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2003

O SENTIDO DA ATUAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA COM EXECUTIVOS EM


EMPRESAS
COSTA, Renata de Oliveira Santos
Defesa: 11/02/2003
Sílvia Friedman (Orientadora)

Este trabalho visou compreender o sentido da atuação fonoaudiológica com


executivos em empresas. Utilizou entrevistas de seis fonoaudiólogos que atual
com estes profissionais no âmbito empresarial. A partir da categorização das
mesmas extraiu o material discursivo para a análise dos dados. Para isso, usou a
proposta de Spink (2000) que aborda a questão das práticas discursivas e
produção de sentido. Concluiu que a atuação fonoaudiológica com executivos é
similar as assessorias descritas na literatura e pode ser considerada como tal e
não como Fonoaudiologia Empresarial.

RUÍDO E RECONHECIMENTO DE FALA EM CRIANÇAS DA 4ª SÉRIE DO


ENSINO FUNDAMENTAL
DREOSSI, Raquel Cecília Fischer
Defesa: 18/02/2003
Teresa Maria Momensohn Santos (Orientadora)

A situação de escuta dentro de uma sala de aula é dependente de diversos


fatores e pode alterar o aprendizado dos alunos que ali se encontram. Esta
pesquisa foi desenvolvida tendo como preocupação, estabelecer o nível de ruído
dentro de uma sala de aula, a relação sinal-ruído deste ambiente e as
habilidades auditivas necessárias para uma boa escuta. Assim sendo, o objetivo
principal desta pesquisa foi o de analisar o desempenho de crianças da 4ª série
do ensino fundamental de uma escola particular no Município de Atibaia, no
Estado de São Paulo, na tarefa de reconhecer fala em presença de ruído. Os
objetivos secundários foram: estabelecer a matriz de confusão para as palavras;
estabelecer o índice do desempenho para estímulos de fala de diferentes
durações (palavras e sentenças); estabelecer o índice de desempenho entre as
condições (OD, OE e Campo Sonoro), nas situações monótica e diótica. Foram
avaliadas 25 crianças da 4ª série do ensino fundamental, por meio de tarefa de
reconhecimento de palavras e sentenças, com e sem ruído competitivo. Para
isso, o nível de ruído interno desta sala de aula foi medido por 4 dias
consecutivos, assim com o nível de voz utilizado pela professora, a fim de
obtermos a relação sinal-ruído desta sala de aula. Obtivemos como resultado
que sempre que o ruído competitivo estava presente, ele influía negativamente
nos índices de inteligibilidade da fala, evidenciando desta forma, que o ruído
impede o bom reconhecimento da mesma. As sentenças apresentaram os piores
índices de reconhecimento quando comparadas às palavras monossílabas. A
orelha esquerda se mostrou com melhores resultados na habilidade de
reconhecimento de fala, tanto em situação com ou sem ruído competitivo. A
matriz de confusão elaborada a partir de lista de palavras com ruído competitivo,
nos mostra que os fonemas /p/; /b/; /n/; /f/ e /d/ sofreram a maior
interferência. Assim, concluímos após estas constatações, que esta situação de
escuta dentro de uma escola deve ser objeto de observação e cuidado por parte
de todos os profissionais envolvidos na área, ou seja, fonoaudiólogos,
professores, coordenadores, pedagogos, etc, uma vez que o processo de
aprendizagem pode ser alterado por este ruído.

MÉTODO CLÍNICO FONOAUDIOLÓGICO: QUANDO O DISCURSO TOMA A


PALAVRA
KOKANJ, Andréa Siqueira
Defesa: 20/02/2003
Regina Maria Freire (Orientadora)

Este trabalho discute a questão do método clínico na Fonoaudiologia. Nesta


perspectiva, inicialmente, apresento o estado atual da arte da clínica
fonoaudiológica de linguagem, discutindo o reducionismo à que o método clínico
é relegado, dado o equívoco fundamental entre as concepções de técnica e
método procedente da inspiração que a Clínica Médica ofereceu à Fonoaudiologia
Inscrevo ainda, no interior deste trabalho, os princípios centrais que esteiam o
método clínico fonoaudiológico ao qual me refiro, apoiada, de um lado, na
Psicanálise em suas considerações sobre a clínica e, de outro, na Lingüística em
suas considerações sobre a linguagem. Entendendo o método clínico enquanto
uma estrutura clínica em ação, em funcionamento, trago à cena uma
formalização deste, remetendo-o à uma perspectiva, na qual a linguagem
patológica do sujeito está implicada.

