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2015)
2.1.1 Poder-dever de AGIR: no Direito Privado, o poder de agir é mera faculdade. Já no Direito
Administrativo é uma IMPOSIÇÃO pois o interesse público deve ser alcançado. Duas principais consequências:
b) A omissão do agente, quando a lei exige sua atuação, caracteriza abuso de poder.
2.1.2 Dever de EFICIÊNCIA: confunde-se com o princípio da eficiência, trazido ao Texto Constitucional
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através da EC 19/98. Duas principais consequências:
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a) Exigência de elevado padrão de qualidade na atividade administrativa.
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b) Imposição que a atuação administrativa seja pautada por celeridade, perfeição técnica,
economicidade, coordenação, controle, entre outros.
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2.1.3 Dever de PROBIDADE: agente público deve atuar com ética, honestidade e boa-fé, em sintonia
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com o princípio da moralidade. Este dever tem como principal consequência a Lei 8.429/92 (Improbidade
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Administrativa).
Todas as citações feitas abaixo foram extraídas do livro do Professor Hely Lopes Meirelles.
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2.2.1 Poder VINCULADO: o poder vinculado “ou regrado é aquele que o direito positivo confere à
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Administração Pública para a prática de ato de sua competência, determinando os elementos e requisitos
necessários à sua formalização. Nesses atos a norma legal condiciona a sua expedição aos dados constantes de seu
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texto. Daí se dizer que tais atos são vinculados ou regrados, significando que, na sua prática, o agente público fica
inteiramente preso ao enunciado da lei, em todas as suas especificações. Nessa categoria de atos administrativos, a
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liberdade de ação do administrador é mínima, pois terá que se ater à enumeração minuciosa do direito positivo
para realizá-los eficazmente”.
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modo explícito ou implícito, para a prática de atos administrativos com liberdade na escolha de sua conveniência,
oportunidade e conteúdo”. A discricionariedade, quando presente, aparece nos elementos motivo e/ou objeto do
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ato administrativo, traduzindo o chamado mérito administrativo. Como limites desse poder temos os princípios
jurídicos, sobretudo os da razoabilidade e da proporcionalidade.
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2.2.3 Poder HIERÁRQUICO: “Poder hierárquico é o de que dispõe o Executivo para distribuir e
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escalonar as funções de seus órgãos, ordenar e rever a atuação de seus agentes, estabelecendo a relação de
subordinação entre os servidores do seu quadro de pessoal. Poder hierárquico e poder disciplinar não se confundem,
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mas andam juntos por serem os sustentáculos de toda organização administrativa como manifestação da
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hierarquia”. Neste ponto, importante salientar que encontramos níveis de subordinação entre órgãos e agentes
públicos sempre no âmbito de uma mesma pessoa jurídica.
Do poder hierárquico decorrem, ainda, a possibilidade de avocação (art. 15, Lei 9.784/99) e
delegação (art. 12, Lei 9.784/99) de competências. Vejamos os artigos:
Lei 9.784/99
Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, delegar parte da sua
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competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando
for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.
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Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a avocação
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temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior.
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Importante aqui o ensinamento de Hely Lopes Meirelles: “Pela avocação substitui-se a competência
do inferior pela do superior hierárquico, com todas as conseqüências dessa substituição, notadamente a deslocação
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do juízo ou da instância para ajustá-lo ao da autoridade avocante em caso de demanda”. Ou seja, é o mesmo
raciocínio que foi utilizado pelo STF na edição da súmula 510, a qual fala sobre delegação:
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Súmula 510/STF: PRATICADO O ATO POR AUTORIDADE, NO EXERCÍCIO DE COMPETÊNCIA DELEGADA, CONTRA ELA
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CABE O MANDADO DE SEGURANÇA OU A MEDIDA JUDICIAL.
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Toda distribuição de competências resulta numa estrutura hierárquica? Nas palavras de Di Pietro,
“Há de se observar que a relação hierárquica é acessória da organização administrativa. Pode haver distribuição de
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DETERMINADAS ATIVIDADES. É o que acontece, por exemplo, nos órgãos consultivos que, embora incluídos na
hierarquia administrativa para fins disciplinares, por exemplo, fogem à relação hierárquica no que diz respeito ao
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exercício de suas funções. Trata-se de determinadas atividades que, por sua própria natureza, são incompatíveis com
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uma determinação de comportamento por parte do superior hierárquico. Outras vezes, acontece o mesmo porque a
própria lei atribui uma competência, com exclusividade, a determinados órgãos administrativos, em especial os
colegiados, excluindo, também, a interferência de órgãos superiores”.
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2.2.4 Poder DISCIPLINAR: cabe à Administração Pública apurar infrações e aplicar penalidades. Este
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pelo Estado para executar obras públicas ou prestar serviços públicos; estudantes de escola pública.
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Percebemos que, na hipótese “a”, o poder disciplinar decorre do poder hierárquico. O mesmo não
ocorre na hipótese “b”.
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Poder disciplinar não se confunde com a punição criminal. “Não se deve confundir o poder disciplinar
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da Administração com o poder punitivo do Estado, realizado através da Justiça Penal. 0 poder disciplinar é exercido
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como faculdade punitiva interna da Administração, e, por isso mesmo, só abrange as infrações relacionadas com o
serviço; a punição criminal é aplicada com finalidade social, visando a repressão de crimes e contravenções definidas
nas leis penais e por esse motivo é realizada fora da Administração ativa, pelo Poder Judiciário”.
Lei 8.112/90
IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública;
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Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos:
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XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117.
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Perceba que, uma vez violado o art. 117, IX, o servidor será demitido. Entretanto, quais condutas do
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servidor configuram “valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da
função pública”? É um conceito aberto, que vai ser preenchido com DISCRICIONARIEDADE pelo superior hierárquico
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competente para aplicação da punição.
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Entretanto, cumpre ressaltar que, cometida a falta, é DEVER da Administração apurá-la, e não
apenas uma faculdade!
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Contraditório e ampla defesa devem ser observados SEMPRE no processo administrativo punitivo!
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Importante lembrar que, nos termos da súmula vinculante n. 5/STF, a presença do advogado não é obrigatória no
processo administrativo disciplinar. Vejamos:
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Súmula Vinculante 05/STF: A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende
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a Constituição.
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a) Não se aplica ao poder disciplinar o princípio da pena específica que domina inteiramente o
Direito Criminal comum, ao afirmar a inexistência da infração penal sem prévia lei que a defina e apene: "nullum
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crimen, nulla poena sine lege". Esse princípio não vigora em matéria disciplinar. O administrador, no seu prudente
critério, tendo em vista os deveres do infrator em relação ao serviço e verificando a falta, aplicará a sanção que
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julgar cabível, oportuna e conveniente, dentre as que estiverem enumeradas em lei ou regulamento para a
generalidade das infrações administrativas.
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discricionarismo disciplinar circunscreve-se à escolha da penalidade dentre as várias possíveis, à graduação da pena,
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à oportunidade e conveniência de sua imposição. Mas, quanto à existência da falta e aos motivos em que a
Administração embasa a punição, não podem ser omitidos ou olvidados no ato punitivo.
