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FORMAÇÃO
péssimos hábitos de alimentação, baixa auto estima, dores de todos os tipos e um excesso de
atividades pra dar conta.
Em oração, fui inspirada por Deus para escrever esse texto, para levá-los a alguns
questionamentos sobre o assunto, mas que tem relação direta com a nossa vida espiritual. Da
mesma forma que escrevi a uma de minhas pacientes e irmã de Comunidade, que estava com
muita di culdade de avançar no processo de reeducação alimentar, peço que re itam um
pouco alguns pontos.
Quero que se recordem daquela passagem na qual Jesus envia os discípulos e diz: “Não leveis
sacolas de viagem, nem uma túnica a mais, nem um segundo par de sandálias ou um cajado…”,
todos lembram? Ótimo! Por que Ele disse isso? Foi justamente porque, no m das contas, nada
daquilo era essencial para eles partirem em missão, o essencial para levar não eram os objetos,
mas a experiência com Deus que eles carregavam dentro deles, no corpo deles, na carne deles.
Bastava isso pra evangelizar, assim como a nós, basta nosso corpo, o resto é detalhe. Então,
concordam comigo que nosso corpo é o nosso principal instrumento de evangelização? Sem ele
não fazemos nada, sem ele não anunciamos a ninguém.
No corpo carregamos o próprio Cristo
Como será que ca a qualidade da nossa missão quando não cuidamos do nosso principal
instrumento de evangelização? No corpo carregamos o próprio Cristo, onde Ele faz um templo
do Seu Espírito. Se nosso corpo não nos pertence, pertence ao próprio Deus, devemos cuidar
como algo que não é nosso, mas que nos foi dado para administrar e evangelizar. Se sou
imagem e semelhança dEle, quando coloco para dentro do meu corpo, de forma
desequilibrada, aquilo que vai me adoecer mais ainda, estou ferindo ao próprio Cristo, não em
termos de ser pecado, não se trata de extremismos, mas em questão de falta de zelo mesmo,
desleixo com o sagrado…
E, infelizmente, esse desleixo muitas vezes torna-se uma ótima brecha para o demônio agir.
Será que ao olharem para nós, as pessoas veem a imagem e semelhança de um Deus Vivo e
fonte de toda alegria e vigor, ou enxergam só cansaço, descuido, murmuração, infelicidade e
mau humor?
Zelar e cuidar do nosso corpo é uma forma de também amar a Deus… Seja esse corpo saudável
ou com problemas. Há alguns irmãos que passam por problemas de saúde mais sérios, nem
sempre adquiridos por desleixo na alimentação, às vezes por genética ou outras causas
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26/03/2019 Zelar e cuidar do nosso corpo é uma forma de também amar a Deus - Comunidade Católica Shalom
secundárias. Nesses casos, é válido usar essa enfermidade como um “trampolim” para amar
mais ainda a Deus, no lugar de enxergá-la só como uma cruz pesada.
Há outros irmãos, que são saudáveis, mas por não saberem o valor disso e não olharem para
seu corpo com esse olhar sagrado, deixam para se cuidar apenas quando surgem os
problemas. Às vezes camos esperando o estresse do trabalho e apostolado darem “uma
pausa” para podermos descansar e nos cuidarmos, mas é o contrário… Preciso me cuidar para
poder lidar bem com o ritmo intenso do meu apostolado e missão pessoal, com a qualidade
que eles precisam ter, com o melhor que eu possa dar, já que é para Deus… Concordam? Essa
deve ser a mentalidade.
Alimentação ordena muita coisa na nossa vida e é uma escolha, assim como o jejum: eu escolho
não comer para ordenar minhas vontades. A consciência até temos de sobra, o que falta é
conseguir dar prioridade a saúde como ela merece. Peço que levem isso para a oração pessoal
e deixem Deus iluminar esse aspecto de suas vidas, que requer uma mistura de
autoconhecimento, maturidade humana e amor pelo chamado.
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Jessica do Carmo
Nutricionista, consagrada da CAL
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