Vous êtes sur la page 1sur 10

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

CAMPUS DE SINOP
CURSO DE ENFERMAGEM
CUIDADO INTEGRAL Á SAUDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

ESTUDOS DE CASO I

Tema: Crescimento, Desenvolvimento e Alimentação infantil

Acadêmico(a):_____________________________________________________________ RGA: _______________

Data de entrega: 26/11/2018

Caso 1

Anamnese
Sexo feminino, de 6 meses, procedente de Sinop – MT, procurou a consulta de enfermagem para a troca de leite. J.C.O,
o pai da criança, é designer gráfico, possui o ensino médio incompleto e tem 21 anos. K.S.G é a mãe da bebê, tem 18
anos, é do lar e realiza diárias, possui ensino médio incompleto. Ambos os pais são solteiros. Em relação aos
antecedentes familiares, a avó materna de G.S.C tem diabetes e hipertensão arterial. E um primo tem hanseníase. Sobre
o histórico obstétrico da mãe, teve G 02 P01 A 01, não sabendo informar o motivo do aborto. O parto foi cesáreo porque
não teve dilatação, presença de mecônio e desenvolveu diabetes gestacional. RN a termo, pesando 4.330g com 39
semanas. A gravidez foi planejada e a mãe relata que não ingeriu nenhum tipo de substância ilícita durante a gestação e
nem fez uso do cigarro. Realizou 07 consultas de pré-natal, não teve nenhuma intercorrência clínica. Mãe relata que
sofreu uma queda no banheiro aos seis meses de gestação. O local do parto foi no Hospital Fernando Dias Souza Filho.
Ao nascer, criança pesou 4.330g, 47 cm de comprimento, PC de 38,5cm, Apgar 6/9. Chorou ao nascer, não necessitou
de reanimação neonatal, não teve nenhuma intercorrência, nem doença e nem anomalia. Não necessitou de internação,
nem de transfusão sanguínea e não apresentou alergia. Realizou o teste do pezinho, orelhinha, olhinho e coraçãozinho
sem alterações. Não necessitou ingerir nenhum tipo de medicação. As vacinas estavam atrasadas, não tendo tomado a
terceira dose de pentavalente e a VIP e a segunda dose de Meningocócica. Mãe relata que até o momento a criança não
apresentou nenhuma reação às vacinas. Em relação aos antecedentes alimentares, a criança não mamou na primeira hora
de vida por conta que a mãe se encontrava no Centro Cirúrgico, e quando retornou à enfermaria da maternidade a criança
não mamou leite materno por conta que não houve a decídua do leite e não vomitou após a mamada. Desde o primeiro
dia de nascimento a criança ingeriu NAN 1 e hoje oferece Nestogeno. Sucos, papas doces e salgadas e água foram
introduzidos aos 3 meses da criança. G.S.C não teve nenhuma dificuldade em aceitar os alimentos oferecidos e não teve
intolerância a nenhum deles. Come carne, ovos, arroz amassado e caldo/sopa semanalmente. Massas, doces, leite e suco
são ofertados diariamente. O suco ofertado é com adição de açúcar. Ingere 6 mamadeiras de 20 ml por dia. Alimenta-se
com dependência. Não tem dificuldade em mastigar. Não tem dores abdominais. Já teve ganho excessivo de peso aos
cinco meses, chegando a pesar 10kg. Criança apresenta os dois dentes incisivos centrais inferiores e a mãe ainda não
iniciou o processo de limpeza. Faz uso de fraldas diurno e noturno. Dorme 12 horas por noite e 2 horas durante o dia,
divididos em sono matutino e vespertino. Para dormir, a criança não segue nenhuma rotina, porém a mãe relata que fica
andando com a criança no colo até a mesma pegar no sono. Dorme em cama compartilhada com a mãe, no escuro.
Acorda durante a noite e retorna a dormir facilmente. Evacua 2 vezes ao dia, de aspecto pastoso. Urina 07 vezes ao dia
de coloração transparente. Mãe relata que quando ofertava NAN até os 4 meses, a criança sofria muito com constipação.
Criança reside em domicílio urbano, de alvenaria, alugado, com 08 cômodos, onde residem 13 pessoas. Possui água
encanada, luz elétrica, rede de esgoto, coleta de lixo. A rua não é asfaltada. Não possuem animais em casa. A família
não possui religião, nem hábitos culturais/valores e crenças que podem interferir no processo de saúde-doença. Avó
materna é quem cuida da criança. G.S.C não vai a creche municipal porque não conseguiu vaga. Faz uso de chupeta e
mamadeira. Brinca com os primos que residem na mesma casa e com os vizinhos.

