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COMBATE AO CISALHAMENTO
RESUMO
Com o avanço das técnicas da construção civil, o uso de lajes treliçadas teve um
grande crescimento, no entanto, existem poucos estudos sobre a mesma. A fim
de obter características técnicas da armadura diagonal das treliças para analisar
sua influência no combate ao cisalhamento, foi realizado experimento prático
com 16 elementos de laje treliçada, sendo 8 elementos com altura de 13 cm,
destes, 4 permaneceram com as armaduras diagonais e 4 tiveram as armaduras
diagonais retiradas, e os outros 8 elementos com altura de 17 cm, onde 4
permaneceram com as armaduras diagonais e 4 tiveram as armaduras diagonais
retiradas. Para a realização do experimento, foi feito um estudo que garantia o
rompimento dos corpos de prova por cisalhamento, sendo acrescidas barras
longitudinais que reforçaram o elemento quanto ao rompimento por flexão. Após
os rompimentos, fez-se uma análise a partir do teste T de Student, onde se
conclui que o uso das diagonais para treliças TR08644 contribui em 16% para o
combate ao cisalhamento e nas treliças TR12645 não existe essa contribuição,
logo, acredita-se que essa diferença se dê pela variação da altura e inclinação
das diagonais de treliças pré-moldadas.
francielledutra90@hotmail.com
3 Acadêmico do Curso de Engenharia Civil da Universidade Vale do Rio Doce; E-mail:
guizaosouza.civil@gmail.com
4 Acadêmico do Curso de Engenharia Civil da Universidade Vale do Rio Doce; E-mail:
jhemersonlucas@hotmail.com
5 Acadêmico do Curso de Engenharia Civil da Universidade Vale do Rio Doce; E-mail:
lorenaaredes.eng@gmail.com
6 Orientadora Professora do curso de Engenharia Civil da Universidade Vale do Rio Doce; E-
mail: dayane.ferreira@univale.br
7Co-orientador Professor do Instituto Federal de Minas Gerais; E-mail:
heristonrodrigues@hotmail.com
1
Palavras-chave: Laje treliçada. Cisalhamento. Armadura diagonal.
1 INTRODUÇÃO
“As lajes nervuradas são lajes moldadas no local ou com nervuras pré-
moldadas, cuja zona de tração para momentos positivos esteja
localizada nas nervuras entre as quais pode ser colocado material
inerte”. (NBR 6118, 2014).
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redução de aço e menor peso próprio. Com isso, a análise da influência das
diagonais, justifica-se pela otimização do sistema caso haja uma contribuição no
combate ao cisalhamento, visto que a possibilidade de considerar as diagonais
para efeito de cálculo, poderia reduzir ainda mais o consumo de aço.
2 MATERIAIS E MÉTODOS
TR08-A 4 SIM
TR08644
TR08-B 4 NÃO
TR12-A 4 SIM
TR12645
TR12-B 4 NÃO
Fonte: Autores
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submersa e 4 foram curados com areia, água e lona, a fim de obter os dados
diferenciais em sua resistência devido ao tipo de cura. No fluxograma, encontra-
se o procedimento estudado e executado para o desenvolvimento prático.
Estudo e definição dos Divisão dos grupos de Confecção das fôrmas para
protótipos. treliças. os corpos de prova.
4
Figura 2: Esquema estático.
Fonte: Melo, 2003
Cada forma comportou 04 corpos de prova, tendo seu tamanho final com
168x100 cm. Em cada forma utilizou-se 03 chapas de zinco com 0,42 mm de
espessura, com a função de separar os elementos de laje treliçada sem
comprometer suas características finais, conforme Figura 4.
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agressividade moderada tipo urbano, pequeno risco de deterioração, e o
cobrimento nominal com tolerância de execução de 10 mm, ficando definido um
cobrimento de 25 mm para laje de estrutura de concreto armado. A Figura 5
mostra a armação das treliças com a armadura adicional de flexão.
