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2003
O SENTIDO DA ATUAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA COM EXECUTIVOS EM EMPRESAS COSTA, Renata de Oliveira Santos Defesa: 11/02/2003 Sílvia Friedman (Orientadora) Este trabalho visou compreender o sentido da atuação fonoaudiológica com executivos em empresas. Utilizou entrevistas de seis fonoaudiólogos que atual com estes profissionais no âmbito empresarial. A partir da categorização das mesmas extraiu o material discursivo para a análise dos dados. Para isso, usou a proposta de Spink (2000) que aborda a qu
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Atuação Fonoaudiológica com Executivos em Empresas
2003
O SENTIDO DA ATUAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA COM EXECUTIVOS EM EMPRESAS COSTA, Renata de Oliveira Santos Defesa: 11/02/2003 Sílvia Friedman (Orientadora) Este trabalho visou compreender o sentido da atuação fonoaudiológica com executivos em empresas. Utilizou entrevistas de seis fonoaudiólogos que atual com estes profissionais no âmbito empresarial. A partir da categorização das mesmas extraiu o material discursivo para a análise dos dados. Para isso, usou a proposta de Spink (2000) que aborda a qu
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2003
O SENTIDO DA ATUAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA COM EXECUTIVOS EM EMPRESAS COSTA, Renata de Oliveira Santos Defesa: 11/02/2003 Sílvia Friedman (Orientadora) Este trabalho visou compreender o sentido da atuação fonoaudiológica com executivos em empresas. Utilizou entrevistas de seis fonoaudiólogos que atual com estes profissionais no âmbito empresarial. A partir da categorização das mesmas extraiu o material discursivo para a análise dos dados. Para isso, usou a proposta de Spink (2000) que aborda a qu
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Este trabalho visou compreender o sentido da atuação fonoaudiológica com
executivos em empresas. Utilizou entrevistas de seis fonoaudiólogos que atual com estes profissionais no âmbito empresarial. A partir da categorização das mesmas extraiu o material discursivo para a análise dos dados. Para isso, usou a proposta de Spink (2000) que aborda a questão das práticas discursivas e produção de sentido. Concluiu que a atuação fonoaudiológica com executivos é similar as assessorias descritas na literatura e pode ser considerada como tal e não como Fonoaudiologia Empresarial.
RUÍDO E RECONHECIMENTO DE FALA EM CRIANÇAS DA 4ª SÉRIE DO
ENSINO FUNDAMENTAL DREOSSI, Raquel Cecília Fischer Defesa: 18/02/2003 Teresa Maria Momensohn Santos (Orientadora)
A situação de escuta dentro de uma sala de aula é dependente de diversos
fatores e pode alterar o aprendizado dos alunos que ali se encontram. Esta pesquisa foi desenvolvida tendo como preocupação, estabelecer o nível de ruído dentro de uma sala de aula, a relação sinal-ruído deste ambiente e as habilidades auditivas necessárias para uma boa escuta. Assim sendo, o objetivo principal desta pesquisa foi o de analisar o desempenho de crianças da 4ª série do ensino fundamental de uma escola particular no Município de Atibaia, no Estado de São Paulo, na tarefa de reconhecer fala em presença de ruído. Os objetivos secundários foram: estabelecer a matriz de confusão para as palavras; estabelecer o índice do desempenho para estímulos de fala de diferentes durações (palavras e sentenças); estabelecer o índice de desempenho entre as condições (OD, OE e Campo Sonoro), nas situações monótica e diótica. Foram avaliadas 25 crianças da 4ª série do ensino fundamental, por meio de tarefa de reconhecimento de palavras e sentenças, com e sem ruído competitivo. Para isso, o nível de ruído interno desta sala de aula foi medido por 4 dias consecutivos, assim com o nível de voz utilizado pela professora, a fim de obtermos a relação sinal-ruído desta sala de aula. Obtivemos como resultado que sempre que o ruído competitivo estava presente, ele influía negativamente nos índices de inteligibilidade da fala, evidenciando desta forma, que o ruído impede o bom reconhecimento da mesma. As sentenças apresentaram os piores índices de reconhecimento quando comparadas às palavras monossílabas. A orelha esquerda se mostrou com melhores resultados na habilidade de reconhecimento de fala, tanto em situação com ou sem ruído competitivo. A matriz de confusão elaborada a partir de lista de palavras com ruído competitivo, nos mostra que os fonemas /p/; /b/; /n/; /f/ e /d/ sofreram a maior interferência. Assim, concluímos após estas constatações, que esta situação de escuta dentro de uma escola deve ser objeto de observação e cuidado por parte de todos os profissionais envolvidos na área, ou seja, fonoaudiólogos, professores, coordenadores, pedagogos, etc, uma vez que o processo de aprendizagem pode ser alterado por este ruído.