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autônomos sobre matéria de sua competência ainda não disciplinada por lei”.
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O poder regulamentar configura espécie do gênero poder normativo da Administração! Vejamos
Maria Sylvia Zanella Di Pietro: “Normalmente, fala-se em poder regulamentar; preferimos falar em poder
normativo, já que aquele não esgota toda a competência normativa da Administração Pública; é apenas uma de
suas formas de expressão, coexistindo com outras, conforme se verá. Além do decreto regulamentar, o poder
normativo da Administração ainda se expressa por meio de resoluções, portarias, deliberações, instruções,
editadas por autoridades que não o Chefe do Executivo. Note-se que o artigo 87, parágrafo único, inciso II, outorga
aos Ministros de Estado competência para “expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos”.
Há, ainda, os regimentos, pelos quais os órgãos colegiados estabelecem normas sobre o seu funcionamento interno.
Todos esses atos estabelecem normas que têm alcance limitado ao âmbito de atuação do órgão expedidor. Não têm
o mesmo alcance nem a mesma natureza que os regulamentos baixados pelo Chefe do Executivo”.
Pelo trecho acima, percebemos dois tipos de manifestação do poder regulamentar: um ocorre
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quando o Chefe do Executivo, ao editar o decreto, busca elucidar o texto legal, de maneira a facilitar sua execução. É
o chamado decreto REGULAMENTAR ou regulamento de execução. Segue um exemplo:
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Lei 5.859/1972 - Dispõe sobre a profissão de empregado doméstico e dá outras providências.
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Art. 2º Para admissão ao emprego deverá o empregado doméstico apresentar:
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I - Carteira de Trabalho e Previdência Social;
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Veja que a Lei 5.859 trouxe a obrigatoriedade de apresentação da CTPS do empregado doméstico.
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Entretanto, uma vez apresentada a CTPS ao empregador, quais dados devem ser anotados?
Art. 5º Na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado doméstico serão feitas, pelo respectivo
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I - data de admissão.
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IV - data da dispensa.
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Perceba que a Lei 5.859 traz a obrigatoriedade de apresentação da CTPS. Já o Decreto 71.885 veio
para explicitar o conteúdo da lei em tela, ao especificar quais dados devem ser anotados. Este é o decreto
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regulamentar!
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Se o decreto ultrapassar seus limites e invadir matéria que esteja reservada ao Poder Legislativo,
cabe ao Congresso Nacional supender essa atuação. Vejamos:
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CRFB/88
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O Congresso Nacional tem competência para sustar atos normativos do Executivo que exorbitem do poder
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Outro tipo se apresenta na edição de decreto não com fundamento na lei, mas sim diretamente na
Constituição. É o chamado decreto AUTÔNOMO ou regulamento autônomo. Vejamos:
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CRFB/88
VI - dispor, mediante decreto, sobre:(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou
extinção de órgãos públicos; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;(Incluída pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
Abaixo, exemplo de um decreto com fundamento direto no art. 84, VI, “b”:
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Dispõe sobre a extinção de cargos efetivos vagos nos quadros
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de pessoal do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento e do Departamento de Polícia Federal do
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Ministério da Justiça.
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O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso VI, alínea “b”, da Constituição,
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DECRETA:
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Art. 1o Ficam extintos, no âmbito do Poder Executivo Federal, cargos efetivos vagos nos quantitativos relacionados
no Anexo I, integrantes dos quadros de pessoal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e do
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Departamento de Polícia Federal do Ministério da Justiça.
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Perceba que, no caso acima, o Presidente da República, diretamente através de Decreto, extinguiu
cargos públicos, os quais em regra são criados e extintos por lei!
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OBS: Regulamento autorizado! Nas palavras de Marcelo Alexandrino, seria uma “situação análoga a
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das denominadas normas penais em branco, nas quais o legislador traça o tipo penal, como, por exemplo, o tráfico
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de substâncias entorpecentes ilícitas, e deixa a competência de ato administrativo elaborar a lista taxativa das
substâncias que se enquadrem no delineamento legal”. Entretanto, quando o Poder Executivo edita um regulamento
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autorizado não está autorizado a disciplinar temas relacionados à reserva constitucional de lei neste ato
regulamentar.
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estabelece a fixação de normas técnicas indicando os limites de atuação do Poder Executivo (discricionariedade
técnica). Um exemplo seria quando é necessário que se forneça modelo de receituário, de notas fiscais, quando há
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O Poder Regulamentar depende de expressa autorização legal? NÃO!! Conforme Hely Lopes
Meirelles, “No poder de chefiar a Administração está implícito o de regulamentar a lei e suprir, com normas próprias,
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as omissões do Legislativo que estiverem na alçada do Executivo. Nem toda lei depende de regulamento para ser
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executada, mas toda e qualquer lei pode ser regulamentada se o Executivo julgar conveniente fazê-lo”.
Três hipóteses interessantes citadas por Hely Lopes Meirelles: “As leis que trazem a recomendação
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de serem regulamentadas não são exeqüíveis antes da expedição do decreto regulamentar, porque esse ato é
conditio juris da atuação normativa da lei. Em tal caso, o regulamento opera como condição suspensiva da execução
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da norma legal, deixando seus efeitos pendentes até a expedição do ato do Executivo. Mas, quando a própria lei fixa
o prazo para sua regulamentação, decorrido este sem a publicação do decreto regulamentar, os destinatários da
norma legislativa podem invocar utilmente seus preceitos e auferir todas as vantagens dela decorrentes, desde que
possa prescindir do regulamento, porque a omissão do Executivo não tem o condão de invalidar os mandamentos
legais do Legislativo. Todavia, se o regulamento for imprescindível para a execução da lei, o beneficiário poderá
utilizar-se do mandado de injunção para obter a norma regulamentadora (CF, art. 5.º, LXXI)”.
2.2.6 Poder de polícia: é o poder que mais cai em provas. Muito importante o seu estudo!
“Poder de polícia é a faculdade discricionária de que dispõe a Administração Pública em geral, para
condicionar e restringir o uso e gozo de bens ou direitos individuais, em benefício da coletividade ou do próprio
Estado”.
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Veremos os principais pontos acerca do poder de polícia.
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a) Como saber qual ente deve exercer? Nas palavras de Hely Lopes Meirelles: “Para esse
policiamento há competências exclusivas e concorrentes das três esferas estatais, dada a descentralização político-
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administrativa decorrente do nosso sistema constitucional. Em princípio, tem competência para policiar a entidade
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que dispõe do poder de regular a matéria. Assim sendo, os assuntos de interesse nacional ficam sujeitos a
regulamentação e policiamento da União; as matérias de interesse regional sujeitam-se às normas e à polícia
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estadual, e os assuntos de interesse local subordinam-se aos regulamentos edilícios e ao policiamento administrativo
municipal. Todavia, como certas atividades interessam simultaneamente às três entidades estatais, pela sua
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extensão a todo o território nacional (v. g., saúde pública, trânsito, transportes etc.), o poder de regular e de policiar
se difunde entre todas as Administrações interessadas, provendo cada qual nos limites de sua competência
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territorial. A regra, entretanto, é a exclusividade do policiamento administrativo; a exceção é a concorrência desse
policiamento”.
