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EMPRESARIAL
COMUNICAÇÃO
EMPRESARIAL
SOMESB
Sociedade Mantenedora de Educação Superior da Bahia S/C Ltda.
FTC - EAD
Faculdade de Tecnologia e Ciências - Ensino a Distância
♦ PRODUÇÃO ACADÊMICA ♦
Gerente de Ensino ♦ Jane Freire
Supervisão ♦ Jean Carlo Bacelar, Leonardo Santos Suzart,
Wanderley Costa dos Santos e Fábio Viana Sales
Coordenação de Curso ♦ Matos Moreira
Autor (a) ♦ Camila Testa
♦ PRODUÇÃO TÉCNICA ♦
Revisão Final ♦ Carlos Magno Brito Almeida Santos
Márcio Magno Ribeiro de Melo
Equipe ♦ André Pimenta, Antonio França Filho, Amanda
Rodrigues, Bruno Benn, Cefas Gomes, Cláuder Frederico,
Francisco França Júnior, Herminio Filho, Israel Dantas,
Ives Araújo, John Casais, Márcio Serafim,
Mariucha Silveira Ponte e Ruberval da Fonseca.
Editoração ♦ Antonio França de S. Filho
Ilustração ♦ Antonio França de S. Filho
Imagens ♦ Corbis/Image100/Imagemsource
Linguagem e Comunicação 07
Processo da Comunicação 09
Comunicação Empresarial 14
Atividade Complementares 25
Atividades Complementares 35
3
Comunicação na Era dos Bits: Comunicação Oral, Escrita e
Eletronica 36
Atividade Complementares 50
Atividade Complementares 63
Glossário 64
Referências Bibliográficas 66
Apresentação da Disciplina
Caros alunos,
É com grande satisfação que os convidamos para lerem esse material. Ele
será de grande importância para vocês aprenderem sobre esta matéria, assim
como servirá de guia na área de comunicação empresarial, fornecendo noções de
marketing para serem usadas com tranqüilidade no seu ambiente profissional.
Começaremos abordando conceitos de comunicação e o que ela significa
para as pessoas em geral e na área acadêmica. Também conheceremos outros
assuntos, como o processo de comunicação e linguagem, assim como veremos
a importância da assessoria de imprensa, assessoria de comunicação e suas
principais responsabilidades e atribuições.
Não é possível falarmos de comunicação empresarial sem explicar a
presença fundamental do gestor, do administrador, pois sua responsabilidade é
imensa, porque ele, juntamente com a equipe de comunicação, cria a estratégia
que será disseminada no mercado, mercado em constante transformação.
E por falar em estratégia, nesse material vocês não poderão deixar de ler e
entender como planejar a comunicação e o marketing, observando as vantagens
competitivas da sua empresa.
O que vocês estão esperando? Vamos começar?
Camila Testa
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A COMUNICAÇÃO E A
ATIVIDADE EMPRESARIAL
COMUNICAÇÃO E COMUNICAÇÃO
EMPRESARIAL
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Agora ficou mais fácil formularmos a resposta da pergunta inicial do texto,
não é mesmo? Comunicar é uma relação na qual conseguimos emitir uma
mensagem a alguém, para, em retribuição, recebermos outra mensagem. E o
mais importante, podemos emitir e receber a mensagem de diversas maneiras
Comunicação
Empresarial
e com linguagens diferentes.
Entretanto, se a mensagem ou a informação não chegar ao seu destino
a comunicação não foi realizada. Há, portanto, três papéis bem definidos na comunicação:
o emissor, a mensagem e o receptor.
E uma forma mais livre, comunicação na sua singularidade, revela por si a propriedade
de um ser sublime e desencantador, grande e frio, composto e desarrumado, mas um ser.
Um ser que revela a tentativa de criar uma união comum.
E informação é uma comunicação que pode ser ativada a qualquer momento, desde
que aquela consciência (ou aquela mesma que codificou a mensagem) venha resgatar,
que dizer: ler, ouvir, assistir, enfim, decodificar, entender e interpretar para reconstituir a
mensagem.