RELAÇÃO FONOAUDIOLOGIA E ORTODONTIA: CONVERGÊNCIAS E


DIVERGÊNCIAS
CONTI, Roberta Maria Scavazza de
Defesa: 24/02/2003
Maria Consuelo Passos (Orientadora)

O presente estudo teve como finalidade discutir a relação


Fonoaudiologia/Ortodontia, a partir das convergências e divergências reveladas
nos discursos, que constam nas entrevistas semi-estruturadas e realizadas com
20 fonoaudiólogas e 23 ortodontistas em seus locais de trabalho. Os resultados
encontrados mostraram-se convergentes quanto à importância dessa relação,
enfatizada por ambos os profissionais. Entretanto, o tipo de relação estabelecida
entre eles, na prática, ainda é precária e frágil. Podemos observar uma tentativa
de aproximação entre as categorias, mas a mesma é prejudicada em detrimento
das divergências encontradas nos depoimentos dos entrevistados quanto ao
insuficiente conhecimento da área de interface, ou seja, "quando" e em "quais"
casos devem ocorrer as atuações em conjunto entre esses profissionais. Para
efetivar o diálogo entre esses profissionais, a Fonoaudiologia, por ser uma
profissão relativamente nova, necessita de uma maior divulgação do seu
trabalho, tanto entre os ortodontistas quanto para a população em geral.
Entretanto, todos esses problemas seriam minimizados ou até mesmo excluídos
se esses profissionais realmente atuassem de forma integrada por meio de
equipes de trabalho, como é a demanda do sistema estomatognático. Para tanto,
foi sugerida uma forma de atuação construída a partir de uma integração do
tratamento via equipes transdisciplinares que, de fato, funcionem, em busca de
uma terapêutica que possa beneficiar todos da equipe e, sobretudo; o paciente.
CONDIÇÕES DE PRODUÇÃO VOCAL EM TRABALHADORES DE UMA
INDÚSTRIA METALÚRGICA
COZE, Waldileine Azevedo
Defesa: 07/03/2003
Léslie Piccolotto Ferreira (oirentadora)

Objetivo: O objetivo deste trabalho é, por meio de questionário proposto por


Ferreira et al. (2000), conhecer a percepção da voz e de riscos ocupacionais em
trabalhadores de uma indústria metalúrgica. Métodos: A seleção de sujeitos foi
realizada junto a trabalhadores de uma indústria metalúrgica, e por meio do
mapa de risco da fábrica determinamos o setor pesquisado (de produção), por
apresentarem os riscos (ruído, temperatura e poeira) pretendidos nesta pesquisa
para estudo. Esse setor possui um total de 179 trabalhadores, sendo devolvidos
102 questionários respondidos. Resultados: A maioria dos trabalhadores é
representado pelo gênero masculino (76.5%), com maior concentração na faixa
etária de 261---25 anos, exerce a função de operador de máquina, atua de 61---
10 anos na mesma função, no horário matutino e trabalhando 06 dias por
semana. O ambiente e o ritmo de trabalho foram considerados como moderado.
Quanto aos agentes físicos, a maioria (89.2%) referiu a presença de ruído,
sendo esse proveniente mais do próprio setor (75.5%), ausência de poeira
(73.5%) e de fumaça (84.3%). A temperatura do local de trabalho foi
considerada adequada, considerando as respostas sobre a mesma, nem muito
fria (79.4%) e nem muito quente (53.9%). Poucos relataram ter no presente ou
no passado alteração vocal (8.8%), e atribuiram como causa desta alteração a
infecção de garganta (22.5%) e alergia (10.8%), observando a mesma há mais
de quatro anos com início insidioso. Como sintomas os mais relatados foram a
dor de garganta (27.5%) e rouquidão (23.5%), tendo como sensação laríngea, o
pigarro (22.5%) e garganta seca (12.7%). Quanto ao estado geral de saúde, as
queixas mais citadas foram a ansiedade (38.2%), dores de cabeça (37.3%) e
alergia (30.4%). Os aspectos significantes que diferenciaram os nove sujeitos
que se auto-definiram com alteração vocal no presente ou no passado dos
demais foram: presença de poeira, fumaça, umidade e temperatura muito fria.
Apresentam rouquidão, dor de garganta, perdem a voz, cansaço ao falar,
insatisfação com a voz, sensação de areia na garganta, dor ao falar e ao engolir,
ardor e dificuldade para engolir, além de presença de resfriados freqüentes,
gritar/falar alto, falar muito, possuir pessoas na família com alteração de voz,
asma, bronquite, sinusite e dores de cabeça. Conclusões: Os dados sugerem
contribuir na possibilidade de entender melhor a multifatoriedade que pode
determinar as alterações vocais, dando aos fonoaudiólogos condições para que
em parceria com outros profissionais, preocupados com o adoecimento dos
trabalhadores em geral, possam elaborar ações mais efetivas de prevenção de
alterações vocais.