MÉTODO CLÍNICO FONOAUDIOLÓGICO: QUANDO O DISCURSO TOMA A
PALAVRA KOKANJ, Andréa Siqueira Defesa: 20/02/2003 Regina Maria Freire (Orientadora)
Este trabalho discute a questão do método clínico na Fonoaudiologia. Nesta
perspectiva, inicialmente, apresento o estado atual da arte da clínica fonoaudiológica de linguagem, discutindo o reducionismo à que o método clínico é relegado, dado o equívoco fundamental entre as concepções de técnica e método procedente da inspiração que a Clínica Médica ofereceu à Fonoaudiologia Inscrevo ainda, no interior deste trabalho, os princípios centrais que esteiam o método clínico fonoaudiológico ao qual me refiro, apoiada, de um lado, na Psicanálise em suas considerações sobre a clínica e, de outro, na Lingüística em suas considerações sobre a linguagem. Entendendo o método clínico enquanto uma estrutura clínica em ação, em funcionamento, trago à cena uma formalização deste, remetendo-o à uma perspectiva, na qual a linguagem patológica do sujeito está implicada.
RELAÇÃO FONOAUDIOLOGIA E ORTODONTIA: CONVERGÊNCIAS E
DIVERGÊNCIAS CONTI, Roberta Maria Scavazza de Defesa: 24/02/2003 Maria Consuelo Passos (Orientadora)
O presente estudo teve como finalidade discutir a relação
Fonoaudiologia/Ortodontia, a partir das convergências e divergências reveladas nos discursos, que constam nas entrevistas semi-estruturadas e realizadas com 20 fonoaudiólogas e 23 ortodontistas em seus locais de trabalho. Os resultados encontrados mostraram-se convergentes quanto à importância dessa relação, enfatizada por ambos os profissionais. Entretanto, o tipo de relação estabelecida entre eles, na prática, ainda é precária e frágil. Podemos observar uma tentativa de aproximação entre as categorias, mas a mesma é prejudicada em detrimento das divergências encontradas nos depoimentos dos entrevistados quanto ao insuficiente conhecimento da área de interface, ou seja, "quando" e em "quais" casos devem ocorrer as atuações em conjunto entre esses profissionais. Para efetivar o diálogo entre esses profissionais, a Fonoaudiologia, por ser uma profissão relativamente nova, necessita de uma maior divulgação do seu trabalho, tanto entre os ortodontistas quanto para a população em geral. Entretanto, todos esses problemas seriam minimizados ou até mesmo excluídos se esses profissionais realmente atuassem de forma integrada por meio de equipes de trabalho, como é a demanda do sistema estomatognático. Para tanto, foi sugerida uma forma de atuação construída a partir de uma integração do tratamento via equipes transdisciplinares que, de fato, funcionem, em busca de uma terapêutica que possa beneficiar todos da equipe e, sobretudo; o paciente. CONDIÇÕES DE PRODUÇÃO VOCAL EM TRABALHADORES DE UMA INDÚSTRIA METALÚRGICA COZE, Waldileine Azevedo Defesa: 07/03/2003 Léslie Piccolotto Ferreira (oirentadora)
Objetivo: O objetivo deste trabalho é, por meio de questionário proposto por
Ferreira et al. (2000), conhecer a percepção da voz e de riscos ocupacionais em trabalhadores de uma indústria metalúrgica. Métodos: A seleção de sujeitos foi realizada junto a trabalhadores de uma indústria metalúrgica, e por meio do mapa de risco da fábrica determinamos o setor pesquisado (de produção), por apresentarem os riscos (ruído, temperatura e poeira) pretendidos nesta pesquisa para estudo. Esse setor possui um total de 179 trabalhadores, sendo devolvidos 102 questionários respondidos. Resultados: A maioria dos trabalhadores é representado pelo gênero masculino (76.5%), com maior concentração na faixa etária de 261---25 anos, exerce a função de operador de máquina, atua de 61--- 10 anos na mesma função, no horário matutino e trabalhando 06 dias por semana. O ambiente e o ritmo de trabalho foram considerados como moderado. Quanto aos agentes físicos, a maioria (89.2%) referiu a presença de ruído, sendo esse proveniente mais do próprio setor (75.5%), ausência de poeira (73.5%) e de fumaça (84.3%). A temperatura do local de trabalho foi considerada adequada, considerando as respostas sobre a mesma, nem muito fria (79.4%) e nem muito quente (53.9%). Poucos relataram ter no presente ou no passado alteração vocal (8.8%), e atribuiram como causa desta alteração a infecção de garganta (22.5%) e alergia (10.8%), observando a mesma há mais de quatro anos com início insidioso. Como sintomas os mais relatados foram a dor de garganta (27.5%) e rouquidão (23.5%), tendo como sensação laríngea, o pigarro (22.5%) e garganta seca (12.7%). Quanto ao estado geral de saúde, as queixas mais citadas foram a ansiedade (38.2%), dores de cabeça (37.3%) e alergia (30.4%). Os aspectos significantes que diferenciaram os nove sujeitos que se auto-definiram com alteração vocal no presente ou no passado dos demais foram: presença de poeira, fumaça, umidade e temperatura muito fria. Apresentam rouquidão, dor de garganta, perdem a voz, cansaço ao falar, insatisfação com a voz, sensação de areia na garganta, dor ao falar e ao engolir, ardor e dificuldade para engolir, além de presença de resfriados freqüentes, gritar/falar alto, falar muito, possuir pessoas na família com alteração de voz, asma, bronquite, sinusite e dores de cabeça. Conclusões: Os dados sugerem contribuir na possibilidade de entender melhor a multifatoriedade que pode determinar as alterações vocais, dando aos fonoaudiólogos condições para que em parceria com outros profissionais, preocupados com o adoecimento dos trabalhadores em geral, possam elaborar ações mais efetivas de prevenção de alterações vocais.
