - AGREGADOS
FORMA DO GRÃO

Grau de arredondamento

Grau de esfericidade

NBR 7809/06: MAIOR DIMENSÃO


MENOR DIMENSÃO

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 18


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 2 - AGREGADOS

Grau de esfericidade e grau de arredondamento

UNIDADE 2 - AGREGADOS

Agregado de forma cúbica Agregados com formas


arredondadas (seixos)

Fragmentos lamelares e alongados Agregado sujo

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 19


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 2 - AGREGADOS

RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO DE ROCHAS

ROCHAS RESISTÊNCIA (MPa)


Granito 181
Basalto 283
Calcário 159
Mármore 117
Quartzito 252
Gnaisse 147
Xisto 170

UNIDADE 2 - AGREGADOS

SUBSTÂNCIAS NOCIVAS MAIS COMUNS

Torrões de argila (NBR 7218/87)

Materiais pulverulentos (NBR NM 46/03)

Impurezas Orgânicas (NBR NM 49/01)

Açúcar

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 20


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 2 - AGREGADOS

SUBSTÂNCIAS NOCIVAS MAIS COMUNS

Torrões de argila
Quando não se desagregam durante a mistura são agregados frágeis. Quando se
pulverizam, dificultam a aderência pasta/agregado.

Materiais pulverulentos
Dificultam a aderência pasta/agregado.
Provocam queda da resistência.

UNIDADE 2 - AGREGADOS

SUBSTÂNCIAS NOCIVAS MAIS COMUNS

Impurezas orgânicas
Interferem na hidratação do cimento (podendo até inibir). Mais comum em areias
naturais

Açúcar
A presença de açúcar tem como característica o retardamento de pega do cimento,
prejudicando a evolução das resistências do concreto.

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 21


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 2 - AGREGADOS

TEORES MÁXIMOS ADMISSÍVEIS DE MATERIAL PULVERULENTO

Agregados miúdos
em concreto submetido a desgaste superficial.........................3,0%

nos demais concretos.....................................................................5,0%

Podendo aumentar esses limites para 10,0% e 12,0% respectivamente, quando o


agregado for de origem artificial, desde de que seja possível comprovar, por apreciação
petrográfica, que os grãos constituintes não interferem nas propriedades do concreto.

Agregados graúdos...................................................1,0%

NBR 7211/05

UNIDADE 2 - AGREGADOS

TEORES MÁXIMOS ADMISSÍVEIS DE TORRÕES DE ARGILA

Agregados miúdos....................................................1,5%

Agregados graúdos
Em concretos cuja aparência é importante .............1,0%
em concreto submetido a desgaste
superficial.........................................................................2,0%
nos demais concretos....................................................3,0%

NBR 7211/05

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 22


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 2 - AGREGADOS

REATIVIDADE ÁLCALI-AGREGADO

• Agregado reativo
Condições
• Álcalis (sódio e potássio) > 3,0 kg/m³ de concreto.
para
• Umidade > 80%
ocorrência
• (Temperatura como catalisador)

UNIDADE 2 - AGREGADOS

REAÇÃO ALCALI AGREGADO (RAA)


Edifício em Recife

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 23


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 2 - AGREGADOS

REAÇÃO ALCALI AGREGADO (RAA)


Edifício em Recife

UNIDADE 2 - AGREGADOS

REAÇÃO ALCALI AGREGADO (RAA)


Edifício em Recife

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 24


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 2 - AGREGADOS

REAÇÃO ALCALI AGREGADO (RAA)


Edifício em Fortaleza

AGLOMERANTES

UNIDADE 3

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 25


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 3 - AGLOMERANTES

MERCADO DE CIMENTO NO BRASIL

NORTE
10,5%
NORDESTE
19,4%
CENTRO-
OESTE

50,6% SUDESTE
4,2%
15,3%
SUL
FONTE: SNIC

UNIDADE 3 - AGLOMERANTES

PANORAMA DA PRODUÇÃO DE CIMENTO LATINA (2007)

OUTROS 14,5%

EQUADOR 2,7%

CHILE 2,9%
BRASIL 30%
PERU 4,0%

VENEZUELA 5,1%

ARGENTINA 6,4%

COLOMBIA 7,2%

MÉXICO 27,2%

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 26


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 3 - AGLOMERANTES

APLICAÇÕES DO CIMENTO

Infra-Estrutura
18,1%

Aplicação Edificação
100% 81,8%

Agropecuária
0,1%

FONTE: ABCP

UNIDADE 3 - AGLOMERANTES

PANORAMA MUNDIAL DE CIMENTO 2008 (consumo)

1.600,00
Consumo de
1.449,00
cimento
País
1.400,00 (milhões de
toneladas / ano)
1.200,00
China 1.449,0

1.000,00
India 179,9
USA 96,5
800,00
Rússia 58,5

600,00
Brasil 51,9
Coréia do Sul 50,5
400,00
179,9
Japão 50,1
200,00 96,5 Espanha 42,7
58,5 51,9 50,5 50,1 42,7 41,8
Itália 41,8
0,00
China India USA Rússia Brasil Coréia do Japão Espanha Itália
Consumo
Sul
2.822,2
mundial

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 27


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 3 - AGLOMERANTES

Definição : Aglomerante hidráulico constituído de uma mistura de CLÍNQUER


PORTLAND e GESSO

ETAPAS DE FABRICAÇÃO DO CIMENTO PORTLAND

Extração das matérias-primas


Britagem e moagem
Dosagem da farinha
Homogeneização
Queima (Clinquerização)
Resfriamento
Moagem
Ensacamento

UNIDADE 3 - AGLOMERANTES
Carvão/Coque/óleo
Depósito de
Mix Combustíveis
Pré-aquecedor
Britador Moinho de Carvão

Calcário
Depósito

Argila
Moinho de Cru
Homogeneização Gesso
Silos de Cimento
Separador Clínquer
Depósito de
Escória ou Clínquer
Moinho de Cimento
pozolana

Calcário
A oferta dos diversos tipos de cimento varia em
Ensacamento função do número de silos e da disponibilidade
GRANELEIRO
de matéria-prima, da característica do mercado
regional...
Em geral a fábrica oferece 2 a 3 tipos.

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 28


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 3 - AGLOMERANTES

UNIDADE 3 - AGLOMERANTES

CONFORME O TIPO DE CIMENTO PODERÃO SER ACRESCENTADOS,


NO PROCESSO DE MOAGEM, MATERIAIS CONHECIDOS POR
ADIÇÕES: ESCÓRIAS, POZOLANAS, CALCÁRIO

ESCÓRIAS e POZOLANAS (Diminuem a permeabilidade)

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 29


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 3 - AGLOMERANTES

CP II-F
Filer

Clínquer

+ +
CP II-E ou CP III

Escória

Gesso
CP II-Z ou CPIV
CP I ou CP V
Pozolana

UNIDADE 3 - AGLOMERANTES
RAZÕES PARA O USO DAS ADIÇÕES

Técnicas
Melhoria de propriedades específicas

Econômicas
Diminuição do consumo energético e preservação das jazidas

Ecológicas
Aproveitamento de resíduos poluidores na fabricação do clínquer.