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c) Poder de polícia em sentido amplo X poder de polícia em sentido estrito. Essa distinção é trazida
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pela professora Di Pietro: “Em razão dessa bipartição do exercício do poder de polícia, Celso Antônio Bandeira de
Mello dá dois conceitos de poder de polícia: 1. em sentido amplo, corresponde à “atividade estatal de condicionar a
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liberdade e a propriedade ajustando-as aos interesses coletivos”; abrange atos do Legislativo e do Executivo; 2. em
sentido restrito, abrange “as intervenções, quer gerais e abstratas, como os regulamentos, quer concretas e
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específicas (tais como as autorizações, as licenças, as injunções) do Poder Executivo, destinadas a alcançar o mesmo
fim de prevenir e obstar ao desenvolvimento de atividades particulares contrastantes com os interesses sociais”;
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A primeira é 1) preventiva; 2) incide sobre atividades, bens ou direitos; 3) exercida por toda a
Administração Pública.
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A segunda é 1) repressiva; 2) incide sobre pessoas; 3) privativa dos órgãos auxiliares da Justiça
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e) Poder de polícia originário X poder de polícia derivado. O primeiro é aquele exercido pela
administração direta, ou seja, diretamente pelos entes políticos. O segundo é aquele exercido por entidades de
direito público integrantes da administração indireta (STF, ADI 1.717/DF). Ou seja, EM REGRA, pessoa jurídica de
direito privado não pode exercer poder de polícia! OBS: ler tópico “h”, logo abaixo!
Conforme Hely Lopes Meirelles, “O poder de polícia originário é pleno no seu exercício e consectário,
ao passo que o delegado é limitado aos termos da delegação e se caracteriza por atos de execução. Por isso mesmo,
no poder de polícia delegado não se compreende a imposição de taxas, porque o poder de tributar é intransferível
da entidade estatal que o recebeu constitucionalmente. Só esta pode taxar e transferir recursos para o delegado
realizar o policiamento que lhe foi atribuído. Mas no poder de polícia delegado está implícita a faculdade de aplicar
sanções aos infratores, na forma regulamentar, pois que isto é atributo de seu exercício”.
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f) Poder de polícia preventivo X poder de polícia repressivo. O primeiro se consubstancia, por
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exemplo, através de medidas como fiscalização, vistoria, ordem, notificação, autorização e licença. 1) licença: ato
administrativo vinculado, no qual a Administração reconhece um direito subjetivo ao particular. 2) autorização: ato
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administrativo discricionário, precário, no qual a Administração autoriza atividade privada no interesse do particular
ou uso de bem público.
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O segundo se manifesta através das seguintes medidas: dissolução de reunião, interdição de
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atividade, apreensão de mercadorias deterioradas, internação de pessoa com doença contagiosa – finalidade de
COAGIR o infrator ao cumprimento da lei
poder discricionário, que é o poder de polícia administrativa. Tratando-se de um poder discricionário, a norma legal
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autoexecutória. Isto porque, por exemplo, para o guarda de trânsito aplicar uma multa a quem avança o sinal
vermelho, não é necessária a autorização judicial.
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multa não pagá-la, o Poder Público deverá buscar a cobrança do valor através do Poder Judiciário – execução fiscal.
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que só podem ser executadas por via judicial, como as demais prestações pecuniárias devidas pelos administrados à
Administração”.
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2) executoriedade: possibilidade de a administração realizar diretamente a execução forçada da medida que ela
impôs ao administrado – ou seja, MEIOS DIRETOS de coação.
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g.3) Coercibilidade: significa que os atos do poder de polícia podem ser impostos aos
particulares, mesmo que, para isso, seja necessário o uso da força para cumpri-los. Di Pietro elucida que não existe
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uma distinção precisa entre coercibilidade e autoexecutoriedade: “A coercibilidade é indissociável da
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autoexecutoriedade. O ato de polícia só é autoexecutório porque dotado de força coercitiva. Aliás, a
autoexecutoriedade, tal como a conceituamos não se distingue da coercibilidade, definida por Hely Lopes Meirelles
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(1989:117) como ‘a imposição coativa das medidas adotadas pela Administração’.”.
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h) Delegação do poder de polícia. De acordo com o STJ, devem ser consideradas as quatro atividades
relativas ao poder de polícia: legislação, consentimento, fiscalização e sanção. Neste sentido, legislação e sanção
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constituem atividades típicas da Administração Pública e, portanto, indelegáveis. Consentimento e fiscalização, por
outro lado, não realizam poder coercitivo e, por isso podem ser delegados. Veja trecho dos Embargos de Declaração
oli
no Resp 817.534/MG, Segunda Turma do STJ, DJe 16.06.2010:
cc
“16. Tanto no voto condutor, como no voto-vista do Min. Herman Benjamin, ficou claro que as atividades de
consentimento e fiscalização podem ser delegadas, pois compatíveis com a personalidade privadas das sociedades
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18. Mas, ao contrário, permanece o teor da fundamentação e, para sanar a contradição, é necessária a reforma do
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provimento final do recurso, para lhe dar parcial provimento, permitindo os atos de fiscalização (policiamento), mas
não a imposição de sanções.”
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CTN
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Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas
respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou
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potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
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Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito,
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interêsse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de intêresse público concernente à
segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades
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Art. 1o Prescreve em cinco anos a ação punitiva da Administração Pública Federal, direta e indireta, no exercício do
poder de polícia, objetivando apurar infração à legislação em vigor, contados da data da prática do ato ou, no caso
de infração permanente ou continuada, do dia em que tiver cessado.
§ 1o Incide a prescrição no procedimento administrativo paralisado por mais de três anos, pendente de julgamento
ou despacho, cujos autos serão arquivados de ofício ou mediante requerimento da parte interessada, sem prejuízo da
apuração da responsabilidade funcional decorrente da paralisação, se for o caso.
§ 2o Quando o fato objeto da ação punitiva da Administração também constituir crime, a prescrição reger-se-á pelo
prazo previsto na lei penal.
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- concessão de licença para construir em imóveis.
- fiscalização sanitária em estabelecimentos
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- interdição de restaurante em face de risco à saúde pública
- controle do trânsito de veículos automotores e concessão de alvarás de funcionamento.
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- apreensão de mesas de cadeiras de estabelecimento comercial que usava indevidamente a calçada.
- embargo de obra e consequente demolição, quando a edificação é irregular ou quando oferece perigo à
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coletividade.