O DIÁRIO DIALOGADO NO PROCESSO TERAPÊUTICO DE UMA CRIANÇA
PORTADORA DE DEFICIÊNCIA AUDITIVA HOPMAN, Elisa de Biase Defesa: 25/03/2003 Beatriz A. Caiuby Novaes (Orientadora)
No trabalho clínico fonoaudiológico com a criança portadora de deficiência
auditiva e seus pais, encontramos a necessidade da utilização de estratégias específicas para o trabalho com os mesmos. Um deles é a elaboração de um diário dialogado, onde terapeuta e pais estão em constante contato, podendo cumprir múltiplos papéis no processo terapêutico. O presente trabalho tem por objetivo analisar retrospectivamente um diário confeccionado no processo terapêutico de uma criança portadora de deficiência auditiva durante dois anos, caracterizando, portanto, a sua confecção, suas funções e espaços de utilização. O método para análise foi construído a partir do material do diário selecionado. Foram utilizados diferentes recortes com o intuito de não reduzir a riqueza do material disponível através de categorias discretas. Utilizamos as modalidades descritas por MAINGUENEAU (2002) que aborda o tipo de relacionamento particular criado pelo diário. As demandas da terapeuta e da mãe, muitas vezes implícitas em metáforas e na formulação de perguntas foram abordadas na sua relação com o processo terapêutico da criança. Foram características deste diário a troca de informações sobre ocorrências em casa e em terapia, a utilização deste espaço na explicitação de expectativas para ambas as partes, orientações específicas sobre atividades a serem desenvolvidas em casa, entre outros. Este trabalho inaugura uma discussão da utilização do diário como técnica da terapia de linguagem da criança portadora de deficiência, onde a utilização máxima da audição disponível através da amplificação depende de constante contato com a família no sentido de trabalhar as expectativas dos pais no processo da criança tornar-se um surdo que fala.
O objetivo deste trabalho é demonstrar que existe um sistema fixo de
funcionamento na disfonia, e a partir disso propor, uma ampliação do olhar fonoaudiológico no processo de avaliação e terapia dos pacientes disfônicos. Tal ampliação traz à tona o sistema de funcionamento gerado na dinâmica corpo, respiração e voz. O método das Cadeias Musculares e Articulares, também conhecido como Método G.D.S. (Godelieve Denys-Struyf), é a base teórica que permite fazer esta leitura integrada. Neste sentido, este trabalho permitirá mostrar que uma leitura do funcionamento corporal, baseada nesse método oferece uma forma efetiva para a compreensão e tratamento dos problemas vocais. Para proceder à seleção das sete vinhetas clínicas, recortes ilustrativos que constituem os dados desta pesquisa, fiz uso de minha memória como terapeuta, organizando recordações e registros de casos. Os casos correspondem a uma parcela dos pacientes que atendi no período entre 1998 e 2002, todos previamente examinados pelo otorrinolaringologista e com diagnóstico definido. A escolha dos casos baseou-se na clara identificação dos ajustes que fixavam um padrão e que marcavam o sistema de funcionamento das alterações vocais. A apresentação dessas vinhetas é constituída de identificação do paciente, queixas, diagnóstico otorrinolaringológico, avaliação fonoaudiológica e avaliação do sistema baseada no método G.D.S. Os exemplos de proposta de atuação para cada paciente, a reprodução de depoimentos e/ou desenhos desses pacientes revelam seus insights, durante o processo de avaliação e terapia fonoaudiológica. Minha compreensão do uso da voz, tanto dentro como fora do campo das alterações vocais, foi enriquecido pelo conhecimento permitido pelo método G.D.S. e por sua noção de saúde como expressão de movimentos livres. O ser humano é compreendido como um sistema, ou seja, uma estrutura que se organiza em conjuntos de unidades inter-relacionadas e interdependentes. Analogamente, foi possível compreender a expressão vocal também como um sistema, que se saudável, surge como resultado da inter-relação livre entre seus elementos, ou seja a expressão do corpo, da respiração, da emoção e da voz do sujeito.