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 30


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 3 - AGLOMERANTES

USO DE ADIÇÕES : RAZÕES TÉCNICAS

Aumento da impermeabilidade

Diminuição da porosidade capilar

Maior resistência a sulfatos

Redução do calor de hidratação

Inibição da reação álcali-agregado


*
MAIOR DURABILIDADE

UNIDADE 3 - AGLOMERANTES

TIPOS DE CIMENTO E NORMALIZAÇÃO

1991

1982 CPC, AF e POZ CP I, CP II, CPIII, CP IV e CP 2009


V

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 31


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 3 - AGLOMERANTES

CIMENTO : NOMENCLATURA

TIPO CP XXX RR

Cimento Resistência aos 28


Portland Composição ou dias (MPa)
qualificativo
CLASSE
SIGLA
CP II- E- 32 (TIPO)
CPII-E (SIGLA)
32 (CLASSE) NOME TÉCNICO:
Cimento Portland composto com escória

UNIDADE 3 - AGLOMERANTES

CIMENTOS PORTLANDS NORMALIZADOS

Cimento Portland Comum NBR 5732/91

Cimento Portland Composto NBR 11578/91

Cimento Portland de Alto-Forno NBR 5735/91

Cimento Portland Pozolânico NBR 5736/91

Cimento Portland de Alta Inicial NBR 5733/91

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 32


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 3 - AGLOMERANTES

CIMENTOS PORTLANDS NORMALIZADOS

Cimento Portland Resistente a Sulfatos NBR 5737/92

Cimento Portland de Baixo

Calor de Hidratação NBR 13116

Cimento Portland Branco NBR 12989

Cimento para Poços Petrolíferos NBR 9831

Cimento Aluminoso NBR 13847

UNIDADE 3 - AGLOMERANTES

ESPECIFICAÇÕES NORMATIVAS

Clinquer
Cimento
Sigla Classe + Escória (E) Pozolana (Z) Filer (F)
Portland
Gesso
25
CP I 32 100 % 0
40
Comum
25 1-5
CP I-S 32 99-95
40
25
CP II-E 32 94-56 6-34 0 0-10
40
25
Composto CP II-Z 32 94-76 0 6-14 0-10
40
25
CP II-F 32 94-90 0 0 6-10
40

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 33


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 3 - AGLOMERANTES

ESPECIFICAÇÕES NORMATIVAS

Clinquer
Cimento Escória
Sigla Classe + Pozolana (Z) Fíler (F)
Portland (E)
Gesso

25
Alto Forno CP III 32 65-25 35-70 0 0-5
40

25
Pozolânico CP IV 85-45 0 15-50 0-5
32

ARI CP V --- 100-95 0 0 0-5

UNIDADE 3 - AGLOMERANTES
PRESCRIÇÕES FÍSICO-MECÂNICAS
Tipo de cimento Portland

T em pos de E xpansibilidade R esistência à com pressão


Finura
pega (h) (m m ) (M P a)
Resíduo peneira

Área específica
Classe

A quente
(m /kg)
75 µm

28dias
3 dias

7 dias
Início

A frio

1 dia
(%)

Fim
2

25 ≥ 240 ≥ 8 ≥ 15 ≥ 25
CP I ≤ 12,0
32 ≥ 260 ≥ 1 ≤ 10 ≤ 5 ≤ 5 -- ≥ 10 ≥ 20 ≥ 32
CP I-S ≤ 10,0
40 ≥ 280 ≥ 15 ≥ 25 ≥ 40
CP II-E 25 ≥ 240 ≥ 8 ≥ 15 ≥ 25
≤ 12,0
CP II-Z 32 ≥ 260 ≥ 1 ≤ 10 ≤ 5 ≤ 5 -- ≥ 10 ≥ 20 ≥ 32
≤ 10,0
CP II-F 40 ≥ 280 ≥ 15 ≥ 25 ≥ 40
25 ≥ 8 ≥ 15 ≥ 25
CP III 32 ≤ 8,0 -- ≥ 1 ≤ 12 ≤ 5 ≤ 5 -- ≥ 10 ≥ 20 ≥ 32
40 ≥ 12 ≥ 23 ≥ 40
25 ≥ 8 ≥ 15 ≥ 25
CP IV ≤ 8,0 -- ≥ 1 ≤ 12 ≤ 5 ≤ 5 --
32 ≥ 10 ≥ 20 ≥ 32

CP V -A R I ≤ 6,0 ≥ 300 ≥ 1 ≤10 ≤ 5 ≤ 5 ≥ 14 ≥ 24 ≥ 34 --

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 34


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 3 - AGLOMERANTES

CIMENTO PORTLAND DE ALTA RESISTÊNCIA INICIAL

CP V ARI
CP CLASSE 32

R1 14 MPa R3 10 MPa
R3 24 MPa R7 20 MPa
R7 34 MPa R 28 32 MPa

UNIDADE 3 - AGLOMERANTES
CIMENTO PORTLAND DE BAIXO CALOR DE HIDRATAÇÃO
IDENTIFICAÇÃO: Acréscimo do sufixo BC ao tipo original
Exigência: baixo desprendimento de calor

< 260 J/g aos 3 dias


< 300 J/g aos 7 dias

CIMENTOS RESISTENTES AOS SULFATOS


Cimentos CP III com 60% a 70% de escória
Cimentos CP IV com 25% a 40% de pozolana
Cimentos que tiverem antecedentes de resultados de ensaios de longa duração ou
de obras que comprovem resistência aos sulfatos
IDENTIFICAÇÃO : sufixo RS ao tipo original

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 35


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 3 - AGLOMERANTES

CARACTERÍSTICAS DOS CIMENTOS

Os cimentos brasileiros ultrapassam expressivamente as exigências mínimas


das normas técnicas.

1 dia 3 dias 7 dias 28 dias


Cimento
Norma Média Norma Média Norma Média Norma Média
CP II-E-32 - 9,3 10,0 22,0 20,0 29,8 32,0 40,8
CP II-F-32 - 14,3 10,0 24,9 20,0 30,7 32,0 38,5
CP III-32 - 5,2 10,0 15,9 20,0 25,7 32,0 42,7
CP III-40 - 8,5 12,0 22,1 23,0 33,5 40,0 51,4
CP IV-32 - 12,0 10,0 21,2 20,0 27,2 32,0 38,8
CP V-ARI 14,0 25,1 24,0 35,5 34,0 41,8 - 49,8
CP V-ARI-RS 11,0 20,7 24,0 34,2 34,0 41,8 - 49,8

UNIDADE 3 - AGLOMERANTES
CP I e CP II

O primeiro cimento portland lançado no mercado brasileiro foi o cimento comum, que corresponde atualmente ao CP I -
CIMENTO PORTLAND COMUM (EB 1/ NBR 5732), um tipo de cimento portland sem quaisquer adições além do gesso
(utilizado como retardador da pega). Ele acabou sendo considerado na maioria das aplicações usuais como termo de referência
para comparação com as características e propriedades dos tipos de cimento que surgiram posteriormente. Foi a partir do amplo
domínio científico e tecnológico sobre o cimento portland comum que se pôde desenvolver outros tipos de cimento, com o
objetivo inicial de atender a casos especiais. Com o tempo verificou-se que alguns desses cimentos, inicialmente tidos como
especiais, tinham desempenho equivalente ao do cimento portland comum original, atendendo plenamente às necessidades da
maioria das aplicações usuais e apresentando, em muitos casos, certas vantagens adicionais. A partir dos resultados dessas
conquistas e a exemplo de países tecnologicamente mais avançados, como os da União Européia, surgiu no mercado brasileiro em
1991 um novo tipo de cimento portland composto, cuja composição é intermediária entre os cimentos portland comuns e os
cimentos portland com adições (alto-forno e pozolânico), estes últimos já disponíveis há algumas décadas.

