Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
doi:10.12662/2359-618xregea.v7i1.p118-127.2018
ARTIGOS
RESUMO
R. Gest. Anál., Fortaleza, v. 7, n. 1, p. 118-127, jan./jun. 2018 ISSN 1984-7297 | e-ISSN 2359-618X
AUTORES | Juliana Carvalho de Sousa | Pablo Marlon Medeiros da Silva | Francisco Roberto Pinto | Anderson Lopes Nascimento | Livia Nascimento Rabelo 119
de compra se tornam altamente influenciadas 56% dos indivíduos abordados admitiram se-
pelas interações com outros usuários e empre- guir sugestões da rede em suas decisões de con-
sas (SONG; YOO, 2016). Prova disso é que a sumo. Outro dado revela que 40% destes estão
pesquisa Conversion Consumidor Digital, de dispostos a aceitar recomendações advindas de
2017, realizada com 697 pessoas em todo o pessoas desconhecidas. Números como esses
Brasil revelou que 93% dos brasileiros conecta- revelam a grande propensão que os indivíduos
dos já realizaram compras pela internet, tendo sentem no sentido de confiar nas redes sociais.
as plataformas Facebook (97%) e o Instagram Diante desse contexto, este artigo tem
(70%) como as mais acessadas e influenciado- como base responder à seguinte questão da
ras por suas demandas de compra. O perfil de pesquisa: Qual a influência das redes sociais
consumo neste estudo mostrou que as mulheres nas decisões de compra dos consumidores? O
dominam em percentual de aquisições (52%); objetivo geral deste estudo, portanto, é analisar
o Sudeste se destaca como a região que mais a influência das redes sociais nas decisões de
consome produtos virtualmente, 68% dos con- compra dos consumidores.
sumidores têm entre 25 e 49 anos, e as classes A importância deste estudo se dá pela
C, D e E representam 73% dos consumidores. relevância que as redes sociais trouxeram para
Só a plataforma Facebook chegou, em mudar os paradigmas das estratégias de marke-
2017, à marca de 2 bilhões de pessoas em todo o ting utilizadas pelas organizações. Assim, esta
mundo. O grande avanço das redes sociais evi- pesquisa visa contribuir empiricamente, trazen-
dencia sua relevância na vida das pessoas, seja do resultados que auxiliem as empresas a incor-
no âmbito privado ou empresarial; por isso, a in- porar as plataformas sociais em suas ferramentas
vestigação sobre a mídia social se tornou multi- de marketing, reduzir seus custos, expandir suas
disciplinar (ZAUNER; KOLLER; FINK, 2012). marcas e participação no mercado, fortalecer re-
Com base nisso, dá-se o alcance adquirido pelas lações com clientes, entre outros benefícios.
redes, podendo servir como plataformas de con-
tato com os consumidores (TOMAS; MESCH- 2 REFERENCIAL TEÓRICO
GRAHW; ALCANTARA, 2012).
Para Abbade, Flora e Noro (2014), as 2.1 BREVES CONSIDERAÇÕES
redes sociais também propuseram aos usuários ACERCA DAS REDES SOCIAIS
novas formas de interagir e expressar opiniões.
As comunidades virtuais funcionam como re- As redes sociais conquistaram, ao longo
positório de opiniões e troca de experiências, dos últimos anos, um espaço fiel na vida das
dada a facilidade de manuseio das ferramen- pessoas, atendendo aos mais diferenciados
tas. Dessa forma, muitos consumidores estão assuntos e gostos (ROCHA; ALVES, 2010) e
atrelando suas decisões de compra às informa- têm contribuído para o aumento do número de
ções colhidas nas redes sociais. Volgarin et al. contatos entre usuários que compartilham inte-
(2013) salienta que é importante fazer um bom resses comuns e para a criação de comunidades
uso desse espaço, como fator primordial para on-line e redes sociais digitais. De acordo com
manter a presença ativa na mente e nas pre- Romero, Constantinides e Alarcon-del-amo
ferências dos consumidores. Com base nisso, (2001), ter uma ou várias contas em redes so-
observa-se quão grande é a necessidade de dar ciais tornou-se uma das atividades mais popu-
atenção aos usuários e a possíveis consumido- lares da Internet e de crescimento mais rápido.