O REFLEXO ACÚSTICO DO MÚSCULO ESTAPÉDIO E O RECONHECIMENTO
DE SENTENÇAS NA CONDIÇÃO MONÓTICA EM ESCOLARES PINTO, Miriam da Silva Defesa: 14/04/2003 Teresa Maria Momenshn dos Santos (Orientadora)
O reflexo acústico do músculo estapédio, vem sendo pesquisado e considerado
um mediador nas tarefas que envolvem situações de fala em presença de mensagem competitiva. A habilidade de reconhecer a fala em meio a ruído, relaciona-se com as tarefas do processamento auditivo central, e, é possível que alterações nesta habilidade ocorram concomitantemente a alterações do reflexo acústico. O objetivo desta pesquisa foi analisar a influência do reflexo acústico nas respostas de reconhecimento de fala em situação monótica, por meio do teste PSI e relacionar com o desempenho escolar e a queixa auditiva, em uma população de escolares da 1ª e 2ª séries do ensino fundamental. Foram avaliadas 60 crianças, na faixa etária de 6 a 8 anos de idade, matriculadas regularmente nas escolas que foram escolhidas para desenvolver a pesquisa. As crianças foram alocadas em dois grupos, A e B. No grupo A, as crianças apresentaram limiares do reflexo acústico presente em todas as freqüências pesquisadas e, no grupo B apresentaram alteração ou ausência do reflexo acústico em uma ou mais freqüências pesquisadas. Os resultados obtidos revelaram maior ocorrência de alterações do PSI no grupo B. Os achados do reflexo acústico em crianças que apresentaram desempenho escolar ruim, não foram significativos estatisticamente, mas, em relação ao PSI estas mesmas crianças apresentaram percentual alterado significativo para o teste. Nas crianças que apresentaram queixa auditiva foi observado alterações significativas no reflexo acústico e no PSI. A análise dos resultados permite concluir que o reflexo acústico exerceu influência na habilidade auditiva de atenção seletiva, ao reconhecer a fala em presença de mensagem competitiva.
A MÚSICA COMO ESTRATÉGIA TERAPÊUTICA EM CRIANÇA COM DESVIO
FONOLÓGICO STEVAUX , Odisséia de Sousa Defesa: 22/04/2003 Teresa M. Momensohn dos Santos(Orientadora)
O presente trabalho teve por objetivo, apresentar o uso de canções adaptadas
como estratégia facilitadora para a aquisição e automatização fonêmica na terapia de uma criança com desvio fonológico. Submetida a avaliação, a criança apresentou os processos de anteriorização (/k/ /t/; /g/ /d/), redução dos grupos consonantais e apagamento da líquida final {R}, nos quais a ocorrência dos fonemas alterados foi de 0% em todas as posições da sílaba e da palavra. Foram descritos os procedimentos adotados, assim como foram apresentadas as músicas utilizadas durante o processo terapêutico. A terapia foi iniciada tendo como primeiro objetivo o trabalho com a percepção e a produção do fonema /k/.Não foi necessário realizar-se um trabalho específico com o fonema /g/, tendo-se apenas introduzido uma música explorando a emissão do mesmo. Em seguida, foi trabalhada a percepção e a produção dos grupos consonantais e, finalmente, da líquida final {R}.Os resultados obtidos em cada uma das três etapas de avaliação realizadas, mostraram que o nível de ocorrência dos fonemas trabalhados passou de 0% para 100% em todas as posições da sílaba, palavra e em todas as situações de comunicação, tendo-se concluído o processo terapêutico em oito meses. Esse estudo evidenciou também, que a utilização da música privilegiou o envolvimento da criança em todas as atividades propostas, as quais se desenrolaram em um ambiente lúdico e motivador, além de propiciar o estabelecimento de um vínculo afetivo entre terapeuta e paciente, fatores importantes para o sucesso do processo terapêutico.
ASSESSORIA ESCOLAR FONOAUDIOLÓGICA SOB O EFEITO DA ESCRITA E
SUA AQUISIÇÃO BARCELLOS, Carolina Arantes Pereira Defesa: 24/04/2003 Regina Maria Freire (Orientadora)
Ao analisar criticamente os procedimentos de triagem fonoaudiológica e de
orientação, a partir de um outro olhar advindo de conhecimentos da lingüística, pretendo apresentar uma alternativa para a função do fonoaudiólogo atuante na escola, que se articule aos projetos educacionais. Para tanto irei escutar os sentidos que o professor atribui à escrita de uma criança - extraídos de situações empíricas de assessoria escolar fonoaudiológica, transcritas e transformadas em dados discursivos de análise - e as relações que o mesmo estabelece com o processo de alfabetização. Paralelamente, analisarei a escrita de um aluno e discutirei os achados a partir da vertente teórica do Interacionismo Brasileiro, cujo o objeto de estudo remete às explicações sobre a Aquisição de Linguagem. Meu foco será sobre o erro que, ressignificado, será tomado como indício do processo de aquisição da escrita, pedindo apenas leitura e não formas de superação. Com a experiência advinda desta atividade, emerge uma proposta de assessoria fonoaudiológica que propõe um novo olhar sobre a escrita e, consequentemente, uma outra atribuição de sentidos à atuação do fonoaudiólogo em consonância com o projeto escolar