Falando historicamente sobre a evolução da comunicação, não podemos deixar de
explicar a importância da linguagem. E para se chegar na oralidade utilizada hoje pelo do
homem, destacamos as representações pictóricas do Paleolítico. A arte pré-histórica que
permanece nas paredes daquela Era é o primeiro meio de comunicação já encontrado e
registrado através dos tempos.
Como o homem tem uma relação direta com a comunicação animal, ou seja, ele
instrui-se dela com base para evoluir, com o desenvolvimento do cérebro os grunhidos e
inúmeros ruídos produzidos pelo primordiais, a partir de suas necessidades, levaram os
antepassados do homem a falar. Daí surgiu a voz. No entanto não demorou muito para que o
homem começasse a utilizar as articulações da face e progredisse até a fala, desenvolvesse
as línguas em cada região nas quais morava para a que falamos e escrevemos até hoje.
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e alguns sinais mais abstratos muito numerosos interpretados por estudiosos côo
números. O uso dos pictogramas foi a primeira tentativa reconhecida historicamente
de fixar a linguagem.
... num espaço de 300 anos depois dos acontecimentos acima, na Mesopotâmia,
aconteceu o passo seguinte. Desenvolveram o sinal. Ao invés de indicar o objeto,
passaram a usar um som, tornando possível assim, à escrita, exprimir a língua com
relações das palavras entre si.
A mensagem ainda pode sofrer um ruído, pois pode ter passado por algum tipo de
barreira (bloqueio, filtragem). E, ainda, o receptor deve fornecer o feedback ou a resposta,
completando totalmente o processo de comunicação. Expressando mais claramente, é preciso
que as pessoas se entendam entre si, relacionem-se a ponto de interpretarem com clareza
as palavras, as mensagens, não importando de que formato elas são ou serão. Entenda
algumas das palavras mais usadas no processo de comunicação.
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CONTEÚDO 3 - EMPRESA: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
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Fluxo de comunicação lateral
É também chamada de comunicação diagonal.
Segundo Pimenta (2002, p. 67), no fluxo de comunicação lateral, as mensagens
circulam entre funcionários ou grupos de um mesmo nível hierárquico.
Maximiano (2000, p. 286) conceitua este tipo de fluxo da comunicação organizacional
como “... a que ocorre entre unidades de trabalho do mesmo nível ou entre unidades de
trabalho de níveis diferentes, mas que se situam em diferentes hierarquias”.
Esse fluxo de comunicação possibilita o funcionamento dos processos
interdepartamentais e a tomada de decisões e se dá com pessoas do mesmo nível
hierárquico e na segunda, com pessoas de níveis hierárquicos diferentes.
A comunicação lateral/diagonal geralmente se dá através da comunicação oral
em organizações com estrutura horizontal, ou seja, com poucos níveis hierárquicos,
por isso tende a ser mais rápida que a comunicação formal. O único inconveniente é
que este tipo de comunicação, que também é chamada de rede informal, está propenso
a se transformar no chamado “rádio peão”, “rádio corredor”.
Os “boatos” ou “rumores” são recursos utilizados para satisfazer as
necessidades dos membros das organizações e extrapolam os níveis de autoridade,
sendo praticamente impossível controlá-los, o que pode prejudicar seriamente os
indivíduos e a empresa como um todo. Robbins (2002) afirma que o conteúdo das
redes de rumores geralmente são considerados mais verdadeiros, pelos funcionários,
do que as informações formais advindas da cúpula das organizações.
É importante sublinhar que quando se amplia o número de pessoas envolvidas
torna-se mais complicado ainda manter uma comunicação efetiva. Dessa forma, as
organizações precisam montar um sistema de comunicação que seja capaz de gerenciar
essa complexidade, otimizando os processos de trabalho. Conforme Chiavenato (1999, p.