Exame físico
Peso: 10.457; Estatura: 70cm; Temperatura: 36,10C; PC: 42
Criança não apresentou nenhum sinal de perigo. Parda, hidratada, turgor preservado, sem manchas, ausência de lesões,
pele íntegra e preservada, unha e cabelo higienizado. Mucosas normocoradas e preservadas. Crânio normoimplantado,
normocefálico, fontanela bregmática com duas polpas digitais, fontanela lambdoide totalmente fechada, couro cabeludo
íntegro, ausência de sujidade. Face simétrica, olhos normoimplantados, fotorreagentes, espaço palpebral simétrico, sem
fenda palatina. Pavilhão auricular normoimplantado. Tônus preservado do pescoço, movimentação presente, sem
linfonodos palpáveis. Tórax chato, respiração tóraco abdominal, clavículas indolores à palpação, presença de
movimentos vesiculares. Ausculta cardíaca BNRNR sem sopro em 2 tempos. Abdome globoso, sem lesões, indolor à
palpação, presença de cicatriz umbilical. Ausculta de RHA normoativos em QIE. Ausência de hérnia inguinal. Sem
lesões, manchas ou sinais flogísticos em genitália. Higienizada. Tônus preservado da coluna vertebral, postura e
mobilidade preservados, sem presença de alteração. Presença de cicatriz de BCG, MMSSII simétricos, com tônus, sem
presença de anomalias e sem alterações. Sobre a avaliação do desenvolvimento a criança não muda de posição
ativamente (rola), porém, realiza busca ativa dos objetos, leva objetos à boca e localiza o som.

Fonte: Estudo de caso baseado em atendimentos realizados nos campos de aula de saúde da criança e do adolescente.

Segundo o caso acima, preencha os gráficos de todas as consultas da criança, a folha de registro e o instrumento de
vigilância de desenvolvimento, identifique os problemas, e descreva as orientações quanto à alimentação. Que tipo de
leite (fórmula láctea) você orientaria para esta mãe?
Caso 2
Daniela − mãe de Carlos

Anamnese
Daniela tem 21 anos e seu companheiro, 22 anos, ambos com ensino médio incompleto. Eles estavam há cerca de 5
meses juntos, quando descobriram a gravidez de 15 semanas. A gestação não foi planejada, mas eles aceitaram bem,
nenhum deles tinha filhos ainda.

Pré-Natal
Consultas
Daniela iniciou o Pré-Natal na ESF, à qual comparecia mensalmente para as consultas, que ocorriam sempre com a
mesma enfermeira. Ela relata que a enfermeira orientou AME por 6 meses e complementar, por 2 anos ou mais. Não há
registro no prontuário das consultas de pré-natal, pois ela morava em outro local.

Hospital Primeira mamada


O hospital onde ocorreu o parto não foi o de referência da ESF, foi escolhido por ela, pois gostava do atendimento nesse
local. É um Hospital Amigo da Criança, embora ela não soubesse dessa informação. Ela fala que a criança estava
atravessada, então foi preciso fazer cesariana. Ao nascer, a criança ficou pouco tempo com a mãe e logo foi levada para
a realização de procedimentos, acompanhada pelo pai: “... deixaram ele pouquinho comigo. Só deixaram eu dar uma
olhadinha, um beijinho e levaram...”. Daniela a afirma que não foi orientada a amamentar Carlos logo após o nascimento.
A mãe ainda estava na sala de recuperação, quando a enfermeira o trouxe e falou para ela: “Ó, mãe, ele já tá mamado,
já tomou o mamá”. Ela não questionou o porquê de Carlos ter sido alimentado, pois pensou que era um procedimento
comum; diz que após seis horas que ele já estava com ela, acordou para mamar.

Em relação à primeira mamada, a mãe relata que foi desengonçada, mesmo com a ajuda da enfermeira, pois não
conseguia mexer o corpo devido à anestesia: “Ah, eu não sabia como botar o peito, encaixar direitinho na boquinha, a
enfermeira que teve que me ajudar”. Ao ser questionada sobre se já tinha leite, responde: “Não. Só colostro eu tinha”,
ela afirma estar preocupada com “esse negócio de colostro”. Daniela diz que a médica, durante o pré-natal, explicou o
que é o colostro, mas ela ainda estava receosa e perguntou à enfermeira do hospital se o colostro iria sustentar Carlos, e
essa respondeu que sim. Ao ser questionada por que achava que era pouca quantidade de leite, afirmou que o bebê
mamou a noite toda, quase não dormiu e, quando ela apertou o seio, saiu pouco leite.

