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É um desafio recompensador educar

crianças
Colocaram-me uma questão que achei muito pertinente, pelo que vou partilhar a
resposta na esperança de que possa dar ideias a outras pessoas e que outros possam
também dar-nos novas ideias.

É um desafio recompensador educar crianças; contudo, ocasionalmente surgem


obstáculos que temos de ultrapassar; uma professora preocupada com os seus alunos,
pede ideias para trabalhar em turma de 25 alunos com 3 crianças mais irrequietass a
nível comportamental, que perturbam o desenrolar da aula.

Parece ser um grande (e longo) desafio pela frente! Compreendo que o trabalho em
grande grupo (turma) é certamente difícil e as condições ambientais nem sempre são as
melhores. Provavelmente, nestas situações vai ser necessário dar mais tempo para
trabalhar os comportamentos e menos tempo para trabalhar a matéria (eu sei que os
professores têm planos académicos para cumprir e isto é um esforço suplementar).

Não tenho a solução do problema, mas tenho algumas sugestões para lhe dar que já
utilizámos noutras escolas.

- Em primeiro lugar não desistir; juntem os professores que trabalham com a turma
para conversarem em conjunto sobre esta questão de comportamento das crianças
(como a nossa professora está a fazer): chegar em conjunto a um plano de acção
comum; o que quer que decidam fazer e uma vez que esta questão é frequentemente
transversal, necessitam de agir todos do mesmo modo, ou seja, os comportamentos a
emendar devem ser os mesmos em todas as aulas, tal como as punições e as
recompensas.

- Elaborem uma tabela que possam afixar nas salas, onde estejam as regras a cumprir,
as recompensas e as punições, para as crianças saberem que comportamentos devem
adoptar e quais não devem ter. Escolham apenas 2 ou 3 comportamentos que causem
distúrbios e que querem mudar; foquem-se nesses e é sobre esses que utilizam uma
tabela de comportamentos para controlar: um verde quando as crianças fazem (ou um
sorriso) e um vermelho quando não fazem (ou uma cara triste). Ao atingirem um
determinado número de certos, têm direito a recompensas (Ex: 3 certos distribuem os
materiais de uma actividade e ajudam a professora a dirigir a actividade, 5 certos são
eles que escolhem a actividade para a turma fazer e ajudam a professora a dirigir a
actividade)

EX: vamos imaginar que escolhem como prioridade o “estar sentado” e o “participar
no trabalho”. No fim da semana têm 4 certos e podem escolher entre duas actividades
finais que a professora propõe.

Quando esses comportamentos estiverem controlados, podem passar a outros.

- Utilizem a estratégia do Time-out: 3 minutos fora da actividade, sentado numa


cadeira, sem participar na actividade (pode colocar um relógio para tocar e a criança
ficar a saber quando pode regressar); comece por tempos pequenos (1 ou 2 minutos) e
vá posteriormente aumentando até aos 5 minutos.

- Dar atenção a 20 crianças é complicado e estarão todas mais agitadas do calor (no caso
da nossa professora, estão cerca de 37 º, por ser em São Paulo, Brasil), mas é preciso ter
especial atenção sobre essas 3 crianças e perceber quando vão interromper as
actividades para evitar que os comportamentos escalem.

- Faça pequenos grupos e coloque uma criança responsável por cada grupo de trabalho,
mudando o responsável todas as semanas (comece por uma que seja calma e que tenha
uma boa relação com os colegas); esteja mais parte dos grupos onde estão essas crianças
para poder controlar os grupos. Mais tarde, quando achar que as mais agitadas
conseguem ser responsáveis deixe que o sejam (sempre mais perto do grupo delas).

Não sei como esta professor, que nos contacta, costuma organizar o trabalho, se implica
movimentos ou é trabalho de mesa, mas se as crianças são agitadas poderá incluir
dinâmicas de grupo para os deixar libertar a energia enquanto aproveita para dar
significado a essa agitação. Por exemplo, se imitam barulhos de animais dê-lhe
significado dizendo, por exemplo, “o João imita bem um leão, quem é que sabe imitar
um gato?”, ou se correm pela sala faça pode dizer “está na hora de jogar às estátuas.
Quando eu tocar um instrumento, vão todos ficar parados imitando uma estátua”. O
objectivo para as crianças que têm problemas de comportamento é que quem manda é o
adulto, e eles estão a fazer aqueles comportamentos porque o adulto quer e não porque
eles querem.

Posso acrescentar que é um trabalho a longo prazo; já tivemos casos em que só ao fim
de muitos meses é que os comportamentos estavam controlados. Contudo não dá para
desistir: as atitudes que tomam têm de ser sempre as mesmas para as mesmas situações
e todos os dias. Não digo que é fácil, mas vai-se conseguindo.

Digam-me como vai correndo e depois poderemos pensar em conjunto novas sugestões.

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