404): “Em plena era da informação, cada vez mais as organizações necessitam de sistemas
de informação adequados para lidar com a complexidade ambiental e para transformar
seus funcionários em parceiros e agentes ativos da mudança e inovação”.
Temos que ressaltar, todavia, a primeira instância da comunicação empresarial: a
comunicação interpessoal. Comunicar-se entre e com os pares na empresa será o primeiro
caminho para se ter sucesso tramitação de informações. Informação, principalmente para o
seu par, deve ser óbvia. O receptor não precisa pensar, demorar para atinar o que o emissor
está escrevendo. Caso isso aconteça, a missão de difundir informações importantes, seja
da festa da empresa ou de uma tarefa imprescindível para a instituição, não acontecerá no
tempo que você espera, porque não entendida no tempo necessário.
“Temos que sempre ter em mente que, como indivíduo, o administrador
comunica-se consigo mesmo, através da reflexão, constituindo-se em fonte, canal e
destinatário ao mesmo tempo.” (Juarez Palma).
A partir disso, temos que avaliar a necessidade de administrar seu próprio modo de
comunicar-se com uma pessoa e, por conseqüência, determinar e dirigir toda a comunicação
interpessoal na organização com as respectivas características de maior ou menor grau de
desempenho. O maior grau de desempenho será o de conduzir o grupo, porque ele definirá
o sistema e o fluxo da comunicação empresarial.
O fluxo bem claro e simples das informações dentro de um órgão corporativo é assunto
tão delicado e importante que, quando surgem na década de 80 os processos de qualidade,
como a ISO 9001, que primam inicialmente pela entrega dos produtos na hora e data correta e pela
qualidade do produto entregue, usam e pregam como principal foco, a comunicação da diretoria
para os demais setores e vice-versa. O objetivo dessa preocupação é fazer com que as informações
sejam fluidas, rápidas e dinâmicas, utilizando ferramentas de comunicação.
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Faz-se necessário, dentro de uma empresa, a preocupação com o ato
comunicativo para que o sistema organizacional seja conduzido de forma
correta, criando, assim, uma produtividade como um todo.
Segundo Rego (1986, p. 53), “A unicidade do discurso organizacional
Comunicação
Empresarial
se vincula também ao que se pode chamar de níveis de análise. Neste caso,
trata-se de posicionar a comunicação num dos quatro níveis que contextuam
os problemas de comunicação, a saber”:
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não devem ser tratados sob a ótica do combate ostensivo e contundente, por se tratar de uma
expressão legítima da comunidade e, como tal, merece uma análise séria e profunda.
Quanto ao quesito, o autor faz algumas considerações sobre o tema, abordando que
os ambientes organizacionais são propícios ao desenvolvimento de rumores, os quais são
ocasionados em função da instabilidade e insegurança, causados por fatores externos, como
o próprio ambiente social e político conturbado, junto aos fatores externos às empresas,
formando o ambiente ideal para o “zumzumzum”.
Afirma o autor que o rumor atende a uma necessidade humana, que reúne as
expectativas e ansiedades, e também que as pessoas agem e reagem de acordo com
quatro mecanismos, dois relacionados à conservação do indivíduo (impulsos combativo
e alimentar) e dois que se ligam à conservação da espécie (impulsos sexual e paternal).
Os primeiros levam em conta o conjunto de necessidades básicas enfeixadas na luta pela
vida. Tudo que ameaça a pessoa – demissão, falta de alimento, limitações materiais e
condicionamentos e conflitos psicológicos – leva-a a reagir por meio de automatismos,
que constituem os mecanismos que estão na base das reações ou dos reflexos inatos.
A insegurança provocada pelo trabalho numa organização aciona freqüentemente esses
automatismos. O medo, a angústia, a depressão, a coragem, o entusiasmo, a agressividade,
a luta pelo poder, a dominação, a luta por cargos e salários, a ameaça, o encorajamento são
alguns dos sentimentos e valores que acionam os mecanismos inatos das pessoas. Essa
é uma base psicológica para explicar a teia de relações das redes informais, a partir das
operações que ocorrem nos centros nervosos de cada pessoa.