O DIÁRIO DIALOGADO NO PROCESSO TERAPÊUTICO DE UMA CRIANÇA


PORTADORA DE DEFICIÊNCIA AUDITIVA
HOPMAN, Elisa de Biase
Defesa: 25/03/2003
Beatriz A. Caiuby Novaes (Orientadora)

No trabalho clínico fonoaudiológico com a criança portadora de deficiência


auditiva e seus pais, encontramos a necessidade da utilização de estratégias
específicas para o trabalho com os mesmos. Um deles é a elaboração de um
diário dialogado, onde terapeuta e pais estão em constante contato, podendo
cumprir múltiplos papéis no processo terapêutico. O presente trabalho tem por
objetivo analisar retrospectivamente um diário confeccionado no processo
terapêutico de uma criança portadora de deficiência auditiva durante dois anos,
caracterizando, portanto, a sua confecção, suas funções e espaços de utilização.
O método para análise foi construído a partir do material do diário selecionado.
Foram utilizados diferentes recortes com o intuito de não reduzir a riqueza do
material disponível através de categorias discretas. Utilizamos as modalidades
descritas por MAINGUENEAU (2002) que aborda o tipo de relacionamento
particular criado pelo diário. As demandas da terapeuta e da mãe, muitas vezes
implícitas em metáforas e na formulação de perguntas foram abordadas na sua
relação com o processo terapêutico da criança. Foram características deste diário
a troca de informações sobre ocorrências em casa e em terapia, a utilização
deste espaço na explicitação de expectativas para ambas as partes, orientações
específicas sobre atividades a serem desenvolvidas em casa, entre outros. Este
trabalho inaugura uma discussão da utilização do diário como técnica da terapia
de linguagem da criança portadora de deficiência, onde a utilização máxima da
audição disponível através da amplificação depende de constante contato com a
família no sentido de trabalhar as expectativas dos pais no processo da criança
tornar-se um surdo que fala.

CLÍNICA DA EXPRESSÃO VOCAL: DISFONIA E FIXIDEZ


STEUER, Flávia Vineyard
Defesa: 31/03/2003
Léslie Piccolotto Ferreira (Orientadora)

O objetivo deste trabalho é demonstrar que existe um sistema fixo de


funcionamento na disfonia, e a partir disso propor, uma ampliação do olhar
fonoaudiológico no processo de avaliação e terapia dos pacientes disfônicos. Tal
ampliação traz à tona o sistema de funcionamento gerado na dinâmica corpo,
respiração e voz. O método das Cadeias Musculares e Articulares, também
conhecido como Método G.D.S. (Godelieve Denys-Struyf), é a base teórica que
permite fazer esta leitura integrada. Neste sentido, este trabalho permitirá
mostrar que uma leitura do funcionamento corporal, baseada nesse método
oferece uma forma efetiva para a compreensão e tratamento dos problemas
vocais. Para proceder à seleção das sete vinhetas clínicas, recortes ilustrativos
que constituem os dados desta pesquisa, fiz uso de minha memória como
terapeuta, organizando recordações e registros de casos. Os casos
correspondem a uma parcela dos pacientes que atendi no período entre 1998 e
2002, todos previamente examinados pelo otorrinolaringologista e com
diagnóstico definido. A escolha dos casos baseou-se na clara identificação dos
ajustes que fixavam um padrão e que marcavam o sistema de funcionamento
das alterações vocais. A apresentação dessas vinhetas é constituída de
identificação do paciente, queixas, diagnóstico otorrinolaringológico, avaliação
fonoaudiológica e avaliação do sistema baseada no método G.D.S. Os exemplos
de proposta de atuação para cada paciente, a reprodução de depoimentos e/ou
desenhos desses pacientes revelam seus insights, durante o processo de
avaliação e terapia fonoaudiológica. Minha compreensão do uso da voz, tanto
dentro como fora do campo das alterações vocais, foi enriquecido pelo
conhecimento permitido pelo método G.D.S. e por sua noção de saúde como
expressão de movimentos livres. O ser humano é compreendido como um
sistema, ou seja, uma estrutura que se organiza em conjuntos de unidades
inter-relacionadas e interdependentes. Analogamente, foi possível compreender
a expressão vocal também como um sistema, que se saudável, surge como
resultado da inter-relação livre entre seus elementos, ou seja a expressão do
corpo, da respiração, da emoção e da voz do sujeito.

O REFLEXO ACÚSTICO DO MÚSCULO ESTAPÉDIO E O RECONHECIMENTO


DE SENTENÇAS NA CONDIÇÃO MONÓTICA EM ESCOLARES
PINTO, Miriam da Silva
Defesa: 14/04/2003
Teresa Maria Momenshn dos Santos (Orientadora)

O reflexo acústico do músculo estapédio, vem sendo pesquisado e considerado


um mediador nas tarefas que envolvem situações de fala em presença de
mensagem competitiva. A habilidade de reconhecer a fala em meio a ruído,
relaciona-se com as tarefas do processamento auditivo central, e, é possível que
alterações nesta habilidade ocorram concomitantemente a alterações do reflexo
acústico. O objetivo desta pesquisa foi analisar a influência do reflexo acústico
nas respostas de reconhecimento de fala em situação monótica, por meio do
teste PSI e relacionar com o desempenho escolar e a queixa auditiva, em uma
população de escolares da 1ª e 2ª séries do ensino fundamental. Foram
avaliadas 60 crianças, na faixa etária de 6 a 8 anos de idade, matriculadas
regularmente nas escolas que foram escolhidas para desenvolver a pesquisa. As
crianças foram alocadas em dois grupos, A e B. No grupo A, as crianças
apresentaram limiares do reflexo acústico presente em todas as freqüências
pesquisadas e, no grupo B apresentaram alteração ou ausência do reflexo
acústico em uma ou mais freqüências pesquisadas. Os resultados obtidos
revelaram maior ocorrência de alterações do PSI no grupo B. Os achados do
reflexo acústico em crianças que apresentaram desempenho escolar ruim, não
foram significativos estatisticamente, mas, em relação ao PSI estas mesmas
crianças apresentaram percentual alterado significativo para o teste. Nas
crianças que apresentaram queixa auditiva foi observado alterações significativas
no reflexo acústico e no PSI. A análise dos resultados permite concluir que o
reflexo acústico exerceu influência na habilidade auditiva de atenção seletiva, ao
reconhecer a fala em presença de mensagem competitiva.

