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Eletrônica Digital
Apostila de Treinamento
Apostila de Treinamento
Sumário
Objetivo
Estudar as características elétricas das portas lógicas;
Estudar as principais operações booleanas;
Projetar e montar um circuito combinacional utilizando portas lógicas.
Material utilizado
Bastidor LEG2000
Módulo MED50 – Portas Lógicas
Cabos banana
Introdução
Uma das pedras fundamentais da eletrônica digital é a álgebra booleana, que
recebe este nome em homenagem a seu criador, o matemático inglês George
Boole. O que faz desta álgebra tão especial, é que ela define um conjunto de
operações realizadas com elementos (ou operandos) que só podem assumir valores
0 (zero) e 1 (um), servindo perfeitamente aos propósitos da eletrônica digital.
integrado. Uma das famílias mais difundidas, e também uma das primeiras a ser
comercializada em larga escala é a família TTL (Transistor-Transitor Logic), em que
todo circuito digital é construído com associação de transistores. Outra família bem
conhecida é a família CMOS (Complementary Metal Oxide Semiconductor), cujos
circuitos lógicos são construídos com transistores do tipo MOSFET (Metal Oxide
Semiconductor Field Effect Transistor), transistores mais sofisticados, que
apresentam menor dissipação de potência e maior capacidade de integração.
Campo Descrição
VIL Tensão máxima permitida na entrada, para que o sinal seja
interpretado como nível baixo
VIH Tensão mínima permitida na entrada, para o que o sinal seja
interpretado como nível alto
VOL Tensão máxima presente na saída do dispositivo, quando esta
estiver em nível baixo
VOH Tensão mínima presente na saída do dispositivo, quando esta
estiver em nível baixo
Nota: Os limites de saída (VOH e VOL) dependem da intensidade de corrente que é
drenada pelo dispositivo (quando sua saída está em nível baixo) ou fornecida por
ele (quando sua saída está em nível alto). Afinal, estando, por exemplo, a saída do
dispositivo em nível alto, é de se esperar que se acoplando uma carga de baixa
resistência (drenando mais corrente) o valor de VOH seja reduzido. Portanto, os
manuais geralmente trazem estes valores para um determinado valor de corrente
utilizado no ensaio. A capacidade de fornecer, ou drenar, corrente por um
dispositivo digital é freqüentemente referenciado como “fan-out” do dispositivo.
Esses limites ficam mais claros quando são representados em uma representação
gráfica, como a mostrada a seguir. Note que para cada família, existe certo intervalo
marcado como “indeterminado”, neste intervalo o dispositivo está operando fora de
especificação, e pode tanto interpretar o valor em sua entrada como sendo nível alto
ou baixo, por essa razão, sinais nestes intervalos devem ser evitados.
VOL VOL
Até este ponto, falamos de circuitos digitais sem dizer exatamente qual a função
deles. Fato é que existe no mercado uma verdadeira miríade de componentes
digitais com funções específicas, mas certamente entre os mais simples estão as
portas lógicas. Afinal, foi através delas que a eletrônica digital de popularizou e eram
com elas que os mais complexos circuitos digitais eram construídos nas décadas de
70 e 80.
Como dissemos antes, na base da eletrônica digital está a álgebra boolena. Esta
álgebra define operações fundamentais realizadas com elementos binários (que
apresentam apenas dois possíveis valores, 0 ou 1). Entre as operações mais
conhecidas estão a operação E, OU e NÂO; também conhecidas por seus nomes
em inglês: AND, OR, NOT. Pois bem, uma porta lógica é justamente um circuito
digital que realiza uma destas operações. A seguir temos a representação gráfica
de cada uma das portas lógicas com sua respectiva Tabela da Verdade, que é a
tabela que diz qual o valor da saída da porta para cada uma das combinações
possíveis na entrada.
Porta E
A B S
0 0 0
A
0 1 0
S
1 0 0
B 1 1 1
Porta OU
A B S
0 0 0
A
0 1 1
S
1 0 1
B 1 1 1
Porta NOT
A S
0 1
A S 1 0
Porta NE
A B S
0 0 1
A
0 1 1
S
1 0 1
B 1 1 0
Porta NOU
A B S
A 0 0 1
0 1 0
S
1 0 0
B
1 1 0
Procedimento
Nesta experiência vamos verificar o funcionamento de algumas portas lógicas e
construir um circuito combinacional.
Exemplo de aplicação:
As portas lógicas têm um vasto campo de aplicação, são peças elementares em
qualquer circuito digital, sendo a base para construção de circuitos somadores,
ULAs, circuitos seqüenciais e até microprocessadores.
Nota: Para sua maior segurança, realize estas ligações com o conjunto didático
desligado.
2. Vamos levantar a tabela da verdade de cada uma das portas. Para isso, alterne o
estado das chaves, a fim de reproduzir cada um dos estados da tabela da verdade,
e marque o estado presente na saída da porta:
Porta E Porta OU
A B S A B S
0 0 0 0
0 1 0 1
1 0 1 0
1 1 1 1
A B S A B S
0 0 0 0
0 1 0 1
1 0 1 0
1 1 1 1
AB S AB S AB S AB S
0 0 0 0
1 1 1 1
5. Note que na ligação realizada que ambas as entradas das portas lógicas E e OU
estão curto-circuitadas. Como a saída destas portas se comporta neste tipo de
ligação?
6. Note que na ligação realizada que ambas as entradas das portas lógicas NE e
NOU estão curto-circuitadas. Como a saída destas portas se comporta neste tipo de
ligação?
Escreva abaixo como seria a tabela da verdade desta operação e sua expressão
booleana.
Porta XOU
A B S
0 0
0 1
1 0
1 1
8. Com base nos dados do exercício anterior, mostre como seria o digrama lógico
de um circuito que realiza a operação XOU:
Porta XOU
A B S
0 0
0 1
1 0
1 1
Objetivo
Estudar as características elétricas das portas lógicas;
Montar um circuito combinacional utilizando portas lógicas;
Estudar e discutir as principais características deste tipo de circuito.
Material utilizado
Bastidor LEG2000
Módulo MED52 – Portas Lógicas
Multímetro ou Miliamperímetro
Osciloscópio
Cabos banana
Introdução
Na experiência passada observamos o funcionamento de algumas portas lógicas,
levantamos suas tabelas da verdade e chegamos a projetar e montar um circuito
combinacional. Porém, falamos apenas brevemente das características elétricas das
portas lógicas disponíveis no mercado.
Campo Descrição
Tensão máxima permitida na entrada, para que o sinal seja interpretado
VIL
como nível baixo
Tensão mínima permitida na entrada, para o que o sinal seja interpretado
VIH
como nível alto
Tensão máxima presente na saída do dispositivo, quando esta estiver em
nível baixo. Este limite de tensão depende da corrente que está sendo
VOL
drenada pelo dispositivo, por isso, os manuais de componentes
especificam em que condições foram feitos os ensaios.