Esses rumores se desenvolvem nos elos de uma cadeia sociológica de grupinhos,
pequenos núcleos, que ocorrem da seguinte maneira:
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baseado na Ata da Reunião ou até mesmo nas decisões que a empresa tomou
em determinado momento. Esse controle é realizado através cronogramas
implementados em intranet e também por e-mails.
Comunicação
Empresarial
No conteúdo a seguir você vai descobrir porque comunicação empresarial
colabora tanto para o funcionamento eficiente e ordenado da empresa.
A comunicação é uma atividade administrativa que tem dois propósitos principais:
COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL
Como vimos anteriormente, a cultura organizacional se funde com a comunicação
organizacional, uma vez que ambas são intrínsecas às organizações, que são sistemas
abertos e intercambiantes, conectadas por fluxos de informações e mensagens entre as
pessoas que ocupam determinadas posições e seguem determinadas regras.
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Para Scroferneker (2000:04) “a comunicação organizacional abrange todas as formas
de comunicação utilizadas pela organização para relacionar-se e interagir com seus públicos”
e também com o meio ambiente.
Goldhaber apresenta vários pontos comuns na comunicação organizacional:
“a comunicação organizacional ocorre em um sistema complexo e aberto que é
influenciado e influencia o ambiente; a comunicação organizacional implica mensagens, seu
fluxo, propósito, direção e o meio empregado; a comunicação organizacional implica pessoas,
suas atitudes, seus sentimentos, suas relações e habilidades”(Goldhaber, 1991:23).
Considera comunicação organizacional como “o fluxo de mensagens dentro de uma
rede de relações interdependentes (...) que possui quatro conceitos chaves: mensagens,
rede, interdependência e relações” (1991:23).
A mensagem é a informação que é percebida e para a qual os receptores dão
significado. Em conseqüência, as mensagens tratam com informações significativas sobre
pessoas, objetos e acontecimentos gerados durante as interações humanas.
A rede é o fluxo de mensagens entre as pessoas, que podem ser comunicações
descendentes (mensagens que fluem dos superiores para os subordinados), comunicações
ascendentes (mensagens que fluem dos subordinados para os superiores, sendo muitas
vezes o feedback ou retroalimentação) e as comunicações horizontais (mensagens de
troca entre indivíduos que estão no mesmo nível de autoridade na organização). Portanto,
a comunicação organizacional é um processo seriado (Goldhaber, 1991).
A interdependência significa que, como a organização é um sistema aberto cujas
partes estão relacionadas entre si e com o meio ambiente, a natureza destas relações é
interdependente a todas as partes do sistema (denominado de subsistema), que afetam e
são afetadas mutuamente.
Uma vez que a organização é um sistema vivo e aberto, suas partes são conectadas
por pessoas e conseqüentemente por relações existentes entre as pessoas, nas quais as
condutas de comunicação das pessoas implicam nesta rede.
Goldhaber afirma então que:
“a comunicação organizacional é considerada como um processo dinâmico por meio do qual
as organizações se relacionam com o meio ambiente e por meio do qual as sub-partes da organização
se conectam entre si. Por conseguinte, a comunicação organizacional pode ser vista como o fluxo
de mensagens dentro de uma rede de relações interdependentes” (Goldhaber,1991:23).
Continuando a idéia de que a comunicação é um dos processos fundamentais da
organização, da gerência (superiores) e do comportamento organizacional, a comunicação pode
ser analisada sob três funções amplas, apresentadas por Bowditch e Buono (1992:87):
“(1) produção e controle (comunicação dirigida à realização do trabalho e ao
cumprimento de objetivos de produção da organização, tais como controle de qualidade); (2)
inovação (mensagem sobre novas idéias e mudanças de procedimentos que ajudam a firma
a se adaptar e responder ao meio ambiente); e (3) socialização e manutenção (comunicação
voltada para os meios de realização do trabalho, e não o trabalho em si, e para o envolvimento
pessoal, as relações interpessoais e a motivação da pessoa na empresa)”.