res provenientes das redes sociais. Para eles, esse crescimento tem tido grande im-
Abbade, Flora e Noro (2014) destacam portância para indivíduos e empresas, que re-
que foi realizado um estudo com 4,6 mil pes- conhecem cada vez mais o papel potencial das
soas no Brasil, Oriente Médio, Alemanha, Rei- redes on-line como instrumentos de marketing
no Unido e nos Estados Unidos, revelando que e também como ferramenta que permite obser-
ISSN 1984-7297 | e-ISSN 2359-618X R. Gest. Anál., Fortaleza, v. 7, n. 1, p. 118-127, jan./jun. 2018
120 ARTIGOS | A influência das redes sociais nas decisões de compras
var e analisar o comportamento dos usuários. tar o mercado, criar publicidade e atividades
Boyd e Ellison (2007) definem redes so- promocionais, e melhorar sua rede de relacio-
ciais como serviços baseados na web que permi- namentos. Entre essas ações, destacam-se as
tem aos indivíduos construir um perfil público que se aproveitam das novas mídias sociais,
ou semipúblico dentro de um sistema limitado, como Facebook, Twitter, blogs, Instagram e
articular uma lista de outros usuários com quem outros (MEDEIROS et al., 2014; WANG; SE-
eles compartilham uma conexão, e ver e nave- GEV; LIU, 2015).
gar por meio de sua lista de conexões e daqueles Esse crescimento tem tido grande im-
criados por outras pessoas dentro do sistema. portância para indivíduos e empresas, que re-
Recuero (2009, p. 25) entende que “rede social é conhecem cada vez mais o papel potencial das
gente, é interação, é troca social. É um grupo de redes on-line como instrumentos de marketing
pessoas, compreendido através de uma metáfora e também como ferramenta que permite obser-
de estrutura, a estrutura de rede.” Outra defini- var e analisar o comportamento dos usuários
ção mais recente é dada por Kwon e Wen (2010, (BALOUCHI et al., 2017). O know-how trans-
p. 4) que afirmam que as redes sociais são “sites mitido pelas rede sociais transforma as pessoas
que permitem a construção de relacionamentos comuns em capacitadas para o consumo efeti-
on-line entre as pessoas por meio da coleta de vo. Esse fato ocorre devido às informações dis-
informações úteis e do compartilhamento com ponibilizadas pela rede virtual aos usuários so-
outras pessoas. Além disso, eles podem criar bre as empresas que oferecem produtos, preço,
grupos que permitem interação entre os usuários entrega e marca (DIXIT; PRAKASH, 2018).
com interesses semelhantes.” Atualmente, os dados demográficos vêm
De acordo com Yavuz e Toker (2014), mostrando o envelhecimento da população bra-
as redes on-line são organizadas em torno de sileira e o crescimento desse grupo no uso da
identidades e reputações. Um perfil criado Internet. Segundo os estudos feitos por Morais,
dentro de páginas nessas redes tem por objetivo Seabra e Mattedi (2018), observa-se que, pa-
apresentar informações pessoais (nome, foto- ralelamente a esse contexto, vê-se a dissemi-
grafias, ações, interações e o paradeiro) e talvez, nação das novas tecnologias de informação
mais importante, uma demonstração pública de e, principalmente, o uso das redes sociais por
ligações que servem de sinais de identidade e meio dos dispositivos móveis. O público idoso
reputação. A partir das perspectivas de pesquisa tem demonstrado grande interesse quanto ao
de marketing e comportamento do consumidor, uso desses dispositivos e pelos benefícios e fa-
embora não necessariamente, as atividades das cilidades que eles podem oferecer a suas vidas.
redes sociais estão intimamente relacionadas Além disso, o número de usuários da terceira
com o consumo (YAVUZ; TOKER, 2014). idade que acessam as redes sociais tem aumen-
O uso do Facebook, Instagram, Linke- tado nos últimos anos. Portanto, no histórico
din e Snap são plataformas virtuais apropriadas das redes sociais, não existe mais um fator limi-
para os pares interagirem com os demais tante quanto à idade, no tocante à usabilidade.