A MÚSICA COMO ESTRATÉGIA TERAPÊUTICA EM CRIANÇA COM DESVIO


FONOLÓGICO
STEVAUX , Odisséia de Sousa
Defesa: 22/04/2003
Teresa M. Momensohn dos Santos(Orientadora)

O presente trabalho teve por objetivo, apresentar o uso de canções adaptadas


como estratégia facilitadora para a aquisição e automatização fonêmica na
terapia de uma criança com desvio fonológico. Submetida a avaliação, a criança
apresentou os processos de anteriorização (/k/  /t/; /g/  /d/), redução dos
grupos consonantais e apagamento da líquida final {R}, nos quais a ocorrência
dos fonemas alterados foi de 0% em todas as posições da sílaba e da palavra.
Foram descritos os procedimentos adotados, assim como foram apresentadas as
músicas utilizadas durante o processo terapêutico. A terapia foi iniciada tendo
como primeiro objetivo o trabalho com a percepção e a produção do fonema
/k/.Não foi necessário realizar-se um trabalho específico com o fonema /g/,
tendo-se apenas introduzido uma música explorando a emissão do mesmo. Em
seguida, foi trabalhada a percepção e a produção dos grupos consonantais e,
finalmente, da líquida final {R}.Os resultados obtidos em cada uma das três
etapas de avaliação realizadas, mostraram que o nível de ocorrência dos
fonemas trabalhados passou de 0% para 100% em todas as posições da sílaba,
palavra e em todas as situações de comunicação, tendo-se concluído o processo
terapêutico em oito meses. Esse estudo evidenciou também, que a utilização da
música privilegiou o envolvimento da criança em todas as atividades propostas,
as quais se desenrolaram em um ambiente lúdico e motivador, além de propiciar
o estabelecimento de um vínculo afetivo entre terapeuta e paciente, fatores
importantes para o sucesso do processo terapêutico.

ASSESSORIA ESCOLAR FONOAUDIOLÓGICA SOB O EFEITO DA ESCRITA E


SUA AQUISIÇÃO
BARCELLOS, Carolina Arantes Pereira
Defesa: 24/04/2003
Regina Maria Freire (Orientadora)

Ao analisar criticamente os procedimentos de triagem fonoaudiológica e de


orientação, a partir de um outro olhar advindo de conhecimentos da lingüística,
pretendo apresentar uma alternativa para a função do fonoaudiólogo atuante na
escola, que se articule aos projetos educacionais. Para tanto irei escutar os
sentidos que o professor atribui à escrita de uma criança - extraídos de situações
empíricas de assessoria escolar fonoaudiológica, transcritas e transformadas em
dados discursivos de análise - e as relações que o mesmo estabelece com o
processo de alfabetização. Paralelamente, analisarei a escrita de um aluno e
discutirei os achados a partir da vertente teórica do Interacionismo Brasileiro,
cujo o objeto de estudo remete às explicações sobre a Aquisição de Linguagem.
Meu foco será sobre o erro que, ressignificado, será tomado como indício do
processo de aquisição da escrita, pedindo apenas leitura e não formas de
superação. Com a experiência advinda desta atividade, emerge uma proposta de
assessoria fonoaudiológica que propõe um novo olhar sobre a escrita e,
consequentemente, uma outra atribuição de sentidos à atuação do fonoaudiólogo
em consonância com o projeto escolar

RELAÇÃO CORPO-LINGUAGEM: ESTUDO DE CASO NA CLÍNICA


FONOAUDIOLÓGICA
NEISSER, Vera Lucia Gaspar
Defesa:29/ 04/2003
Luiz Augusto de Paula Souza (Orientador)

