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PARASITOLOGIA
Macete para decorar os agentes etiológicos que podem causar ciclo de Loss:
NASA - Necator americanus, Ancylostoma duodenalis, Strongyloidis stercorlis e Ascaris lumbricoidis
Sendo os dois primeiros com ciclo de Loss não obrigatório.
ASCARIDÍASE
Agente etiológico
Ascaris luibricoidis
(chamado de lumbriga ou bicha)
O CICLO DE LOSS GERA A SINDROME DE LÖEFFER - tosse ceca ou produtiva, febre, manifestacoes
alergicas semelhante a asma, broncopneumonia.
obs. Ovo fertil decorticado: nao possui a camada externa (camada mamelada), porém tambem é infectante.
Ovo infertil: gerado quando apenas femeas parasitam o hospedeiro.
TRANSMISSÃO
Veiculaçao dos ovos por artropodes, poeira, agua ou abaixo das unhas (ambiente propicio para formacao de
ovos ferteis com casca)
PATOGENIA E SINTOMATOLOGIA
- LARVAS
Infeccoes maciças geram migraçao e dano ao tecido hepático (hemorragia, fibrose e necrose). Pode haver
síndrome de loeffer.
- VERMES ADULTOS
So ocorre sintoma quando há muitos vermes adultos. Sintomas: obstruçao intestinal (geralmente em
crianças), subnutricao e deficit mental por acao espoliativa, ação toxica (antigenos ativando resposta
imunologica - urticaria, formacao de imunocomplexos, edema)
Obs. Os vermes, quando irritados por ação de medicamentos ou alimentos condimentados podem invadir
vesicula biliar (ictericia e formacao de calculo biliar), ducto pancreatico (pode causar pancreatite) ou
apendice cecal (pode causar apendicite)
DIAGNOSTICO
- Clinico: diagnostico dificil
- laboratorial: pesquisa de ovos (exame coproparasitologico)
PROFILAXIA
Impedir contaminacao fecal de agua e alimentos
Tratamento de doentes
Saneamento básico
Protecao de alimentos contra insetos
TRATAMENTO
Albendazol
Ou
Mebendazol
Ou
Levamizol (eficacia menor)
Ou
Nitazoxamida (é o mais generico e menos eficiente)
ANCILOSTOMOSE (amarelão)
Palidez devido a anemia
Agente etiológico
Ancylostoma duodenalis
Necatur americanus (mais comum no Nordeste)
Ancylostoma ceylanicum (Nao tem no Brasil)
VERMES APRESENTAM FORMA DE MACHO E FEMEA
OBS. Nao ocorre autocontaminação interna de ancilostomose, já que L3 nao pode se formar no próprio
hospedeiro (o ovo obrigatoriamente eclode no solo).
Patogenia e sintomatologia
Lesao cutanea e infecção bacteriana secundária, no caso do ciclo por penetração;
Lesões pulmonares pelo ciclo de Loss (como o ciclo de Loss não é obrigatório, os sintomas da sindrome de
Loeffler são mais raros em Ancilostomose, em comparação a Estrongiloidíase e Ascaridíase)
Lesões intestinais e espoliação de nutrientes pelo verme na parede do intestino leva ao quadro clássico de
anemia ferropriva (pele amarelada), sonolencia, tontura e falta de ar.
Diagnostico
Exame coproparasitologico (pesquisa de ovos nas fezes) - fazer várias coletas.
Métodos: Faust e Willis (métodos que usam flutuação de ovos em solução fecal)
Epidemiologia
Fatores que aumentam a prevalencia: solo arenoso, umido e sombreado; temperatura elevada.
Tratamento
Tiabendazol
ou
Ivermectina
ou
Albendazol
Agente etiológico
Ancylostoma caninus
Ancylostoma brasiliensis
Esses agentes etiológicos tem como hospedeiro definitivo cães e gatos. Em humanos, não conseguem se
desenvolver (permanecem em forma de larva) e ficam migrando no tecido submucoso, gerando trajetos
inflamatórios.
Tratamento: Tiabendazol ou ivermectina em pomada. Usa-se também gelo para matar a larva.
ESTRONGILOIDIASE
Maioria dos infectados não apresenta manifestações clínicas. Bastante prevalente.
Agente etiológico
Strongiloidis stercoralis
Formas evolutivas
Femea partenogenica: é triploide. Libera ovos de tres tipos:
Ovos triploides: originam larvas rabditoides triploides, que originam larva filarioide
Ovos diploides: originam larvas rabditoides diploides, que originam femea de vida livre
Ovos haploides: originam larvas rabditoides haploides, que originam macho de vida livre
obs. Os ovos possuem membrana fina e são leves.
obs.
CICLO INDIRETO: larvas rabditoides diploides geram femea de vida livre. Larvas rabditoides haploides
geram macho de vida livre. O macho cruza com a fêmea, gerando um ovo triploide (formado e incubado no
solo), que eclode e origina a larva filarioide.