Tensão mínima presente na saída do dispositivo, quando esta estiver em
nível baixo. Este limite de tensão depende da corrente que está sendo
VOH
fornecida pelo dispositivo, por isso, os manuais de componentes
especificam em que condições foram feitos os ensaios.
Corrente máxima que pode ser fornecida pela saída do dispositivo,
também conhecida como fan-out. É importante observar que, por
convenção, um valor positivo de IO refere-se a corrente sendo drenada
pelo dispositivo, ou seja, sua saída está em nível baixo e ele está
absorvendo esta corrente e jogando para o terra. Enquanto que um valor
IOMAX positivo de IO indica corrente sendo fornecida pelo dispositivo, ou seja,
sua saída está em nível alto e ele está fornecendo corrente do Vcc para a
saída. Os limites de corrente para fornecimento e drenagem podem ser, e
geralmente o são, diferentes. Neste caso é comum ver em manuais dados
como IOMAX = +20mA / -0.4mA, indicando que ele pode drenar 20mA, mas
apenas fornecer 0.4mA.
Corrente máxima consumida pela entrada do dispositivo, em dispositivos
CMOS também pode ser representa por ILI (Input Leakage Current), pois
II como estes dispositivos tem a entrada isolada (base de um MOSFET) a
corrente consumida é na verdade a corrente de vazamento deste
transistor.
Corrente máxima consumida pelo dispositivo para sua alimentação. Este
ICC valor depende da corrente sendo fornecida pelas saídas, por isso
geralmente o valor de IO utilizado no ensaio é especificado.
Nota: É comum que os parâmetros DC dependam do valor de Vcc utilizado para
alimentar o dispositivo e da temperatura ambiente durante o ensaio. Por essa razão
os manuais costumam trazer as condições em que o ensaio foi realizado.
Para ilustrarmos com dados reais, abaixo estão as características DC de uma porta
lógica NÃO, código 74HC04, fabricada pela NXP e presente no módulo MED52 do
conjunto didático:
Fonte: http://ics.nxp.com/products/hc/datasheet/74hc04.74hct04.pdf
A figura a seguir deve facilitar o entendimento de como estes tempos são medidos,
ela também foi obtida do manual do 74HC04, fabricado pela NXP.
Fonte: http://ics.nxp.com/products/hc/datasheet/74hc04.74hct04.pdf
Para grande dos circuitos integrados disponíveis no mercado estes tempos são
pequenos, estando na ordem de alguns nanossegundos. A tabela a seguir ilustra
com os dados reais do 74HC04 da NXP:
Fonte: http://ics.nxp.com/products/hc/datasheet/74hc04.74hct04.pdf
especial, é que ela define um conjunto de operações realizadas com elementos (ou
operandos) que só podem assumir valores 0 (zero) e 1 (um), servindo perfeitamente
aos propósitos da eletrônica digital.
Procedimento
Nesta experiência vamos explorar algumas características elétricas das portas
lógicas e construir um circuito combinacional.
Exemplo de aplicação:
As portas lógicas têm um vasto campo de aplicação, são peças elementares em
qualquer circuito digital, sendo a base para construção de circuitos somadores,
ULAs, circuitos seqüenciais e até microprocessadores.
Nota: Para sua maior segurança, realize estas ligações com o conjunto didático
desligado.
Porta XOU
A
A B S
S
0 0
B
0 1
1 0
1 1
Porta NXOU
A
A B S
S
0 0
B
0 1
̅̅̅̅̅̅̅̅
1 0
1 1
5. Embora a operação XOU seja bastante simples quando observamos sua tabela
da verdade, sabemos que ela não é tão trivial, assim como não é trivial realizá-la
com mais de dois operandos. O circuito abaixo mostra como uma porta XOU de três
entradas é construída a partir de duas portas XOU de duas entradas. Encontre a
expressão booleana na forma de somatória de produtos para esta expressão:
B S
C
6. Construa uma porta XOU de três entradas utilizando as portas XOU disponíveis
no módulo MED52 e levante sua tabela da verdade.
Porta XOU
A B C S
0 0 0
0 0 1
0 1 0
0 1 1
1 0 0
1 0 1
1 1 0
1 1 1
+
mA -
1mA
2,5mA
5mA
10mA
tPHL
tTHL
Objetivo
Estudar os sistemas numéricos binário e hexadecimal;
Montar um circuito comparador de magnitude.
Material utilizado
Bastidor LEG2000
Módulo MED20 – Comparador de Magnitude
Cabos banana
Introdução
Nos ensaios anteriores construímos circuitos que realizavam operações booleanas
e apresentavam uma única saída digital. Assim eles eram capazes de, a partir
destas operações, tomar decisões do tipo Verdadeiro/Falso, Ligar/Desligar,
OK/Errado; enfim, decisões onde apenas duas opções são possíveis.
Felizmente a eletrônica digital é muito mais poderosa que isso e ela começa a ficar
bem mais interessante quando agrupamos vários sinais digitais para representar
números, e realizamos operações sobre estes números. Você deve estar
imaginando algo como uma calculadora, pois foi exatamente este um dos grandes
saltos da eletrônica digital, em 1971 a Intel lançou o 4004, a primeira unidade de
processamento capaz de realizar operações lógicas (E, OU, NÃO, etc.) e aritméticas
(+, -, x, ÷) com operandos de 4bits.
Chegaremos lá, mas primeiro temos de entender como números são representados
por sinais digitais. Conforme vimos até aqui, um sinal digital pode apresentar dois
estados lógicos que são representados pelos valores 0 e 1. Se agruparmos dois
sinais digitais, teremos 4 combinações de estados possíveis: 00, 01, 10, 11. Certo?
Podemos então dizer que a primeira combinação representa o número 0, a segunda
combinação o número 1, a terceira, o número 2 e a última o número 3. O que
estamos fazendo é justamente associar um número decimal a uma combinação de
sinais digitais. Pois esse é justamente o princípio que utilizamos para representar
Os números que utilizamos no dia a dia estão em base decimal, ou base 10, porque
todos eles são formados por dígitos que vão de 0 a 9, ou seja, são formados por
dígitos que podem assumir 10 valores diferentes (0,1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9), por isso
o nome base 10. Sem dúvida, este é o sistema numérico que surgiu primeiro e é
também o mais empregado e difundido. Isto porque o ser humano, quando começou
a desenvolver a habilidade de contar, utilizava os dedos da mão para fazê-lo, e a
grande maioria das pessoas tem 10 dedos nas mãos. O que talvez ninguém tenha
lhe dito até hoje é que, quando escrevemos um número em base 10, estamos na
realidade escrevendo uma seqüência de potências de 10. Veja o exemplo abaixo
para o número 5731:
5 7 3 1
MSB 1 1 0 1 LSB
23 22 21 20
MSB 1 1 0 1 LSB
23 + 22 + 20 = 13
LSB
MSB
9 F C D
Como pode ser observado, esta conversão pode ser bastante complicada,
principalmente quando envolve potências grandes de 16, mas o fato é que ela
raramente é necessária na prática. A razão pela qual a base hexadecimal é tão
difundida em eletrônica digital é que a conversão de hexa para binário, e vice-versa,
é bastante simples, tão simples que, costumam-se representar valores numéricos
utilizados em circuitos digitais, utilizando a base hexadecimal, mesmo sabendo que
a prática estes números estão representados por sinais digitais, ou seja, na forma
binária. Desta forma para evita-se a escrita de longas seqüencias de zeros e uns
que se tornam ilegíveis e difíceis de memorizar. Para converter de binária para
hexadecimal, basta agrupar os dígitos binários em grupos de 4 bits (que são
conhecidos como nibbles) e substituí-los pelo seu equivalente hexadecimal,
conforme mostrado a seguir:
9 F C D
Procedimento
Nesta experiência vamos exercitar conversões entre os sistemas numéricos e em
seguida montar um circuito comparador.