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Exemplos trazidos por Hely Lopes Meirelles: “As sanções do poder de polícia, como elemento de
coação e intimidação, principiam, geralmente, com a multa e se escalonam em penalidades mais graves como a
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interdição de atividade, o fechamento de estabelecimento, a demolição de construção, o embargo administrativo de
obra, a destruição de objetos, a inutilização de gêneros, a proibição de fabricação ou comércio de certos produtos; a
oli
vedação de localização de indústrias ou de comércio em determinadas zonas e tudo o mais que houver de ser
impedido em defesa da moral, da saúde e da segurança pública, bem como da segurança nacional, desde que
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Administração e o benefício social que se tem em vista, sim, constitui requisito específico para validade do ato de
polícia, como, também, a correspondência entre a infração cometida e a sanção aplicada, quando se tratar de
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medida punitiva”.
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Ocorre quando os poderes administrativos são utilizados ilegitimamente pelos agentes públicos. Importante
ressaltar que pode assumir tanto a forma comissiva (por ação) ou omissiva (por omissão). São duas categorias de
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abuso de poder:
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A) Excesso de poder: aqui o agente atua fora dos limites da sua competência. Por exemplo, quando a
autoridade, competente para aplicar a pena de suspensão, impõe penalidade mais grave, que não é de sua
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atribuição. Outro exemplo seria quando a autoridade policial se excede no uso da força para praticar ato de sua
competência
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B) Desvio de poder ou desvio de finalidade: aqui o agente, apesar de atuar dentro de sua competência,
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afasta-se do interesse público que deve nortear a atuação administrativa. Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo
trazem o exemplo clássico dado pela Doutrina: “...remoção de ofício de um servidor, a fim de puni-lo por indisciplina;
oli
será desvio de finalidade, ainda que a localidade para a qual ele foi removido necessite realmente de pessoal; isso
porque o ato de remoção, nos termos da lei, não pode ter o fim de punir um servidor, mas, unicamente, o de
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adequar o número de agentes de determinado cargo às necessidades de pessoal das diferentes unidades
administrativas em que esses agentes sejam lotados”.
Súmula 510/STJ: A liberação de veículo retido apenas por transporte irregular de passageiros não está
condicionada ao pagamento de multas e despesas.
QUESTÕES DE CONCURSOS
01 - (CESPE_MDIC_2014_Analista) O exercício dos poderes administrativos não é uma faculdade do agente público,
mas uma obrigação de atuar; por isso, a omissão no exercício desses poderes poderá ensejar a responsabilização do
agente público nas esferas cível, penal e administrativa.
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tenham vínculo com a administração, caso dos servidores públicos, como às que, não estando sujeitas à disciplina
interna da administração, cometam infrações que atentem contra o interesse coletivo.
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03 - (CESPE_SUFRAMA_2014_Agente Administrativo) O poder hierárquico confere aos agentes superiores o poder
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para avocar e delegar competências.
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04 - (CESPE_PGE-BA_2014_Procurador) A aplicação das penas de perda da função pública e de ressarcimento
integral do dano em virtude da prática de ato de improbidade administrativa situa-se no âmbito do poder disciplinar
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da administração pública.
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05 - (CESPE_ANTAQ_2014_Analista) O ato de delegação de competência, revogável a qualquer tempo pela
autoridade delegante, decorre do poder administrativo hierárquico.
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06 - (CESPE_TJES_2011_AJAA) O ato de aplicação de penalidade disciplinar deverá ser sempre motivado.
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atuações e estabelecer as relações de subordinação entre os órgãos públicos, inclusive seus agentes.
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08 - (FCC_TRT-02_2014_OJAF) Quando a Administração pública edita atos normativos que se prestam a orientar e
ab
disciplinar a atuação de seus órgãos subordinados, diz-se que atuação é expressão de seu poder;
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(A) hierárquico, traduzindo a competência de ordenar a atuação dos órgãos que integram sua estrutura.
(B) disciplinar, atingindo eventuais terceiros que não integram a estrutura da Administração.
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(C) de polícia interna, que tem lugar quando os destinatários integram a própria estrutura da Administração.
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(D) normativo, que tem lugar quando os destinatários integram a própria estrutura da Administração.
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(E) de polícia normativa, embora não atinjam os administrados em geral, sujeitos apenas ao poder regulamentar.
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(A) Afasta a atuação discricionária da Administração, não havendo qualquer margem de apreciação possível a
autoridade, que deve se ater aos expressos termos da lei.
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(B) Aplica-se aos servidores em geral, não se estendendo a particulares, salvo se tiverem celebrado contrato
oli
(C) É excludente em relação ao poder hierárquico, que se aplica apenas na orientação das atividades dos servidores.
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(D) Abrange as sanções impostas a particulares, sujeitos a disciplina interna da Administração, como os estudantes
de escola pública.
(E) É expressão da relação de coordenação e subordinação, abrangendo atuação de controle, por isso restrito à
esfera funcional.
(B) dar ordens aos subordinados, que implica o dever de obediência, para estes últimos, salvo para as ordens
manifestamente ilegais.
(C) controlar a atividade dos órgãos inferiores, tendo o poder de anular e de revogar atos administrativos.
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(D) avocar atribuições, desde que estas não sejam da competência exclusiva do órgão subordinado.
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(E) editar atos normativos que poderão ser de efeitos internos e externos.
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11 - (FCC_Prefeitura de Cuiabá_2014_Procurador) Acerca do poder normativo da Administração Pública, é correto
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afirmar:
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(A) Os chamados regulamentos executivos não existem no Direito Brasileiro, que somente admite os chamados
regulamentos autorizados ou delegados.
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(B) É exercido por meio de decretos regulamentares, resoluções, portarias e outros atos dotados de natureza
oli
normativa primária.
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(C) Não se confunde com o poder regulamentar, pois ambos têm natureza jurídica distinta.
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(D) Compete ao Congresso Nacional sustar atos normativos dos demais Poderes que exorbitem do poder
regulamentar ou dos limites de delegação legislativa.
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(E) Nem toda lei depende de regulamento para ser executada, mas toda e qualquer lei pode ser regulamentada se o
Executivo julgar conveniente fazê-lo.
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(A) regulamentar pressupõe competência de fiscalização, podendo ou não envolver vínculo de subordinação, assim
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como o poder disciplinar, que admite interferência em relações jurídicas de natureza distinta, tais como contratos e
relação de custódia.
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(B) regulamentar possui alcance geral, abstrato e autônomo, enquanto o poder disciplinar pressupõe alcance
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(C) disciplinar possui alcance geral e abstrato, atingindo aqueles não abrangidos pelo poder hierárquico.
-9
(D) disciplinar destina-se àqueles sujeitos a disciplina interna da Administração pública, enquanto o poder hierárquico
atinge todas as relações jurídicas mantidas com a Administração pública.
oli
(E) hierárquico pressupõe vínculo de subordinação, com atribuições de revisão e fiscalização, enquanto o poder
cc
11
bio
Fa
13 - (FCC_AL-PB_2013_Procurador) O chamado poder regulamentar autônomo, trata-se de
(A) exercício de atividade normativa pelo Executivo, disciplinando matéria não regulada em lei, de controversa
existência no direito nacional.
(B) poder conferido aos entes federados para legislar em matéria administrativa de seu próprio interesse.