Este trabalho propõe uma possibilidade de abordagem monista da relação corpo


e linguagem na clínica terapêutica fonoaudiológica, a partir de um estudo de
caso clínico. Esta pesquisa demandou, como considerações preliminares para sua
contextualização, uma reflexão sobre a polarização corpo-mente e corpo-
linguagem, arraigadas e influentes na Fonoaudiologia, como também explorar
estudos da área, menos hegemônicos, mas que buscam abordagens que
articulam a dimensão simbólica e a corporal na constituição do sujeito, como um
ser de linguagem, compondo subsídios para uma visão monista da relação corpo
e linguagem. Como universo teórico de referências ao trabalho são usados,
principalmente, aspectos dos estudos da psicanalista Françoise Dolto, sobretudo
os que focam o binômio corpo-linguagem na constituição psíquica do sujeito e
elementos da filosofia de José Gil, que pensam o corpo a partir das relações
interpsíquicas e das sociais. A análise do caso, aqui chamado Marcelo, constata
que o paciente transita na linguagem, essencialmente através de mímicas
faciais, gestos, posturas corporais e de produções gráficas (desenhos) e/ou
plásticas (modelagens) de seu corpo. Por essa via, ele se apresenta como
sujeito, mesmo na ausência da oralidade, mostrando como o corpo não é apenas
suporte da linguagem, mas seu agente ou, em outros termos, sua condição de
possibilidade.

SURDEZ MITOCONDRIAL DECORRENTE DO USO DE DROGAS


OTOTÓXICAS: REVISÃO DA LITERATURA
ROXO, Maria Isabel Carchedi
Defesa: 29/04/2003
Teresa M. Momensohn dos Santos (Orientadora)

A surdez hereditária não-sindrômica é uma condição heterogênea, com inúmeros


genes de locos diferentes interferindo no desenvolvimento e na fisiologia da
audição. Apresentamos uma revisão sobre genética, mutação mitocondrial
induzida por ototóxico e surdez. Podemos observar, segundo a literatura
consultada, a detecção de vários casos de deficiência associada a mutação do
DNA mitocondrial a principal delas é a mutação A1555G, muitas vezes
associadas a casos de deficiência auditiva ao uso de ototóxicos. A deficiência
auditiva induzida pela ototoxicidade apresenta em padrão de transmissão,
apenas os descendentes maternos seriam responsáveis por tais características.
Com o uso de testes genético, de mutação especificas a possibilidade da dedução
do padrão da herança da surdez famíliar, mesmo nos casos isolados, situação
em que pode ser fornecido às famílias aconselhamento genético preciso. A
realização do estudo genético em indivíduos deficientes auditivos cuja causa seja
desconhecida, torna-se importante para todos os profissionais envolvidos desde
diagnóstico passando pela intervenção e a reabilitação destes pacientes. Em
especial destacamos o papel do fonoaudiólogo, este será o profissional que irá
acolher e acompanhar este indivíduo e indicará quais as possíveis possibilidades
de inserção deste no meu social.

ACHADOS AUDIOLÓGICOS EM INDIVÍDUOS COM QUEIXA DE


HIPERSENSIBILIDADE AUDITIVA
DIAS, Fernanda Abalen Martins
Defesa: 06/05/2003
Teresa M. Momensohn dos Santos (Orientadora)

A hipersensibilidade auditiva pode ser definida como um desconforto ou


intolerância aos sons cotidianos (em indivíduos com audição dentro dos limites
da normalidade), que em geral não provocam nenhuma reação desagradável nas
demais pessoas. Os objetivos deste estudo foram: (1) verificar a ocorrência de
queixas de hipersensibilidade auditiva em indivíduos com audição dentro dos
limites da normalidade; (2) verificar a ocorrência de sintomas auditivos
relacionados às queixas de hipersensibilidade auditiva e (3) comparar os
resultados dos registros das Emissões Otoacústicas Produtos de Distorção e dos
limiares do Reflexo Acústico Contralateral do Músculo Estapédio em indivíduos
com audição normal com e sem queixa de hipersensibilidade auditiva.
Participaram deste estudo 34 indivíduos, divididos em grupo controle e grupo
experimental. Foram obtidos registros das Emissões Otoacústicas Produtos de
Distorção e dos Limiares do Reflexo Acústico Contralateral do Músculo Estapédio
para ambos os grupos. As queixas relativas à hipersensibilidade auditiva e os
sintomas auditivos associados foram investigados através da aplicação de um
questionário e da anamnese. A partir dos resultados obtidos concluiu-se que o
sintoma auditivo mais relatado pelos indivíduos com queixa de hipersensibilidade
auditiva foi o zumbido e que houve diferença estatisticamente significante entre
a amplitude de resposta das Emissões Otoacústicas Produtos de Distorção (para
a frequência de 6000Hz) entre o grupo controle e o grupo experimental.

A PERCEPÇÃO SUBJETIVA DO ENGASGO EM PESSOAS IDOSAS


ROZENFELD, Maira
Defesa: 09/05/2003
Silvia Friedman (Orientadora)