Exemplo de aplicação:
Circuitos comparadores podem ser utilizados para verificação de integridade de
dados, decodificadores de endereços, além de fazerem parte de praticamente todas
as Unidades Lógicas Aritméticas (ULA).
Nota: Para sua maior segurança, realize estas ligações com o conjunto didático
desligado.
Tabela de Conversão
10
11
12
13
14
15
6 Altere o estado dos geradores de nível lógico e descreva como a saída do módulo
se comporta.
Objetivo
Estudar as operações aritméticas com operandos binários;
Montar um circuito utilizando um ULA.
Material utilizado
Bastidor LEG2000
Módulo MED35 – ULA
Cabos banana
Introdução
Até este momento aprendemos um conjunto de sinais digitais pode representar um
número em base binária e aprendemos uma operação bastante simples, a
comparação. Convém agora estudarmos outras operações, lógicas e aritméticas,
realizadas com operandos binários.
1 1 0 1
+ 1 0 0 1
1 0 1 1 0
Emprestimo
1 1 0 0
- 1 0 0 1
0 0 1 1
Porém, quando o resultado é negativo outra técnica é mais útil. Esta técnica
consiste simplesmente em transformar a subtração em uma soma entre um número
positivo e um número negativo. Para escrevermos um número negativo em binário,
utilizamos uma notação conhecida como “complemento de 2”. A figura a seguir
mostra como um número é representado em complemento de dois, utilizando como
exemplo o número -7:
1. Escrevemos o número 0 1 1 1
positivo em binário
2. Adicionamos um bit extra 0 0 1 1 1
à esquerda
3. Invertemos cada bit 1 1 0 0 0
4. Somamos 1 o valor 1 1 0 0 1
invertido
Agora para realizar a subtração, basta somar o número negativo ao número do qual
se desejava subtrair. Vamos supor que gostaríamos de realizar a subtração 4 - 7,
então bastaria somar os números 4 e -7:
0 1 0 0
+1 1 0 0 1
1 1 1 0 1
Vimos como duas operações básicas, a adição e subtração, são realizadas com
valores em binário. Além das operações aritméticas, também podemos realizar
operações lógicas com argumentos em binário. Na realidade estas operações são
mais simples que as operações aritméticas, pois não envolvem carry, empréstimo
ou números negativos. Basta realizarmos a operação lógica me questão bit a bit:
1 1 0 1
E 1 0 0 1
1 0 0 1
1 1 0 1
OU 1 0 0 1
1 1 0 1
1 1 0 1
XOU 1 0 0 1
0 1 0 0
Como falamos no ensaio anterior, um dos principais avanços da eletrônica digital foi
à capacidade de realização de operações lógicas e aritméticas através de circuitos
eletrônicos, dando início ao que hoje conhecemos como processamento de dados.
Estes circuitos foram os embriões dos processadores e microcontroladores que
utilizamos nos dias atuais.
Inicialmente estes circuitos eram construídos com portas lógicas, mas demorou até
que eles fossem integrados em um único dispositivo que recebeu o nome de ULA –
Unidade Lógica Aritmética. Neste ensaio iremos utilizar uma ULA de 4 bits, baseada
no funcionamento do circuito integrado 74181, que hoje praticamente não é mais
encontrado no mercado, já que qualquer microcontrolador ou microprocessador
contém uma ULA interna.
Esta ULA realiza uma série de operações, sendo que a operação é selecionada por
quatro pinos de função (F0 a F3) e um pino de Modo (M), este último seleciona se a
operação realizada será lógica (M=1) ou aritmética (M=0). A tabela seguir mostra as
operações suportadas pela ULA:
Fonte: http://www.nxp.com/documents/data_sheet/74HC_HCT181_CNV_2.pdf
Como vimos, operações de soma podem produzir um bit extra de estouro ou carry,
quando o resultado soma extrapola o valor máximo suportado, para ULA em
questão este valor máximo é 15, já que é uma ULA de 4bits. Pois bem, quando
várias ULAS são utilizadas em paralelo, para operações com números maiores que
4bits, temos de ligar a saída de carry de uma ULA (pino Cn+4) à entrada de carry da
ULA do próximo estágio (pino CN). Na prática, quando CN está em 1, significa que é
não há carry do estágio anterior (a entrada e saída de carry são invertidas, isto é
Exemplo de aplicação:
As ULAs estão presentes em calculadoras e em qualquer microcontrolador ou
microprocessador.
Nota: Para sua maior segurança, realize estas ligações com o conjunto didático
desligado.
anteriormente. Lembrando que para colocar o borne em nível alto ele deve ser
ligado a saída de +5V existente no bastidor, e para colocá-lo em nível baixo ele
deve ser ligado ao terra. Com isto em mente preencha a tabela a seguir, anotando o
resultado de cada operação realizada pela ULA:
5 4 X menos 1 0
10 5 XY menos 1 1
10 5 XY menos 1 0
12 13 X mais Y 1
12 13 X mais Y 0
X menos Y -
10 11 1
1
10 11 X menos Y 0
6 4 X mais X 1
6 4 X mais X 0
4 6 X+Y 0
4 6 X+Y 1
9 5 XY 1
11 15 XY 1
5 10 X XOU Y 1
5 10 X NXOU Y 1
Nota: As operações aritméticas estão escritas por extenso (mais e menos), para
diferenciar da operação OU, indicado pelo símbolo +. Além disso, a notação XY,
indica operação lógica X E Y, e não a multiplicação de X por Y.
4. Elabore o diagrama lógico de uma ULA de 8 bits, utilizando duas ULAs 74HC181
(4 bits).
Objetivo
Verificar o funcionamento de displays de 7 segmentos e matriz de ponto;
Montar um circuito decodificador BCD – 7 segmentos.
Material utilizado
Bastidor LEG2000
Módulo MED05 – Decodificador de 7 segmentos
Cabos banana
Introdução
Nos ensaios anteriores verificamos como um conjunto de sinais digitais pode ser
agrupado de maneira a representar um valor numérico, utilizando para isso o
sistema binário. Vimos ainda como realizamos operações aritméticas neste sistema
numérico, e como realizamos conversões entre sistemas numéricos.