(C) atividade normativa exercida pelas agências reguladoras, nos setores sob sua responsabilidade.
(D) prerrogativa conferida a todos os Poderes para disciplinar seus assuntos interna corporis.
(E) atividade normativa excepcional, conferida ao Conselho de Defesa Nacional, na vigência de estado de defesa ou
estado de sítio.
53
14 - (FCC_TRT04_2011_AJAJ) É correta a afirmação de que o exercício do poder regulamentar está consubstanciado
na competência
30
(A) das autoridades hierarquicamente superiores das administrações direta e indireta, para a prática de atos
69
administrativos vinculados, objetivando delimitar o âmbito de aplicabilidade das leis.
57
(B) dos Chefes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, objetivando a fiel aplicação das leis, mediante atos
administrativos expedidos sob a forma de homologação.
80
(C) originária dos Ministros e Secretários estaduais, de editarem atos administrativos destinados a esclarecer a
aplicabilidade das leis ordinárias. -9
oli
(D) dos Chefes do Poder Executivo para editar atos administrativos normativos destinados a dar fiel execução às leis.
cc
(E) do Chefe do Poder Executivo Federal, com a finalidade de editar atos administrativos de gestão, para esclarecer
textos controversos de normas federais.
Pi
15 - (FCC_ALESP_2011_Agente Direito Público) O poder regulamentar atribuído pela Constituição Federal ao Chefe
io
(A) complementares à lei, para sua fiel execução, não se admitindo a figura do regulamento autônomo, exceto para
-F
(B) autônomas em relação a toda e qualquer matéria de organização administrativa e complementares à lei em
53
(C) complementares à lei, para sua fiel execução, não sendo admitida a figura do regulamento autônomo, exceto no
que diz respeito à matéria de organização administrativa, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou
69
extinção de órgão público, bem como para extinção de cargos ou funções, quando vagos.
57
(D) complementares à lei, para sua fiel execução, não se admitindo a figura do regulamento autônomo, exceto para
80
(E) complementares à lei, para sua fiel execução, não se admitindo, em nenhuma hipótese, o poder normativo
-9
12
bio
Fa
17 - (CESPE_TJES_2011_AJAA) Um regulamento autorizado pode disciplinar matérias reservadas à lei.
(A) A polícia administrativa realiza atividades fiscalizatórias e repressivas e suas ações incidem sobre bens, serviços e
pessoas.
(B) Ao buscar uma finalidade, ainda que de interesse público, alheia à categoria do ato que utilizou, o agente público
competente incorre em excesso de poder.
(C) Os atos administrativos praticados no exercício do poder de polícia não são suscetíveis de controle judicial, uma
vez que se caracterizam por coercibilidade e autoexecutoriedade.
53
(D) A atividade da administração pública que, mediante atos normativos ou concretos, limita ou condiciona a
30
liberdade e a propriedade dos indivíduos, de acordo com o interesse coletivo, refere-se ao exercício do poder
regulamentar.
69
(E) A avocação e a delegação de competência são atos administrativos praticados no exercício do poder hierárquico
57
da administração pública.
80
19 - (CESPE_TJ-CE_2014_TJAJ) Assinale a opção correta no que se refere aos poderes e deveres dos administradores
públicos.
-9
(A) Caracteriza-se desvio de finalidade quando o agente atua além dos limites de sua competência, buscando
alcançar fins diversos daqueles que a lei permite.
oli
cc
(B) Há excesso de poder quando o agente, mesmo que agindo dentro de sua competência, exerce atividades que a lei
não lhe conferiu.
Pi
(C) Em caso de omissão do administrador, o administrado pode exigir, por via administrativa ou judicial, a prática do
io
(D) No exercício do poder hierárquico, os agentes superiores têm competência, em relação aos agentes subordinados,
-F
para comandar, fiscalizar atividades, revisar atos, delegar, avocar atribuições e ainda aplicar sanções.
(E) O poder de agir da administração refere-se à sua faculdade para a prática de determinado ato de interesse
53
público.
30
21 - (CESPE_MDIC_2014_Analista) Suponha que, após uma breve discussão por questões partidárias, determinado
servidor, que sofria constantes perseguições de sua chefia por motivos ideológicos, tenha sido removido, por seu
80
superior hierárquico, que desejava puni-lo, para uma localidade inóspita. Nessa situação, houve abuso de poder, na
-9
que por lei está obrigada e, consequentemente, lese o patrimônio jurídico individual, a inércia de seu comportamento
constitui forma omissiva do abuso de poder.
cc
Pi
13
bio
Fa
23 - (FCC_Prefeitura de Recife_2014_Procurador) Sobre Poderes da Administração, considere os seguintes itens:
I. A nomeação de pessoa para um cargo de provimento em comissão é expressão do exercício do poder discricionário.
II. É possível que um ato administrativo consubstancie o exercício concomitante de mais de um poder pela
Administração pública.
III. A Súmula vinculante nº 13, relativa à vedação ao nepotismo, é expressão dos poderes normativo e disciplinar da
Administração pública.
(A) I, II e III.
53
(B) I, apenas.
30
(C) III, apenas.
69
(D) I e II, apenas.
57
(E) II e III, apenas.
80
24 - (FCC_TCE-SP_2013_Auditor) A respeito dos poderes da Administração pública e princípios a ela aplicáveis, é
correto afirmar:
-9
(A) O poder hierárquico contempla a sujeição de entidades integrantes da Administração indireta ao ente instituidor,
também denominado tutelar.
oli
cc
(B) A autotutela corresponde ao poder da Administração de avocar competências atribuídas a ente descentralizado,
quando verificado desvio de suas finalidades institucionais.
Pi
(C) A tutela corresponde ao controle exercido pela Administração sobre entidade integrante da Administração
io
(D) O poder regulamentar ou normativo enseja a prerrogativa da Administração de impor aos particulares,
-F
(E) O poder disciplinar autoriza a Administração a aplicar a servidores e particulares, com ou sem vínculo com a
53
infração administrativa.
57
(A) Conforme a doutrina majoritária, o poder regulamentar é conferido a todos os chefes dos poderes constituídos.
-9
(B) Dado o princípio da legalidade, por meio do poder regulamentar podem ser realizados atos normativos primários
oli
(C) Das faculdades implícitas do poder hierárquico decorre a delegação de rever os atos do superior.
Pi
14
bio
Fa
(D) Por meio da avocação, substitui-se a competência do inferior hierárquico pela do superior hierárquico, com todas
as consequências de uma substituição, inclusive a deslocação do juízo ou da instância em caso de demanda.
(E) O poder disciplinar não pode ser exercido sobre servidor aposentado, dado o rompimento do vínculo funcional
com a administração pública, independentemente do tempo do cometimento da ação ou omissão questionada do
servidor.
(A) No que diz respeito ao poder de polícia, entende o STJ que, na hipótese de determinado veículo ser retido apenas
por transporte irregular de passageiro, a sua liberação não está condicionada ao pagamento de multas e despesas.