Sabendo da alta incidência de problemas de deglutição em idosos asilados, este


trabalho teve por objetivo conhecer os sentidos que as alterações de deglutição
tem para esses idosos. Inicialmente foi realizada triagem com 60 idosos para
delimitar o nosso grupo de estudo. Deste fizeram parte apenas os idosos que
tiveram queixa de engasgo freqüente ou às vezes, totalizando 15 idosos. A
obtenção e a análise dos dados foi baseada na metodologia proposta por Spink e
col (1999) que trata de práticas discursivas e produção de sentido. Foram
realizadas entrevistas abertas nas quais o entrevistado era solicitado a dizer o
que lhe viesse a mente quando pensava em “engasgo”. A partir da transcrição e
leituras sucessivas dos discursos pudemos estabelecer seis categorias
discursivas: sentimentos, sensações, causas, estratégias, soluções, lembranças e
com o que (os idosos engasgavam). Essas nos deram acesso aos sentidos
atribuídos ao engasgo pelos idosos. a análise das categorias nos mostrou que os
idosos sofrem com o engasgo, atribuindo–lhe sentimentos/sensações negativas
ligadas à morte, à falta de ar, ao medo ou à negação do sintoma. A categoria
causas nos mostrou que os idosos se vêem impotentes ou subjugados diante do
engasgo, já que a principal visão que têm de sua causa, velhice, os deixa sem
possibilidade de solucioná-lo. A categoria estratégias nos mostrou que os idosos
se empenham para controlar ou evitar o aparecimento do sintoma na tentativa
de evitar sofrimento. A categoria soluções nos mostrou que os idosos têm
soluções ativas e passivas para lidar com o sintoma. A categoria com o que nos
mostrou que os idosos pouco falaram sobre com o que engasgam e os que o
fizeram não exploraram muito esse aspecto. A categoria lembranças, por ser
referida por poucos entrevistados, apenas nos sugeriu que o engasgo pode ser
uma porta de abertura para a um universo subjetivo desconhecido. Todos esses
sentidos atribuídos ao engasgo nos permitiram discutir o impacto da alteração de
deglutição na vida dos idosos entrevistados e a importância do fonoaudiólogo
ampliar a sua visão sobre esse problema para dar espaço às questões subjetivas
a ele relacionadas. Concluímos que é de suma importância que a Fonoaudiologia
possa encontrar meios para informar mais e melhor os idosos sobre as
alterações de deglutição e sobre os modos de amenizá-las, a fim de melhorar
sua qualidade de vida. Concluímos também que é importante que a
Fonoaudiologia possa olhar para o idoso não apenas como um sujeito com um
sintoma, mas como alguém que está sendo afetado por esse sintoma e necessita
ser acolhido para poder transformar o sofrimento que ele produz.

O PAPEL DO REFLEXO ACÚSTICO NO DESEMPENHO DE CRIANÇAS DE 3ª


SÉRIE NO RECONHECIMENTO DE FALA NA PRESENÇA DE RUÍDO
BUCHWEITZ, Claudia Helena
Defesa: 13/05/2003
Teresa M. Momensohn dos Santos (Orientadora)

O objetivo desta pesquisa foi analisar a influência do reflexo acústico nas


respostas do teste de fala na presença de ruído, relacionado a queixa auditiva e
na orelha testada, em crianças da 3a série do ensino fundamental. Os resultados
obtidos revelaram maior ocorrência de alteração quando a orelha examinada foi
a direita em todas as relações S/R. Os achados do reflexo acústico em relação ao
teste de fala no ruído mostraram um maior número de orelhas para o grupo B na
relação S/R –5 alterado. As crianças que apresentaram queixa auditiva não
demonstraram alterações significativas no SPIN, porém formaram o maior grupo
com reflexo acústico ausente e/ou alterado. Os achados mostraram que não é
possível prever o desempenho de crianças no teste de fala no ruído a partir dos
limiares do reflexo acústico. Foi possível também demonstrar que nem sempre a
presença de queixa auditiva sugere alteração do reflexo acústico.

FONOAUDIOLOGIA E ADMINISTRAÇÃO: UM OLHAR SOBRE A RELAÇÃO


ENTRE DUAS ÁREAS DO CONHECIMENTO
DEGANI, Silvia Maria Mesquita
Defesa:14/ 05/2003
Suzana Magalhães Maia (Orientadora)

Esta dissertação teve por objetivo observar a relação do fonoaudiólogo com a


administração de seu trabalho, a formação acadêmica nesse aspecto e o modo
como outros profissionais enxergam essa relação. Para tanto, foi realizada uma
pesquisa qualitativa de caráter exploratório, sendo utilizados, como fontes orais,
depoimentos de fonoaudiólogos e profissionais de outras áreas, e como fontes
escritas, publicações científicas e documentos. O material coletado foi analisado
em sua singularidade e, em cada depoimento, foram destacados os temas
abordados, os quais, posteriormente, foram agrupados. A partir das fontes orais
e escritas foi feita uma análise na qual a história da constituição da profissão e
da formação acadêmica mesclam-se com a história de vida dos depoentes. Na
organização temática dos depoimentos constam os seguintes itens: o início da
profissão e a administração das atribuições e das relações interdisciplinares;
prevalência do gênero feminino e sua influência na administração do trabalho;
de onde viemos: a administração dos primeiros conhecimentos rumo à formação
acadêmica; a administração das questões atuais e a visibilidade da profissão no
mercado de trabalho e, finalmente, Fonoaudiologia e Administração: um olhar
sobre a relação entre as duas áreas. Pode-se concluir que os depoentes estão de
acordo sobre alguns pontos que podem afetar o percurso da profissão de
fonoaudiólogo, tanto individual como coletivamente, como a influência do fator
gênero; a necessidade de maior visibilidade da área no mercado de trabalho; a
grande dificuldade do profissional fonoaudiólogo em lidar com a administração e
organização de seu trabalho e seu pouco domínio desse campo do saber, o que,
reconhecem os depoentes, dificulta o percurso profissional. Também ressaltam
que, no momento, não há disciplina específica nos cursos universitários que
forneçam substratos para a formação das habilidades e competências gerais de
administração e gerenciamento exigidas pelas diretrizes curriculares para seu
desempenho profissional. Diante disso, pode-se concluir a partir deste estudo
que é necessária a implantação de disciplina universitária que propicie o
conhecimento de habilidades e competências gerais e administrativas e que
amplie os horizontes do fonoaudiólogo, possibilitando que atue como um
trabalhador inserido na realidade atual.