amigos ou desconhecidos, por meio do perfil
ou de mensagens instantâneas, com o intuito de 2.2 COMPORTAMENTO DO CONSU-
construir laços e/ou relacionamentos, tendendo MIDOR NAS REDES SOCIAIS
ainda a ser utilizado para vendas virtuais
(DIJCK, 2013). Visando captar o mercado Antes da “era da mídia social”, os indi-
crescente dos usuários das redes sociais, as víduos tradicionalmente possuíam poucos re-
empresas estão potencializando o uso de ações cursos para coletar informações sobre serviços
de Marketing Digital, objetivando atrair a aten- e produtos (HU; WEI, 2013). Porém, desde seu
ção do consumidor, conquistar novos clientes, surgimento, as redes sociais proporcionaram no-
fidelizar os atuais, divulgar produtos, segmen- vos meios de interagir e de envolver consumido-
R. Gest. Anál., Fortaleza, v. 7, n. 1, p. 118-127, jan./jun. 2018 ISSN 1984-7297 | e-ISSN 2359-618X
AUTORES | Juliana Carvalho de Sousa | Pablo Marlon Medeiros da Silva | Francisco Roberto Pinto | Anderson Lopes Nascimento | Livia Nascimento Rabelo 121
res e empresas (KABADAYI; PRICE, 2014). As base nisso, é muito importante para as marcas
pessoas passaram a compartilhar mais sobre suas que, além de estarem nas redes sociais e as usa-
experiências com compras de produtos, marcas rem para divulgar novidades, imagens e ideias
e serviços (WANG; SEGEV; LIU, 2015), fazen- que sejam disseminadas espontaneamente, as-
do que as organizações trabalhassem seu foco sim como vídeos e a colaboração dos consumi-
no sentido de criar estratégias para influenciar dores, que sua imagem seja positiva, como a de
as decisões de compra de seus clientes por meio uma empresa moderna, atenta às novas tendên-
das redes (HOFFMAN; NOVAK, 2012). cias e, principalmente, aberta à comunicação,
As redes sociais tornaram-se parte inte- já que, hoje, a credibilidade do que é publicado
grante da vida diária de muitos consumidores, on-line tem uma aceitabilidade muito mais for-
desde os sites muito populares como facebook, te do que antigamente (SPADIN, 2014).
Instagram, Linkedin, Snap etc, até comunida- Faz-se necessário compreender-me mais
des on-line mais especializadas (YUKSEL; de perto o que leva os consumidores a realizar
MILNE; MILLER, 2016). No Brasil, segun- negociações via redes sociais, pois é de suma
do relatório do Facebook para empresas, Q-4 importância tal compreensão por parte das em-
(2015) realizado no último trimestre de 2014, presas envolvidas neste cenário, além de ser
a presença de brasileiros no Facebook não para tendência viva para que se adotem medidas
de crescer. Atualmente, 92 milhões de pessoas estratégicas de marketing na internet (DIXIT;
acessam a plataforma todos os meses — o que PRAKASH, 2018).
corresponde a 45% de toda a população brasi- Com base nisso, m estabeleceram-se as
leira, segundo o IBGE, sendo assim possível seguintes hipóteses para compor esta pesquisa:
juntar-se aos 2,1 milhões de pequenas e médias
empresas que anunciam seus produtos e servi- • H1 – Há diferença de influência na opi-
ços na plataforma para impulsionar as vendas nião, quando os respondentes são seg-
dos negócios. Associado a isso, pode-se afirmar mentados por idade;
que o número de plataformas on-line de intera- • H2 – Há diferença de influência na opi-
ções entre os usuários também cresceu, além do nião, quando os respondentes são seg-
facebook, instagran, twitter e outros (TOMAS; mentados por gênero;
MESCHGRAHW; ALCANTARA, 2012). • H3 – As redes sociais influenciam as de-
Quando se trata das redes sociais, recen- cisões de compra.