53
(B) Configura hipótese de desvio de poder a atuação do agente público que extrapole os limites de suas atribuições,
previstas em lei.
30
(C) De acordo com o STJ, fica caracterizado o poder discricionário da administração pública no ato administrativo de
69
indeferimento de pleito de servidor para gozar de licença para tratar de interesse particular, sendo lícito o controle
pelo Poder Judiciário na hipótese de manifesta ilegalidade, mas não na de motivação inidônea.
57
(D) Decorrente do poder hierárquico, a avocação temporária de competências pelo superior hierárquico é permitida
80
sempre que ele entender ser ela conveniente.
-9
(E) No que tange ao poder disciplinar, entende o STJ ser obrigatória a intimação do interessado para apresentar
alegações finais após o relatório final de processo administrativo disciplinar apresentado pela comissão processante,
oli
em respeito à ampla defesa e ao contraditório.
cc
motivos ideológicos, tenha sido removido, por seu superior hierárquico, que desejava puni-lo, para uma localidade
inóspita. Nessa situação, houve abuso de poder, na modalidade excesso de poder.
30
31 - (CESPE_MTE_2014_Agente Administrativo - Conhecimentos Basicos) O administrador público que age fora dos
69
(B) O desvio de poder configura-se quando o agente atua fora dos limites de sua competência administrativa.
cc
(C) Nenhum ato inerente ao poder de polícia pode ser delegado, dado ser expressão do poder de império do Estado.
Pi
15
bio
Fa
(D) O poder hierárquico restringe-se ao Poder Executivo, uma vez que não há hierarquia nas funções desempenhadas
no âmbito dos Poderes Legislativo e Judiciário.
(E) As prerrogativas do Poder Legislativo incluem a sustação dos atos normativos do Poder Executivo que exorbitem
do poder regulamentar.
34 - (FCC_TRT-19_2014_TJAA) Carlos Eduardo, servidor público estadual e chefe de determinada repartição pública,
adoeceu e, em razão de tal fato, ficou impossibilitado de comparecer ao serviço público. No entanto, justamente no
dia em que o mencionado servidor faltou ao serviço, fazia-se necessária a prática de importante ato administrativo.
Em razão do episódio, Joaquim, servidor público subordinado de Carlos Eduardo, praticou o ato, vez que a lei
autorizava a delegação. O fato narrado corresponde a típico exemplo do poder
(A) disciplinar.
53
(B) de polícia.
30
(C) regulamentar.
69
(D) hierárquico.
57
(E) normativo-disjuntivo.
80
35 - (FCC_TRT18_2014_Juiz do Trabalho) É tradicional a distinção entre polícia judiciária e polícia administrativa.
-9
Dentre os critérios que permitem distinguir as duas modalidades de exercício do poder estatal por agentes públicos, é
correto afirmar que a polícia judiciária
oli
(A) age somente repressivamente e a polícia administrativa age somente preventivamente.
cc
(B) age sempre de maneira vinculada e a polícia administrativa atua sempre de maneira discricionária.
Pi
(C) é privativa de corporações especializadas e a polícia administrativa é exercida por vários órgãos administrativos.
io
(E) atua exclusivamente com base no princípio da tipicidade e a polícia administrativa atua exclusivamente com base
-F
no princípio da atipicidade.
(A) é incompatível com a discricionariedade, devendo ser aplicado nos estritos termos da lei.
69
(B) abrange discricionariedade onde não houver disposição expressa de lei, tal como considerar a natureza e a
gravidade da infração na aplicação da pena.
57
(C) abrange discricionariedade para instaurar o procedimento disciplinar e punir o acusado, mas não para definição
80
(D) submete-se ao princípio da eficiência, o que concede discricionariedade para instauração do procedimento
disciplinar, prescindindo de previsão legal.
oli
(E) constitui-se poder essencialmente vinculado, posto que em razão da possibilidade de imposição de punição, a lei
cc
16
bio
Fa
37 - (FCC_PGERN_2014_Procurador) A correlação válida entre os chamados poderes da Administração está em:
(A) O poder hierárquico e o poder disciplinar confundem-se quando se trata de relações jurídicas travadas dentro da
estrutura da Administração.
(B) O poder disciplinar pode ser decorrente do poder hierárquico, mas também pode projetar efeitos para além das
relações travadas interna corporis.
(C) O poder hierárquico decorre do poder disciplinar, na medida em que estabelece relação jurídica dentro dos
quadros funcionais do poder público.
(D) O poder hierárquico decorre do poder normativo no que se refere à estruturação e criação de secretarias de
Estado, na medida em que esse se qualifica como autônomo e originário.
53
(E) O poder disciplinar permite a aplicação de sanções não previstas em lei, o que o aproxima, quanto aos predicados,
30
do poder normativo.
69
38 - (FCC_PGERN_2014_Procurador) Determinado Estado da Federação pretende licitar a construção e a gestão de
uma unidade prisional feminina, a primeira a ser edificada com essa finalidade específica, o que motivou a
57
preocupação com o atingimento dos padrões internacionais de segurança e ressocialização. Assim, a modelagem
idealizada foi uma concessão administrativa, na qual alguns serviços seriam prestados pelo parceiro privado. A
80
propósito desse modelo e dos serviços objeto de delegação:
-9
(A) é adequado o modelo proposto, caso parte dos serviços públicos seja remunerada à proporção do número de
detentas usuárias do serviço, bem como se a delegação pretendida se restringir às atividades de sancionamento.
oli
(B) não é adequado, tendo em vista que somente seria possível lançar mão de uma parceria público-privada na
cc
hipótese da totalidade dos serviços abrangidos pela unidade poder ser delegada ao particular, somente sendo
possível promover a contratação de obra pública com base na Lei no 8.666/1993.
Pi
(C) é possível contratar a edificação da unidade prisional, mas o modelo de concessão administrativa não é
io
(D) pode ser adequado o modelo proposto, partindo da premissa de que são delegáveis os ciclos de consentimento e
-F
fiscalização do poder de polícia, reservando-se ao poder concedente as atividades pertinentes ao ciclo de imposição
de ordem ou normatização e ao ciclo de sancionamento.
53
(E) é adequado o modelo proposto, considerando que alguns ciclos do poder de polícia são delegáveis, à exceção do
30
ciclo normativo, não se adequando, contudo, o conceito da concessão administrativa, que pressupõe retribuição
financeira pelo usuário do serviço, o que inexiste no presente caso.
69
39 - (FCC_PGERN_2014_Procurador) Sabe-se que a Administração tem o poder de rever seus próprios atos,
57
observadas algumas condições e requisitos. Esse poder guarda fundamento nos princípios e poderes que informam a
Administração pública, destacando-se, quanto à consequência de revisão dos atos,
80
(A) o poder de polícia, em sua faceta normativa, que admite o poder de revisão dos atos da Administração pública
-9
(B) o poder de tutela, que incide sobre os atos da Administração pública em sentido amplo, permitindo a retirada, em
oli
algumas situações, de atos praticados inclusive por entes que integrem a Administração indireta.
cc
Pi
17
bio
Fa
(C) o princípio ou poder de autotutela, que incide sobre os atos da Administração, como expressão de controle
interno de seus atos.