Primeiros dias
Daniela ficou por três dias no hospital e relata que já estava se coordenando melhor para amamentar, conta que recebeu
um folder sobre AM. Ela falou que o colostro veio até o sexto dia e, após, veio muito leite: “Ah, quando veio, guria!
Daí eu fiquei louca porque saía muito leite...”. Ela fala que Carlos queria apenas um seio logo nos primeiros dias: “Ele
não conseguia pegar, porque eu não tinha bico, aí ele ficava irritado...”. Relata que foi orientada pela enfermeira do
hospital a insistir nesse seio e, após três dias de insistência, ele começou a mamar bem e hoje pega sem problema
nenhum.

No lar
Acompanhamento mãe/bebê
A primeira consulta de Carlos aconteceu na ESF com a enfermeira. Daniela diz que ouviu sobre AM: “Ah, ela disse que
o AM era muito bom pra ele, que naquele período era só leite, que ele só precisava de leite, que ali tinha todos os
nutrientes, que tudo que ele precisava tinha no leite”. As consultas na unidade de saúde ocorriam mensalmente, cada
vez com um profissional diferente (médico, enfermeiro, assistente social, nutricionista, psicólogo, consulta coletiva). A
mãe relata que sempre que comparecia à unidade era parabenizada por estar amamentando. Essa informação se encontra
evoluída no prontuário de Carlos pelos profissionais que o atenderam. A criança iniciou alimentação complementar aos
6 meses, orientada pela equipe multiprofissional na unidade de saúde.

Apoio do companheiro, familiares e amigos


Em relação ao apoio do companheiro na amamentação, Daniela diz: “Eu acho que o meu marido, ele sempre me apoiou,
ele nunca disse pra mim: dá mamadeira. O resto das pessoas sempre insistiu: ele tá ficando grande, dá mamadeira pra
ele parar de chorar”. A mãe afirma que não foi influenciada pela opinião dos amigos: “Ah, cada um tem a sua opinião.
Eu tenho a minha, elas têm as delas. Eu vou seguir a minha, o que eu penso. Eu que sou a mãe dele, eu tenho que seguir
o que eu acho... pra ti ver, ele não teve nenhuma doença até hoje, só um resfriadinho, eu passo a minha imunidade pra
ele”.
Com base no caso 2, como a criança esteve em aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade, quais seriam
as orientações quanto a introdução alimentar saudável, textura, quantidade, grupos de alimentos que devem compor as
refeições/papas, leite materno, preparo, higienização, alimentos não recomendados, levando em consideração até a idade
de 1 ano.

Fonte: Estudo de caso adaptado de NARDI, A.L; GUSMÃO, R.C; CARVALHO, N.M. Estudos de caso sobre
amamentação: da gestação aos seis meses de vida. Revista APS, v. 17, n. 4, p. 507–15, 2014. Disponível em:
https://aps.ufjf.emnuvens.com.br/aps/article/view/2091 Acesso em: 05 de outubro de 2018.

Caso 3

Rosângela − mãe da recém-nascida Isadora

RFM, gestante, 36 anos, parda, natural de Guaraciaba do Norte, escolaridade ensino fundamental incompleto, viúva há
4 anos, dona de casa, moradora da zona rural, católica, 5 gestas, foi admitida na maternidade da Santa Casa de
Misericórdia de Sobral – SCMS com 30 semanas de gestação e portadora do vírus HIV há aproximadamente 4 anos.

Mora com apenas dois filhos (11 e 10 anos) em uma casa cedida por familiares. Sua residência apresenta 4 cômodos,
saneamento básico, rede elétrica e água fornecida por poço profundo. Reside às margens de uma rodovia carroçável,
numa região com boa cobertura vegetal, onde a agricultura é o principal meio de sobrevivência, não apresentando riscos
ambientais diretos. Não apresenta renda mensal definida, pois é usuária do programa governamental de distribuição de
renda da categoria Bolsa Escola dos dois filhos, esporadicamente recebe ajuda de uma cesta básica fornecida pela
paróquia local e usualmente é auxiliada economicamente pelos familiares. Seu estado nutricional era preocupante devido
ao padrão alimentar pobre em alimentos protéicos, pela falta de recursos financeiros.
Sua última gestação ocorreu há 10 anos. Nesta gravidez atual realizou apenas três consultas pré-natais, na própria
localidade em que vive, pois, por possuir um ciclo menstrual irregular, não acreditava na possibilidade de uma gravidez.
De acordo com a paciente, durante as consultas, a enfermeira prestou todos os esclarecimentos concernentes à sua
situação sorológica e a gestante foi avisada da possível necessidade da realização de um parto cesáreo. Apesar da
quantidade insuficiente de consultas prénatais, foram realizados todos os exames cabíveis ao estado fisiológico em que
se encontra a paciente, tais como: Hb, glicemia de jejum, VDRL, urina e ABO-Rh. Todos apresentaram resultados
dentro dos padrões de normalidade. Durante as consultas prénatais observou-se que a gestante adquiriu em média 1 kg
por mês, totalizando uma massa de 52 kg, e ao final da gestação sua altura uterina indicava 30 cm.