Pois bem, felizmente existem maneiras muito mais intuitivas de realizar esta
interface com o usuário, uma delas é através do uso de display de 7segmentos.
Você certamente já viu este dispositivo, seja em rádio-relógio, despertadores,
medidores de vários tipos, ou mesmo em filmes, como temporizador de bombas!
Este dispositivo consiste basicamente de 7 LEDs de formato alongado, agrupados
convenientemente de maneira a formar o dígito 8. Assim, cada LED corresponde a
um segmento (por isso o nome display 7 segmentos), podendo ser acesos ou
apagados de maneira a formar os dígitos. Existe ainda um oitavo LED, de formato
redondo, que representa o ponto decimal. A figura a seguir mostra a disposição
destes LEDs em display de 7 segmentos.
2 5
0010 0101
11001
Procedimento
Nesta experiência iremos estudar a codificação BCD e montar um circuito
decodificador BCD – 7 segmentos.
Exemplo de aplicação:
Decodificadores BCD – 7 segmentos estão presentes sempre que um display de 7
segmentos é utilizado, como em rádio relógios, medidores de variados tipos,
indicadores em elevadores, etc.
CD4511 CD4511
MATRIZ DE PONTOS
GND
Nota: Para sua maior segurança, realize estas ligações com o conjunto didático
desligado.
2. Primeiramente vamos determinar que segmentos devem ser acesos para cada
dígito a ser representado, para isso preencha a tabela a seguir:
Valor Dígito a b c d e f g
3. Agora altere o estado dos geradores de nível lógico, D3 a D0, reproduzindo cada
um dos valores da tabela anterior e verificando se o dígito representado
corresponde ao esperado.
5. A partir de sua resposta no item anterior, indique qual o tipo de decodificador está
montado neste módulo e explique como chegou a esta conclusão.
17
25
38
43
55
67
73
89
99
131
8. Agora altere o estado dos geradores de nível lógico, D7 a D0, reproduzindo cada
um dos valores da tabela anterior e verificando os dígitos exibidos. As chaves
devem representar os valores de qual coluna da tabela (Binário ou BCD)?
10. Outra forma de interface com o usuário bastante comum é a matriz de pontos.
No módulo MED05 temos uma matriz de 7x5 pontos. Cada ponto, ou pixel, pode ser
aceso independentemente, aplicando-se nível alto em sua linha e nível baixo em
sua coluna. Realize as ligações a seguir.
CD4511 CD4511
MATRIZ DE PONTOS
GND
11. Ajuste o potenciômetro de 1K para cerca de metade do seu curso (ele será
nosso ajuste de brilho da matriz. Aplique nível alto em um dos geradores de nível
lógico e a coluna correspondente deve acender integralmente, pois todas as linhas
estão ligadas ao terra.
Experiência 6: Flip-flops
Objetivo
Verificar o funcionamento de diversos tipos de flip-flops;
Montar e testar circuitos com flip-flops de tipos diferentes.
Material utilizado
Bastidor LEG2000
Módulo MED55 – Flip-flop
Cabos banana
Introdução
Até este momento, todas as aplicações que estudamos são formadas por circuitos
eletrônicos digitais que conhecemos como: circuitos combinacionais. Você pode
estar pensando o que ULAs, portas lógicas e decodificadores têm em comum, bem
eles têm em comum que cada saída é determinada por uma combinação específica
das entradas, por isso circuito combinacional.
Q
R S Saída Futura (Qn+1)
0 0 Saída Anterior (Qn)
CLK
0 1 0
1 0 1
Q 1 1 Não Permitido
Nota: Quando ambas as entradas estão em nível alto, ambas as saídas irão para
nível alto também, o que é uma violação da condição que uma saída deve ser o
inverso da outra. Por isso, esta combinação de entradas não deve ser utilizada.
Talvez você esteja pensando, mas uma porta lógica qualquer também possui dois
estados estáveis, uma porta E, por exemplo, com suas entradas em 1 ela manterá
sua saída em nível 1, com uma das entradas em 0, sua saída ficará em zero. Mas
não é bem isso que queremos dizer, quando afirmamos que um circuito possui dois
estados estáveis, queremos dizer que existe uma combinação de entradas que
manterá o estado atual da saída, seja ele qual for (para o caso do flip-flop RS esta
combinação é quando ambas as entradas estão em nível baixo). Note que isto não
é possível em um circuito digital onde não há realimentação. É esta característica
que faz do flip-flop um circuito especial, ele é capaz de memorizar o estado de uma
saída, sendo a base para construção de qualquer memória.
Outra característica, presente na grande maioria dos flip-flops, é uma entrada para o
sinal de clock. O sinal de clock confere sincronia a transição do flip-flop, fazendo
com que a saída só seja atualizada (de acordo com os estados das entradas)
quando este sinal está ativo, no caso do flip-flop RS isto ocorre quando CLK está
em nível alto. Mas existem flip-flop que reagem apenas à bordas do sinal de clock,
isto é, a saída é atualizada apenas quando o clock transita de um estado para outro.
Estes flip-flop podem ser sensíveis a bordas de subida, apenas atualizam as saídas
em transições do tipo Baixo -> Alto do clock, ou a bordas de descida, respondendo
a transições do tipo Alto -> Baixo do clock. Iremos explorar alguns tipos de flip-flops
ao longo deste ensaio.
Procedimento
Nesta experiência iremos estudar variados tipos de flip-flops, levantar suas tabelas
funcionais e discutir suas aplicações.
Exemplo de aplicação:
Flip-flops estão presentes em qualquer circuito seqüencial, sendo o elemento
constituinte de contadores, timers, registradores de deslocamento, memórias, para
citar algumas de suas aplicações.
Nota: Para sua maior segurança, realize estas ligações com o conjunto didático
desligado.
+5V
R Q
CLK
1K S Q
3. Vamos agora levantar a tabela da verdade deste flip-flop. Lembre-se que a cada
alteração dos estados das entradas R e S, é necessário dar um pulso de clock para
atualizar as saídas:
R S ̅̅̅̅
0 0
0 1
1 0
1 1
X X 1 0
X X 0 1
0 0 0 0
0 1 0 0
1 0 0 0
1 1 0 0
D
J Q D Q
CLK CLK
K Q Q
10. Vamos agora levantar a tabela da verdade deste flip-flop. Lembre-se que a cada
alteração dos estados da entrada D, é necessário dar um pulso de clock para
atualizar as saídas:
X 0 1
X 1 0
0 0 0
1 0 0
Objetivo
Montar um contador assíncrono, utilizando flip-flops JK, de 3 estágios;
Estudar e discutir as principais características deste tipo de circuito.
Material utilizado
Bastidor LEG2000
Módulo MED70 – Contador Assíncrono
Cabos banana
Osciloscópio
Introdução
Uma das principais aplicações dos flip-flops é na construção de circuitos
contadores, isto é, circuitos com uma ou mais saídas, cujo estado destas é alterado
mediante a aplicação de um sinal de clock. Cada estado possível das saídas
representa um valor da contagem e dizemos que o número de estados existentes é
o módulo da contagem ou do contador. Assim um contador decimal de 0 a 9,
extremamente comum, é um contador de módulo 10 (apresenta 10 estados
possíveis de contagem) e valores de contagem 0, 1, 2, ..., 9.