temente, muitas empresas começaram a criar
seus perfis on-line, nos quais podem divulgar 3 METODOLOGIA
seus serviços, novidades, fazer a comunicação
com seus clientes e se posicionarem em ape- Toda pesquisa tem suas particularidades,
nas um lugar. Com o aproveitamento das redes com seus próprios objetivos e propósitos e es-
sociais, além de o feedback ser recebido mais ses detalhes particulares as diferenciam uma
depressa, o consumidor pode receber informa- das outras. A partir daí, a investigação desse
ções ou ter dúvidas esclarecidas quando pre- estudo foi caracterizada como uma pesquisa
cisar entender melhor um produto ou serviço descritiva e quantitativa.
oferecido, entre muitas outras possibilidades Como estratégia de pesquisa, utilizou-se
(SPADIN, 2014). a técnica Survey, que, segundo Baxter e Babbie
Atualmente, alguns canais da Internet (2003), oferece um método de verificação em-
são considerados como referência na decisão pírica, que pode facilitar a abertura da ciência,
de compra, para decidir se a marca cumpre o podendo confirmar uma determinada teoria de
que promete e para que os futuros consumido- comportamento social.
res possam buscar a opinião daqueles que já Para a coleta de dados, utilizou-se como
adquiriram um produto ou seus serviços. Com instrumento de pesquisa um questionário va-
ISSN 1984-7297 | e-ISSN 2359-618X R. Gest. Anál., Fortaleza, v. 7, n. 1, p. 118-127, jan./jun. 2018
122 ARTIGOS | A influência das redes sociais nas decisões de compras
lidado por Nóbrega (2014), composto por 10 produtos ou serviços por essas ferramentas.
perguntas de múltipla escolha. Em seu estudo, O estudo indicou, também, que 98,34%
Nóbrega (2014) propôs compreender a influ- dos investigados acreditam que as redes sociais
ência das redes sociais sobre o comportamento são uma boa via de divulgação, como propa-
do consumidor no processo de compra, voltado gandas e marketing em geral. Com relação ao
para o varejo virtual, focando nos estudantes do compartilhamento das publicidades de empre-
curso de Administração da Universidade Fede- sas, 43,73% afirmaram que adotam a ação de
ral da Paraíba (UFPB). compartilhamento.
O estudo foi aplicado nos meses de junho Investigou-se se os pesquisados já ha-
e julho de 2015 a consumidores de cidades de viam efetuado compras em sites por meio de
médio porte nordestinas, escolhidos por critério publicidade vista em redes sociais. O resultado
de acessibilidade e convidados a responder um apontou que a maioria (67,64%) dos respon-
questionário on-line nas páginas das redes so- dentes já realizou compras movidas por propa-
ciais dos autores do artigo. gandas nas redes. No que se refere ao poder de
A amostra contou com a participação de influência das redes sociais, constatou-se que
346 indivíduos. Após o recolhimento de todos 86,84% dos respondentes analisam o feedback
os questionários, os dados foram tabulados e dos demais consumidores que já adquiriram o
analisados estatisticamente pelo Statistical Pa- produto que eles desejam comprar. Informa-
ckage for the Social Sciences – SPPS. Acerca ções como preço, atendimento, qualidade do
da análise, foram utilizados módulos de estatís- produto e entrega no prazo são exemplos de fa-
tica descritiva e inferencial, como a ANOVA. tores que os consumidores costumam observar
para tomar decisões de compra.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES Entre os fatores encarados como mais
vantajosos para manter o perfil em uma rede
Com relação à caracterização da amostra social, a troca de informações fácil e rápida
e após a análise das frequências, constatou-se (71,98%) foi tida como a mais decisiva. Outros
que a pesquisa foi composta em sua maioria por fatores destacados, em ordem decrescente, são:
mulheres (60,41%). Dos pesquisados, 36,99% acompanhamento de atualizações (22,42%),
têm idade entre 16 e 22 anos; 48,84% entre 23 novos relacionamentos (3,83%) e relações em-
e 30 anos e 14,16% acima de 30 anos. presariais (1,77%).