UMA REFLEXÃO SOBRE A FUNÇÃO TERAPÊUTICA NO ESTUDO DE CASO


DE UMA PACIENTE COM QUEIXA VOCAL
TAHAN, Lidiane Cavatorta
Defesa:26/ 05/2003
Suzana Magalhães Maia (Orientadora)

A presente dissertação teve como objetivo principal refletir sobre a função


terapêutica fonoaudiológica, de acordo com os pressupostos teóricos do pediatra
e psicanalista Donald Wood Winnicott. Este trabalho pretendeu contribuir para
que o fonoaudiólogo se posicione de modo a levar em consideração, no exercício
de sua função, a singularidade e as particularidades do paciente, inclusive na
utilização que se fizer necessária do acervo técnico específico, o que implica
apresentá-lo de maneira que o paciente possa apropriar-se dele criativamente.
Desse modo, o setting fonoaudiológico torna-se um espaço não somente para a
supressão do sintoma, mas principalmente favorecedor do acontecer do paciente
como pessoa total. Baseando-se nas tarefas desempenhadas pela mãe no
relacionamento com seu bebê, as quais possibilitam a humanização deste,
Winnicott elege o holding, que irá propiciar a integração, a apresentação de
objeto, que possibilita a experiência da realização, e o manejo, responsável pela
inserção da psique no soma, como elementos norteadores das relações
humanas, incluindo a relação terapêutica. Como elementos interdependentes e
inacabados, visto que o ser humano nunca termina sua constituição, essas três
tarefas podem ser favorecedoras do acontecer humano e, sendo assim, podem
nortear o setting terapêutico fonoaudiológico. No sentido de investigar essa
possibilidade, foi realizado na presente dissertação um estudo de caso de uma
paciente com queixa vocal. Observou-se que, além dos progressos vocais,
durante o processo terapêutico, a paciente pôde se desenvolver como pessoa
total, uma vez que a intervenção fonoaudiológica pautada nas tarefas acima
citadas estava comprometida, especialmente, com as necessidades singulares da
paciente.

A ESCRITA QUE A FONOAUDIOLOGIA VEM ESCREVENDO


BORGES, Laise Brandão Nogueira
Defesa: 28/05/2003
Silvia Friedman (Orientadora)

A proposta desta pesquisa é analisar a escrita na Fonoaudiologia considerando-


se a instância clínico-terapêutica. O objetivo foi levantar e analisar as
concepções de linguagem, de um ponto de vista lingüístico, presentes nas
produções científicas sobre a clínica fonoaudiológica de linguagem escrita. A
análise e a discussão presentes neste trabalho foram realizadas a partir de
pesquisa bibliográfica, em anais de congressos nacionais e internacionais de
fonoaudiologia no período de 1991 a 2002. Concluímos que, a partir desta
pesquisa, na qual foi possível analisarmos cento e dezesseis resumos, que a
clínica fonoaudiológica, em relação à escrita, apresenta de forma predominante
uma concepção de linguagem que prioriza o sistema, ou seja, uma concepção
formalista de linguagem, mais precisamente o código, com oitenta e um
resumos. Em um número bem menor, vinte e dois, estão os resumos que
apresentam concepções de linguagem que priorizam o uso ou exercício da
linguagem. Um dado importante é o aumento do número de resumos que
apresentam concepções que priorizam o exercício da linguagem nos dois últimos
anos. Esse aspecto determina a tendência de mudança para responder às
questões sobre a clínica da linguagem escrita e indica um possível deslocamento
teórico da clínica fonoaudiológica.