Portadora do vírus HIV diagnosticado há 4 anos, a paciente relatou que contraiu o vírus através do esposo, já falecido.
Os filhos não são portadores e relata desconhecer outros casos de soropositivos no restante da família. Apesar do
conhecimento de ser soropositiva para o vírus, a gestante não fazia uso do tratamento quimioterápico para o HIV, e só
passou a tomar o ARV por aconselhamento de sua enfermeira nos últimos dois meses de gestação. Não se tem
conhecimento acerca da realização de exames laboratoriais para verificação da carga viral.
RFM deu entrada na SCMS no dia 22/03/17 com 30 semanas e 1 dia de gestação, apresentando 6 cm de dilatação
cervical, bolsa íntegra, batimentos cardiofetais – BCF de 120 batimentos por minuto – bpm e queixa de dor no baixo-
ventre. A paciente ficou sob observação por mais de 24 horas; a equipe de saúde aguardava a evolução da dilatação
uterina, o que não ocorreu e, por se tratar de uma gestante de alto risco, acabaram optando por uma intervenção cirúrgica
para a consolidação do parto. Após o nascimento, quais seriam as condutas de alimentação para a criança Isadora desde
a maternidade até completar 06 meses, uma vez que esta mãe não tem acesso facilitado para uma unidade de saúde.

Fonte: Estudo de caso adaptado de DA SILVA, M.A.M; SILVA, A.V.; MACHADO, W.D. Assistência de enfermagem
a uma gestante HIV soropositiva: cuidados para os riscos e complicações durante o período perinatal. Essentia, v.14,
n.2, p. 63-80, dezembro 2012/maio 2013. Disponível em:
http://www.uvanet.br/essentia.old/edicao_ano14n2/cs_gestante_hiv.pdf Acesso em: 05 de outubro de 2018.

Avaliação
Os três estudos de caso serão avaliados de zero a 5,0 (cinco) pontos, com peso 1. Os planejamentos das condutas deverão
ser entregues manuscritos, incluindo os instrumentos do caso 1 preenchidos a caneta.

Referências sugeridas:
BRASIL. Ministério da Saúde. Dez passos para uma alimentação saudável: guia alimentar para crianças
menores de dois anos: um guia para o profissional da saúde na atenção básica. 2. ed. Brasília: Ministério da
Saúde, 2013. 76 p. Disponível em: http://www.redeblh.fiocruz.br/media/10palimsa_guia13.pdf Acesso em: 03 de
outubro de 2018.
BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde da criança: aleitamento materno e alimentação complementar. 2. ed.
Brasília: Ministério da Saúde, 2015. 184 p. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_aleitamento_materno_cab23.pdf Acesso em: 05 de outubro
de 2018.
BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde da criança: nutrição infantil: aleitamento materno e alimentação
complementar. Brasília: Ministério da Saúde, 2009. 112 p. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_nutricao_aleitamento_alimentacao.pdf Acesso em: 05 de
outubro de 2018.
BRASIL Ministério da saúde. Guia alimentar para a população brasileira. 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde,
2014. 156 p. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_populacao_brasileira_2ed.pdf
Acesso em: 05 de outubro de 2018.
BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde da criança: crescimento e desenvolvimento. Brasília: Ministério da Saúde,
2012. 272 p. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_crescimento_desenvolvimento.pdf Acesso em: 05 de
outubro de 2018.
UMPIERRE, R.N; GONÇALVES, M. R.; GADENZ, S. D.; MOLINA-BASTOS, C. G. Alimentação e nutrição na
atenção primária à saúde. Porto Alegre: UFRGS, 2017. 197 p. Disponível em:
https://www.ufrgs.br/telessauders/documentos/cursos/livro_nutricao_e_alimentacao_na_aps_v019.pdf Acesso em: 05
de outubro de 2018.

Vous aimerez peut-être aussi