Nesta figura, temos um contador assíncrono de três estágios, ou seja, composto por
três flip-flops. Note que cada flip-flop é sensível a borda de descida no clock, como é
comum em contadores assíncronos e que ambas as entradas J e K estão ligadas
em nível 1, ou seja, ele está em sua configuração de flip-flop T. Dessa forma cada
transição de 0->1 do clock provoca alteração do estado da saída do flip-flop 0,
sendo que a cada transição 0->1 da saída Q0 deste flip-flop provoca alteração do
estado do próximo flip-flop e assim por diante. É possível também utilizar flip-flops
sensíveis a borda de descida para construir um contador, neste caso, interliga-se a
saída barrada de um flip-flop à entrada de clock do próximo flip-flop. A seguir temos
a carta de tempo exibindo a mudança de estado de cada flip-flop.
Procedimento
Nesta experiência iremos construir um contador assíncrono de três estágios.
Exemplo de aplicação:
Com mais estágios, este contador poderia ser utilizado em roletas de acesso, para
contar o número de pessoas que entram em um estabelecimento.
Nota: Para sua maior segurança, realize estas ligações com o conjunto didático
desligado.
2. Note na figura acima que a entrada de clock do flip-flop 0 (CLK0) está ligada a um
gerador de nível lógico. Altere o estado deste gerador e indique o que ocorre para
cada transição (0->1 e 1->0) e explique o por que:
5. Altere mais uma vez a entrada de clock do contador, ligando a entrada CLK0 ao
gerador de 1KHz presente no bastidor.
7. Com base nas suas observações do item anterior, descreva qual a relação entre
as freqüências dos sinais medidos:
Ainda com dados do manual, o valor de tPHL típico é de 175ns. Verifique esta
informação medindo, com auxílio de um osciloscópio, o atraso existente entre a
borda de descida do clock e a alteração de estado da saída Q2. Qual o valor obtido?
11. O que pode ser feito para contornar este problema, quando as freqüências de
clock forem tais, que o atraso de propagação passa a ser relevante?
Objetivo
Montar um contador síncrono up/down binário e código gray;
Estudar e discutir as principais características deste tipo de circuito.
Material utilizado
Bastidor LEG2000
Módulo MED30 – Contador Síncrono
Cabos banana
Osciloscópio
Introdução
No ensaio anterior estudamos os contadores assíncronos e verificamos que nesta
arquitetura, temos flip-flops ligados em cascata, o que leva a existência de um
atraso na propagação do clock cumulativo. Pois bem, existe outra arquitetura de
contador que emprega outra estratégia, contornando este problema do acúmulo dos
atrasos de propagação, o contador síncrono. Neste modelo de contador, todos os
flip-flops recebem o sinal de clock simultaneamente.
Circuito Combinacional
T Q T Q T Q T Q
Q Q Q Q
Clock
Procedimento
Nesta experiência iremos construir um contador síncrono up/down binário e em
seguida adaptá-lo para uma contagem em código Gray.
Exemplo de aplicação:
Contadores podem ser aplicados em temporizadores, relógios, contadores de
eventos, máquinas de estado, freqüencímetros, para citar algumas das aplicações.
Nota: Para sua maior segurança, realize estas ligações com o conjunto didático
desligado.
2. Note que este contador possui 4 entradas digitais (D0 a D3), que permitem que
você pré-carregue o valor inicial da contagem. Para isso, basta ajustar os valores
desejados nas entradas, utilizando os geradores de nível lógico, e dar um pulso em
nível baixo no sinal de LOAD. Faça este teste e descreva o que ocorre
3. Agora observe que este contador possui dois sinais de clock, COUNTUP e
COUNTDOWN. Realize algumas transições nestes sinais de clock (sempre um de
cada vez) e descreva qual a função deles e a qual borda eles são sensíveis:
6. Vamos agora utiliza o código Gray, para isso realize as ligações como mostrado a
seguir:
Objetivo
Montar um circuito com registrador de dados (Latch);
Montar um circuito com buffer bidirecional tri-state;
Estudar e discutir as principais características destes tipos de circuito.
Material utilizado
Bastidor LEG2000
Módulo MED15 – Latch e Buffer
Cabos banana
Multímetro
Introdução
Além dos contadores, outra aplicação bastante difundida dos flip-flops são os
registradores, ou também conhecidos como Latch. Estes dispositivos são capazes
de armazenar um conjunto de bits e são freqüentemente encontrados em circuitos
digitais e sistemas microcontrolados, em diferentes tamanhos, sendo que os mais
comuns são de 8 e 16 bits.
D Q D Q D Q D Q
Q Q Q Q
IN 3 IN 2 IN 1 IN 0
poderiam ser sensíveis à borda de descida, ou mesmo a nível alto ou baixo), o valor
existente nas entradas é capturado por cada flip-flop, e transferido para sua
respectiva saída. A partir deste instante, mudanças nos sinais presentes na entrada
não provocam nenhuma alteração nas saídas, a menos que um novo pulso de clock
seja aplicado.
Imagine, por exemplo, uma chave de 3 posições como mostrado na figura a seguir.
Quando esta chave está na primeira posição, temos em seu contado comum uma
tensão de 5V, que geralmente representa o nível lógico 1, quando ela está na
terceira posição, temos em seu contato comum uma tensão de 0V, que geralmente
representa o nível 0. Mas e quando esta chave está na posição central? Bem, note
que nesta situação ela não está conectada a nada, ou seja, ela está aberta ou
flutuante, este é o estado tri-state ou Z.
+5V
1
Comum
2
3
Ele é vital quando temos de interligar várias saídas digitais. Por exemplo, imagine
que um processador receba dados de diferentes dispositivos, entre eles uma
memória (onde estão informações e o programa a ser executado) e uma interface
de teclado, que captura a tecla digitada pelo usuário. Em geral o processador
apresenta um único barramento de dados, então estes dois dispositivos terão de
compartilhar o mesmo barramento, conforme mostrado na figura a seguir. Se
simplesmente interligarmos a saída dos dois dispositivos, teremos colisão de
informação. A memória pode, por exemplo, querer transmitir um byte 0110 0111 ao
processador, enquanto que a interface de teclado quer sinalizar que a tecla
pressionada pelo usuário é a de valor 0000 1000. Perceba que existem bits com
valores distintos, o que significa que estamos interligando saídas que estão em nível
0 (0V), com saídas que estão em nível 1 (5V), em resumo estamos colocando sinais
em curto-circuito, e como você pode imaginar isso não é nada bom.