Apresentam também o conceito de comunicação em rede na organização (quem pode
falar com quem num grupo da organização), que são os padrões de comunicação. As redes
formais de comunicação são: todos os canais, em círculo, em “Y”, em roda e em cadeia. E
as redes informais de comunicação, onde tanto rumores, boatos e fofocas são informações
transmitidas e compartilhadas. Outras formas de comunicação ocorrem implicitamente, como
através de rituais, costumes, cerimônias, histórias, metáforas, folclore, heróis, logotipos e
outros modos simbólicos de expressão (Bowdtich e Buono, 1992).
Shermerhorn, Hunt e Osborn (1999) trabalham também a comunicação através de
fluxos de comunicação e de redes de comunicação. Os fluxos de informação referem-se à
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comunicação descendente, à comunicação ascendente e à comunicação
lateral. Quanto às redes de comunicação, identificam três padrões de
integração:
“rede de comunicação descentralizada – cujo padrão é de grupo
Comunicação
Empresarial
interatuante, com características de alta interdependência ao redor de uma
tarefa comum, sendo melhor em tarefas complexas; rede de comunicação
centralizada – cujo padrão é de grupo co-atuante, com características de esforços individuais
independentes em lugar de tarefa comum, e servem melhor para tarefas simples; rede de
comunicação restrita – cujo padrão é de grupo de contra-atuação, e possui características
como subgrupos em desacordo entre si e realização lenta de tarefas” (Shermerhorn, Hunt
e Osborn, 1999:248).
A melhor rede de comunicação dentro da organização é aquela que faz interagir e
integrar pessoas e grupos, minimizando conflitos e estimulando a participação e o diálogo
de todos os membros da organização.
Como se comunicar com os empregados? Esta pergunta muitas vezes é feita pelos
superiores e gerentes de uma empresa.
Para Corrado (1994), o que os funcionários querem são comunicações simples.
A comunicação mais eficiente com os empregados é vista como meio de melhorar a
produtividade e proporcionar um entendimento das metas organizacionais. Ações como
círculos de controle de qualidade, grupos de trabalhos auto-dirigidos, ênfase em planos
estratégicos, no trinômio missão/visão/valores são ações que, bem orientadas, ajudam na
comunicação interna da organização.
A tarefa das comunicações internas é dupla: desenvolver mensagens que influenciem o
comportamento dos empregados, focalizando qualidade, produtividade, moral e outros assuntos
importantes para o sucesso da organização. Não podemos esquecer que o compromisso da
administração superior é imprescindível para dar credibilidade a todas estas ações.
Corrado (1994) apresenta algumas sugestões para o desenvolvimento na comunicação
com os empregados: aumentar o contato e a comunicação entre a administração e os empregados;
fazer superiores/gerentes responsáveis pela retransmissão de informações; desenvolver canais
que levem informações para superiores e gerentes com rapidez; contar aos empregados como a
unidade está se saindo em comparação com outras unidades e com a empresa como um todo;
expandir as comunicações para cima (comunicações ascendentes).
O autor prega então que a comunicação organizacional serve para efetuar mudanças
de comportamento, focalizadas principalmente na qualidade, produtividade e moral.
Chanlat e Bédard (1993) colocam que a fala é o instrumento de ação do executivo
para obter resultados mais eficazes na organização. “A fala está para a constituição do
indivíduo como a linguagem está para a definição da espécie humana, pois é através dela
e de suas vicissitudes que se constrói a existência pessoal” (1993:128). Assim, a linguagem
e o pensamento se relacionam mutuamente através da fala.
O diálogo é também, para cada pessoa, uma oportunidade de exercer influência sobre
as atitudes e o comportamento do outro, e estabelecer verdades e conhecimentos.