Entre os fatores responsáveis por mais A partir de então, a fim de testar as hipó-
atrair a atenção do consumidor nas redes so- teses pré-estabelecidas no estudo, procedeu-se
cais estão, de acordo com a análise: promoções à ANOVA que é uma técnica estatística usada
(33,43%), credibilidade da marca (23,46%), valor para avaliar a significância das diferenças entre
do produto ou serviço (20,53%), comodidade de médias de grupos (CORRAR; PAULO; DIAS
compra (13,78%) e imagem da empresa (8,80%). FILHO, 2014). Destaca-se que, para explana-
No que tange aos aspectos culturais, ção e demonstração, somente foram conside-
foram feitas duas perguntas. A primeira delas radas as alternativas que apresentaram valores
indagava a frequência com que se utilizam as significantes, ou seja, <0,05. O teste ANOVA
redes sociais. 99,13% dos respondentes afirma- permite identificar diferenças entre três ou mais
ram que acessam as redes sociais diariamente. A grupos. Se o teste indicar diferenças (p<.05),
segunda questão abordou a influência das redes deverá efetuar-se um teste post-hoc para verifi-
sociais na decisão de compras dos usuários. Os car em que grupos existem diferenças. No que
dados mostraram que 64,35% dos pesquisados tange à H1 –há diferença de influência quando
recebem influência das redes; já para 33,04% os respondentes são segmentados por idade –
essa influência se dá em partes; apenas 2,61% seguem os resultados apresentados na Tabela 1:
afirmaram que não são persuadidos a consumir
R. Gest. Anál., Fortaleza, v. 7, n. 1, p. 118-127, jan./jun. 2018 ISSN 1984-7297 | e-ISSN 2359-618X
AUTORES | Juliana Carvalho de Sousa | Pablo Marlon Medeiros da Silva | Francisco Roberto Pinto | Anderson Lopes Nascimento | Livia Nascimento Rabelo 123
ISSN 1984-7297 | e-ISSN 2359-618X R. Gest. Anál., Fortaleza, v. 7, n. 1, p. 118-127, jan./jun. 2018
124 ARTIGOS | A influência das redes sociais nas decisões de compras
R. Gest. Anál., Fortaleza, v. 7, n. 1, p. 118-127, jan./jun. 2018 ISSN 1984-7297 | e-ISSN 2359-618X
AUTORES | Juliana Carvalho de Sousa | Pablo Marlon Medeiros da Silva | Francisco Roberto Pinto | Anderson Lopes Nascimento | Livia Nascimento Rabelo 125
gar, registre-se que a pesquisa se limitou a re- cluded that social networks have a powerful,
sidentes de cidades de médio porte da região relevant influence on consumer’s behavior, and
Nordeste, em um corte transversal. Dessa for- that it is an important means of communication
ma, o estudo pode ter um caráter mais regional, and interaction.
não sendo recomendada a generalização dos re-
sultados. Outra limitação foi quanto à quantida- Keywords: Social Networks. Purchase deci-
de de respondentes; nem todos os convidados sion. Consumer behavior.
a responder o questionário on-line nas páginas
das redes sociais dos autores do artigo efetiva- LA INFLUENCIA DE LAS REDES
mente responderam. SOCIALES EN LAS DECISIONES DE
Dessa forma, sugere-se a realização de COMPRAS
outras pesquisas que contemplem cidades de
outras regiões, sendo então possível fazer com- RESUMEN
parativos entre elas; analisar se as questões re-
gionais nas redes sociais também são um fator El estudio analizó la influencia de las redes
que influencia na decisão de compra, além de sociales sobre el comportamiento de consu-
ter um resultado mais generalizado, à medi- midores en el proceso de compra. Presentó
da que se possa ter uma visão mais “global”. carácter descriptivo, con un enfoque cuantita-
Além disso, sugere-se que sejam incrementa- tivo, usando como instrumento de recolección
das outras variáveis, principalmente na análise de datos un cuestionario on-line validado por
do mercado internacional, como a taxa de câm- Nóbrega (2014), aplicado con 346 residentes
bio, entre outras, de modo a identificar fatores de ciudades nordestinas medianas. Se utilizó
atrelados ao comportamento do consumidor. la estadística descriptiva y la técnica ANOVA.
