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O documento analisa as diferenças entre a liberdade dos antigos e dos modernos descritas por Benjamim Constant, comparando as características políticas de sociedades antigas como Lacedemônia, Gauleses, Roma e Atenas com as sociedades modernas.
O documento analisa as diferenças entre a liberdade dos antigos e dos modernos descritas por Benjamim Constant, comparando as características políticas de sociedades antigas como Lacedemônia, Gauleses, Roma e Atenas com as sociedades modernas.
O documento analisa as diferenças entre a liberdade dos antigos e dos modernos descritas por Benjamim Constant, comparando as características políticas de sociedades antigas como Lacedemônia, Gauleses, Roma e Atenas com as sociedades modernas.
Victor Hugo do Carmo Rocha – Jornalismo Douglas Antônio Gomes de Oliveira – Publicidade e Propaganda
1. Benjamin Constant comparou a liberdade dos antigos à liberdade dos
modernos. 1.1. Como é possível caracterizar cada uma delas? De forma bem resumida, a liberdade dos antigos era a liberdade política, enquanto a liberdade dos modernos é a liberdade individual. 1.2. Quais são as diferenças entre elas? A liberdade dos antigos é focada na deliberação da “coisa pública” de um modo mais direto e próximo, vivia-se em função da participação nas decisões administrativas e cada pessoa exercia uma autoridade e uma influência considerável; já na liberdade dos modernos a deliberação continua (menos direta), mas, aliado à isso, vem a ampla liberdade individual, que é considerada nossa principal conquista. O Estado moderno nos garante nossa ampla liberdade pessoal, enquanto o Estado antigo garantia a intervenção da autoridade na vida pessoal. 1.3. Quais são as origens desta diferença? A principal origem está na ocupação/utilização do tempo dos indivíduos de cada sociedade. Os antigos, em boa parte, viviam em sociedades escravagistas. Como eles podiam “terceirizar” o labor para garantir sua sobrevivência, sobrava mais tempo para debater as decisões do Estado (soma-se à utilização de escravos a presença da mulher, que, normalmente, não participava das deliberações e também trabalhava); já entre os modernos, a escravidão já não é mais aceita, então é necessário que cada um, por conta própria, trabalhe para se sustentar, sobrando menos tempo para o comando da coisa pública. Sendo assim, o cidadão, através da eleições, “autoriza” uma outra pessoa à fazer isso por ele. 2. Quais são as características da organização política de cada uma das sociedades analisadas por Constant? Compare os diferentes tipos de funcionamento das sociedades antigas em relação às modernas. Lacedemônia: aristocracia monacal. Existia uma eleição para a indicação dos Éforos, que “juravam em nome da cidade”, mas os Éforos compartilhavam do poder com os próprios reis. Gauleses: ao mesmo tempo teocrático e guerreiro. Os religiosos possuíam amplo poder, e a classe militar e a nobreza possuíam privilégios claramente opressivos. O povo não tinha, basicamente, nada. Roma: já é possível notar alguns traços de representatividade, pois o povo exercia diretamente uma parcela dos direitos políticos, votando leis e julgando os criminosos, por exemplo. Além disso, os tribunos trabalhavam como porta- vozes dos plebeus escravizados. Atenas: os cidadãos (homens livres e adultos) exerciam coletiva e diretamente várias partes da soberania. Havia, de certo modo, uma “pseudodivisão” de poderes (algo que não era tão claro, ou nem fosse esse o objetivo, esse o motivo das aspas). Havia uma rotatividade (e, poderíamos dizer também, certa aleatoriedade). Atenas pode ser considerada a mais comerciante de todas as repúblicas gregas, então já é possível notar certa liberdade individual. Modernidade: como dito anteriormente, a maioria dos cidadãos já não possuem mais tempo livre para a deliberação da coisa pública, por isso eles transferem essa responsabilidade à outras pessoas por meio de eleições. O próprio conceito de cidadania evoluiu enormemente, e a participação pública é muito mais ampla. Existem amplas liberdades e a separação entre religião e Estado em alguns locais (mesmo assim, em muitos locais, Estado e religião continuam fazendo parte uma coisa da outra; já em outros, a separação existe mas a influência religiosa ainda persiste). A rotatividade do exercício do poder persiste, mas não é diária (como no exemplo ateniense), pois existem mandatos com duração previamente definidos.
Democracia e Jurisdição Constitucional: a Constituição enquanto fundamento democrático e os limites da Jurisdição Constitucional como mecanismo legitimador de sua atuação