CICLO DIRETO: o ovo triploide (formado no hospedeiro e incubado no solo) é eliminado nas fezes pela
femea paternogenica e, no solo, forma larvas rabditoides triploides, que originam larvas filarioides triploides.
A cronicidade ocorre quando eventualmente ocorre a auto infecção interna (eclosão do ovo triploide e
formação de larva filarioide dentro do próprio hospedeiro). O quadro evolui para a fase de hiperinfecção
(alta taxa de óbito; parasita se restringe a pulmao e intestino) e para a fase de disseminação (coracao, figado,
rinsm pancreas, pulmao e intestino).
AUTO INFECÇÃO EXTERNA: fezes na fralda de bebê - as larvas se desenvolvem na região perianal e
causam infecção. Não causa formas graves
SINTOMATOLOGIA
Lesoes cutaneas (edema, eritema, pápulas urticariformes, prurido) [nome da lesão: LARVA CURRENS]
Lesoes pulmonares (Síndrome de Loeffler)
Enterite catarral (celulas caliciformes produzindo bastante muco)
Enterite edematosa (edema submucoso gera desaparecimento do relevo da parede intestinal. Resulta em
sindrome da ma digestao. É reversível.)
Enterite ulcerosa (inflamação do tecido da mucosa intestinal, seguido por necrose e fibrose. Peristaltismo e
absorção sao reduzidos irreversivelmente)
OBS. São comuns casos de septicemia e meningite em decorrência da migração das larvas do solo para o
sistema circulatório.
Diagnostico
Sintomatologia é bastante genérica.
Geralmente o diagnostico é feito por métodos laboratoriais (Hoffman - é o mais comum por ser bastante
abrangente)
Epidemiologia
Fatores que aumentam chances de infecção:
- nao utilização de calçados
- Alimentos nao lavados
- Imunodepressão
Tratamento
Tiabendazol (atua contra forma paternogenica)
Cambendazol (atua contra forma paternogenica e larvas)
Albendazol
Ivermectina (usado em pacientes com AIDS)
FILARIOSE LINFÁTICA
Transmissão por mosquito vetor.
Agente etiológico
Wuchereria bancrofti
Habita preferencialmente vasos linfáticos e linfonodos da pelve, podendo ficar também na região das mamas
e braços.
Vetor
Culex quinquefaciatus (femea)
Hematóforas de hábito noturno; reprodução em água parada (limpa ou suja)
CICLO
Mosquito infectado deposita o parasito (larva L3) na superfície da pele do hospedeiro, o qual penetra pela
solução de continuidade (suor e fluidos que entram em contato com o orifício da picada) - larvas L3 vão para
a corrente linfática - formação de formas adultas (macho e fêmea, localizados nos vasos linfáticos), que
cruzam e geram as microfilárias (embriões revestidos por uma bainha flexível que permite o movimento.
Ficam nos capilares durante o dia e no sangue periférico durante a noite) - mosquito suga as microfilárias e
se infecta - no intestino do mosquito, microgilaria origina L1 - L2 - L3, que vai para o aparelho picador do
mosquito.
PATOGENIA
A presença do verme no sistema linfático provoca ações:
- Mecânicas [aumento da resistencia à passagem da linfa - dilatação dos vasos linfáticos (linfagiectasia) -
extravasamento de linfa (lonforragia). Consequencias: edema nos tecidos, ascite, hidrocele ou quilúria
(ocorre nas vias urinárias. Urina fica esbranquiçada)]
- Irritativas [linfagite (inflamação dos vasos linfáticos) e adenite (inflamação dos gânglios linfáticos)]
A presença de microfilárias nos capilares pulmonares provoca o aumento de IgE e do número de eosinófilos,
causando infiltração pulmonar, seguida de necrose e fibrose pulmonar.
ELEFANTÍASE: ocorre em pacientes com 8 a 10 anos de infecção. Dilatação recorrente dos vasos linfáticos
causa formação recorrente de edema nos tecidos. Resultado: hipertrofia do tecido conjuntivo.
SINTOMAS
Maior parte dos casos é assintomático (ainda assim, já se verificam danos aos vasos linfáticos e vasos do
sistema renal)
Manifestaçoes agudas frequentes:
- Linfagite (membros)
- Adenite (inguinais e axilares)
- Febre e mal estar
DIAGNÓSTICO
Considerar epidemiologia
Sintoma clássico: febre recorrente associada a adenolinfagite
Eosinofilia pulmonar tropical (numero elevado de eosinófilos e IgE com irritação, necrose e fibrose
pulmonar)
Confirmação: pesquisa do parasito no sangue (gota espessa. Precisa ser coletado das 22h as 24h). Na fase
crônica, diminui a quantidade de microfilárias no sangue, então deve-se executar o método de concentração.