Enfatiza-se, também, a necessidade de explo- Los resultados apuntaron que existe diferen-
rar mais o tema do ponto de vista empírico e cias con relación al género y la edad en lo que
conceitual. Também se recomenda que estudos concierne al consumo en las redes sociales. Se
futuros contemplem mais variáveis atreladas ao concluí que las redes sociales tienen el poder
comportamento do consumidor, correlacionan- de influencia relevante en el comportamiento
do-as com a dimensão das redes sociais. de los consumidores, siendo una importante vía
de comunicación e interacción.
THE INFLUENCE OF SOCIAL
NETWORKS IN PURCHASING Palabras-clave: Redes sociales. Decisión de
DECISIONS compra. Comportamiento del consumidor.
ABSTRACT REFERÊNCIAS
This study examined the influence of social ABBADE, E. B.; FLORA, A. D.; NORO, G.
networks on consumer behavior in the buying de B. A influência interpessoal em redes sociais
process. It presented a descriptive with a quan- virtuais e as decisões de consumo. Revista de
titative approach, using as data collection an Administração UFSM, v. 7, n. 2, p. 265-278,
instrument an on-line questionnaire validated 2014.
by Nobrega (2014), applied to 346 residents
of Northeastern medium-sized cities. We used BALOUCHI, Mina et al. Explaining and pre-
a descriptive statistics and the ANOVA tech- dicting online tourists’ behavioural intention in
nique. The results showed that there are differ- accepting consumer generated contents. Jour-
ences with respect to gender and age in regard nal of Hospitality and Tourism Technology,
to consumption on social networks. It was con- v. 8, n. 2, p. 168-189, 2017.
ISSN 1984-7297 | e-ISSN 2359-618X R. Gest. Anál., Fortaleza, v. 7, n. 1, p. 118-127, jan./jun. 2018
126 ARTIGOS | A influência das redes sociais nas decisões de compras
BAXTER, L.; BABBIE, E. The basics of com- KABADAYI, S.; PRICE, K. Consumer: brand
munication research. Belmont: Wadsworth/ engagement on Facebook: liking and comment-
Thomsom Learning, 2003. ing behaviors. Journal of Research in Inter-
active Marketing, v. 8, n. 3, p. 203-223, 2014.
BILGIHAN, A.; PENG, C.; KANDAMPUL-
LY, J. Generation Y’s dining information seek- KWON, O.; WEN, Y. An empirical study of
ing and sharing behavior on social network- the factors affecting social network servisse
ing sites: An exploratory study. International use. Computers in Human Behavior, v. 26, n.
Journal of Contemporary Hospitality Man- 2, p. 254-63, 2010.
agement, v. 26, n. 3, p. 349-366, 2014.
MEDEIROS, B. et al. A influência das mídias
BOYD, D. M.; ELLISON, N. B. Social net- sociais e blogs no consumo da moda feminina.
work sites: definition, history, and scholarship. In: SIMPÓSIO DE EXCELÊNCIA EM GES-
Journal of Computer-Mediated Communi- TÃO E TECNOLOGIA, 11., 2014, Rio de Ja-
cation, v. 13, n. 1, p. 210-30, 2007. neiro. Anais... Rio de Janeiro: SEGeT, 2014.
R. Gest. Anál., Fortaleza, v. 7, n. 1, p. 118-127, jan./jun. 2018 ISSN 1984-7297 | e-ISSN 2359-618X
AUTORES | Juliana Carvalho de Sousa | Pablo Marlon Medeiros da Silva | Francisco Roberto Pinto | Anderson Lopes Nascimento | Livia Nascimento Rabelo 127
SONG, S.; YOO, M. The role of social media YAVUZ, R.; TOKER, A. Location sharing on
during the pre-purchasing stage. Journal of social networks: implications for marketing.
Hospitality and Tourism Technology, v. 7, n. Marketing Intelligence & Planning, v. 32, p.
1, p. 84-99, 2016. 567-585, 2014.
ISSN 1984-7297 | e-ISSN 2359-618X R. Gest. Anál., Fortaleza, v. 7, n. 1, p. 118-127, jan./jun. 2018