(D) os princípios da legalidade e da moralidade, inclusive porque estes podem servir de fundamento exclusivo para o
ajuizamento de ação popular.
(E) o princípio da eficiência, pois não se pode admitir que um ato eivado de vícios produza efeitos.
41 - (CESPE_DPU_2015_Defensor Público Federal) A multa, como sanção resultante do exercício do poder de polícia
administrativa, não possui a característica da autoexecutoriedade.
53
42 - (FCC_SEFAZ-PI_2015_Analista) Motivado por interesses políticos, um administrador público determinou
30
fiscalização sanitária pelo órgão competente em estabelecimento comercial, tendo sido constatada uma série de
irregularidades pelos agentes públicos, dentre elas, o armazenamento de mercadorias perecíveis com data de
69
validade expirada. Foram determinadas, assim, nos termos do que autoriza a lei, a apreensão das mercadorias, a
lavratura de auto de infração e a imposição de multa, sem prejuízo do fechamento do estabelecimento. A atuação da
57
Administração
80
(A) constitui desvio de finalidade, tendo em vista que o poder de polícia não abrange medidas coercitivo- materiais
sem autorização do Poder Judiciário.
-9
(B) pode ser considerada nula, tendo em vista que a motivação do ato que determinou a fiscalização eiva de vício as
oli
diligências promovidas e irregularidades constatadas.
cc
(C) configura expressão do poder de polícia, devendo ser mantidas as medidas coercitivas e sancionatórias em face
das provas obtidas, sem prejuízo de eventual responsabilização do administrador pela conduta indicada.
Pi
(D) excede os limites do poder de polícia, que se restringe a medidas preventivas e limitadoras, em tese, dos direitos e
io
(E) é regular e válida, tendo em vista que a motivação ou o motivo dos atos administrativos não são relevantes para
-F
reestruturação administrativa, extinguindo alguns órgãos e também entidades da Administração indireta e fundindo
30
algumas Secretarias, bem como extinguindo cargos vagos. De acordo com as normas que disciplinam a organização
administrativa constantes da Constituição Federal,
69
(A) todas as medidas poderão ser implementadas por ato do Chefe do Executivo, mediante decreto.
57
(B) todas as medidas somente poderão ser implementadas por lei, de iniciativa do Chefe do Executivo, salvo a fusão
80
(C) a extinção de cargos vagos necessita de lei específica e as demais medidas poderão ser implementadas por
decreto.
oli
(D) a extinção de entidades da Administração indireta somente poderá ser feita por lei, enquanto a extinção de
órgãos e de cargos vagos pode ocorrer por decreto.
cc
Pi
18
bio
Fa
(E) a extinção de entidades e órgãos depende de lei, enquanto a extinção de cargos vagos pode ser feita por decreto
do Chefe do Executivo.
Uma adequada correlação entre o poder administrativo citado e sua utilização pela Administração é:
(A) o poder disciplinar possibilita às autoridades administrativas a práticas de atos restritivos de direitos individuais
dos cidadãos, nos limites previstos em lei.
53
(B) o poder normativo autoriza a Administração a estabelecer condutas e as correspondentes punições aos servidores
públicos, para ordenar a atuação administrativa.
30
(C) o poder de polícia comporta atos preventivos e repressivos, exercidos pela Administração para condicionar ou
69
restringir atividades ou direitos individuais, no interesse da coletividade.
57
(D) o poder regulamentar atribuído, pela Constituição Federal, ao Chefe do Executivo, o autoriza a editar normas
autônomas em relação a toda e qualquer matéria de organização administrativa e complementares à lei em relação
80
às demais matérias.
-9
(E) o poder hierárquico autoriza a aplicação de penalidades aos servidores públicos e demais pessoas sujeitas à
disciplina administrativa em razão de vínculo contratual estabelecido com a Administração.
oli
45 - (FCC_TCE-GO_2014_Analista) Dentre as características e peculiaridades do poder de polícia administrativa,
cc
(A) se manifesta, dentre outras formas, através de atos normativos e de alcance geral, como, por exemplo,
regulamentos ou portarias que proíbem soltar balões em épocas de festas juninas.
io
ab
(E) constitui exemplo de atos fiscalizatórios do poder de polícia, a vistoria de veículos automotores para garantia de
30
condições de segurança.
69
(A) Os atos administrativos decorrentes do exercício do poder discricionário não são passíveis de apreciação judicial.
80
(B) A possibilidade do administrador interpretar a lei equivale ao exercício do poder administrativo discricionário.
(C) O poder administrativo discricionário pressupõe que a norma legal apresente conceitos jurídicos indeterminados,
-9
mas determináveis.
oli
(D) A doutrina dos motivos determinantes estabelece que o administrador deve enunciar os motivos de fato que
ensejaram o ato administrativo discricionário.
cc
Pi
19
bio
Fa
(E) O motivo, como pressuposto do ato administrativo decorrente do poder discricionário, poderá vir expresso em lei
ou deixado à escolha do administrador.
47 - (FCC_TRT-01_2014_AJTI) Quando se diz que as relações da Administração pública estão sujeitas à hierarquia, se
quer dizer que é possível estabelecer alguma relação de coordenação e de subordinação entre os órgãos que
compõem a Administração. Essa competência expressa-se quando a Administração
(A) edita atos normativos de efeitos externos, obrigando seus subordinados e os particulares que com eles se
relacionam.
(B) edita atos normativos para organizar a atuação dos órgãos que integram sua estrutura.
(C) instaura processos administrativos para apuração de irregularidades e aplicação de sanções disciplinares e
53
contratuais.
30
(D) celebra contratos com particulares para atendimento do interesse público.
69
(E) fiscaliza a atuação dos subordinados e dos particulares, inclusive com a aplicação de penalidades.
57
48 - (FCC_MPE-PA_2014_Promotor de Justiça) Acerca das atividades administrativas, é correto afirmar que
(A) para o fomento de atividade particular de interesse público, o procedimento adequado e indispensável é a
80
licitação, a ser realizada na modalidade concorrência.
-9
(B) ao revés da atividade de polícia administrativa, a prestação de serviços públicos em sentido estrito não admite
atuação coativa pela administração pública.
oli
(C) por seu caráter indivisível, o exercício do poder de polícia pela administração somente pode ser custeado por meio
cc
de impostos.
Pi
(D) em face da intangibilidade do direito de propriedade, a demolição de obra particular irregular pela administração
pública está sujeita à reserva de jurisdição, sendo a execução de tal medida dependente de autorização judicial.
io
ab
(E) na prestação de serviços públicos em regime de concessão ou permissão, as tarifas poderão ser diferenciadas em
função das características técnicas e dos custos específicos provenientes do atendimento aos distintos segmentos de
-F
usuários.
53
sancionatórios.