Epidemiologia
Fatores que contribuem para alta prevalência
- temperatura e umidade elevadas
- Residência de pessoas em área endêmica
- Alta taxa de infectividade dos mosquitos vetores
TRATAMENTO
Usar associação de:
- Dietilcabamazina (atua em microfilarias e, relativamente, em vermes adultos)
- Ivermectina (nao atua sobre vermes adultos)
TRICURÍASE
Frequente coinfecção com Ascaris luibricoidis
Importante lembrar que nao há ciclo de loss.
Agente:
Trichuris trichiura
Porçao anterior fica mergulhada na mucosa e submucosa intestinal; proção posterior fica no lumen do
intestino.
Apresentam dimorfismo sexual (macho é maior; ambos tem aspecto de chicote)
Ciclo
Ingestão dos ovos - eclosão da larva no duodeno - migração das larvas para o ceco - penetração na mucosa
do ceco, onde sofrem diversas mudas até se tornarem o verme adulto - alguns se exteriorizam e ficam no
lumen do intestino, para facilitar o cruzamento - eliminação dos ovos pelas fezes - desenvolvimento do ovo
no solo.
Obs. Ovos pesados e de alta resistência (três membranas). Cada fêmea libera cerca de 7000 ovos por dia
(dado importante para diagnóstico)
Diagnóstico
- Clínico - sinal sugestivo de tricomaníase: prolapso retal
- Laboratorial - Pesquisa de ovos nas fezes (técnicas utilizadas: Hoffman ou Lutz, que são de sedimentação
espontânea, já que os ovos são pesados. Para quantificação, usa-se o método de Kato-katz)
Epidemiologia
35 a 39 % da população é infectada.
Ovos bastante resistentes aumenta a prevalência. (disseminação de ovos por chuva, insetos e vento)
Profilaxia
Lavar alimentos
Saneamento basico
Proteçao de alimentos
Tratamento de pessoas parasitadas
Tratamento
Mebendazol
Ou
Albendazol
Ou
Pamoato de pirantel
ENTEROBIOSE (oxiuríase)
Agente etiológico
Enterobius vermicularis (também chamado de Oxyuris vermicularis)
Dimorfismo sexual (femea é maior. Ela que vai para a região perianal)
Ovo leve, claro, apenas duas camadas. Ovo característico por ser em formato de “D”.
CICLO
Ingestão de ovos (pode ser por inalação, quando se sacode o lençol) - intestino delgado - eclosão da larva -
migração para região cecal - ocorrem várias mudas, resultando em machos e femeas - cruzamento - femeas
ficam com ovos no interior - femea vai para região perianal, onde libera os ovos, e o macho sai nas fezes - os
ovos, muito leves, são dissipados pelo vento, ou podem ficar retidos abaixo da unha no ato de coçar a região
perianal - ovos amadurecem no meio externo.
Transmissão
Direta (heteroinfecção): hospedeiro libera ovos - cantaminação de alimentos - outra pessoa ingere
alimentos. (Transmissão direta também pode ocorrer por inalação)
Indireta: hospedeiro libera ovos, contamina alimentos e o próprio hospedeiro consome o alimento.
Auto infecção externa ou direta: o hospedeiro se contamina com os ovos retidos abaixo da unha do próprio
hospedeiro.
Auto infecção interna: Larvas eclodem no reto e retornam para o ceco.
Retroinfecção: A fêmea libera os ovos na região perianal e volta para o ceco.
Diagnóstico
Clínico: prurido na região perianal
Laboratorial: pesquisa de ovos perianal (metodo de Graham, que utiliza uma fita adesiva para coleta dos
ovos)
Epidemiologia
Não provoca quadros graves nem óbitos
Normalmente, afeta mais de um membro da família devido à fácil transmissão
Profilaxia
Nao sacudir lencois
Não dividir camas
Manter unhas cortadas
Tratamento
Albendazol
ou
Mamoato de pirantel
Ou
Ivermectina
Nas doenças de origem alimentar, são afetados, no trato gastrointestinal, sistema nervoso e circulatório,
podendo atingir o fígado.
Mecanismos de defesa:
- Imunidade inata
- Acidez estomacal
- Microbiota intestinal
- Muco intestinal
- Motilidade intestinal
- Fagocitose (macrófagos, neutrófilos e eosinófilos)
- Imunidade adquirida
- Anticorpos são responsáveis por neutralizar toxinas e tem também efeito bactericida.
- Linfócitos T: destruição de organismos invasores (se o organismo for intracelular, atuarão os linfócitos
TH1; em helmintos, atuarão células TH2; em bactérias e fungos extracelulares, atuarão células TH17)
Vibrio cholerae
obs. Nas infecções alimentares, o microrganismo coloniza a mucosa intestinal. A partir disso, pode produzir
toxinas ou penetrar na corrente sanguínea, dependendo da espécie.