Barra adicional de 10 mm
6
Figura 6: Fôrmas dos corpos de prova para concretagem
Fonte: Autores
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2.2 METODOLOGIA DE ENSAIO NO CORPO DE PROVA
8
A formulação para este ensaio assume que existe um estado de flexão
pura, como pode ser visto no diagrama de esforço cortante da Figura 8, ou seja,
entre os roletes só existe momento fletor desconsiderando quaisquer outras
tensões que possa a vir do fato que exista carregamento concentrado agindo
sobre o corpo.
Para este ensaio, é importante induzir o rompimento por cisalhamento do
corpo de prova, portanto, caso ocorresse o rompimento na zona de flexão pura,
a amostra seria descartada, pois o rompimento se daria por flexão e não por
cisalhamento.
Os corpos de prova foram ensaiados no Laboratório de Ensaios
Mecânicos: Univale, e submetidos ao ensaio de flexão a quatro pontos. Os
elementos treliçados foram apoiados sob um pórtico metálico e a carga foi
aplicada através de um cilindro hidráulico com capacidade de 100 toneladas.
Através de um perfil metálico, essas cargas foram transferidas, passando por
roletes para dois pontos da viga, distantes a 22 cm do eixo de cada apoio,
conforme esquema estático apresentado na Figura 3. A Figura 9 apresenta o
detalhamento da montagem e da prensa.
9
Inicialmente foram levadas à prensa as amostras com as treliças TR08644
do grupo A (com diagonal) e posteriormente as amostras do grupo B (sem
diagonal). Em seguida foram ensaiadas as treliças TR12645 do grupo A, e logo
após as amostras do grupo B. Os resultados obtidos em toneladas foram
anotados para cada amostra. Em todos os ensaios, foi obtido o rompimento por
cisalhamento como esperado, como pode ser visto na Figura 10, o exemplo da
fissura obtida, tendo este ocorrido entre e o apoio e o rolete, na zona de tensão
cisalhante.
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
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resistência à compressão dos corpos de prova, foram realizados após 28 dias
da concretagem. Teve-se no total 8 corpos de prova, os quais foram divididos
em grupos de 4 componentes cada. O grupo A corresponde aos corpos de prova
que tiveram a cura com areia e lona, e o grupo B corresponde à cura submersa.
Observa-se na Tabela 2 a carga de rompimento por compressão de cada corpo
de prova de acordo com o tipo de cura utilizado.
Fonte: Autores
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Tabela 3: Carga de Rompimento TR08644
Fonte: Autores
Fonte: Autores
Fonte: Autores
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Tabela 6: Ângulo de inclinação das diagonais de compressão da
TR12645
Fonte: Autores
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média da carga de rompimento na Tabela 4. Para a treliça TR08644 obteve-se
um ganho de 16%, como se pode observar pela média da carga de rompimento
na Tabela 3.
Utilizou-se o método estatístico t de Student para analisar o teste
hipotético. Os resultados obtidos para o grupo com treliças TR12645 e TR08644
podem ser observados na Tabela 7 e Tabela 8, respectivamente. Sendo o X a
média amostral, S o desvio padrão e N a quantidade de amostras em cada grupo.
Ao grau de significância de 5% não se pode dispensar a hipótese nula, que
sugere que os resultados obtidos no grupo de controle são iguais ao resultado
do grupo tratado, uma vez que os resultados do Valor-p para treliças TR12645 e
TR08644 foram de 90% e 20%.
TR12645
Com Diagonal Sem Diagonal
X 11,23 11,23
S 2,10 1,33
N 4,00 4,00
t 0,00
Valor-p 90%
Fonte: Autores
TR08644
Com Diagonal Sem Diagonal
X 10,14 8,71
S 1,43 1,09
N 4,00 4,00
t 1,58
Valor-p 20%
Fonte: Autores
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4 CONCLUSÃO
ABSTRACT
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AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS
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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NM 67: determinação
da consistência pelo abatimento do tronco de cone: concreto. Rio de Janeiro
1998.
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