Processador
Hab. Memória
Interface
de Teclado
Para interligarmos estas saídas, devemos ser capazes de determinar quem pode
acessar o barramento, colocando algum elemento que seja capaz de permitir ou
bloquear a passagem da informação, de acordo com sinais de controle enviados
pelo processador. No desenho anterior, representamos este elemento que controla
o fluxo da informação como uma chave que abre ou fecha de acordo com o sinal de
habilitação fornecido pelo processador. Assim, quando o processador deseja ler a
memória, habilita apenas a “chave superior”, quando quer ler a interface de teclado,
habilita apenas a “chave” inferior; resolvendo o problema da colisão de informações
no barramento.
Esta “chave” que indicamos no diagrama é justamente o buffer tri-state. Seu símbolo
convencional é mostrado a seguir e é praticamente auto-explicativo. Quando existe
um sinal de habilitação em H, ele permite a passagem da informação de A para S,
caso contrário, sua saída S fica aberta, ou em tri-state. Note que sem símbolo
lembra o símbolo da porta NÂO, porém, a inexistência da bolinha na saída indica
que não ocorre inversão do valor da entrada, por isso, às vezes o buffer é chamado
de porta não-inversora.
H
A S
A S
H2
Procedimento
Nesta experiência iremos montar um circuito digital com um registrado de 8 bits e,
em seguida, com um buffer tri-state bidirecional.
Exemplo de aplicação:
Registradores e buffers são elementos constituintes de processadores,
microcontroladores, memórias, etc. Os primeiros, retendo a informação, e os
segundos arbitrando sobre o fluxo desta informação.
Nota: Para sua maior segurança, realize estas ligações com o conjunto didático
desligado.
3 Agora continue, altere o estado das entradas, mantendo OE=0 e LE=1. O que
ocorre? O pino LE, ou Latch Enable (habilitação do Latch), corresponde ao clock
dos flip-flops D que compõem o registrador. Com base nesta informação, você diária
que os flip-flops que compõem o gerador são sensíveis a borda ou a nível?
4. Agora coloque o sinal OE (Output Enable, ou, habilitação das saídas) em nível
alto. O que ocorre? Caso você desejasse interligar as saídas de dois registradores
deste tipo, seria necessário utilizar um buffer tri-state?
5. Com base nas suas observações anteriores, qual seria uma possível aplicação
deste registrador?
6. Vamos agora utilizar o buffer bidirecional, para isso, realize as ligações como
mostrado a seguir.
Objetivo
Montar um circuito com registrador de deslocamento;
Estudar e discutir as principais características deste tipo de circuito.
Material utilizado
Bastidor LEG2000
Módulo MED60 – Registrador de Deslocamento
Cabos banana
Introdução
Outro circuito muito interessante construído com flip-flops é o registrador de
deslocamento (também conhecido por seu nome em inglês, shift-register). Neste
circuito, flip-flops tipo D são ligados em cascata, conforme mostrado na figura a
seguir, sendo que todos eles compartilham o mesmo clock. Assim, quando o sinal
de clock é aplicado (no caso do desenho, os flip-flops são sensíveis a borda de
subida), o valor presente na saída do flip-flop 0 passa para a saída do flip-flop 1, o
valor na saída do flip-flop 1 passa para saída do flip-flop 2, e assim por diante. E o
primeiro flip-flop, passa a ter em sua saída o valor que estava presente na entrada
do registrador de deslocamento.
OUT 0 OUT 1 OUT 2 OUT 3
Entrada
D Q D Q D Q D Q
Q Q Q Q
Clock
Uma das muitas aplicações possíveis com este tipo de circuito é a conversão serial-
paralela. Imagine que temos o trem pulso mostrado abaixo, transmitido em conjunto
com o sinal de clock mostrado, ao nosso registrador de deslocamento de quatro
bits.
1 1
0 0
1ª 2ª 3ª 4ª
Observando o estado das saídas do registrador logo após a chegada de cada borda
de clock temos os mostrado a seguir:
1ª Borda: X X X 0 Entrada=0
2ª Borda: X X 0 1 Entrada=1
3ª Borda: X 0 1 1 Entrada=1
4ª Borda: 0 1 1 0 Entrada=0
Assim, a informação antes que estava na forma serial, em um trem de pulsos, após
as quatro bordas está disponível de forma paralela nas saídas do registrador de
deslocamento.
Procedimento
Nesta experiência iremos montar um circuito digital com um registrado de
deslocamento de 8 bits.
Exemplo de aplicação:
Registradores de deslocamento são utilizados em conversores serial-paralelo e
paralelo-serial, que são um elemento importante em qualquer transmissão serial de
informação como ocorre nas interfaces USB, Ethernet e Serial do computador.
Nota: Para sua maior segurança, realize estas ligações com o conjunto didático
desligado.
5 Agora considere que D0 é a saída mais significativa. Qual o valor presente nas
saídas? O sentido de rotação é alterado com esta consideração?
7. Com base nas suas observações anteriores, qual seria uma possível aplicação
prática deste registrador?
Objetivo
Montar um circuito com decodificador BCD-Decimal;
Montar um circuito com decodificador Decimal-BCD;
Estudar e discutir as principais características deste tipo de circuito.
Material utilizado
Bastidor LEG2000
Módulo MED65 – Decodificadores BCD <-> Decimal
Cabos banana
Introdução
Até vimos uma considerável variedade de circuitos digitais combinacionais e
seqüenciais, que realizam algumas funções bastante interessantes. Ainda com este
propósito, iremos estudar neste ensaio uma classe de circuitos combinacionais
bastante utilizada no projeto de sistemas microprocessados ou microcontrolados, os
decodificadores.
0 D3 Q9 0
1 D2 Q8 0
1 D1 Q7 0
0 D0 Q6 1
Q5 0
Q4 0
Q3 0
Q2 0
Q1 0
Q0 0
De acordo com o valor aplicado à suas entradas, uma de suas saídas é ativada.
Então, no exemplo mostrado na figura, foi aplicado as entradas o valor 0110, que
corresponde ao decimal 6, portanto a saída 6 é ativada. Como este decodificador
utilizado no exemplo possui 10 saídas (Q0 a Q9), o valor presente nas entradas
deve estar entre 0 e 9, ou seja, um dígito BCD, por isso ele conhecido como
decodificador BCD-Decimal. Neste caso, valores acima de 9, não acionaram
nenhuma saída. Mas existem muitos outros tipos de decodificadores, por exemplo, o
decodificador Binário-Octal, que possui 3 entradas e 8 saídas (Q0 a Q7), ou o
Binário-Hexa, com 4 entradas e 16 saídas (Q0 a Q15).
Também existe o decodificador que realiza a operação inversa, isto é, ele possui
uma série de entradas, e dependendo de qual entrada encontra-se com nível alto,
um valor numérico é apresentado em suas saídas. Supondo então um conversor
Decimal-BCD como no exemplo da figura a seguir, se sua entrada I3 está ativa,
então o valor 0011 é disponibilizado nas saídas.
0 I9 Q3 0
0 I8 Q2 0
0 I7 Q1 1
0 I6 Q0 1
0 I5
0 I4
1 I3
0 I2
0 I1
0 I0
Procedimento
Nesta experiência iremos montar um circuito com decodificador BCD-Decimal e, em
seguida, um circuito com decodificador Decimal-BCD.