RELAÇÃO CORPO-LINGUAGEM: ESTUDO DE CASO NA CLÍNICA
FONOAUDIOLÓGICA NEISSER, Vera Lucia Gaspar Defesa:29/ 04/2003 Luiz Augusto de Paula Souza (Orientador)
Este trabalho propõe uma possibilidade de abordagem monista da relação corpo
e linguagem na clínica terapêutica fonoaudiológica, a partir de um estudo de caso clínico. Esta pesquisa demandou, como considerações preliminares para sua contextualização, uma reflexão sobre a polarização corpo-mente e corpo- linguagem, arraigadas e influentes na Fonoaudiologia, como também explorar estudos da área, menos hegemônicos, mas que buscam abordagens que articulam a dimensão simbólica e a corporal na constituição do sujeito, como um ser de linguagem, compondo subsídios para uma visão monista da relação corpo e linguagem. Como universo teórico de referências ao trabalho são usados, principalmente, aspectos dos estudos da psicanalista Françoise Dolto, sobretudo os que focam o binômio corpo-linguagem na constituição psíquica do sujeito e elementos da filosofia de José Gil, que pensam o corpo a partir das relações interpsíquicas e das sociais. A análise do caso, aqui chamado Marcelo, constata que o paciente transita na linguagem, essencialmente através de mímicas faciais, gestos, posturas corporais e de produções gráficas (desenhos) e/ou plásticas (modelagens) de seu corpo. Por essa via, ele se apresenta como sujeito, mesmo na ausência da oralidade, mostrando como o corpo não é apenas suporte da linguagem, mas seu agente ou, em outros termos, sua condição de possibilidade.
SURDEZ MITOCONDRIAL DECORRENTE DO USO DE DROGAS
OTOTÓXICAS: REVISÃO DA LITERATURA ROXO, Maria Isabel Carchedi Defesa: 29/04/2003 Teresa M. Momensohn dos Santos (Orientadora)
A surdez hereditária não-sindrômica é uma condição heterogênea, com inúmeros
genes de locos diferentes interferindo no desenvolvimento e na fisiologia da audição. Apresentamos uma revisão sobre genética, mutação mitocondrial induzida por ototóxico e surdez. Podemos observar, segundo a literatura consultada, a detecção de vários casos de deficiência associada a mutação do DNA mitocondrial a principal delas é a mutação A1555G, muitas vezes associadas a casos de deficiência auditiva ao uso de ototóxicos. A deficiência auditiva induzida pela ototoxicidade apresenta em padrão de transmissão, apenas os descendentes maternos seriam responsáveis por tais características. Com o uso de testes genético, de mutação especificas a possibilidade da dedução do padrão da herança da surdez famíliar, mesmo nos casos isolados, situação em que pode ser fornecido às famílias aconselhamento genético preciso. A realização do estudo genético em indivíduos deficientes auditivos cuja causa seja desconhecida, torna-se importante para todos os profissionais envolvidos desde diagnóstico passando pela intervenção e a reabilitação destes pacientes. Em especial destacamos o papel do fonoaudiólogo, este será o profissional que irá acolher e acompanhar este indivíduo e indicará quais as possíveis possibilidades de inserção deste no meu social.
ACHADOS AUDIOLÓGICOS EM INDIVÍDUOS COM QUEIXA DE
HIPERSENSIBILIDADE AUDITIVA DIAS, Fernanda Abalen Martins Defesa: 06/05/2003 Teresa M. Momensohn dos Santos (Orientadora)
A hipersensibilidade auditiva pode ser definida como um desconforto ou
intolerância aos sons cotidianos (em indivíduos com audição dentro dos limites da normalidade), que em geral não provocam nenhuma reação desagradável nas demais pessoas. Os objetivos deste estudo foram: (1) verificar a ocorrência de queixas de hipersensibilidade auditiva em indivíduos com audição dentro dos limites da normalidade; (2) verificar a ocorrência de sintomas auditivos relacionados às queixas de hipersensibilidade auditiva e (3) comparar os resultados dos registros das Emissões Otoacústicas Produtos de Distorção e dos limiares do Reflexo Acústico Contralateral do Músculo Estapédio em indivíduos com audição normal com e sem queixa de hipersensibilidade auditiva. Participaram deste estudo 34 indivíduos, divididos em grupo controle e grupo experimental. Foram obtidos registros das Emissões Otoacústicas Produtos de Distorção e dos Limiares do Reflexo Acústico Contralateral do Músculo Estapédio para ambos os grupos. As queixas relativas à hipersensibilidade auditiva e os sintomas auditivos associados foram investigados através da aplicação de um questionário e da anamnese. A partir dos resultados obtidos concluiu-se que o sintoma auditivo mais relatado pelos indivíduos com queixa de hipersensibilidade auditiva foi o zumbido e que houve diferença estatisticamente significante entre a amplitude de resposta das Emissões Otoacústicas Produtos de Distorção (para a frequência de 6000Hz) entre o grupo controle e o grupo experimental.