RESISTÊNCIA MECÂNICA

Os cimentos portland normalizados são designados pela sigla e pela classe de resistência. A sigla corresponde ao prefixo CP
acrescido do algarismo romano I ou II, sendo as classes de resistências indicadas pelos números 25, 32 e 40. As classes de
resistência apontam os valores mínimos de resistência à compressão (expressos em megapascal - MPa) garantidos pelos
fabricantes, após 28 dias de cura.

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 36


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 3 - AGLOMERANTES
CP III e CP IV

O consumo apreciável de energia durante o processo de fabricação de cimento motivou mundialmente a busca de medidas para
reduzir o consumo energético. Uma das alternativas de sucesso foi o uso de escórias granuladas de alto-forno e materiais
pozolânicos na composição dos chamados CP III - CIMENTO PORTLAND DE ALTO-FORNO e CP IV - CIMENTO PORTLAND
POZOLÂNICO respectivamente.

RESISTÊNCIA MECÂNICA

Os cimentos portland normalizados são designados pela sigla e pela classe de resistência. A sigla corresponde ao prefixo CP
acrescido do algarismo romano III e IV, sendo as classes de resistências indicadas pelos números 25, 32 e 40. As classes de
resistência apontam os valores mínimos de resistência à compressão (expressos em megapascal - MPa) garantidos pelos
fabricantes, após 28 dias de cura.

UNIDADE 3 - AGLOMERANTES
CP V – ARI

O cimento portland de alta resistência inicial (CP V - ARI) tem a peculiaridade de atingir altas resistências já nos primeiros dias da
aplicação. O desenvolvimento da alta resistência inicial é conseguido pela utilização de uma dosagem diferente de calcário e argila
na produção do clinquer, bem como pela moagem mais fina do cimento, de modo que, ao reagir com a água, ele adquira elevadas
resistências, com maior velocidade.

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 37


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 3 - AGLOMERANTES
CP – RS

Os cimentos portland resistentes aos sulfatos são aqueles - como o próprio nome diz - que têm a propriedade de oferecer
resistência aos meios agressivos sulfatados, tais como os encontrados nas redes de esgotos de águas servidas ou industriais, na
água do mar e em alguns tipos de solos. De acordo coma norma NBR 5737, quaisquer um dos cinco tipos básicos (CP I, CP II, CP
III, CP IV e CP V-ARI) podem ser considerados resistentes aos sulfatos, desde que obedeçam a pelo menos uma das seguintes
condições:

• teor de aluminato tricálcico (C3A) do clinquer e teor de adições carbonáticas de, no máximo, 8% e 5% em massa,
respectivamente.
• cimentos do tipo alto-forno que contiverem entre 60% e 70% de escória granulada de alto-forno, em massa.
• cimentos do tipo pozolânico que contiverem entre 25% e 40% de material pozolânico, em massa.
• cimento que tiverem antecedentes de resultados de ensaios de longa duração ou de obras que comprovem resistência aos
sulfatos.

No primeiro e no último caso o cimento deve atender ainda a uma das normas NBR 5732, 5733, 5735, 5736 e 11578. Se o
cimento original for o portland de alta resistência inicial (NBR 5733), admite-se a adição de escória granulada de alto-forno ou
materiais pozolânicos, para os fins específicos da NBR 5737.

UNIDADE 3 - AGLOMERANTES
CP de Baixo Calor de Hidratação

O aumento da temperatura no interior de grandes massas de concreto devido ao calor desenvolvido durante a hidratação do
cimento pode levar ao aparecimento de fissuras de origem térmica, que podem ser evitadas se forem usados cimentos com taxas
lentas de evolução de calor, os chamados cimentos portland de baixo calor de hidratação.

Os cimentos portland de baixo calor de hidratação, de acordo com a NBR 13116, são aqueles que despendem até 260 J/g e até
300 J/g aos 3 dias e 7 dias de hidratação respectivamente, e podem ser qualquer um dos tipos básicos. O ensaio é executado de
acordo com a norma NBR 12006 - Determinação do Calor de Hidratação pelo Método da Garrafa de Langavant.

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 38


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 3 - AGLOMERANTES
CPB

O cimento portland branco é um tipo de cimento que se diferencia dos demais pela coloração. A cor branca é conseguida a partir
de matérias-primas com baixo teores de óxido de ferro e manganês e por condições especiais durante a fabricação, especialmente
com relação ao resfriamento e à moagem do produto.

No Brasil o cimento portland branco é regulamentado pela Norma NBR 12989, sendo classificado em dois subtipos: cimento
portland branco estrutural e cimento portland branco não estrutural.

O cimento portland branco estrutural é aplicado em concretos brancos para fins arquitetônicos, possuindo as classes de
resistência 25, 32 e 40, similares às dos demais tipos de cimento. Já o cimento portland branco não estrutural não tem indicações
de classe e é aplicado, por exemplo, no rejuntamento de azulejos e na fabricação de ladrilhos hidráulicos, isto é, em aplicações não
estruturais, sendo esse aspecto ressaltado na sacaria para evitar uso indevido por parte do consumidor.

UNIDADE 3 - AGLOMERANTES
CPP - Cimento para poços petrolíferos

O CPP constitui um tipo de cimento portland de aplicação bastante específica, qual seja a cimentação de poços petrolíferos. O
consumo desse tipo de cimento é pouco expressivo quando comparado ao de outros tipos de cimentos normalizados no País. O
cimento para poços petrolíferos (CPP) é regulamentado pela NBR 9831 e na sua composição não se observam outros
componentes além do clínquer e do gesso para retardar o tempo de pega. No processo de fabricação do cimento para poços
petrolífero são tomadas precauções para garantir que o produto conserve as propriedades reológicas (plasticidade) necessárias
nas condições de pressão e temperatura elevadas presentes a grandes profundidades, durante a aplicação nos poços petrolíferos.
O CPP pode ser identificado como sendo um cimento classe G (CPP-G).

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 39


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 3 - AGLOMERANTES
ÁGUA
A água utilizada na confecção do concreto deve ser, de preferência, potável,
não devendo conter resíduos industriais ou substancias orgânicas. A experiência
mostra que diversos sais minerais não prejudicam o concreto, quando dissolvidos em
concentrações toleráveis.

UNIDADE 3 - AGLOMERANTES
Aditivos
Denominam-se aditivos os materiais adicionados aos ingredientes normais
do concreto, durante a mistura, para obter propriedades desejáveis, tais como:
aumento da plasticidade, controle do tempo de pega, controle do aumento da
resistência, redução do calor de hidratação, etc.
Os aditivos plastificantes têm efeitos benéficos, pois permitem reduzir a
quantidade de água necessária para se obter a plastificação desejada.
Os aditivos para concreto são em geral explorados comercialmente por
fabricantes especializados, cujos catálogos contêm informações pormenorizadas sobre
seu melhor emprego.

