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REPÚBLICA DE ANGOLA

GOVERNO PROVINCIAL DE LUANDA

MEDIDAS PREVENTIVAS E DE PROTEÇÃO


CONTRA A OCUPAÇÃO ILEGAL DE
TERRENOS
Prelectora: Dra. Ana João
Moderador: Dr. Jorge Bengue
MEDIDAS PREVENTIVAS E DE PROTEÇÃO
CONTRA A OCUPAÇÃO ILEGAL DE
TERRENOS

Duas Perspectivas de observação do fenómeno:

a) Prevenção e protecção da Ocupação Ilegal dos


terrenos, propriedade do Estado;

a) Prevenção e proteção da Ocupação Ilegal de


terrenos, propriedade das Comunidades Rurais e
dos Particulares, atendendo Ja preocupação
manifestada no Forum da Mulher Rural.
a) Definição administrativa dos perímetros de
Gestão dos terrenos da Administração
Central, Provinciais, e Municipais.
b) A classificação dos terrenos, conforme dispõe
a Lei do Ordenamento do Território
c) A execução e aprovação de operações
urbanísticas de loteamento.
d) A transmissão ou constituição efectiva dos
direitos fundiários aos particulares
interessados.
e) A regulamentação e a aprovação de normas
administrativas que visam o controlo do aproveitamento
útil e efectivo dos terrenos e dos procedimento para
reversão a favor do Estado.
f) Consolidação ou reaproveitamento dos feitos, advindo
daí a necessidade das administrações corrigirem os erros
em matéria de ordenamento do território, cadastrando e
recadastrado os terrenos sob sua gestão, aqueles cujo o
loteamento é evidente, procedendo à sua
harmonização com respectivos planos de loteamento,
licenciando as obras existentes quando evidenciado que
do ponto de vista de engenharia, arquitetura e de
ordenamento, seja aceite, logo em contrapartida com
aplicação de multas pelas transgressões.
g) O aumento de soluções no domínio da oferta
habitacional, tais como as novas centralidades: Kilamba,
Cacuaco e Zango.
A Administração pública, tem a seu
cargo o poder de fiscalizar, que é o
chamado poder de polícia.
 Esse poder, pode ser exercido de forma
preventiva ou repressiva, são a chamada
tutela preventiva e repressiva.
 Na tutela preventiva, a Administração
emite ordens, proibições e limitações, e
no nosso caso concreto a Lei das
Transgressões Administrativa n.º 12/11 de
16 de Fevereiro, prevê que “ aquele que
proceder à ocupação de terrenos sem a
prévia autorização da autoridade
competente, põe em perigo o meio
ambiente e o ordenamento do território,
cometendo deste modo uma
transgressão administrativa”.
 Na tutela repressiva ou correctiva, este
mesmo diploma, prevê como penalidade
a multa.
Em nosso entender, A MULTA SÓ NÃO BASTA, DEVEM
ESTAR TIPIFICADAS COMO PENALIDADES OU SANÇÕES
ADMINISTRATIVAS, COM VISTA À CONTENÇÃO DAS
ACTIVIDADES DANOSAS, as seguintes:
 Advertência;
 embargo administrativo;
 interdição da actividade;
 demolição coerciva das construções que o infractor
proceder a partir do momento que for interpelado, e ai
exercicio da acção directa, pelo o estado.
 apreensão de materiais, equipamentos e documentos.
De realçar que a posse de terrenos públicos por
determinado tempo não dá direito à propriedade, caso
conhecido como usucapião. No caso da ocupação de
terrenos do Estado, o Governo poderá pedir, mediante
a justiça, reintegração da posse.
MEDIDAS QUE PODEM PREVENIR E PROTEGER A OCUPAÇÃO
ILEGAL DE TERRENOS, PROPRIEDADE DAS COMUNIDADES
RURAIS E DOS PARTICULARES.
 COMUNIDADE RURAL- São famílias, que vivem no meio rural,
segundo os hábitos e costumes, ocupam uma parcela de
terreno e de forma útil e efectiva utilizam-na e fazem a sua
gestão, para fim habitacional, de produção agrícola, agro-
pecuarias, pesca artesanal(continental ou marítima) enfim
várias actividade ligadas a ruralidade, ou ao campo, a
quem o estado reconhece os seus direitos costumeiros por
meio de um título de reconhecimento do domínio útil
consuetudinário.
 Como responsável dessas famílias camponesas estão as
autoridades tradicional propriamente os SOBAS.
 OS PARTICULARES- são pessoas singulares ou coletivas
portadoras de direitos fundiários atribuídos pelos Estados.
MEDIDAS QUE PODEM PREVENIR A OCUPAÇÃO DE TERRENOS,
PROPRIEDADE DAS COMUNIDADES RURAIS E DOS PARTICULARES

 Os proprietários devem manter os terrenos


devidamente demarcados, cercado com pilares,
arvores, arames, capim, enfim tudo que tiver ao
alcance, nos campos para vedar o terreno.
 Tratando-se de fazendeiro-particular ou pessoa
colectiva, devem ter consigo para além de toda
documentação legal do terreno um Laudo Técnico
de Produtividade atualizado, feito por técnicos
especialistas das administrações locais, devem ter
tambem, os contratos de financiamento, fotografias,
contrato de compra e venda de equipamentos e
produtos, provas testemunhais, tudo que for possível
para fazer a prova do aproveitamento útil e
efectivo do terreno.
 Devem estabelecer uma rotina para fiscalizar o
espaço frequentemente e, se possível, terem
postos de vigilância que cubram toda a área da
propriedade.