A PERCEPÇÃO SUBJETIVA DO ENGASGO EM PESSOAS IDOSAS
Sabendo da alta incidência de problemas de deglutição em idosos asilados, este
trabalho teve por objetivo conhecer os sentidos que as alterações de deglutição tem para esses idosos. Inicialmente foi realizada triagem com 60 idosos para delimitar o nosso grupo de estudo. Deste fizeram parte apenas os idosos que tiveram queixa de engasgo freqüente ou às vezes, totalizando 15 idosos. A obtenção e a análise dos dados foi baseada na metodologia proposta por Spink e col (1999) que trata de práticas discursivas e produção de sentido. Foram realizadas entrevistas abertas nas quais o entrevistado era solicitado a dizer o que lhe viesse a mente quando pensava em “engasgo”. A partir da transcrição e leituras sucessivas dos discursos pudemos estabelecer seis categorias discursivas: sentimentos, sensações, causas, estratégias, soluções, lembranças e com o que (os idosos engasgavam). Essas nos deram acesso aos sentidos atribuídos ao engasgo pelos idosos. a análise das categorias nos mostrou que os idosos sofrem com o engasgo, atribuindo–lhe sentimentos/sensações negativas ligadas à morte, à falta de ar, ao medo ou à negação do sintoma. A categoria causas nos mostrou que os idosos se vêem impotentes ou subjugados diante do engasgo, já que a principal visão que têm de sua causa, velhice, os deixa sem possibilidade de solucioná-lo. A categoria estratégias nos mostrou que os idosos se empenham para controlar ou evitar o aparecimento do sintoma na tentativa de evitar sofrimento. A categoria soluções nos mostrou que os idosos têm soluções ativas e passivas para lidar com o sintoma. A categoria com o que nos mostrou que os idosos pouco falaram sobre com o que engasgam e os que o fizeram não exploraram muito esse aspecto. A categoria lembranças, por ser referida por poucos entrevistados, apenas nos sugeriu que o engasgo pode ser uma porta de abertura para a um universo subjetivo desconhecido. Todos esses sentidos atribuídos ao engasgo nos permitiram discutir o impacto da alteração de deglutição na vida dos idosos entrevistados e a importância do fonoaudiólogo ampliar a sua visão sobre esse problema para dar espaço às questões subjetivas a ele relacionadas. Concluímos que é de suma importância que a Fonoaudiologia possa encontrar meios para informar mais e melhor os idosos sobre as alterações de deglutição e sobre os modos de amenizá-las, a fim de melhorar sua qualidade de vida. Concluímos também que é importante que a Fonoaudiologia possa olhar para o idoso não apenas como um sujeito com um sintoma, mas como alguém que está sendo afetado por esse sintoma e necessita ser acolhido para poder transformar o sofrimento que ele produz.
O PAPEL DO REFLEXO ACÚSTICO NO DESEMPENHO DE CRIANÇAS DE 3ª
SÉRIE NO RECONHECIMENTO DE FALA NA PRESENÇA DE RUÍDO BUCHWEITZ, Claudia Helena Defesa: 13/05/2003 Teresa M. Momensohn dos Santos (Orientadora)
O objetivo desta pesquisa foi analisar a influência do reflexo acústico nas
respostas do teste de fala na presença de ruído, relacionado a queixa auditiva e na orelha testada, em crianças da 3a série do ensino fundamental. Os resultados obtidos revelaram maior ocorrência de alteração quando a orelha examinada foi a direita em todas as relações S/R. Os achados do reflexo acústico em relação ao teste de fala no ruído mostraram um maior número de orelhas para o grupo B na relação S/R –5 alterado. As crianças que apresentaram queixa auditiva não demonstraram alterações significativas no SPIN, porém formaram o maior grupo com reflexo acústico ausente e/ou alterado. Os achados mostraram que não é possível prever o desempenho de crianças no teste de fala no ruído a partir dos limiares do reflexo acústico. Foi possível também demonstrar que nem sempre a presença de queixa auditiva sugere alteração do reflexo acústico.