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 40


NOTAS DE AULA 14/02/2012

ARGAMASSAS

UNIDADE 4

UNIDADE 4 - ARGAMASSAS
Argamassas

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 41


NOTAS DE AULA 14/02/2012

CONCRETOS

UNIDADE 5

UNIDADE 5 - CONCRETOS
Concreto
Denomina-se concreto um material formado pela mistura de cimento, água,
agregado graúdo (brita ou cascalho) e agregado miúdo (areia). O concreto fresco tem
consistência plástica, podendo ser moldado, na forma e dimensões desejadas, bastando
lançar a massa fresca no interior de fôrmas de madeira ou outro material adequado.
O concreto endurecido tem elevada resistência à compressão, mas baixa
resistência à tração.

ANDOLFATO, R. P. CONTROLE TECNOLÓGICO BÁSICO DO CONCRETO. Notas de Aula. Ilha Solteira, 2002.

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 42


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 5 - CONCRETOS
Concreto Armado
Denomina-se concreto armado o material misto obtido pela colocação de
barras de aço no interior do concreto. As armaduras são posicionadas, no interior da
fôrma, antes do lançamento do concreto plástico. Este envolve as barras de aço,
obtendo-se, após o endurecimento uma peça de concreto armado.

UNIDADE 5 - CONCRETOS
Durabilidade do Concreto
O concreto é um material bastante estável quando bem executado. Quando
exposto às intempéries, sua resistência mecânica cresce lentamente com o tempo.

Durabilidade do Concreto Armado


As barras de aço, colocadas no interior do concreto, são protegidas contra a
corrosão pelo fato de o concreto ser um meio alcalino. A experiência mostra que essa
proteção persiste, mesmo quando o concreto apresenta uma fissuração moderada.
Graças a esta propriedade, as estruturas de concreto armado têm, em geral, uma
grande durabilidade, quando expostas ao meio ambiente.

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 43


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 5 - CONCRETOS
Sentido Econômico do Concreto Armado
Os materiais que entram na constituição do concreto são abundantes em
quase todas as partes do globo terrestre, o que torna o concreto universalmente
econômico.
Os minérios de ferro existem também com abundância na terra, resultando
ser o aço um dos materiais mais importantes da indústria. O aço é disponível
mundialmente a preços competitivos.
Sendo o concreto armado produto da associação de dois materiais
econômicos, não surpreende sua extraordinária importância nas construções
modernas. O concreto armado é vastamente utilizado em estruturas de edifícios,
pontes, estradas, obras marítimas, barragens, etc.

UNIDADE 5 - CONCRETOS
Fissuração do Concreto Armado

A fissuração do concreto armado pode ser devida a duas causas principais:


a) Retração acelerada do concreto, quando se permite rápida evaporação da água da mistura;
b) Tensões de tração produzidas por solicitações atuantes.

As fissuras do concreto armado têm três efeitos prejudiciais:


a) São pouco estéticas;
b) Produzem uma sensação de insegurança;
c) Permitem o acesso de ar e água junto às armaduras, reduzindo o grau de proteção das mesmas
contra oxidação.

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 44


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 5 - CONCRETOS
Vantagens e Desvantagens do Concreto Armado
O concreto armado apresenta, como material de construção, grande número
de vantagens:
a) Materiais econômicos e disponíveis com abundância no globo terrestre;
b) Grande facilidade de moldagem, permitindo adoção das mais variadas formas;
c) Emprego extensivo de mão-de-obra não qualificada e equipamentos simples;
d) Elevada resistência à ação do fogo;
e) Elevada resistência ao desgaste mecânico;
f) Grande estabilidade, sob ação de intempéries, dispensando trabalhos de manutenção;
g) Aumento da resistência à ruptura com o tempo;
h) Facilidade e economia na construção de estruturas contínuas, sem juntas.

Uma das principais desvantagens do concreto armado é sua massa específica


elevada ( 2,5 t/m³ ). Em obras com grandes vãos, as solicitações de peso próprio se
tornam excessivas, resultando numa limitação prática dos vãos das vigas em concreto
armado a valores de 30m a 40m.

UNIDADE 5 - CONCRETOS
PROPRIEDADES DO CONCRETO FRESCO

Preparação do concreto

O concreto fresco é preparado pela mistura manual ou mecânica dos


componentes. A mistura manual só é utilizada em obras muito pequenas. Geralmente o
concreto é misturado em máquinas com tambor rotativo, denominadas betoneiras.

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 45


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 5 - CONCRETOS
PROPRIEDADES DO CONCRETO FRESCO

Consistência do concreto fresco

A consistência do concreto fresco é uma propriedade


relacionada com o estado de fluidez da mistura. A
consistência adequada é fundamental para garantir a
trabalhabilidade do concreto, ou seja, a facilidade com que o
concreto pode ser colocado num certo tipo de fôrma, sem
segregação.
A consistência do concreto é geralmente medida
no ensaio de abatimento (slump-test). O concreto fresco é
compactado no interior de uma fôrma tronco-cônica, com
altura de 30cm. Retirando-se a fôrma, por cima do
concreto, este sofre um abatimento, cuja medida em
centímetros é usada como valor comparativo da
consistência.

UNIDADE 5 - CONCRETOS
PROPRIEDADES DO CONCRETO FRESCO

Consistência do concreto fresco

A consistência e a trabalhabilidade dependem da composição do concreto, e,


em particular, da quantidade de água, da granulometria dos agregados, da presença de
aditivos, etc.
A dosagem do concreto deve levar em conta a consistência necessária para
as condições da obra. Peças finas e fortemente armadas necessitam misturas mais
fluidas que peças de grande largura e com pouca armação.
A Tabela a seguir apresenta a classificação do concreto segundo o valor em
centímetros do abatimento no slump test.

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 46


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 5 - CONCRETOS
PROPRIEDADES DO CONCRETO FRESCO

Classificação das consistências do concreto

UNIDADE 5 - CONCRETOS
PROPRIEDADES DO CONCRETO FRESCO

Para evitar misturas com consistência seca ou muito fluida. Recomendam-se


as faixas de abatimento apresentadas na Tabela a seguir, para as obras mais correntes.

Classificação das consistências do concreto

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 47


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 5 - CONCRETOS
PROPRIEDADES DO CONCRETO FRESCO

Transporte e colocação do concreto

Após a sua fabricação na betoneira, o concreto deve ser transportado e


colocado nas fôrmas. O transporte e a colocação do concreto devem obedecer a uma
série de requisitos, de modo que o material não perca sua plasticidade, nem sofra
segregação de seus componentes.
A compactação do concreto nas fôrmas é feita com auxílio de vibradores. A
vibração é essencial para se obter um concreto resistente e durável.

UNIDADE 5 - CONCRETOS
PROPRIEDADES DO CONCRETO NORMAL ENDURECIDO

Introdução

Para se obter um concreto de boa qualidade, é necessário:

a) Empregar materiais de boa qualidade;


b) Dosar os materiais em proporções adequadas;
c) Colocar o concreto nas fôrmas sem provocar segregação dos componentes,
compactando o concreto por meio de vibração.