 Devem ter um advogado de confiança, para


que ele tenha já estudadas e prontas as medidas
jurídicas necessárias, a tomar de imediato em
caso de necessidade.
1- os proprietários devem autorizar os seus
advogados a entrar com uma Acção de
Manutenção de Posse, e com uma
providência Cautelar de manutenção da
posse, apresentando o maior número possível de
provas que demonstrem que tem a posse efetiva
do terreno, tais como:
 Documentos de propriedade
 Notas fiscais de compra ou venda de produtos;
 Contratos de financiamento caso tenham,
tratando-se de fazenda;
 Fotografias;
 Boletim de ocorrências
 Testemunhas etc.
2- Devem comunicar o facto por escrito,
guardando devidos os protocolos,
imediatamente, às seguintes autoridades,

 Comandante da Polícia;
 Comandante da PM;
 Administrador Comunal e Municipal;
 Governador Provincial;
 Ministério da Justiça e dos direitos humanos.
 A comunicação social
 Tratando de um dos membros das
comunidades rural, ao soba da povoação

3- Insistir junto as autoridades acima referidas,


pressionando-as, para que tomem as medidas
preventivas necessárias.
1- Podem recorrer a Acção Directa, que a Lei
confere, art.º 1277º conjugado com o art.º 336º
do Código Civil que dispõe o seguinte: “o
possuidor perturbado ou esbulhado pode
manter-se ou restituir-se por sua própria força e
autoridade, quando haja impossibilidade de
recorrer em tempo útil aos meios coercivos
normais, afim de evitar a inutilização pratica
desse direito, contando que o lesado não se
exceda.
Acção directa pode consistir na apropriação,
destruição ou deterioração de uma coisa, na
eliminação da resistência irregularmente oposta
ao exercício do direito, ou noutro acto análogo.
2- Autorizar o advogado a entrar com Acção de Reintegração
de Posse juntamente com Ação de Indenização por Perdas
e Danos, e aí a importância do Laudo Técnico de
aproveitamento, que visa caracterizar a situação do imóvel
no momento da invasão, e calcular os prejuízos.

3- A invasão pode ser caracterizada como crime de


usurpação de imóvel, previsto e punível nos termos do art.º
24.º do CP, podendo os lesados promover, uma Ação
Criminal:

 “Usurpação de imoveis por meio de violência ou ameaça,


para com as pessoas, o Código Penal prevê a pena 3 dias a
2 anos de prisão, art.º 445.º.
 Arrancar marcos " prevê a pena do 1 mês a 1ano de prisão
e multa,(art.º 446).
 Associação de malfeitores- Ao associarem-se mais de 3
pessoas, com a finalidade de cometer crimes, e como
consequência prevê a pena de prisão maior de 2 a 8 anos,
263º código penal.
 As decisões dos tribunais são de
cumprimento obrigatório, a desobediência
dos funcionários público e a recusa no
cumprimento de decisões judicias, sejam eles
membros dos tribunais, juízes, funcionários
públicos, civis ou militares, constitui crime
previsto e puníveis nos art.º 303 e 304º do
Código Penal Angolano, como pena prevê a
suspensão que vai de três meses à três anos,
a demissão, e até de prisão.
 Seriabom e eficaz se a administração
pública exercesse de forma efectiva o seu
poder fiscalizatório ou de polícia, de forma
a contribuir para a diminuição do
fenómeno da ocupação ilegal de terrenos,
sendo que, ao verificar-se uma infracção
pudesse promover de imediato as medidas
correctivas anteriormente apontadas.
 Existe de facto, uma necessidade urgente de
capacitar, técnica e administrativamente, os
agentes autuantes, no sentido de poderem
sumariamente averiguar a autenticidade dos
documentos exibidos, a identificação do
terreno no plano de ordenamento e
loteamento para em primeira instância, ver se
a zona ocupada é passivel ou não de
autorização, e se for, para que finalidade, a fim
de instruir o cidadão o modo de proceder.
 Os agentes, devem também saber
proporcionar a infração e aplicar dentro da
legalidade formal e material, tendo em
atenção que o benefício a obter com a
medida aplicar deve sempre pautar-se no
interesse da coletividade.
 Por fim, é nosso entendimento, que a questão
da função de polícia administrativa,
relativamente a ocupação de terrenos, seja
conferida à agentes conhecedores de
matérias como: ordenamento do território,
arquitectura, direito, engenharia, cartografia, e
coadjuvados por agentes da ordem (Polícia
Nacional e Polícia Militar). Se possível criar-se-ia
um “Grupo Integrado”, COM COMPETÊNCIA,
DE FISCALIZAR, CONTROLAR E ERRADICAR O
FENÓMENO DE OCUPAÇÕES ILEGAIS DOS
TERRENOS DO ESTADO OU DOS PARTICULARES.
Obrigado

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