Botulismo
Agente: Clostridium botulinum
São bacilos Gram + (a maioria dos bacilos são Gram -)
Anaeróbio
Móveis
Produzem toxinas (toxina botulínica - proteína neurotóxica)
Apresentam esporos
PATOGENIA
É uma intoxicação alimentar;
Em alimentos enlatados, embalados a vácuo e defumados não cozidos favorecem o desenvolvimento de
esporos do Clostridium botulinum, que cresce anaerobicamente e produz a toxina botulínica.
Mecanismo de ação da toxina botulínica: bloqueia a liberação de acetilcolina nas sinapses, gerando
PARALISIA FLÁCIDA
FORMAS DE BOTULISMO
1) Botulismo clássico: ocorre por ingestão de neurotoxinas
2) Botulismo de lesões: Deposição de toxina botulínica em lesões (ex. Pé diabético de agricultor que anda
descalço na terra. A toxina botulínica pode entrar em contato com a ferida do pé)
3) Botulismo infantil: Ingestão dos esporos de Clostridium botulinum. Os esporos se desenvolvem no
intestino e produzem a toxina botulínica.
Após 36 horas de infecção, surgem os sintomas neurológicos: fadiga muscular, queda de pálpebra,
dificuldade na deglutição, falha nos músculos respiratórios. Morte em 3-5 dias.
Diagnóstico laboratorial: teste de hemaglutinação para a toxina no soro do paciente. (Pode fazer também a
cultura do alimento consumido, mas não é muito utilizado devido à dificuldade de encontrar o alimento, e à
demora para a cultura crescer).
MEDIDAS DE CONTROLE: utilização de conservantes como nitrito ou nitrato, tratemento térmico elevado
de alimentos (pelo menos 80 ºC por 30 minutos), utilização de microbiota competitiva (ex. Microrganismos
fermentativos, que produzem ácido lático e inviabilizam o desenvolvimento dos esporos).
SALMONELOSES
INFECÇÃO transmitida por água e alimentos causada por salmonelas.
FEBRE TIFOIDE
(Salmonella typhi)
Fezes humanas contaminam água e alimentos - no intestino, o agente atravessa células epiteliais e a lâmina
própria, atingindo os vasos linfáticos - macrófagos fagocitam a bactéria, porém ela consegue atingir corrente
sanguínea, fígado, baço, vesícula biliar - gera infecção sistêmica
FEBRES ENTÉRICAS
(S. Paratiphy A, S. paratiphy B)
Caracterizadas por febre, diarreia, vômito. Pode ocorrer septicemia (multiplicação da bactéria na corrente
sanguínea)
ENTEROCOLITES (= SALMONELOSE)
(S. typhimurium)
Após 8 a 48 horas de ingestão do alimento contaminado, ocorrem náuseas, cefaleia e diarreia profusa -
consequencia: a lesão inflamatória intensa provoca a liberação de prostaglandinas, aumentando a quantidade
de água e eletrólitos nas fezes (resulta em diarreia aquosa).
Métodos bacteriológicos: Agar verde brilhante, Agar SS, Agar McConkey (esses três são meios seletivos
para bactérias do gênero Salmonella.)
TRATAMENTO
Primeiramente, deve-se solicitar o antibiograma. Antes de sair o resultado, deve-se iniciar com antibiótico.
Antibióticos utilizados:
- Clorafenicol
- Ampicilina
- Sulfametoxisazol
- Trimetropim
- Cefalosporina
Epidemiologia
Fontes de infecção: água, leite, frutos do mar, ovos, carne e animais domésticos.
Medidas de controle: cozimento adequado dos alimentos e conservação adequada; proteção dos alimentos do
contato com moscas; análise periódica de fezes de profissionais manipuladores de alimentos e inspeção
periódica de estabelecimentos que processam alimentos; boas práticas de higiene.
VIROLOGIA
Virus possui ácido nucleico (DNA ou RNA) + invólucro proteico. Tudo isso é envolvido pela cápsula.
Vírion refere-se a unidade infecciosa inteira (vírus + cápsula).
obs. Pode haver transmissão com um intermediário animal (ex. Raiva) ou artrópode (ex. mosquitos).
obs2. Os virus podem se disseminar pelas vias linfática, sanguínea e neural (o tempo de incubação médio é
de 3 a 10 dias, com exceção dos virus que seguem pela via neural, que são da família Lentiviridae, e tem
tempo de incubação que varia de 20 dias até anos)
A atuação desses componentes (inatos e adquiridos) geram lesão tecidual, que pode levar a hepatite -
formação exagerada de complexos antigeno/anticorpo - vasculite sistêmica (o acúmulo dos complexos nos
vasos desencadeia reação inflamatória no endotélio)
MÉTODOS DIAGNÓSTICOS
- Cultura de virus em células vivas
- Microscopia eletrônica de partículas virais
- Estudo de proteínas virais (eletroforese, hemaglutinação, radioimunoensaio)
obs. Lembrar que, uma vez infectado, o mosquito vetor passa o vírus para suas gerações seguintes.