As propriedades do concreto endurecido dependem dos cuidados


enumerados acima, e ainda das condições de cura do concreto.
Serão estudados os concretos normais, isto é, os concretos executados com
agregados usuais. O peso específico do concreto normal é de 2,4 t/m³ (toneladas por
metro cúbico).

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 48


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 5 - CONCRETOS
PROPRIEDADES DO CONCRETO NORMAL ENDURECIDO

Cura do concreto

A cura do concreto tem por finalidade impedir a evaporação da água


empregada no traço, durante o período inicial de hidratação.

UNIDADE 5 - CONCRETOS
PROPRIEDADES DO CONCRETO NORMAL ENDURECIDO

Resistência à compressão simples do concreto

A resistência à compressão simples é a propriedade mecânica mais


importante do concreto, não só porque o concreto trabalha predominantemente à
compressão, como também, porque fornece outros parâmetros físicos que podem ser
relacionadas empiricamente à resistência à compressão.

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 49


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 5 - CONCRETOS
PROPRIEDADES DO CONCRETO NORMAL ENDURECIDO

Corpos-de-prova
Geralmente, a resistência à compressão simples é medida em corpos-de-
prova cilíndricos padronizados, de 15cm de diâmetro por 30cm de altura, curados em
câmara úmida à 20ºC, e ensaiados com a idade de 28 dias. O ensaio é do tipo rápido, com
elevação de tensão de 0,1MPa/s que é igual à 1,0 (kgf/cm²) / s

UNIDADE 5 - CONCRETOS
PROPRIEDADES DO CONCRETO NORMAL ENDURECIDO

Evolução da resistência à compressão do concreto, com o tempo


A evolução da resistência do concreto com o tempo depende do tipo de
cimento e das condições de cura do concreto. Para cimento portland, e cura úmida
entre 15ºC e 20ºC, podem adotar-se os valores médios apresentados na Tabela.

Variação da resistência de concretos com diferentes cimentos portland

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 50


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 5 - CONCRETOS
PROPRIEDADES DO CONCRETO NORMAL ENDURECIDO

Resistência característica à compressão simples


A resistência à compressão simples do concreto é, em geral, determinada em
corpos-de-prova cilíndricos padronizados com idade de 28 dias. Para a mesma
dosagem do concreto, verifica-se considerável flutuação de resultados da resistência, os
quais seguem aproximadamente a curva normal de distribuição. Nessas condições, é
possível abordar a conceituação da resistência do concreto de maneira estatística.
O valor médio dos resultados experimentais é chamado resistência à
compressão média do concreto, indicado por fccm = fcm .
Denomina-se resistência à compressão característica do concreto, fcck = fck um
valor mínimo estatístico acima do qual ficam situados 95% dos resultados experimentais.
Admitindo-se a curva normal da distribuição, pode-se escrever a relação:

UNIDADE 5 - CONCRETOS
PROPRIEDADES DO CONCRETO NORMAL ENDURECIDO

Resistência característica à compressão simples


Onde δ representa o coeficiente de variação ou dispersão dos valores, dividindo-
se o desvio padrão pela média:

O desvio padrão é calculado fazendo-se o somatório das diferenças cada


valor encontrado no ensaio pela média, elevando este valor ao quadrado, em seguida
dividindo-o pelo número de ensaios menos um e por fim extraindo a raiz quadrada.
Esta equação é mostrada abaixo:

Onde fcci é o valor de cada resultado obtido no ensaio e n é o número de


ensaios realizados.

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 51


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 5 - CONCRETOS
PROPRIEDADES DO CONCRETO NORMAL ENDURECIDO

Exemplo
Por exemplo, se fossem realizados dois ensaios contendo cada um quatro
corpos-de-prova, e que apresentassem os seguintes valores:

Para os ensaios a média seria igual à:

Percebe-se claramente que a média do primeiro ensaio é menor que a do


segundo, isto não significa que o valor característico do primeiro também será menor,
continuando:

UNIDADE 5 - CONCRETOS
PROPRIEDADES DO CONCRETO NORMAL ENDURECIDO

Exemplo (cont.)

Percebe-se através da álgebra acima que o desvio padrão foi maior para o
segundo ensaio, propiciando os seguintes coeficientes de variação:

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 52


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 5 - CONCRETOS
PROPRIEDADES DO CONCRETO NORMAL ENDURECIDO

Exemplo (cont.)

O coeficiente de variação para o primeiro ensaio é baixo o que lhe


imprimirá valor característico muito próximo do valor médio enquanto que para o
segundo ensaio o coeficiente de variação mais elevado fará com que o valor
característico se distancie da média.Assim segue:

Ou seja, o primeiro ensaio apresentou valor característico bem mais alto que
o segundo que, no entanto, tinha apresentado valor médio mais alto.

UNIDADE 5 - CONCRETOS
CONTROLE DA QUALIDADE DO CONCRETO PARA ACEITAÇÃO
DA OBRA

Na maioria das obras, não se dispõe de um número de ensaios


suficientes para determinação precisa da resistência característica do concreto
executado, pela análise estatística.
Segundo a NBR-6118/2003, a obra deverá ser aceita
automaticamente se um fck-est for maior que fck estipulado em projeto.
Para o cálculo do fck-est devem-se primeiramente dispor os dados
em ordem crescente em uma tabela. Usando os dados do exemplo anterior, tem-se:

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 53


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 5 - CONCRETOS
Ficando:

Feito isso o valor estimado da resistência característica do


lote poderá ser obtido com a expressão :

Para este exemplo temos:

UNIDADE 5 - CONCRETOS
Assim, a expressão para o cálculo do fck-est fica:

Este valor fica ainda restrito a não ser maior que α ⋅ fcc1 e
nem maior que 0,85 ⋅ fcm . Os valores de α são tabelados segundo o
número de ensaios, conforme a Tabela.

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 54


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 5 - CONCRETOS
Para o exemplo α = 0,93 e um dos valores limite será de :

0,93xfcc1= 0,93 x 16 = 14,88 Mpa

O outro valor limite será igual à :

0,85 ⋅ fcm= 0,85⋅⋅19,5 = 16,58 MPa

onde o valor médio foi de 19,5 Mpa.

Assim o valor que deve ser adotado para o fck-est é de 14,88.

O processo estatístico apresentaria valores:

fcm = 19,5 MPa , s = 2,2678 e fck = 15,77 MPa

UNIDADE 5 - CONCRETOS
Realizando um comparativo entre os dois processos, percebe-se que na
maioria dos casos o valor característico estimado estará sempre a favor da
segurança.Apresentando valores mais baixos.
Uma observação importante, é que para concretos dosados para valores
menores que 16MPa o fck-est deve ser igual à α ⋅ fcc1 .

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 55


NOTAS DE AULA 14/02/2012

CONCRETOS
DOSAGEM DO CONCRETO

UNIDADE 5

UNIDADE 5 - CONCRETOS
Finalidade da dosagem

A dosagem do concreto tem por finalidade determinar as proporções dos


materiais a empregar, de modo a se atender a duas condições básicas:

a) Resistência desejada;
b) Plasticidade suficiente do concreto fresco.

