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PÊNDULO SIMPLES
Rio Verde, GO
2016
RESUMO
1 INTRODUÇÃO
A vibração de um cristal de quartzo em um relógio, a oscilação do pêndulo de um relógio
de carrilhão, as vibrações sonoras produzidas por um clarinete ou pelo tubo de um órgão e as
oscilações produzidas pelos pistões no motor de um automóvel são exemplos de movimentos
que se repetem indefinidamente, conforme Young e Freedman (2008, p.36), esse tipo de
movimento é chamado de movimento periódico ou oscilação. Um corpo que “executa
movimento periódico encontra-se sempre em uma posição de equilíbrio estável, e quando é
deslocado dessa posição e solto, surge uma força que o faz retornar à posição de equilíbrio.
Quando ele atinge esse ponto, pelo fato de haver acumulado energia cinética, ele o ultrapassa,
parando em algum ponto do outro lado e sendo novamente puxado para usa posição de
equilíbrio”. (YOUNG; FREEDMAN, 2008, p. 36). Como no caso do experimento realizado foi
um pêndulo que oscila de um lado para o outro passando por sua posição de equilíbrio na
vertical.
Tipler e Mosca (2010) descreve que um tipo de movimento oscilatório comum, muito
importante e básico, é o movimento harmônico simples, como o de um corpo sólido preso a
uma mola, ressalta que no equilíbrio, a mola não exerce força sobre o corpo e quando o corpo
é deslocado de uma distância x a partir de sua posição de equilíbrio, a mola exerce sobre ele
uma força – kx, dada pela lei de Hooke:
𝐹𝑥 = −𝑘𝑥 (1)
Onde k é a constante de força da mola, uma medida de sua rigidez, segundo Young e
Freedman (2008) a constante de proporcionalidade k entre Fx é a constante da força da mola.
“O sinal negativo indica que a força é uma força restauradora, isto é, ela tem o sentido oposto
ao do deslocamento a partir da posição de equilíbrio. ” (TIPLER; MOSCA, 2010, p. 465).
De acordo com Tipler e Mosca (2010), ao combinar a equação 1 com a segunda lei de
Newton, temos que:
𝐹𝑥 = −𝑘𝑥 e 𝐹𝑥 = 𝑚𝑎𝑥
−𝑘𝑥 = 𝑚𝑎𝑥
𝑘
𝑎𝑥 = − 𝑚 𝑥 (2)
E as equações 3 e 13 tem-se:
1 2𝜋 𝑚
𝑇=𝑓= = 2𝜋√ 𝑘 (14)
𝜔
L pela aceleração da gravidade g, os metros cancelam e fica com o quadrado do segundo, o que
sugere:
𝑚 𝑚𝑠²
√ =√ = √𝑠 2 = 𝑠
𝑚/𝑠² 𝑚
𝐿
√𝑔 = 𝑇 (15)
A trajetória do corpo puntiforme não é uma linha reta, mas um arco de circunferência
de raio L igual ao comprimento do fio. Utiliza-se como coordenada a distância x medida ao
longo do arco. Interroga Young e Freedman (2008) se a oscilação constitui um movimento
harmônico simples é necessário que a força restauradora seja diretamente proporcional à
distância x ou a θ. Na figura 2, representa-se a força restauradora radial e do componente
tangencial.
Observa-se que o erro é menor que 1% para ângulos menores que 10°. Assim com essa
aproximação pode-se escrever a equação:
𝐹𝜃 = −𝑚𝑔 𝜃 (16)
𝑥
𝐹𝜃 = −𝑚𝑔 (17)
𝐿
ou
𝑚𝑔
𝐹𝜃 = − 𝑥 (18)
𝐿
1 2𝜋 𝐿
𝑇=𝑓= = 2𝜋√𝑔 (22)
𝜔
2. METODOLOGIA
2.1 Materiais
Sistema de sustentação: tripé com sapatas niveladoras amortecedoras, haste
principal e mesa suporte;
Massa pendular;
Escala milimetrada (régua) de um metro;
Cronômetro;
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
3.1 Descrever e Observar Resultados
Em uma análise inicial de força sobre o sistema do pêndulo simples pode-se inferir como
ilustrado na Figura 1, a seguir, que tem uma componente T tração exercida pelo fio e a força
gravitacional Fg, onde esta se decompõe em mg cos φ e mg sin φ.
Analisando a Tabela 2, observa-se que os valores não são iguais, uma vez que o
cronômetro usado foi de um aparelho celular que pode apresentar erro, existe também o fator
de coordenação motora do aluno para acionar o dispositivo, o modo de abandonar o objeto com
certa rotação angular em tornos de seu eixo.
𝑛
𝑇=
∆𝑡
Amplitude 5 cm
T = 2π√(0,27 / 9,8) → T = 1,043 s
f = 5 / 5,22 → f = 0,958 Hz
Amplitude 10 cm
T = 5,34 / 5 → T = 1,068 s
f = 5 / 5,34 → f = 0,936 Hz
Amplitude 15 cm
T = 5,36 / 5 → T = 1,072 s
f = 5 / 5,36 → f = 0,933 Hz
Amplitude 20 cm
T = 5,54 / 5 → T = 1,108 s
f = 5/ 5,54 → f = 0,903 Hz
Amplitude 25 cm
T = 5,80 / 5 → T = 1,16 s
f = 5 / 5,80 → f = 0,862 Hz
15
Frequência
Amplitude Tempo de 5 oscilações Período médio
Lançamento Média
(cm) (s) (s)
(Hz)
1º 5,21
2º 5,07
5 1,044 0,958
3º 5,38
Média 5,22
1º 5,34
2º 5,39
10 1,068 0,936
3º 5,30
Média 5,34
1º 5,31
2º 5,51
15 1,072 0.933
3º 5,27
Média 5,36
1º 5,48
2º 5,56
20 1,108 0,903
3º 5,58
Média 5,54
1º 5,78
2º 5,86
25 1,160 0,862
3º 5,75
Média 5,80
Tabela 4 - Período e frequência com variação da amplitude.
