Fichamento do texto “De tópicos a perguntas”, em A arte da pesquisa.
São Paulo: Martins Fontes, 2005 de BOOTH, W., COLOMB, G. & WILLIAMS, J.
Aluno: Fernando da Silva RA: 117.645
Professora: Stella C. Schrijinemaekaers Disciplina: Metodologia das Ciências Sociais Curso: Ciências Sociais Semestre: 3º/2019 Período: Noturno
No inicio do texto é citado sobre a importância de se fazer um recorte dos tópicos de
uma pesquisa, a fim de se alcançar um objeto central, tendo em mente o pouco tempo que normalmente se tem – observando que após escolhido um tópico, haverá um grande dispêndio de tempo para estudos - sua importância e relevância do problema para as demais pessoas; e se a pergunta e resposta da pesquisa serão significativas para sociedade. Traçando caminhos que conduzem á formulação de uma pergunta de pesquisa, os autores começam dizendo que um bom projeto de pesquisa começa com a escolha de assuntos que sejam de profundo interesse pessoal. Com a escolha de cinco temas a pessoa optará por aquele que mais tem viabilidade, levando-se em consideração sua aplicabilidade e a facilidade de acesso a materiais que alimentem o projeto. Na hora de se escolher um tópico, se ele for muito amplo, torna a pesquisa pouco chamativa e com um campo muito extenso de exploração. Para isto, é proposto o uso de alguns artifícios para a redução deste tópico, como, por exemplo, usar verbos que se tornem substantivos, restringindo o tópico com o acréscimo dessas palavras, o que acaba direcionando a pesquisa a uma afirmação mais interessante e focal. Após a escolha do tópico deve-se fazer perguntas sobre ele, sem se preocupar em acertar, mas usando alguns padrões chave que ajudarão a encontrar a ideal, como: quem, que, quando e onde. Uma pergunta bem feita para um projeto de pesquisa é aquela que você não sabe, mas sente que deveria saber. Assim, os tópicos, segundo as dicas dos autores, “devem” ser questionados em uma ampla gama de relações, a saber: para identifica-lo como componente funcional num sistema maior, saber que é algo único e dinâmico em uma história maior, buscar definir a extensão de sua variação, as diferenças e similaridades, sua utilidade e importância relativa de suas partes e características. Feito isso, o próximo passo será uma revisão e reorganização das perguntas, com prioridade para as perguntas iniciadas com como e por que, pois abrangem um universo de possibilidades e indagações que podem ser muito estimulantes para a pesquisa. Os pontos levantados neste parágrafo, resumidamente, são o primeiro passo para o início de um projeto de pesquisa. “E daí?”, essa é a pergunta sugerida pelos autores que embaraça até os pesquisadores mais experientes, pois questiona profundamente o sentido daquela pesquisa. Novamente, são dados três passos para que se chegue ao objetivo dessa pergunta. São eles: 1) especificar o tópico (estou aprendendo sobre/trabalhando em/estudando); 2) sugerir uma pergunta (estou estudando X porque quero descobrir quem/o que/quando/onde/por que/como____); 3) motivar a pergunta (a fim de entender como, por que, ou se____); O terceiro passo é tido como o mais importante, pois, através de perguntas lógicas o projeto se transformará interessante para todos. Assim, os autores continuam com alguns exemplos práticos sobre esses passos e ressaltam que o objetivo final é que, quem está fazendo a pesquisa deve ter em mente três pontos: o que está escrevendo, o que você não sabe sobre ele e por que você quer saber (fundamento lógico). Destacam também que muitos pesquisadores, na maioria das vezes, não seguem esse roteiro, mas que seria muito importante que, não só pesquisadores com experiência, mas também iniciantes e estudantes tentem seguir esses passos. Uma lista de sugestões úteis que norteiam a escolha de um objeto de pesquisa, desde indicações de onde achar material para o trabalho, a dicas de onde ir e como fazer para encontrar assuntos do seu interesse são listadas no texto, cabendo ao pesquisador consultá-las sempre que julgar necessário.