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O Renascimento
O Renascimento (ou Renascença) foi um movimento que constituiu a transição do mundo
medieval para o mundo moderno. Começou no século XIV na Itália como resultado de um
interesse renovado na cultura clássica ou humanística da Grécia e Roma. Estudiosos do
Renascimento estudaram antigos manuscritos recuperados de um mundo que era
decididamente mais secular e individualístico do que religioso e unido. Os artistas do período
enfatizaram a beleza da natureza e do homem. A religião no Renascimento tornou-se menos
importante conforme os homens voltaram sua atenção ao prazer do aqui e agora.
O Renascimento afetou os papas do período. Muitos dos “Papas do Renascimento”, como Júlio
II (1441-1513), eram humanistas mais interessados na cultura clássica e arte do que em
assuntos espirituais. Alguns, como Alexandre VI (1431-1503), viveram vidas notoriamente
malvadas e escandalosas. Leão X (1475-1521), o filho de Lorenzo de’Medici e papa quando
Martinho Lutero afixou as 95 Teses, uma vez disse que Deus lhe deu o papado, então ele ia
“aproveitar”.
O Renascimento contribuiu para a Reforma de outras maneiras mais positivas. A invenção da
prensa de impressão móvel por Johann Gutenberg, em aproximadamente 1456, forneceu um
meio para a divulgação de idéias. Estudiosos do Renascimento ao norte dos Alpes dividiram
muitos dos mesmos interesses – uma paixão pelas fontes antigas, uma ênfase no ser humano
como indivíduo e uma fé nas capacidades racionais da mente humana. No entanto, esses
“cristãos humanistas do norte” estavam menos interessados no passado clássico do que no
passado cristão. Eles aplicaram as técnicas e os métodos do humanismo do Renascimento no
estudo das Escrituras nas suas línguas originais, assim como o estudo dos “pais da igreja”
como Augustinho. Sua preocupação principal com os seres humanos era pelas suas almas. Sua
ênfase era étnica e religiosa em vez de estética e secular.
O resultado desta ênfase era um interesse num retorno às Escrituras e a restauração do
cristianismo primitivo. Os humanistas bíblicos apontaram os maus na igreja da sua época e
pediram uma reforma interna. Talvez quem teve mais influência foi Disidério Erasmo
(aproximadamente 1466-1536). Conhecido como o “príncipe dos humanistas”, Erasmo usou
sua ampla escolaridade para desenvolver um texto do Novo Testamento em grego, baseado em
quatro manuscritos gregos que estavam disponíveis para ele. Como a ajuda da prensa de
impressão, Erasmo publicou o texto grego do Novo Testamento em 1516. A capacidade de
estudar a Bíblia na sua língua original encorajou uma comparação mais precisa da igreja dos
seus dias com a igreja do Novo Testamento. Martinho Lutero, por exemplo, usou
imediatamente o texto grego de Erasmo. Ele logo percebeu que a interpretação da Vulgata
Latina em Mateus 4:17 de “pagar penitência” mais precisamente seria “arrepender-se”. Tal
conhecimento contribuiu para uma percepção crescente de que o sistema sacramental não era
apoiado pelas Escrituras.
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