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 56


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 5 - CONCRETOS
Resistência da dosagem

A resistência adotada como referencia para dosagem é a resistência média,


com 28 dias obtidas em corpos-de-prova padronizados. A resistência média, a ser
obtida com a dosagem estudada, é estimada em função da resistência característica
especificada no projeto.

UNIDADE 5 - CONCRETOS
Resistência da dosagem

Quando é conhecido o desvio padrão, determinado em ensaios com


corpos-de-prova da obra considerada, ou da outra obra em condições equivalentes
(mesma granulometria dos agregados, mesma relação água / cimento, etc.) a resistência
média de dosagem pode ser calculada com a fórmula:

Sendo que fcm nunca pode ser menor que fck+3,3MPa.


Onde k é um coeficiente corretivo para o número n de ensaios utilizados na
determinação de s (desvio padrão).Valores de k são encontrados na Tabela.

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 57


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 5 - CONCRETOS
Resistência da dosagem

Quando não for conhecido o desvio padrão, a resistência de dosagem será


fixada em função do tipo de controle dos materiais, usando-se as expressões:

Estes critérios implicam na condição, onde fornecedores de concreto


(concreteiras) devem dosar seus traços para valores de fcm em função do fck pedido.

UNIDADE 5 - CONCRETOS
Processos de dosagem

Existem diversos processos semi-empíricos para calcular a composição de


materiais a empregar na mistura, o que se denomina traço do concreto. Os cálculos
são baseados em relações experimentais aproximadas, devendo-se sempre confirmar o
traço pela observação visual da plasticidade obtida na mistura, e pela resistência dos
corpos-de-prova.
O traço calculado deverá ser corrigido se for verificado que a plasticidade
do concreto fresco é insuficiente ou excessiva.

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 58


NOTAS DE AULA 14/02/2012

CONCRETOS
CONCRETOS DE GRANULOMETRIA CONTÍNUA

UNIDADE 5

UNIDADE 5 - CONCRETOS
Concreto de granulometria contínua

Em geral se utilizam agregados com curvas granulométricas compreendidas


em faixas ideais especificadas. Os traços obtidos com esses agregados denominam-se
de granulometria contínua, uma vez que os agregados têm porcentagens retidas em todas as
peneiras da série normal.
Os concretos de granulometria contínua apresentam boa trabalhabilidade e
pequena tendência à segregação, sendo por isso especificados nas normas.

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 59


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 5 - CONCRETOS
Cálculo do traço em peso

Relação água / cimento


O traço do concreto é em geral referido a um saco de cimento (50kg). A
composição em peso pode ser expressa da seguinte forma:

1 – cimento
X – água
A – areia
B – brita

A resistência do concreto depende da fração X, igual à relação entre os pesos


da água e cimento, e correntemente denominada fator água / cimento.
O fator X é escolhido em função da resistência média aos 28 dias, conforme
dados experimentais médios de cimentos nacionais.

UNIDADE 5 - CONCRETOS
Relação água / cimento

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 60


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 5 - CONCRETOS
Relação água / cimento

Idade do Tipo de Cimento


concreto CP 32 AF 32 POZ 32
 79,4   87,7   107,4 
3 dias 0,71 × log   0,61 × log   0,59 × log  
 Fck d 3   Fck d 3   Fck d 3 
7 dias  86,6   95,0   97,4 
0,85 × log   0,78 × log   0,74 × log  
 Fck d 7   Fck d 7   Fck d 7 
28 dias  92,8   121,2   99,7 
1,11 × log   0,99 × log   0,95 × log  
 Fck d 28   Fck d 28   Fck d 28 
63 dias  95,4   123,6   101,7 
1,20 × log   1,09 × log   1,06 × log  
 Fck d 63   Fck d 63   Fck d 63 
91 dias  97,5   125,5  103,497,5 
1,30 × log   1,23 × log  1,22 × log 
 
 Fck d 91   Fck d 91   Fck d 91 
Obs. 1) Para CP 40 – deve-se aumentar em 20% os resultados de Fck d do CP- 32
2) Para CP ARI – deve-se aumentar em 25% os resultados de Fck d do CP- 32
até 7 dias e em 20% até 91 dias

UNIDADE 5 - CONCRETOS
Relação água / sólidos

A trabalhabilidade do concreto fresco depende da relação (Y) entre o peso de


água e o peso dos materiais sólidos (cimento+areia+brita), que se pode denominar relação
água / sólidos.

A relação Y constitui um dado experimental, que depende principalmente do


diâmetro máximo do agregado e da consistência desejada. Outros fatores influem na
relação Y, tais como tipos de agregado, granulometria, formas dos grãos, etc. Pode-se,
entretanto, adotar valores aproximados de Y, aplicáveis para agregados usuais.

Tabela - Relação Y para concreto vibrado,


em função do dmáx do agregado

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 61


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 5 - CONCRETOS
Massa dos agregados
Escolhido o valor de Y, conforme a Tabela 9, e o valor de X para uma dada
resistência média, conforme a Tabela, pode-se determinar a quantidade total de
agregados (A+B). A quantidade de brita (B) pode ser estimada, em função do peso total de
materiais sólidos, adotando-se as seguintes porcentagens:
Concreto vibrado, sem aditivo: 50%
Concreto vibrado, com aditivo: 55%
Resultam então as fórmulas da Tabela 10, para o cálculo das massas de areia
(A) e brita (B).

Fórmulas para
determinação das massas
dos agregados, em função
de X e Y

UNIDADE 5 - CONCRETOS
Massa dos agregados
As fórmulas apresentadas na Tabela 10 são facilmente dedutíveis. Como
segue:
A partir da fórmula:

Onde 1+ A + B são os matérias sólidos. Se para concretos vibrados sem


aditivo, por exemplo, a quantidade de brita corresponde a 50% de todo o material
sólido, então a areia e a parte de cimento correspondem a outra metade e assim:

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 62


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 5 - CONCRETOS
Consumo de cimento

O consumo de cimento C (kg de cimento por m³ de concreto) pode ser


calculado pela seguinte fórmula:correspondem a outra metade e assim:

Onde cada relação na parte direita da equação representa o volume de cada


material. E a parte esquerda corresponde a 1000 litros menos 1,5% de ar em volume
normalmente incorporado na mistura. Deve-se atentar que para esta fórmula deve-se
utilizar a massa específica e não a massa específica aparente. Isto se deve ao fato de
que no cálculo da massa específica de um material este não apresenta vazios que é
aproximadamente como os materiais se apresentarão no concreto. Deste modo, a
equação fica:

UNIDADE 5 - CONCRETOS
Consumo de cimento

Com as seguintes massas específicas conhecidas (γs) :

mC: massa específica de cimento ( ≅ 3,125 kg/litros )


mX: massa específica da água ( ≅ 1 kg/litros )
mA: massa específica da areia ( ≅ 2,60 kg/litros )
mB: massa específica da brita ( ≅ 2,75 kg/litros )

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 63


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 5 - CONCRETOS
Volume de água

Conhecendo-se a umidade (w) da areia, a quantidade de água na areia, de um


traço com peso C de cimento, será de:

Xareia = C⋅ A⋅w

E a quantidade de água a acrescentar no traço será:

X − Xareia

UNIDADE 5 - CONCRETOS
Exemplo para cálculo do traço

Calcular o traço (1:C:A:B:X) em massa de um concreto de consistência para


vibração, sem aditivo plastificante, com rigoroso controle dos agregados em peso e
com as seguintes características:

dmax = 19 mm
wareia = 6%
fck28 = 20 Mpa
Cimento CPII – 32

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 64


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 5 - CONCRETOS

Tabela - Exigências de qualidade do concreto em função do tipo de CAA


Classe de Agressividade (Tabela 1)
Concreto Tipo
I II III IV
CA ≤ 0,65 ≤ 0,60 ≤ 0,55 ≤ 0,45
Relação água/cimento (em massa) CP ≤ 0,60 ≤ 0,55 ≤0,50 ≤ 0,45
CA ≥ C20 ≥ C25 ≥ C30 ≥ C40
Classe do concreto (NBR 8953) CP ≥ C25 ≥ C30 ≥ C35 ≥ C40
Notas :
1) O concreto empregado na execução das estruturas deve cumprir com os requisitos estabelecidos na NBR 12655
2) CA corresponde a componentes e elementos estruturais de concreto armado
3) CP corresponde a componentes e elementos estruturais de concreto protendido

UNIDADE 5 - CONCRETOS

Tabela - Classes de agressividade do ambiente (tabela 6.1 da NBR 6118:2003)


Risco de
Classe de agressividade Classificação geral do tipo de
Agressividade deterioração
ambiental ambiente para efeito de Projeto
da estrutura
I Fraca Rural – Submersa Insignificante
II Moderada Urbana 1,2 Pequeno
III Forte Marinha 1 – Industrial 1,2 Grande
Industrial 1,3 – Respingos de
IV Muito Forte Elevado
Maré
1 - Pode-se admitir um micro-clima com classe de agressividade um nível mais brando para ambientes
internos secos (salas, dormitórios, banheiros, cozinhas e áreas de serviço de apartamentos residênciais e
conjuntos comerciais ou ambientes com concreto revestido com argamassa e pintura).
2 - Pode-se admitir uma classe de agressividade um nível mais brando em : obras em regiões de clima seco,
com umidade relativa do ar menor ou igual a 65%, partes da estrutura protegidas de chuva em ambientes
predominantemente secos, ou regiões onde chove raramente.
3 - Ambientes quimicamente agressivos, tanques industriais, galvanoplastia, branqueamento em industrias
de celulose e papel, armazéns de fertilizantes, indústrias químicas.

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 65


NOTAS DE AULA 14/02/2012

CONCRETOS
MÉTODO DA ABCP

UNIDADE 5

UNIDADE 5 - CONCRETOS
Método de Dosagem ABCP

Fornece uma primeira aproximação da quantidade dos materiais devendo-se


realizar uma mistura experimental.

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 66


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 5 - CONCRETOS

Cimento
Características
Características dos
dosmateriais
materiais Agregados
Concreto

Fixar a relação a/c

Determinar o consumo dos materiais

Apresentação do traço

UNIDADE 5 - CONCRETOS
Característica dos Materiais

Cimento:
Tipo
Massa específica
Resistência do cimento aos 28 dias.
Agregados
Análise granulométrica
Módulo de finura do agregado miúdo
Dimensão máxima do agregado graúdo
Massa específica
Massa unitária compactada

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 67


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 5 - CONCRETOS
CONDIÇÃO DE PREPARO

Condição A O cimento e os agregados são medidos em massa, a água de


amassamento é medida em massa ou volume com dispositivo dosador e corrigida em
função da umidade dos agregados.

Condição B O cimento é medido em massa, a água de amassamento é


medida em volume mediante dispositivo dosador e os agregados em massa combinada
com volume. A umidade do agregado miúdo é determinada pelo menos três vezes ao
dia. O volume do agregado miúdo é corrigido através da curva de inchamento
estabelecida especificamente para o material utilizado.

Condição C O cimento é medido em massa, os agregados são medidos em


volume, a água de amassamento é medida em volume e a sua quantidade é corrigida
em função da estimativa da umidade dos agregados e da determinação da consistência
do concreto.

UNIDADE 5 - CONCRETOS
DETERMINAÇÃO APROXIMADA DO CONSUMO DE ÁGUA (Ca)

Consumo de água aproximado (l/m3)


Abatimento Dmáx agregado graúdo (mm)
(mm) 9,5 19,0 25,0 32,0 38,0
40 a 60 220 195 190 185 180
60 a 80 225 200 195 190 185
80 a 100 230 205 200 195 190

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 68


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 5 - CONCRETOS
DETERMINAÇÃO DO CONSUMO DE CIMENTO (Cc)

Cc = Ca
a/c
Ca = consumo de água
a/c = relação água/cimento

UNIDADE 5 - CONCRETOS
DETERMINAÇÃO DO CONSUMO DE AGREGADO GRAÚDO

Teor ótimo de agregado graúdo


Dimensão máxima do agregado graúdo
Módulo de finura da areia

DETERMINAÇÃO DO CONSUMO DE AGREGADO MIÚDO

Teor ótimo de agregado miúdo


Teor de pasta
Consumo de agregado graúdo

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 69


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 5 - CONCRETOS
DETERMINAÇÃO DO CONSUMO DE AGREGADO GRAÚDO (Cb)

Diâmetro máximo (mm)


MF
9,5 19,0 25,0 32,0 38,0
1,8 0,645 0,770 0,795 0,820 0,845
2,0 0,625 0,750 0,775 0,800 0,825
2,2 0,605 0,730 0,755 0,780 0,805
2,4 0,585 0,710 0,735 0,760 0,785
2,6 0,565 0,690 0,715 0,740 0,765
2,8 0,545 0,670 0,695 0,720 0,745
3,0 0,525 0,650 0,675 0,700 0,725
3,2 0,505 0,630 0,655 0,680 0,705
3,4 0,485 0,610 0,635 0,660 0,685
3,6 0,465 0,590 0,615 0,640 0,665

UNIDADE 5 - CONCRETOS
DETERMINAÇÃO DO CONSUMO DE AGREGADO GRAÚDO (Cb)

Cb = Vb × Mu
Vb = Volume do agregado graúdo (brita) seco por m3 de concreto
Mu = Massa unitária compactada do agregado graúdo (brita)

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 70


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 5 - CONCRETOS
COMPOSIÇÃO COM DOIS AGREGADOS GRAÚDOS

Critério do menor volume de vazios


Proporcionar as britas de maneira a obter a maior massa unitária
compactada

Britas Proporção
B0,B1 30% BO E 70% B1
B1,B2 50% B1 E 50% B2
B2,B3 50% B2 E 50% B3
B3,B4 50% B3 E 50% B4

UNIDADE 5 - CONCRETOS
CONSUMO DE AGREGADO MIÚDO (Cm)

C C C  Onde:

Vm = 1 −  c + b + a  Vm volume de areia

 γc γb γa  Cc consumo de cimento
Cb consumo de brita
Ca consumo de água
Cm consumo de areia
γc massa específica do cimento