Exemplo de aplicação:
Decodificadores são muito utilizados na interface entre processadores e
microcontroladores e seus periféricos.
Nota: Para sua maior segurança, realize estas ligações com o conjunto didático
desligado.
2. Note que ligamos cada uma das saídas a um LED do bastidor, e as entradas, a
geradores de nível lógico. Faça diversas combinações de entrada, reproduzindo
valores binários entre 0 e 9, e veja para uma delas, qual saída é ativada. Qual a
relação entre entradas e saídas?
6. Note que como contamos apenas com 10 geradores de nível lógico no bastidor,
as duas entradas mais significativas foram aterradas. Ativando apenas uma única
entrada por vez, descreva o que ocorre com as saídas.
7. Agora ative duas entradas de uma vez, o que ocorre com a saída?
8. Com base nas observações do item anterior, descreva qual seria um possível
problema de utilizar um decodificador deste tipo para a leitura de teclas que são
pressionados por um usuário.
Objetivo
Montar um circuito com uma memória RAM;
Estudar e discutir as principais características deste tipo de circuito.
Material utilizado
Bastidor LEG2000
Módulo MED40 – Memória RAM
Cabos banana
Introdução
Outro circuito digital de extrema importância, principalmente na construção de
circuitos que realizam algum tratamento de informação, utilizando processadores ou
microcontroladores, é a memória. Nestes circuitos, a memória é utilizada não só
para armazenar os dados a serem processados, e os resultados obtidos, mas
também o próprio programa a ser executado pelo processador ou microcontrolador.
Desde sua origem, duas famílias de memórias têm coexistido, com características
particulares que as fazem adequadas para aplicações diferentes. A primeira família
inicia-se com as memórias ROM (Read Only Memory – Memória Apenas de
Leitura). Estas memórias, como o nome sugere, apenas podiam ser lidas, uma vez
que sua gravação era feita fisicamente durante o processo de fabricação do
semicondutor, e não podia ser mais alterada. Esta memória era utilizada
principalmente para armazenar o programa a ser executado pelo processador ou
microcontrolador, o que conhecemos como firmware. Porém, como podemos
imaginar, uma série de limitações permeava seu uso. Primeiro, porque sua
fabricação apenas era financeiramente viável em grandes volumes, e envolvia um
demorado período de fabricação, o que tornava seu uso impraticável para o
desenvolvimento dos programas (que como sabemos, envolvem inúmeras
operações de alteração do programa, testes do novo programa e novas alterações).
Além disso, a atualização do software de um dispositivo, ou manutenção de uma
memória defeituosa, envolvia a troca do dispositivo; uma tarefa que exige algum
conhecimento técnico para ser realizada, ou seja, a atualização de firmware que
estamos freqüentemente acostumados quando lidamos com celulares, vídeo-
Memória 32K x 8
A0 CS
A1
A2 OE
Barramento Endereços
A3
A4 WR
A5
A6
A7 D0
Barramento Dados
A8 D1
A9 D2
A10 D3
A11 D4
A12 D5
A13 D6
A14 D7
Procedimento
Nesta experiência iremos utilizar um circuito digital contendo uma memória RAM,
para armazenar dados que serão inseridos através de geradores de níveis lógicos.
Exemplo de aplicação:
As memórias RAM são dispositivos extremamente comuns em circuitos digitais que
realizam algum tipo de tratamento de informação, sendo periféricos importantes
para microprocessadores e microcontroladores, tanto que muitos destes dispositivos
possuem integrados em sua pastilha uma porção de memória RAM, para
armazenamento rápido dos dados sendo tratados.
Nota: Para sua maior segurança, realize estas ligações com o conjunto didático
desligado.
Note que pelo diagrama acima, o dado deve permanecer válido durante as
bordas de subida de WR e CS, de qualquer forma, para evitarmos erros de
gravação, manteremos o dado estático durante todo o ciclo de gravação (que se
inicia com CS transitando para 0, e termina com CS e WR retornando a nível 1).
4. Agora que sabemos como gravar um dado, vamos preencher seus endereços 0-F
com valores de nossa escolha. Registre na tabela abaixo, na coluna “Dado
Gravado”, os valores gravados em cada endereço para referência nos passos
seguintes:
0000 0
0001 1
0010 2
0011 3
0100 4
0101 5
0110 6
0111 7
1000 8
1001 9
1010 10
1011 11
1100 12
1101 13
1110 14
1111 15
9. Com base nas observações do item anterior, tem explicar por que a memória
RAM é tão utilizada apesar da volatilidade? Não seria melhor empregar memórias
Flash EPROM ou E2PROM em seu lugar?
Objetivo
Montar um circuito com um conversor D/A do tipo R-2R
Estudar e discutir as principais características deste tipo de circuito.
Material utilizado
Bastidor LEG2000
Módulo MED25 – Conversor D/A
Multímetro e cabos banana
Introdução
Até este ponto de nosso estudo da eletrônica digital, vimos uma vastidão circuitos
que realizam uma série de operações, todas elas em âmbito digital. Isto é, onde
cada sinal pode apresentar dois níveis lógicos distintos (0 ou 1), representados por
valores de tensão específicos (conforme vimos nos primeiros ensaios), e que
geralmente são convencionados como 0V e 5V, respectivamente. Muito embora, em
âmbito digital possamos realizar uma grande gama de operações de cunho
aritmético e lógico – o que forma a base do processamento de dados, muitas vezes
desejamos que os resultados destas operações fossem levados ao mundo
analógico.
Um exemplo imediato é som. Atualmente, com os avanços dos filtros digitais, novos
padrões para a codificação e compressão de som (como o MP3), além da difusão
das comunicações digitais (com transmissão de voz em meios intrinsecamente
digitais), o som é geralmente tratado, armazenado e transmitido em formato digital.
Porém, para que ele seja reproduzido é necessário que ele volte ao formato
analógico. Para isso são empregados os Conversores Digitais–Analógicos,
abreviados como Conversores D/A, que utilizaremos neste experimento.
D0
D1 Conversor D/A
Saída
D2 4 bits
D3
Embora estes conversores D/A trabalhem com entradas em padrão binário, não
significa que uma entrada 0001b, correspondente ao decimal 1, produz uma saída
de 1V, e que uma entrada 0010b, correspondendo ao decimal 2, leva a uma saída
de 2V. Isso porque existe um fator de escala, ou seja, a saída de um conversor D/A
é sempre proporcional a valor numérico da entrada, mas não necessariamente o
mesmo valor em volts. O valor na saída de um conversor D/A geralmente é
calculado a partir da tensão de referência, que é justamente o maior valor de tensão
que pode haver na saída do conversor e que muitas vezes corresponde à própria
tensão de alimentação do conversor. A fórmula é bastante simples:
Assim por exemplo um conversor D/A de 4 bits, alimentado com 5V, e cuja entrada
está com o valor 0010b, terá o seguinte valor de saída:
5
Valor da Saída (V)
3
Saida Conv. 4Bits
2 Saida Conv. 8Bits
0 166
100
111
122
133
144
155
177
188
199
210
221
232
243
254
1
45
12
23
34
56
67
78
89
Valor da Entrada
Porém, a informação nem sempre se encontra com uma maior quantidade de bits e,
além disso, quanto maior a resolução, mais complexo o conversor. A figura a seguir,
mostra o diagrama de um circuito muito empregado para realizar a conversão
digital-analógica, a malha R-2R, o qual será estudado neste ensaio. Este circuito
recebe este nome, pois é construído com resistores de valores R (um valor qualquer
arbitrário, preferencialmente da ordem de alguns milhares de ohms) e seu dobro,
2R.