TIPOS DE VACINAS
- Inativadas: estimulam produção de IgG e IgM APENAS. Vacinas inativadas podem ser polivalentes. Ex.
Vacina de raiva e influenza. São necessárias várias doses, já que precisa-se de bastante antígeno inativado
para obter a resposta de produção de anticorpos.
- Atenuadas: estimulam produção de IgG, IgM e IgA. Não podem ser usadas em pacientes
imunodeprimidos. Dose vacinal única, já que a ativação do sistema imune é bastante eficiente. Ex. Febre
amarela, sarampo, rubeola, poliomielite, caxumba.
QUIMIOTERAPIA ANTIVIRAL
- Inibição da penetração (AMANTADINA)
- Inibição da tradução (RIBAVIRINA/METISAZONA)
- Inibição da replicação (IDOXURIDINA / ACICLOVIR / AZIDOTIMIDINA)
RUBÉOLA
É uma virose que gera lesões na pele e mucosas
Rubivírus (família Togaviridae)
RUBÉOLA PÓS-NATAL
Infecção por vias respiratórias - disseminaçao no sangue - lesões cutâneas
Sintomas: febre alta, cefaléia, linfoadenopatia, lesões exantematosas
RUBÉOLA CONGÊNITA
Infecção transplacentária. No primeiro trimestre da gravidez, pode gerar malformações e aborto. (É
IMPORTANTE VACINAR A MÃE ANTES DE ENGRAVIDAR)
Sintomas da Síndrome da rubéola congênita:
- Catarata
- Defeitos cardíacos
- Surdez
- Deficiência mental
- Glaucoma
- Defeitos dentários
HERPES SIMPLES
Familia: herpesviridae; Genero: simplexvirus
Virus mais comuns: HSV-1 e HSV-2
Transmissão via mucosa da nasofaringe, dos orgaos genitais ou pele lesada. Segue pela via gematogênica ou
neurogênica
Tanto o HSV 1 como o HSV-2 podem causar lesões cutâneas, cegueira corneal, encefalite, vulvovaginite
herpética e herpes neonatal.
Após fase aguda, o vírus fica latente.
Os rotavirus invadem a mucosa do intestino e destroem células epiteliais - diminuição da absorcáo de água e
sódio, gerando diarreia.
profilaxia: diminuir exposição a resíduos sanitários e insetos; bons hábitos de higiene; cozimento adequado
dos alimentos; consumo de água potável
HEPATITE A
Transmissão oral-fecal. Frequente em crianças e adolescentes.
HEPATITE B
Transmissão via transfusão de sangue, sexual, hemodiálise, transplacentária
Evolução clinica:
1) hepatite cronica persistente benigna (autolimitada)
2) Hepatite crônica ativa (conduz à cirrose e carcinoma hepatocelular)
HEPATITE C
Transmissão parentérica
HEPATITE E
Transmissão fecal-oral (contaminação da água)
É comum haver surtos após chuva forte e inundações.
O vírus se replica no fígado, segue para a vesícula biliar, ducto cístico, intestino. No intestino, as proteases
degradam as proteínas do vírus. Por isso, na Hepatite E, o potencial de contaminação é menor, quando
comparado às outras hepatites.
É frequentemente benigna; atinge bastante as mulheres gravidas.
O HIV é caracterizado como lentivirus (pode demorar anos para gerar os sintomas) e retrovírus (material
genético: duas fitas de RNA; possui cápsula).
obs. A transmissão também pode ser via amamentação, ou no parto (não ocorre contaminação
transplacentária).
SEGUNDA FASE
- O vírus atinge os linfonodos e o baço, onde se multiplica. Há um período de latência clínica, em que a
quantidade de vírus é baixa. Nos tecidos linfoides, ocorre progressivamente a destruição de linfócitos T
CD4. A doença segue curso crônico com presença de citocinas devido à presença de infecções
oportunistas, o que intensifica a destruição do tecido linfoide.
DIAGNÓSTICO
ELISA
Western blotting
Detecção de vírus via PCR
O paciente é diagnosticado com AIDS quando possui o vírus HIV + contagem de linfócitos T menor que 200
células/mm3
TRATAMENTO
Azidodesoxitimidina (AZT)
São utilizados os coqueteis em pacientes com AIDS (com ou sem sintomas; com contagem de linfócitos T
menor que 200 células/mm3)
PATOLOGIA
Distúrbios hemodinâmicos são alterações da perfusão sanguínea, que resulta no dano a tecido ou órgão.