FONOAUDIOLOGIA E ADMINISTRAÇÃO: UM OLHAR SOBRE A RELAÇÃO
ENTRE DUAS ÁREAS DO CONHECIMENTO DEGANI, Silvia Maria Mesquita Defesa:14/ 05/2003 Suzana Magalhães Maia (Orientadora)
Esta dissertação teve por objetivo observar a relação do fonoaudiólogo com a
administração de seu trabalho, a formação acadêmica nesse aspecto e o modo como outros profissionais enxergam essa relação. Para tanto, foi realizada uma pesquisa qualitativa de caráter exploratório, sendo utilizados, como fontes orais, depoimentos de fonoaudiólogos e profissionais de outras áreas, e como fontes escritas, publicações científicas e documentos. O material coletado foi analisado em sua singularidade e, em cada depoimento, foram destacados os temas abordados, os quais, posteriormente, foram agrupados. A partir das fontes orais e escritas foi feita uma análise na qual a história da constituição da profissão e da formação acadêmica mesclam-se com a história de vida dos depoentes. Na organização temática dos depoimentos constam os seguintes itens: o início da profissão e a administração das atribuições e das relações interdisciplinares; prevalência do gênero feminino e sua influência na administração do trabalho; de onde viemos: a administração dos primeiros conhecimentos rumo à formação acadêmica; a administração das questões atuais e a visibilidade da profissão no mercado de trabalho e, finalmente, Fonoaudiologia e Administração: um olhar sobre a relação entre as duas áreas. Pode-se concluir que os depoentes estão de acordo sobre alguns pontos que podem afetar o percurso da profissão de fonoaudiólogo, tanto individual como coletivamente, como a influência do fator gênero; a necessidade de maior visibilidade da área no mercado de trabalho; a grande dificuldade do profissional fonoaudiólogo em lidar com a administração e organização de seu trabalho e seu pouco domínio desse campo do saber, o que, reconhecem os depoentes, dificulta o percurso profissional. Também ressaltam que, no momento, não há disciplina específica nos cursos universitários que forneçam substratos para a formação das habilidades e competências gerais de administração e gerenciamento exigidas pelas diretrizes curriculares para seu desempenho profissional. Diante disso, pode-se concluir a partir deste estudo que é necessária a implantação de disciplina universitária que propicie o conhecimento de habilidades e competências gerais e administrativas e que amplie os horizontes do fonoaudiólogo, possibilitando que atue como um trabalhador inserido na realidade atual.
UMA REFLEXÃO SOBRE A FUNÇÃO TERAPÊUTICA NO ESTUDO DE CASO
DE UMA PACIENTE COM QUEIXA VOCAL TAHAN, Lidiane Cavatorta Defesa:26/ 05/2003 Suzana Magalhães Maia (Orientadora)
A presente dissertação teve como objetivo principal refletir sobre a função
terapêutica fonoaudiológica, de acordo com os pressupostos teóricos do pediatra e psicanalista Donald Wood Winnicott. Este trabalho pretendeu contribuir para que o fonoaudiólogo se posicione de modo a levar em consideração, no exercício de sua função, a singularidade e as particularidades do paciente, inclusive na utilização que se fizer necessária do acervo técnico específico, o que implica apresentá-lo de maneira que o paciente possa apropriar-se dele criativamente. Desse modo, o setting fonoaudiológico torna-se um espaço não somente para a supressão do sintoma, mas principalmente favorecedor do acontecer do paciente como pessoa total. Baseando-se nas tarefas desempenhadas pela mãe no relacionamento com seu bebê, as quais possibilitam a humanização deste, Winnicott elege o holding, que irá propiciar a integração, a apresentação de objeto, que possibilita a experiência da realização, e o manejo, responsável pela inserção da psique no soma, como elementos norteadores das relações humanas, incluindo a relação terapêutica. Como elementos interdependentes e inacabados, visto que o ser humano nunca termina sua constituição, essas três tarefas podem ser favorecedoras do acontecer humano e, sendo assim, podem nortear o setting terapêutico fonoaudiológico. No sentido de investigar essa possibilidade, foi realizado na presente dissertação um estudo de caso de uma paciente com queixa vocal. Observou-se que, além dos progressos vocais, durante o processo terapêutico, a paciente pôde se desenvolver como pessoa total, uma vez que a intervenção fonoaudiológica pautada nas tarefas acima citadas estava comprometida, especialmente, com as necessidades singulares da paciente.
A proposta desta pesquisa é analisar a escrita na Fonoaudiologia considerando-
se a instância clínico-terapêutica. O objetivo foi levantar e analisar as concepções de linguagem, de um ponto de vista lingüístico, presentes nas produções científicas sobre a clínica fonoaudiológica de linguagem escrita. A análise e a discussão presentes neste trabalho foram realizadas a partir de pesquisa bibliográfica, em anais de congressos nacionais e internacionais de fonoaudiologia no período de 1991 a 2002. Concluímos que, a partir desta pesquisa, na qual foi possível analisarmos cento e dezesseis resumos, que a clínica fonoaudiológica, em relação à escrita, apresenta de forma predominante uma concepção de linguagem que prioriza o sistema, ou seja, uma concepção formalista de linguagem, mais precisamente o código, com oitenta e um resumos. Em um número bem menor, vinte e dois, estão os resumos que apresentam concepções de linguagem que priorizam o uso ou exercício da linguagem. Um dado importante é o aumento do número de resumos que apresentam concepções que priorizam o exercício da linguagem nos dois últimos anos. Esse aspecto determina a tendência de mudança para responder às questões sobre a clínica da linguagem escrita e indica um possível deslocamento teórico da clínica fonoaudiológica.