Fonte: Silva (2016)
Figura 4 - Período (T) versus Amplitude (A) com dados disponíveis na Tabela 4.
Fonte: Silva (2016)
17
Pêndulo Simples
1,5
1,3
Período (s)
1,1
0,9
0,7
0,5
5 10 15 20 25
Amplitude (cm)
Os valores obtidos em campo experimental não estão de acordo com a teoria estudada.
Porém fazendo uma esquematização do movimento do pêndulo (Figura 6), é possível provar
que as amplitudes tiveram ângulos φ com valores grandes, assim surgem distúrbios que a lei do
isocronismo deixa de valer.
Para calcular o valor de φ basta usar relação trigonométrica:
sen φ = cateto oposto ( amplitude) / hipotenusa (raio).
Efetuando para maior amplitude fica:
18
Pêndulo Simples
1,5
1,4
1,3
1,2
1,1
Frequência (Hz)
1
0,9
0,8
0,7
0,6
0,5
5 10 15 20 25
Amplitude (cm)
Comprimento do pêndulo 12 cm
T = 2π√(0,12 / 9,8) → T = 0,695 s
f = 1 / 0,695 → f = 1,439 Hz
Comprimento do pêndulo 15 cm
T = 2π√(0,15 / 9,8) → T = 0,777 sf = 1 / 0,777 → f = 1,287 Hz
Comprimento do pêndulo 18 cm
T = 2π√(0,18 / 9,8) → T = 0,852 s
f = 1 / 0,852 → f = 1,174 Hz
Comprimento do pêndulo 21 cm
T = 2π√(0,21 / 9,8) → T = 0,920 s
f = 1 / 0,920 → f = 1,087 Hz
Comprimento do pêndulo 25 cm
T = 2π√(0,25 / 9,8) → T = 1,004 s
f = 1 / 1,004 → f = 0,996 Hz
20
Pêndulo Simples
1,5
1,375
1,25
1,125
Período (s)
0,875
0,75
0,625
0,5
10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30
Figura 9 – Período (P) versus Comprimento do pêndulo (ℓ) com dados disponíveis na Tabela 5.
Fonte: Silva (2016)
4 QUESTÕES
I.Existe alguma relação para o qual tendem o período em função das amplitudes
(consideradas pequenas) sofridas pelo pêndulo simples?
A força restauradora não é proporcional ao deslocamento angular φ, mas sim ao sen φ. O
movimento resultante, portanto, não será harmônico simples. Todavia, se o ângulo φ for
pequeno, sen φ será muito próximo de φ, expresso em radianos (recomenda-se ângulos φ
menores que 10°).
Para pequenos deslocamentos, a força restauradora é proporcional ao deslocamento e oposta a
este (HALLIDAY; RESNICK, WALKER, 2008). O período do pêndulo simples quando sua
amplitude é pequena pode, assim, ser obtido fazendo se k = mg / L:
T = 2π√(m / k) = 2π√[m / (mg / L)] → T = 2π√(L / g).
Oscilações de grandes amplitudes não obedecem aos critérios do MHS, assim para determinar
o período usa-se a seguinte equação:
Em que n é par e ϴ o ângulo formado entre o pêndulo em sua posição de equilíbrio à sua
amplitude máxima (TIPLER; MOSCA, 2010). Neste caso ϴ é o deslocamento angular máximo.
Portanto contrário para pequenas amplitudes, neste caso o T aumenta com aumento da
amplitude (HALLIDAY; RESNICK, WALKER, 2008).
𝑙 1 𝑔
= L, temos: T = 2π√[mgL / (mL²), simplificando m e L, fica T = 2𝜋√ e f= √𝑙.
𝑔 2𝜋
validade da afirmação basta olhar como cada componente da equação da frequência está
relacionado.
5 CONCLUSÕES
Vimos o movimento realizado por um pêndulo simples, inicialmente em repouso. O
período de oscilações de um pêndulo, quando mantém o mesmo comprimento, não depende da
altura em que o objeto é solto, ou seja, sua amplitude.
Entretanto, ao modificar o comprimento do pêndulo, tanto o período como a frequência
são diferentes. Ao diminuir seu tamanho, o período de oscilações também diminui,
consequentemente, a frequência aumenta, pois se trata de unidades inversamente proporcionais.
Levando-se em consideração os aspectos analisados, os resultados encontrados
conseguem comprovar a teoria. Ao deslocarmos o pêndulo 5 cm, 10 cm ou 15 cm, os valores
foram bem próximos, demonstrando a veracidade da teoria.
Deve-se lembrar de que os erros e desvios encontrados podem ter sido acarretados por
condições ambientais ou a falta de especialização dos alunos. Entretanto, o erro foi mínimo, de
modo que os resultados numéricos conseguem alcançar os objetivos propostos.
24
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DOCA, R. H.; BISCUOLA, G. J.; BÔAS, N. V. Física. 2 ed. São Paulo, SP: Saraiva, 2010.
HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de física. 8.ed. Rio de Janeiro,
RJ: LTC, 2008.
MÁXIMO, A. Física: de olho no mundo do trabalho. São Paulo, SP: Scipione, 2003.
YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A. Física II: Termodinâmica e Ondas. 12.ed. – São Paulo:
Addison Wesley, 2008. p.36-37-52-53.