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BARBERO – DESAFIOS CULTURAIS DA COMUNICAÇÃO À EDUCAÇÃO

P. 52

“O modelo predominante é vertical, autoritário na relação professor-aluno


e linearmente sequencial no aprendizado. Introduzir nesse modelo meios
e tecnologias modernizantes é reforçar ainda mais os obstáculos que a
escola tem para se inserir na complexa e desconcertante realidade de
nossa sociedade.”

(...)
“Enquanto permanecer a verticalidade na relação docente e a
sequencialidade no modelo pedagógico, não haverá tecnologia capaz de
tirar a escola do autismo em que vive.”

p. 54

“As sociedades centralizaram sempre o saber, porque o saber foi sempre


fonte de poder, desde os sacerdotes egípcios aos monges medievais ou,
atualmente, aos assessores dos políticos. Dos mosteiros medievais às
escolas de hoje, o saber conservou esse duplo caráter de ser, ao mesmo
tempo, centralizado e personificado em figuras sociais determinadas.”

P. 56

“Nossas escolas continuam vendo os meios unicamente como uma


possibilidade de ilustrar o que se diz, de tornar menos aborrecida a lição,
de amenizar algumas jornadas de trabalho, presas da inércia mais
insuportável.”

p. 58

“O cidadão de hoje pede ao sistema educativo que o capacite a ter


acesso à multiplicidade de escritas, linguagens e discursos nos quais se
produzem as decisões que o afetam, seja no campo familiar, político e
econômico. Isso significa que o cidadão deveria poder distinguir entre
um telejornal independente e confiável e um outro que seja mero porta-
voz de um partido ou de um grupo econômico, entre uma telenovela que
esteja ligada ao seu país, inovando na linguagem e nos temas e uma
telenovela repetitiva e simplória. Para tanto, necessitamos de uma
escola na qual aprender a ler signifique aprender a distinguir, a tornar
evidente, a ponderar e escolher onde e como se fortalecem os
preconceitos ou se renovam as concepções que temos sobre política,
família, cultura e sociedade.”

APLICABILIDADE DO QUE É ENSINADO NO COTIDIANO, NOS


CONHECIMENTOS DOS ESTUDANTES, NO RECONHECIMENTO DOS
SABERES DAS COMUNIDADES.

p. 59

“Um dos maiores desafios que o ecossistema comunicativo faz à educação


é: ou se dá a sua apropriação pelas maiorias ou se dá o reforçamento da
divisão social e a exclusão cultural e política que ele produz.”

Resenha de BARBERO – A COMUNICAÇÃO NA EDUCAÇÃO

“ É possível notar a transformação de um sistema educativo para uma


sociedade educativa, de saberes compartilhados. Isto é, uma rede
educativa na qual não há “idade para aprender” ou lugar: desde os
pequenos meios, passando pela internet e em todos os espaços são
possíveis novas formas de aprendizagem. A escola não possui mais a
hegemonia de ser o lugar exclusivo de legitimação do saber.”

(...)

A socialização e a transmissão de saberes também são agenciados pela


mídia e pelos meios. A educação se tornou múltipla, difusa e
descentralizada. E essa reconfiguração comunicativa do saber, fora dos
espaços tradicionais, é a mudança que a comunicação proporciona ao
sistema educacional.

“As tecnologias são mudanças históricas e culturais. São processos que


refazem a linguagem e as narrativas, e a escola precisa entender, ao invés
de estigmatizar.”

(...)
“Esse descentramento inclui também a deslocalização que, por sua vez,
torna-se destemporalização da aprendizagem, ou seja, ocorre quando o
novo modelo de educação e de aprendizagem não depende mais das
delimitações temporais, nem de um só tipo de lugar. Isso não significa o
desaparecimento da escola como espaço-tempo, mas demonstra a
necessidade de transformação da escola em viver com esses saberes-sem-
lugar-próprio para que, dessa forma, as modalidades e os ritmos de
aprendizagem possam equiparar-se ao novo modelo de comunicação
escolar e ao ambiente tecnocomunicativo.”

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