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Sumário:
Condensadores: condensador plano e capacidade de um condensador. Associação de
condensadores
Vimos na aula anterior que um plano carregado com uma densidade de carga σ
produz um campo que é perpendicular a esse mesmo plano e cuja intensidade é
constante (não depende da distância do ponto ao plano) dada por
σ
E= . (14.1)
2ε 0
1 2
E2 E2 −
E2 ' −
+ +
− −
E1 ' + E1 E1 +
+ − + −
+ − + −
E =0 E =0
+ − + −
E
+ − + −
+ − + −
0 d x
Figura 14.1
1
σ
E= entre as placas do condensador
ε0 (14.2)
E =0 no exterior.
d
σd
∆V = V2 − V1 = − E ⋅ dl = − E dx = − (14.3)
0
ε0
Qd
V = . (14.4)
Aε 0
Esta expressão mostra que há proporcionalidade entre a carga em cada uma das placas
(também chamadas pratos ou armaduras) e a diferença de potencial entre as duas placas.
Esta proporcionalidade entre Q e V verifica-se qualquer que seja a forma do
condensador. A constante de proporcionalidade chama-se capacidade do condensador e
representa-se por C:
Q = CV . (14.5)
Aε 0
C= . (14.6)
d
2
V
+ −
+ −
+ −
+Q -Q
+ −
Figura 14.2
Quando o circuito é ligado, a carga eléctrica flui dos pólos da bateria para as placas.
Quando a diferença de potencial entre as armaduras do condensador iguala a diferença
de potencial entre os pólos da bateria deixa de haver corrente no circuito1 e o
condensador fica carregado. A placa do condensador do lado do pólo positivo da bateria
fica com carga Q e a outra com carga −Q. Quando o condensador é desligado da bateria
a carga eléctrica permanece nas placas, e o condensador mantém-se ao potencial V. Um
condensador armazena carga eléctrica e, portanto, energia (na próxima aula iremos ver
qual é a energia armazenada num condensador). Conclui-se da Eq. (14.5) que, quanto
maior for a diferença de potencial da bateria, maior será a carga nas placas do
condensador. E, como veremos mais tarde, maior será a energia acumulada.
Associação de condensadores
V V
C1
A1
A
A2
C C2
Figura 14.3
1
Esta corrente pode apenas ocorrer numa fracção de segundo.
3
Ora, basta reparar que a soma das áreas do condensador 1 e 2 é a área do condensador
do lado esquerdo, i.e. A = A1 + A2 , para se concluir, com base na expressão (14.6) que
C = C1 + C2 (pois d é o mesmo para todos os condensadores). Mas analisemos a
questão com base nas cargas que se acumulam no condensador. No lado esquerdo da
Fig. 14.4 temos N condensadores em paralelo com carga eléctrica Q1, Q2,..., QN. As
capacidades destes condensadores são C1, C2,..., CN. A diferença de potencial entre os
pontos A e B, V, é a mesma para todos os condensadores. No lado direito temos o
condensador equivalente de capacidade C para o qual a diferença de potencial
também é V.
Q1
C1
Q2
Q
C2
A B A B
C
........
QN
CN
Figura 14.4
Q = Q1 + Q1 + + QN . (14.7)
C = C1 + C 2 + + CN . (14.8)
V = V1 + V2 (14.9)
4
V
Figura 14.5
Quando se liga a bateria, o condensador 1 carrega com carga Q; logo, a outra placa fica
com carga − Q. Mas a parte delimitada a tracejado na Fig. 14.5 tem de ter carga nula.
Logo o condensador 2 fica também carregado com carga Q. Esta distribuição de cargas
está devidamente assinalada na Fig. 14.5.
As diferenças de potencial são:
i) entre A e B
Q
V = ; (14.10)
C
ii) entre A e X
Q
V1 = ; (14.11)
C1
iii) entre X e B
Q
V2 = . (14.12)
C2
1 1 1
= + . (14.13)
C C1 C 2
1 1 1 1
= + + + . (14.14)
C C1 C2 CN
Tanto esta expressão, como a (14.8), são válidas independentemente dos tipos de
condensadores (serem planos ou não e terem uma geometria qualquer).