É relativamente simples demonstrar que a saída é dada por (faça como exercício):
Procedimento
Nesta experiência iremos utilizar um conversor D/A, construído com malha R-2R,
para converter valores digitais em analógico.
Exemplo de aplicação:
Os conversores D/A estão presentes sempre que um circuito digital deve possui
alguma interface com o mundo analógico, como ocorre em placas de som,
tocadores de MP3, celulares, etc., para converter o áudio, geralmente armazenado
e transmitido em formato digital, em valores analógicos reproduzidos pelo alto-
falante.
Nota: Para sua maior segurança, realize estas ligações com o conjunto didático
desligado.
2. Note que ligamos a entrada do nosso conversor D/A aos geradores de nível
lógico. Além disso, perceba que o circuito é um pouco diferente daquele mostrado
na introdução teórica, isto porque ele possui um amplificador operacional na saída.
Porém, a função deste amplificador é atuar apenas como buffer de corrente,
16
32
64
128
129
132
136
144
160
192
193
200
208
216
232
255
Objetivo
Montar um circuito com um conversor A/D
Estudar e discutir as principais características deste tipo de circuito.
Material utilizado
Bastidor LEG2000
Módulo MED45 – Conversor A/D
Multímetro
Cabos banana
Introdução
No ensaio anterior estudamos um determinado tipo de circuito capaz de converter
um conjunto de bits, representando um valor numérico, em um valor de tensão.
Durante este ensaio, você provavelmente deve ter se perguntado se é possível
realizar o processo inverso, isto é, se é possível transformarmos um determinado
nível de tensão, em um valor numérico representado por um conjunto de bits. A
resposta como você deve imaginar é sim, e esta tarefa é realizada pelo conversor
A/D, abreviação de conversor Analógico-Digital.
valor de tensão que pode ser aplicado à sua entrada), terá um degrau equivalente a
5÷24=0,3125. Um conversor A/D de 8bits, utilizando a mesma tensão de referência,
teria um degrau igual 5÷28=0,01953, 16 vezes menor. Mas na prática o que isto
significa? Vejamos como os conversores se comportariam quando a eles fossem
aplicados um sinal de 0,1V (assumindo que eles converteriam para o valor binário
mais próximo)
Este erro calculado acima é conhecido como erro de quantização, que consiste no
erro introduzido pela conversão analógica-digital pela aproximação do valor real, ao
valor numérico mais próximo disponível. Percebemos claramente acima, que o
conversor A/D de 8bits, possui menor erro de quantização.
A aproximação sempre para valores superiores é uma das críticas a este circuito.
Outra é o tempo variável que uma conversão demora. Se o valor analógico de
entrada for pequeno, a rampa logo o supera e a conversão termina. Por outro lado,
se ele for próximo a Vref, a conversão demorará mais, já que a rampa atingirá este
valor, apenas próximo do fim da contagem. Estas limitações levaram ao surgimento
de outras arquiteturas, como aquela utilizada pelo conversor que estudaremos neste
ensaio, a conversão por aproximações sucessivas.
SOC EOC
D0
Conversor A/D D1
Entrada
4 bits D2
D3
Procedimento
Nesta experiência iremos utilizar um conversor A/D, baseado em um circuito
integrado bastante difundido, o ADC0809.
Exemplo de aplicação:
Os conversores A/D são elementos essenciais na interface com o mundo analógico,
permitindo que valores oriundos de sensores e transdutores, sejam digitalizados,
para que possam ser tratados, armazenados ou transmitidos em meios digitais.
Assim, podem ser encontrados em aparelhos celulares, placas de captura de som
ou vídeo, controladores lógicos programáveis, entre outros.
Nota: Para sua maior segurança, realize estas ligações com o conjunto didático
desligado.
0,5
1,5
2,5
3,5
4,5
9. De acordo com sua resposta do item anterior, explique como isto pode afetar a
conversão, e como isso pode ser corrigido.
Objetivo
Montar um circuito com Mux e Demux
Estudar e discutir as principais características deste tipo de circuito.
Material utilizado
Bastidor LEG2000
Módulo MED10 – Conversor A/D
Multímetro
Cabos banana
Introdução
No ensaio anterior trabalhamos com um conversor A/D que possuía 8 entradas
analógicas, será que este conversor consistia na realidade de 8 conversores A/D de
1 canal, cada um ligado a uma entrada? A resposta é não, a menos que a fabricante
do chip não estivesse preocupada com custos, o que não é uma verdade. Aquele
conversor A/D que utilizamos continha internamente um único conversor A/D de 1
canal, ligado a um multiplexador de 8 canais.
seleção, mas note que se houvessem apenas 4 entradas, apenas dois sinais seriam
necessários (22 = 4).
E0
Saída
E1
Procedimento
Nesta experiência iremos construir um circuito com um multiplexador e um
demultiplexador.
Exemplo de aplicação:
Os mux e demux podem ser utilizados onde quer que o chaveamento de múltiplos
pontos para um ponto único seja necessário, como por exemplo, em PABX (ligando
vários ramais a uma única linha externa), em conversores A/D e D/A, para permitir
que um mesmo circuito de conversão seja utilizado para várias entradas/saídas,
entre outros.
Nota: Para sua maior segurança, realize estas ligações com o conjunto didático
desligado.
5. Agora coloque o sinal INH em nível alto, o que ocorre? Para que serve este sinal?
6. Vamos tornar esta experiência mais interessante, ligando mux e demux conforme
mostrado a seguir:
Nota: Para sua maior segurança, realize estas ligações com o conjunto didático
desligado.
7. Note que os sinais de seleção e INH do mux e demux estão interligados, ou seja,
a seleção feita para o mux, também valerá para o demux. Pois bem, conecte um
multímetro a primeira saída do demux e, em seguida, varie os sinais de seleção
como na tabela abaixo, preenchendo o estado dos LEDs e multímetro a cada
seleção.
000
001
010
011
100
101
110
111
000
001
010
011
100
101
110
111
9. De acordo com suas observações acima, o que você pode concluir? É possível
fazer a distinção entre mux e demux?
9. Uma forma de aproveitar melhor o meio físico, transmitindo-se vários sinais pelo
mesmo meio é conseguida através da multiplexação TDM. Pesquise como ela
funciona e descreva abaixo de maneira sucinta.