HISTÓRIAS QUE FAZEM SENTIDOS: AS SOBREDETERMINAÇÕES DAS
ALTERAÇÕES VOCAIS DO PROFESSOR GIANNINI, Susana Pimentel Pinto Defesa:24/06/2003 Maria Consuelo Passos (Orientadora)
No trabalho clínico com professores municipais que apresentam alterações
vocais, observo que existem múltiplos fatores dando forma e função a tais alterações. Essa multiplicidade, no entanto, não tem sido suficientemente destacada em pesquisas na Fonoaudiologia, de modo a repercutir nas intervenções terapêuticas. Tal constatação me levou a desenvolver essa investigação, que teve por objetivo estudar as formas como o professor da rede municipal de São Paulo singulariza as condições de trabalho, de modo que estas funcionem como elementos constitutivos de seu sintoma de voz. Isso não significa que tal sintoma seja constituído apenas pela singularização destes aspectos contextuais, mas relevo as condições ambientais, sociais e humanas, uma vez que se presentificam de forma mais aguda nos grupos terapêuticos que realizo. Como método, utilizo histórias de vida, para apreender o significado da alteração de voz para cada professora, em contexto histórico e social. Na análise dos depoimentos de três professoras, parto de conteúdos universais, como profissional e idealização do papel de professor, e caminho em direção aos aspectos particulares e singulares, como condições das escolas pública e particular, repercussões no contexto familiar, busca de tratamento clínico e terapêutico e readaptação funcional. As causas que favorecem a disfonia aparecem desde o início da profissão, mas passam a incomodar em momento de fragilidade na trajetória pessoal onde, mais do que presença de fatores de risco, aparece a condição de sujeito posto em risco (CANGUILHEM, 2000). Considero, então, que o processo terapêutico fonoaudiológico precisa compreender o sintoma para além do que é mostrado no corpo. O diagnóstico de disfonia por abuso vocal culpabiliza o paciente e oculta o vínculo com o trabalho. Nesse sentido, a noção de complexidade parece propícia, uma vez que mais do que à somatória dos fenômenos, atem-se à sua propriedade dinâmica, de campo de forças contrárias. Proponho que os profissionais que recebem o professor, ou outro trabalhador que utilize a voz intensamente em sua atividade profissional, encarem as alterações vocais como sofrimento, partindo da noção de desgaste (SELIGMANN SILVA, 1994), não em concepção reducionista de condições biológicas e ambientais, mas concebido numa perspectiva dinâmica que leva em conta a dimensão subjetiva dos enfrentamentos cotidianos.
CARACTERIZAÇÃO VOCAL DE PACIENTES ASMÁTICOS USUÁRIOS DE
CORTECOSTERÓIDE INALATÓRIO ORAL BERTOCHI, Magda Barrionuevo Defesa: 27/06/2003 Marta Assumpção de Andrada e Silva (Orientadora) Objetivo: Caracterizar a qualidade vocal de pacientes asmáticos usuários de corticosteróide inalatório. Métodos: Estudo descritivo, com quinze indivíduos com diagnóstico de asma, sete do sexo masculino e oito do sexo feminino. Para a caracterização da amostra, os indivíduos responderam um roteiro com dados de identificação, saúde geral e aspectos relacionado à voz; em seguida, foram submetidos ao exame de videolaringoscopia; por fim ocorreu a avaliação perceptual das vozes gravadas, realizada por três julgadoras fonoaudiólogas. Resultados: Como resultados, obteve-se: 53,3% dos indivíduos consideraram-se com uma saúde geral boa; 66,7% não apresentaram queixa vocal no momento do exame; 73,3% não relacionaram utilização do medicamento com alteração na voz; 53,3% utilizavam espaçador acoplado ao aerossol; 53,3% referiram rouquidão às vezes; 66,7% não sentiam cansaço ao falar; 73,3% não referiram problema anterior na voz. Além disso, no grupo estudado não foi observada presença de candidíase orofaríngea; 53,3% apresentaram muco na prega vocal no momento do exame; 33,3% apresentaram atrofia de prega; em 80,0% dos indivíduos não foi observada tensão supraglote; todo o grupo pesquisado, 100%, apresentou simetria na vibração das pregas vocais; 66,6% apresentaram sinais de refluxo. Também observou-se que: 37,5% apresentaram pitch médio; 76,9%, loudness adequado; 75,5%, ressonância laringo- faríngea; 60,0%, ritmo de fala adequado; 93,3%, articulação precisa; 46,7%, ataque vocal suave; 76,9%, incoordenação pneumofonoarticulatória; 25,0%, qualidade vocal neutra. Conclusão: O grupo estudado foi caracterizado como sendo uma população de saúde geral boa, apresentando uma qualidade vocal, predominantemente neutra, com foco de ressonância baixo, pitch médio e loudness adequado, ritmo de fala adequado e articulação precisa, padrão respiratório superior e de modo oral, com incoordenação pneumofonoarticulatória. Observa-se na literatura compilada que os autores enfocam apenas os aspectos relacionados à qualidade vocal, não sendo registrado nenhum estudo que relate a percepção do sujeito sobre a própria voz e suas repercussões em sua vida social e profissional. Pelo fato de o grupo estudado ser reduzido, acredita-se que as alterações nele encontradas, além de poderem estar relacionadas com a própria doença pulmonar, podem correlacionar-se também ao uso de corticosteróide inalatório oral, utilizado no tratamento da doença de asma.