ISQUEMIA
É a redução ou parada de suprimento sanguíneo para tecido/orgao.
Sua intensidade é diretamente proporcional ao grau de obstrução vascular
Causas de isquemia
- Diminuição da pressão entre arterias e veias. Pode ocorrer por:
- Diminuição da pressão arterial (leva a isquemia sistêmica; ocorre comumente em choque). Ocorre
normalmente na flexura esplênica do colo (região entre veia mesentérica superior e inferior) e
hemisfério cerebral.
- Aumento da pressão venosa (causa isquemia localizada, pois afeta apenas os capilares ligados à veia
com alta pressão)
- Espasmo vascular
Disfunção/lesão do endotélio pode inibir produção de óxido nítrico (NO) [que atua na vasodilatação] e
substâncias anti agregadoras plaquetárias (prostaciclina I2).
Esse fenômeno é crônico em pacientes com hipertensão arterial, diabetes mellitus, tabagistas e em
hipercolesterolemia, e transitório em bacteremias, endotoxemias e sepse.
obs. Ao aumentar a temperatura corporal (ex. febre), diminui-se a tolerância à redução de fluxo sanguíneo,
favorecendo quadros de isquemia. Isso justifica a técnica de hipotermia profunda em cirurgias.
Tipos de isquemia
obs. Redução de fluxo sanguíneo obriga a célula a trocar metabolismo aeróbico por anaeróbico. Isso gera
aumento na excreção de fosfato e adenosina pela célula. Essas moléculas são irritantes aos terminais
nervosos (daí surge a angina, que é a dor devido à isquemia. Pode ocorrer em todo o corpo, mas comumente
é associada ao coração).
obs2. 70% de obstrução de uma artéria provocará isquemia, mesmo em repouso. 40-50% de obstrução de
uma artéria provocará isquemia em atividade física (lembrar que a obstrução compromete a vasodilatação
arterial).
- Isquemia persistente
Pode ser provocada por êmbolo, coágulo ou arterosclerose. O bloqueio de sangue pode ser total ou parcial.
Se o bloqueio for de pequena intensidade, causa degeneração e hipotrofia. Se for de grande intensidade e
muito prolongado, causa necrose (ex. Infarto do miocárdio).
obs.
Embolo: qualquer partícula móvel insolúvel presente na corrente sanguínea
Trombo: partícula insolúvel formada pelo processo de coagulação. Pode estar móvel, preso à parede do vaso
ou dentro do coração.
Coágulo: massa formada fora dos vasos ou coração. Só se pode dizer que o coágulo está dentro da circulação
se o indivíduo estiver morto.
EDEMA
Extravasamento de líquido para fora do vaso. O líquido pode se acumular no interstício ou nas cavidades. O
edema reduz o fluxo sanguíneo da região. 20 % do nosso peso é referente a líquido no meio extravascular.
TIPOS DE EDEMA
- Inflamatório/exsudativo: O líquido é turvo e possui células inflamatórias vivas e mortas, globulinas,
fibrinas e bastante proteína em geral. É relacionado com inflamação, que favorece o aumento da
permeabilidade das paredes dos vasos, devido à ação dos mediadores inflamatórios.
- Não inflamatório/transudato: É transparente e tem poucas proteínas (basicamente albumina). Causado pelo
aumento do fluxo local. A permeabilidade vascular permanece íntegra, não deixando passar células nem
macromoléculas.
Formas de regular:
- Liberação de fator natriurético arterial (aumenta eliminação de água e sódio) e renina (vasoconstrição
sistêmica)
- Controle do sistema nervoso sobre ingestão de água e eliminação de água pelos rins.
- Redução da pressão osmótica do plasma (ex. Doença hepática, gástrica ou renal que diminui a produção
de proteínas plasmáticas, principalmente albumina => ocorre a saída do líquido dos vasos para o espaço
intersticial por osmose devido à baixa pressão coloidosmótica do plasma. Com a redução do volume
sanguíneo, reduz-se a pressão do sangue que chega ao rim, ativando o sistema renina-angiotensinogênio-
angiotensina, que promove vasoconstrição e retenção de sódio e água. O volume e a pressão hidrostática
do sangue aumentam, e favorecem a formação de edema.
TIPOS DE EDEMA
- Generalizado: Retenção de líquido em todo o corpo, geralmente no tecido subcutâneo. Em pessoas não
acamadas, há maior retenção nos pés, tornozelos e pernas. Em acamados, há maior retenção na região
sacral e face.
Ex. Cirrose hepática: queda na produção de proteínas séricas leva à diminuição da pressão hidrostática, que
ativa o sistema renina-angiotensinogênio-angiotensina, promovendo vasoconstrição e retenção de sódio e
água. Nesse ponto, o aumento da pressão hidrostática favorece a formação de edema generalizado.