HISTÓRIAS QUE FAZEM SENTIDOS: AS SOBREDETERMINAÇÕES DAS


ALTERAÇÕES VOCAIS DO PROFESSOR
GIANNINI, Susana Pimentel Pinto
Defesa:24/06/2003
Maria Consuelo Passos (Orientadora)

No trabalho clínico com professores municipais que apresentam alterações


vocais, observo que existem múltiplos fatores dando forma e função a tais
alterações. Essa multiplicidade, no entanto, não tem sido suficientemente
destacada em pesquisas na Fonoaudiologia, de modo a repercutir nas
intervenções terapêuticas. Tal constatação me levou a desenvolver essa
investigação, que teve por objetivo estudar as formas como o professor da rede
municipal de São Paulo singulariza as condições de trabalho, de modo que estas
funcionem como elementos constitutivos de seu sintoma de voz. Isso não
significa que tal sintoma seja constituído apenas pela singularização destes
aspectos contextuais, mas relevo as condições ambientais, sociais e humanas,
uma vez que se presentificam de forma mais aguda nos grupos terapêuticos que
realizo. Como método, utilizo histórias de vida, para apreender o significado da
alteração de voz para cada professora, em contexto histórico e social. Na análise
dos depoimentos de três professoras, parto de conteúdos universais, como
profissional e idealização do papel de professor, e caminho em direção aos
aspectos particulares e singulares, como condições das escolas pública e
particular, repercussões no contexto familiar, busca de tratamento clínico e
terapêutico e readaptação funcional. As causas que favorecem a disfonia
aparecem desde o início da profissão, mas passam a incomodar em momento de
fragilidade na trajetória pessoal onde, mais do que presença de fatores de risco,
aparece a condição de sujeito posto em risco (CANGUILHEM, 2000). Considero,
então, que o processo terapêutico fonoaudiológico precisa compreender o
sintoma para além do que é mostrado no corpo. O diagnóstico de disfonia por
abuso vocal culpabiliza o paciente e oculta o vínculo com o trabalho. Nesse
sentido, a noção de complexidade parece propícia, uma vez que mais do que à
somatória dos fenômenos, atem-se à sua propriedade dinâmica, de campo de
forças contrárias. Proponho que os profissionais que recebem o professor, ou
outro trabalhador que utilize a voz intensamente em sua atividade profissional,
encarem as alterações vocais como sofrimento, partindo da noção de desgaste
(SELIGMANN SILVA, 1994), não em concepção reducionista de condições
biológicas e ambientais, mas concebido numa perspectiva dinâmica que leva em
conta a dimensão subjetiva dos enfrentamentos cotidianos.

CARACTERIZAÇÃO VOCAL DE PACIENTES ASMÁTICOS USUÁRIOS DE


CORTECOSTERÓIDE INALATÓRIO ORAL
BERTOCHI, Magda Barrionuevo
Defesa: 27/06/2003
Marta Assumpção de Andrada e Silva (Orientadora)
Objetivo: Caracterizar a qualidade vocal de pacientes asmáticos usuários de
corticosteróide inalatório. Métodos: Estudo descritivo, com quinze indivíduos com
diagnóstico de asma, sete do sexo masculino e oito do sexo feminino. Para a
caracterização da amostra, os indivíduos responderam um roteiro com dados de
identificação, saúde geral e aspectos relacionado à voz; em seguida, foram
submetidos ao exame de videolaringoscopia; por fim ocorreu a avaliação perceptual
das vozes gravadas, realizada por três julgadoras fonoaudiólogas. Resultados: Como
resultados, obteve-se: 53,3% dos indivíduos consideraram-se com uma saúde geral
boa; 66,7% não apresentaram queixa vocal no momento do exame; 73,3% não
relacionaram utilização do medicamento com alteração na voz; 53,3% utilizavam
espaçador acoplado ao aerossol; 53,3% referiram rouquidão às vezes; 66,7% não
sentiam cansaço ao falar; 73,3% não referiram problema anterior na voz. Além disso,
no grupo estudado não foi observada presença de candidíase orofaríngea; 53,3%
apresentaram muco na prega vocal no momento do exame; 33,3% apresentaram
atrofia de prega; em 80,0% dos indivíduos não foi observada tensão supraglote; todo
o grupo pesquisado, 100%, apresentou simetria na vibração das pregas vocais;
66,6% apresentaram sinais de refluxo. Também observou-se que: 37,5%
apresentaram pitch médio; 76,9%, loudness adequado; 75,5%, ressonância laringo-
faríngea; 60,0%, ritmo de fala adequado; 93,3%, articulação precisa; 46,7%, ataque
vocal suave; 76,9%, incoordenação pneumofonoarticulatória; 25,0%, qualidade vocal
neutra. Conclusão: O grupo estudado foi caracterizado como sendo uma população de
saúde geral boa, apresentando uma qualidade vocal, predominantemente neutra, com
foco de ressonância baixo, pitch médio e loudness adequado, ritmo de fala adequado
e articulação precisa, padrão respiratório superior e de modo oral, com incoordenação
pneumofonoarticulatória. Observa-se na literatura compilada que os autores enfocam
apenas os aspectos relacionados à qualidade vocal, não sendo registrado nenhum
estudo que relate a percepção do sujeito sobre a própria voz e suas repercussões em
sua vida social e profissional. Pelo fato de o grupo estudado ser reduzido, acredita-se
que as alterações nele encontradas, além de poderem estar relacionadas com a
própria doença pulmonar, podem correlacionar-se também ao uso de corticosteróide
inalatório oral, utilizado no tratamento da doença de asma.

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