Cm= γm x Vm γb massa específica da brita


γa massa específica da água
γm massa específica da areia

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 71


NOTAS DE AULA 14/02/2012

UNIDADE 5 - CONCRETOS
APRESENTAÇÃO DO TRAÇO

Cc C m Cb Ca
: : :
Cc Cc Cc Cc
Cimento: areia : brita : a/c

UNIDADE 5 - CONCRETOS
EXEMPLO

Cimento CP II E-32 Concreto


γs = 3100 kg/m³ fck = 25,O MPa
Areia Abat. = 90±10 mm
MF = 2,60 Inch. 30% c/ 6% de umid. sd = 5,5 MPa
γs = 2650 kg/m³
γ =1470 kg/m3 (solta)
Brita
γs = 2700 kg/m³ Proporção das britas
γ = 1500 kg/m³ (compac.) B1 = 80%
γ = 1430 kg/m3 (b1 solta) B2 = 20%
γ = 1400 kg/m³ (b2 solta)
Dmax = 25 mm

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 72


NOTAS DE AULA 14/02/2012

MÉTODO DE DOSAGEM

CUIDADOS E CORREÇÕES

A colocação da água deve ser gradativa,


até a obtenção da consistência desejada

Car=Cai (ar /ai )0,1 (l/m3)


Car = consumo de água requerida
Cai = consumo de água inicial
ar = abatimento requerido
ai = abatimento inicial

MÉTODO DE DOSAGEM

CUIDADOS E CORREÇÕES

Falta de argamassa: acrescentar areia,


mantendo constante a relação a/c;
Excesso de argamassa: acrescentar brita,
mantendo constante a relação a/c;
Agregados com alta absorção de água:
acrescentar no consumo de água;

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 73


NOTAS DE AULA 14/02/2012

EXEMPLO DE APLICAÇÃO

EXEMPLO DE
APLICAÇÃO DO
MÉTODO

EXEMPLO DE APLICAÇÃO
CARACTERÍSTICAS DA DOSAGEM DE
CONCRETO
Cimento CP II E-32 Concreto
γ = 3100 kg/m³ • fck = 25,O MPa
Areia • Abat. = 90±10 mm
MF = 2,60 Inch. 30% c/ 6% de umid. • sd = 5,5 MPa
γ = 2650 kg/m³
δ =1470 kg/m3 (solta)
Brita
γ = 2700 kg/m³ Proporção das britas
δ = 1500 kg/m³ (compac.) B1 = 80%
δ = 1430 kg/m3 (b1 solta)
B2 = 20%
δ = 1400 kg/m³ (b2 solta)
Dmax = 25 mm

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 74


NOTAS DE AULA 14/02/2012

EXEMPLO DE APLICAÇÃO

SOLUÇÃO

Etapa 1: Determinar relação a/c

fc28 = 25,0 + 1,65 x 5,5 f c28 = 34,0 MPa

– Res. do cimento = 32,0 MPa


a/c=0,475
– Res. do concreto = 34,0 MPa

EXEMPLO DE APLICAÇÃO

Etapa 2: Determinar consumo dos materiais

Consumo de água
• abat. = 90 mm
Cons.água = 200 l
• Dmáx = 25 mm

Consumo de cimento
200/0,475 = 421 Cons.Cim = 421 kg/m³

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 75


NOTAS DE AULA 14/02/2012

EXEMPLO DE APLICAÇÃO

Consumo de agregado graúdo

– MF = 2,60
– Dmax = 25 mm Vbrita = 0,715 m³ (quadro 3)

– Cb = 0,715x 1500 = 1072 kg/m³

• Cb1 = 1072x0,80 Cb1 = 858 kg/m³

• Cb2 = 1072x0,20 Cb2 = 214 kg/m³

EXEMPLO DE
APLICAÇÃO
Consumo de agregado miúdo

– Vareia= 1- (cim/γγcim+brita/ γbrita + água/γγágua)


– Vareia= 1- (421/3100 + 1072/2700 + 200/1000)
– Vareia= 1- (0,732)

– Careia = Vareia x γareia Vareia = 0,268 m³

– Careia = 0,268 x 2650 Careia= 710 kg/m³

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 76


NOTAS DE AULA 14/02/2012

EXEMPLO DE
APLICAÇÃO
Etapa 3: Apresentação do traço
cim : areia : brita 1 : brita 2 : água/cim

710 : 858 : 214 200


1 : :
421 421 421 421

1,0 : 1,686 : 2,038 : 0,508 : 0,475

Ccim = 421kg/m³

DOSAGEM EM VOLUME

Na dosagem pode ser feita em volume, o cimento é medido em sacos


inteiros e a água em recipientes graduados. Desta forma obtemos boa precisão
na medidas desses materiais.
Para medir os agregados após a sua transformação em volumes
correspondentes a um saco de cimento, o usual é providenciar padiolas.

O volume da caixa deve corresponder ao


volume do agregado.
Considerando-se que as padiolas são
transportadas por dois homens, não convém
que a massa total ultrapasse 60 kg.
h
Medidas usuais são largura = 35 cm e 40
35cm
cm
35 cm
comprimento = 45 cm.
4550cm
cm

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 77


NOTAS DE AULA 14/02/2012

1 Areia
1,0 Unit. Volume Padiolas
Materiais saco Um. 6%
m3 (kg) (ℓ) (cm)
(kg) Inc. 30%

Cimento 421 1,0 50 50 kg 50 kg 1 saco

Areia 710 1,686 84 57(A) 78 (D) 2 x (45 x 35 x 24)

Brita 1 858 2,038 102 71(B) 71 2 x (45 x 35 x 23)

Brita 2 214 0,508 25 18(C) 18 1 x (45 x 35 x 11)

Água 200 0,475 24 24 19(E) 19ℓ

(A) = 84/1,47 (B) = 102/1,43


(C) = 25/1,4; (D) = (84*1,06*1,30)/1,47 (E) =24-(84*1,06-84)

EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO
CARACTERISTICAS DA DOSAGEM

CONCRETO
fck = 40 MPa CIMENTO
sd = 4,0 MPa γ = 3050 kg/m³
Abatimento = 90 ± 10 mm fcj=28= 39 MPa
Dmax= 38 mm

BRITA
AREIA γ= 2750 kg/m³ (brita 1 e brita 2)
γ = 2630 kg/m³ δ =1600 kg/m³ (b1 + b2 compactadas)
δ = 1440 kg/m³ (solta)
δ= 1470 kg/m³ (brita 1 – solta)
MF = 2,4
Umidade = 6%; Inchamento = 28% δ= 1520 kg/m³ (brita 2 – solta)
Composição = 30% de brita 2 e 70% de brita 1

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 78


NOTAS DE AULA 14/02/2012

Unit. 1 saco Volume Areia Padiolas


Materiais 1,0 m3 Um. 6%
(kg) (kg) (ℓ) Inc. 30% (cm)

Cimento 1,0 50 50 kg 50 kg 1 saco

Areia ...x (45 x 35 x..... )

Brita 1 ...x (45 x 35 x.....)

Brita 2 ...x (45 x 35 x.....)

Água ℓ

Eng. M.Sc. Maicon Marino Albertini 79

Vous aimerez peut-être aussi