Ex2. Pré-eclâmpsia: disfunção endotelial generalizada devido à queda na produção de vasodilatadores (NO)
e aumento na produção de vasoconstrictores (tromboxano e endotelina). Forma edema, porém o efeito mais
perigoso é o aumento da PA.
- Localizado: Normanlente antecede o edema generalizadp. Ex. Obstrução da VCI, ICC, insuficiência
valvar venosa e edema pulmonar.
obs. Linfedema ocorre devido a obstrução de vasos linfáticos; Mixedema é caracterizado pela formação de
bolsas nas pálpebras.
HIPEREMIA
É o aumento da quantidade de sangue em um órgão ou parte dele devido a falha na drenagem ou pelo
aumento do fluxo sanguíneo.
HIPEREMIA PASSIVA
É chamada de hiperemia venosa ou congestão. Ocorre por dificuldade de drenagem, com distensão das veias
distais, vênulas e capilares. característica: mancha vermelho-azulada, devido à presença de grande
quantidade de Hb não oxigenada.
- Pulmonar (ocorre devido a ICC esquerda): aumento da quantidade do sangue nos pulmões, que gera
dilatação dos capilares alveolares. Os septos ficam alargados e, caso o quadro seja persistente, ocorre
fibrose e passagem de sangue para os alvéolos. Os macrófagos alveolares fagocitam o sangue, gerando as
células da insuficiência cardíaca.
- Hepática (ocorre devido a ICC direita, ou obstrução das veias hepáticas ou VCI): pode ser aguda ou
crônica.
Na aguda: leve aumento do fígado, cor azul-avermelhada. Aa. e Vv. Centrolobulares e
sinusóides estão sob pressão.
Na crônica: hipotrofia do fígado; pequenas hemorragias, necrose e fibrose das Aa. e Vv.
Centrolobulares e sinusóides; É mais grave pois pode levar a Insuficiência Hepática.
- Esplênica (ocorre devido a ICC direita): tambem pode ser aguda ou crônica.
Na aguda: baço azul-avermelhado, com aumento, e repleto de sangue
Na crônica: Baço muito aumentado e endurecido devido a fibrose. Só ocorre associado a
hipertensão portal.
CHOQUE
obs. O a sepse inicia com vermelhidão e febre. Só depois, quando se instala o choque séptico, pode-se
observar hipotensão, colabamento das veias superficiais e insuficiência respiratória e renal.
TIPOS DE CHOQUE
- Cardiogênico: Ocorre devido a algum problema no coração que diminua o débito cardíaco (ex. Lesões no
miocárdio, arritmias, embolia pulmonar). Consequencias: congestão pulmonar, hipoperfusão sistêmica e
do músculo cardíaco.
- Hipovolêmico: Perda acentuada de sangue, que gera a redução do débito cardíaco. Possui sintomas iguais
ao choque cardiogênico.
- Séptico: É o mais grave. Inicia com infecção localizada, geralmente por bactéria gram negativa. A
inflamação se dissemina e gera a síndrome da resposta inflamatória sistêmica. Os PUMPS levam a
ativação de moléculas sinalizadoras, gerando inflamação sistêmica com alta produção de NO, que é
vasodilatador. Dessa forma, a perfusão de capilares periféricos é extremamente reduzida, podendo causar
falência de órgãos.
- Anafilático: IgE, presente na membrana de mastócitos e basófilos, quando se ligam ao antígeno, permitem
a liberação de aminas vasoativas por essas células, como a histamina. É uma reação de hipersensibilidade
tipo I. A vasodilatação exagerada gera queda de PA, redução de retorno venoso e diminuição do débito
cardíaco. Dessa forma, os sintomas principais são iguais aos do choque cardiogênico.
- Neurogênico: trauma raquimedular ou excesso de medicamentos que bloqueiam gânglios nervosos, como
nos acidentes anestésicos, podem gerar perda do tônus vascular. Isso gera vasodilatação sistêmica, com
consequente redução de retorno venoso e diminuição do débito cardíaco.
- Com a destruição dos glóbulos vermelhos no sangue, é liberada a bilirrubina indireta (ou não conjugada).
A albumina carrega a bilirrubina não conjugada até o fígado, onde ocorre a conjugação (forma a
bilirrubina direta). Esse processo ocorre pela atuação de várias enzimas, dentre elas, a Bilirrubina-UDP-
glicuronil transferase I, e consiste na adição de ácido glicurônico na bilirrubina indireta.
obs. Anemia hemolítica pode aumentar a concentração de bilirrubina indireta no sangue. Lesões hepáticas ou
obstrução biliar pode aumentar a concentração de bilirrubina direta no sangue.
Pneumoconioses ocupacionais:
- Antracose: causada por pó de carvão
- silicose: causada por areia ou pó de vidro
- Siderose: Causada por pó de metais (ex. berílio) (?)