80
(A) A delegação de atribuições de um órgão público para outra pessoa jurídica configura exemplo de
desconcentração administrativa.
oli
(B) Ao tomar conhecimento da ocorrência de infração disciplinar, a administração deve, em um primeiro momento,
cc
20
bio
Fa
(C) O poder regulamentar é prerrogativa conferida à administração pública para expedir normas de caráter geral, em
razão de eventuais lacunas, com a finalidade de complementar ou modificar a lei.
(D) Em respeito ao princípio da separação dos poderes, o Congresso Nacional não pode sustar ato normativo do
Poder Executivo.
(E) Um dos meios pelo quais a administração exerce seu poder de polícia é a edição de atos normativos de caráter
geral e abstrato.
(A) O poder disciplinar é aquele exercido pela administração pública para apurar infrações e aplicar penalidades aos
servidores públicos e aos empregados terceirizados que lhe sejam subordinados.
53
(B) O poder de polícia, em sentido amplo, estende-se à atividade do Estado de condicionar a liberdade e a
30
propriedade, ajustando-as aos interesses coletivos, o que abrange os atos do Judiciário, do Legislativo e do Executivo.
69
(C) Na hipótese de o presidente da República editar decreto que exorbite do poder regulamentar, é possível a
sustação do referido ato normativo do Poder Executivo pelo Congresso Nacional.
57
(D) Caso um agente público atue fora dos limites de sua competência, ficarão caracterizados tanto o excesso quanto
80
o desvio de poder.
-9
(E) Decorre do poder hierárquico a possibilidade de delegação da edição de atos de caráter normativo, devendo o ato
de delegação ser publicado em meio oficial.
oli
53 - (CESPE_TC-DF_2014_Analista) Considere que, durante uma fiscalização, fiscais do DF tenham encontrado
cc
alimentos com prazo de validade expirado na geladeira de um restaurante. Diante da ocorrência, lavraram auto de
infração, aplicaram multa e apreenderam esses alimentos. Com base na situação hipotética apresentada, julgue os
Pi
itens subsecutivos.
io
Diante do risco à saúde da população, as mercadorias com prazo de validade expirado poderão ser imediatamente
ab
apreendidas, mesmo antes da abertura de processo administrativo e sem prévio contraditório do proprietário do
estabelecimento.
-F
infração, aplicaram multa e apreenderam esses alimentos. Com base na situação hipotética apresentada, julgue os
30
itens subsecutivos.
Se a aplicação da multa for indevida, a administração tem o poder de anulá-la, de ofício, independentemente de
69
provocação do interessado.
57
I. O poder disciplinar não abrange as sanções impos- tas a particulares não sujeitos à disciplina interna da
-9
Administração.
II. Os órgãos consultivos, embora incluídos na hierar- quia administrativa para fins disciplinares, fogem à relação
oli
21
bio
Fa
III. A discricionariedade existe, ilimitadamente, nos procedimentos previstos para apuração da falta funcional, pois os
Estatutos funcionais não estabelecem regras rígidas como as que se impõem na esfera criminal.
(B) I, II e III.
53
56 - (FCC_TJ-AP_2014_Juiz – ADAPTADA) Para cobrança de taxa pelo exercício de poder de polícia, não é necessária
30
a comprovação de efetiva vistoria da atividade fiscalizada, bastando o funcionamento de órgão competente e apto a
exercer a fiscalização.
69
57 - (CESPE_Câmara dos Deputados_2014_Analista) No âmbito do poder disciplinar, não se aplica o princípio da
57
inexistência da infração sem prévia lei que a defina e apene.
80
58 - (CESPE_Câmara dos Deputados_2014_Analista) O exercício do poder de polícia, quando restringe direitos
individuais, retira sua validade, além da supremacia do interesse público, da lei que o autoriza. Nada obstante, por
-9
força da presunção de legalidade dos atos administrativos, um ato praticado no exercício do poder de polícia não
perderá sua legitimidade se a lei que lhe confere suporte for considerada inconstitucional em controle concentrado
oli
exercido pelo Supremo Tribunal Federal.
cc
delegação, que incluem o exercício do poder de polícia e a tributação, os conselhos de fiscalização profissional, à
exceção da Ordem dos Advogados do Brasil, integram a administração indireta, possuindo personalidade jurídica de
io
direito público.
ab
prerrogativa de aplicar multas sempre que houver situação grave de urgência, em face da gravidade da lesão
provocada e para evitar a perpetuação da atividade lesiva.
53
direitos individuais, é exercido pela polícia civil, no âmbito dos estados e do Distrito Federal, e pela polícia federal, na
tutela de interesses da União.
69
62 - (CESPE_Câmara dos Deputados_2014_Analista) Havendo dificuldade na aplicação de lei editada pelo Poder
57
Legislativo que trate de matéria na área de saúde, o presidente da República poderá, dado seu poder regulamentar,
80
22
bio
Fa
64 - (CESPE_Câmara dos Deputados_2014_Analista) Dado o poder regulamentar da administração pública, é
possível, mediante portaria, alterar-se as atribuições de cargo público.
65 - (CESPE_Câmara dos Deputados_2014_Analista) Como regra, tem competência exclusiva para exercer o poder
de polícia a entidade que dispõe de poder para regular a matéria; excepcionalmente, pode haver competências
concorrentes na regulação e no policiamento.
66 - (CESPE_MTE_2014_Contador) Considere que, durante fiscalização realizada por auditor fiscal do trabalho, tenha
sido constatada a inexistência de prévia aprovação das instalações de determinada empresa pelo órgão competente.
Diante disso, o auditor lavrou auto de infração e aplicou multa à empresa. Nessa situação, resta caracterizado o
poder de polícia da administração pública, o qual pode, também, ter o seu exercício delegado a pessoas jurídicas de
direito privado.
53
67 - (CESPE_CADE_2014_Conhecimentos Básicos) Existem casos em que mesmo existindo lei específica sobre
determinada matéria, cumpre à administração criar mecanismos para aplicá-la. Nessas hipóteses, surge o poder
30
regulamentar, que confere à administração a prerrogativa de editar atos gerais para alterar e complementar as leis.
69
68 - (CESPE_CBM-CE_2014_Primeiro-Tenente) Um dos meios de atuação do poder de polícia de que se utiliza o
57
Estado é a edição de atos normativos mediante os quais se cria limitações administrativas ao exercício dos direitos e
das atividades individuais.
80
SABATINA
5 – Quanto ao poder disciplinar: a) Conceito? b) Âmbito de manifestação? c) Confunde-se com o poder punitivo
estatal? d) Discricionário/vinculado? e) Pressupões hierarquia? f) Contraditório/ampla defesa? g) Duas observações
-F
Executivo ultrapassar os limites? d) Regulamento autorizado? e) Depende de expressa previsão legal? f) Três
30
7 – Quanto ao poder de polícia:a) Qual entidade política deve exercer? b) Poder de polícia x serviço público? c)
69
Sentido amplo x sentido estrito? d) Polícia administrativa x polícia judiciária? e) Originário x derivado? f) Preventivo x
57
23
bio
Fa