- Bissinose: causada por pó de algodão
- Asbestose: causada por fibra de amianto
FARMACOLOGIA
FARMACOCINÉTICA
Descreve como o organismo atua sobre o fármaco
Os fármacos de alta biodisponibilidade possuem baixa afinidade pelas proteínas plasmáticas. Dessa forma,
ficam livres para se ligarem aos receptores. Quanto mais afinidade o fármaco tem pelas proteínas
plasmáticas, mais tempo ele demora para ser eliminado do corpo.
Interação medicamentosa: competição de dois fármacos pela ligação a proteínas plasmáticas. Por isso uma
droga pode potencializar o efeito de outra.
- Metabolismo: O processo ocorre no sentido de aumentar a polaridade do fármaco. (Citocromo P450 atua
na oxidação do fármaco).
- Metabolismo de primeira passagem: eliminação do fármaco antes dele chegar na circulação
sistêmica
- Eliminação: pode ser pela via renal, hepatica, leite materno, biliar, suor, respiração e fezes.
FARMACODINÂMICA
Descreve os efeitos dos fármacos no organismo
AÇÃO DE FÁRMACOS
- Antimaláricos (cloroquina, quinina, melfloquina)
Interrompem processo de metabolização das proteínas da hemoglobina, o qual resulta em hemozoína.
Resulta em prejuízo na nutrição do parasito.
ANTIVIRAIS
Terapias virais disponíveis: Herpes, Hepatite B e C e HIV
ACICLOVIR
- Tratamento de Herpes simples (HSV-1 e HSV-2) e Varicela zoster (VZV) (VZV é mais resistente, por
isso o tratamento é mais longo)
- Ação seletiva (precisa da cinase viral para ser ativado)
- Sua ação gera os trifosfatos, que se incorporam no DNA viral e inibe sua síntese
- Biodisponibilidade baixa (15 a 20 %)
- Meia-vida: 2,5 a 3 h.
- FARMACO DE ESCOLHA PARA HERPES GENITAL
VALACICLOVIR
- Tratamento de Herpes simples (HSV-1 e HSV-2) e Varicela zoster (VZV)
- Depois da primeira passagem pelo fígado, se transforma em aciclovir, com maior biodisponibilidade (54 -
70 %)
- Meia-vida: 2,5 a 3 h
FANCICLOVIR
- Tratamento de Herpes simples (HSV-1 e HSV-2) e Varicela zoster (VZV)
- Pró-farmaco
- Do metabolismo de primeira passagem, gera o Penciclovir
- Biodisponibilidade: 70 %
- Meia-vida: 7 a 20 h.
- Reduz dor do zoster
FOSCAVIR
- Tratamento de CMV e HIV
- Apenas via intravenosa
- Meia vida de varios meses (deposicao nos ossos)
- Mecanismo: inibe enzimas [DNA polimerase do herpes virus e RNA polimerase / transcriptase reversa do
HIV, sem exigir fosforilação]
- Alta nefrotoxicidade
- Alto risco de anemia em pacientes que usam zidovudina
AGENTES ANTIRRETROVIRAIS
- Bloqueio por antagonistas do receptor CCR5 (Maraviroque)
- Bloqueio de inibidores de fusão (ex. Enfuvirtida)
- Bloqueio da transcriptase reversa (INTR: zidovudina, tenofovir, lamivudina, abacavir, estavudina ;
INNTR: nevirapina, efavirenze)
- Bloqueio da integrase (Raltegravir, dolutegravir)
- Bloqueio da protease que atua na formação da cápsula (Atazanavir, Ritonavir, inidavir)
OBS.
- Se o paciente for intolerante a dolutegravir: substituir por efavirenz
- Tenofovir é nefrotóxico e reduz massa óssea. Em caso de contra-indicação, substituir por abacavir (em
caso de HLA-B 5701 negativo) ou por zidovudina (em caso de HLA-B 5701 positivo).
- Em caso de intolerância a efavirenze, substituir por raltegravir.
- Tratamento para gestante: Tenofovir + lamivudina + raltegravir. Caso haja contra-indicação para
tenofovir, substituir por Abacavir (em caso de HLA-B 5701 negativo) ou por zidovudina (em caso de
HLA-B positivo)
TERAPIA DE HEPATITE
Interferon alpha + ribavirina = tratamento de Hepatite B e C.
(tratamento do interferon alpha com polietilenoglicol aumente seu tempo de meia vida e aumenta a
soroconversão do antígeno em anticorpo)
IMUNOLOGIA
MATURAÇÃO DE LINFÓCITOS T E B
Visão geral da maturação:
5- Diferenciação em subpopulações
DIFERENCIAÇÃO DE CÉLULAS B
A célula B imatura pode se diferenciar no fígado (ocorre apenas no feto; origina célula B1) ou no Baço
(origina célula B2 marginal ou célula B2 folicular)