Chanlat e Bédard (1993) também admitem que existem obstáculos ao diálogo no
ambiente de trabalho, e apontam quatro barreiras: a ideologia e os valores que ela veicula;
a “língua” administrativa em si mesma; os jargões especializados; e a estrutura burocrática.
Quanto mais a estrutura formal da organização obriga os empregados a se calarem, tanto
mais eles procuram palavras nos grupos informais.
E as condições favoráveis para o diálogo estão alicerçadas em fatores como valores
da organização, dinâmica interna dos grupos informais e práticas adotadas em seus setores
pelos líderes de grupos.
A comunicação interna como ferramenta da gestão empresarial é a base de
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sustentação de Marisa Del Pozo Lite (1997). “A comunicação não se limita unicamente ao
envio de informação, mas também com objetivos de coordenar as tarefas, motivar as pessoas
e melhorar os comportamentos” (Lite, 1997:117).
Sustenta também que a comunicação interna é um meio imprescindível para criar
uma cultura empresarial que reúne os interesses particulares e legítimos dos empregados,
assim como os objetivos gerais da organização.
Embasada na Associação Francesa de Comunicação Interna, Lite (1997) apresenta
seis funções próprias da comunicação interna, que são: pesquisar (elaborar uma política de
“escuta” do clima social interno); orientar (escutar e sensibilizar sobre os vários aspectos da
empresa); informar (criar uma política de informação escrita, oral e audiovisual para dar resposta
às necessidades de informação do público interno); motivar e coordenar (construir redes de
co-responsáveis com os seguintes fins: informativos, de conhecimento do clima social e do
ambiente de trabalho), organizar campanhas internas (mobilizar um grupo de pessoas com a
missão de organizar campanhas ou sessões de comunicação interna) e formar (favorecer a
capacidade de comunicação que têm os membros responsáveis pela comunicação interna).
Podemos dizer então que o pensamento de Lite enfatiza que a comunicação interna,
além de ferramenta gerencial, deve fazer parte do plano estratégico da organização.
Este pensamento é compartilhado por Kunsch (1997), quando afirma que o
planejamento estratégico realizado pelas organizações é, em geral, a melhor fonte e o melhor
ponto de partida para um planejamento de relações públicas com vistas à excelência e à
eficácia da comunicação. “Com o planejamento estratégico é possível fazer uma análise
ambiental externa e interna, chegando-se a um diagnóstico organizacional, capaz de indicar
as ameaças e oportunidades, os pontos fortes e os pontos fracos, ou seja, traçar um perfil
da organização no mundo dos negócios, político e social” (1997:28).
Cabe, portanto, às relações públicas gerenciar a comunicação nas organizações,
devendo ser encaradas como uma função estratégica, como valor econômico e não periférico
ou dispensável, capaz de agregar valor ao mediar as relações da organização com os seus
diferentes públicos, a opinião pública e a sociedade em geral.
Kunsch propõe a comunicação integrada como norteadora da comunicação
organizacional. Integrada “deve ser entendida como uma filosofia capaz de nortear e
orientar toda a comunicação que é gerada na organização, como um fator estratégico para
o desenvolvimento organizacional na sociedade globalizada” (1997:73), considerando as
relações públicas como gerenciadoras desse processo.
Para a autora, “a comunicação integrada é o conjunto das diferentes modalidades que
ocorrem dentro da organização: a comunicação institucional, a comunicação mercadológica ou a
comunicação de marketing, a comunicação interna e a comunicação administrativa” (1999:75).
A comunicação institucional constrói a credibilidade da organização, tendo como
proposta básica a influência político-social e a criação e consolidação de sua personalidade.
Utiliza-se de ferramentas de relações públicas, marketing social, marketing cultural, jornalismo,
assessoria de imprensa, identidade corporativa e propaganda institucional.
A comunicação mercadológica compreende toda manifestação gerada em torno dos
objetivos de vendas de uma organização e está vinculada ao marketing, propaganda, promoção
e vendas, feiras e exposições, marketing direto, merchandising e venda pessoal.
A comunicação interna visa propiciar meios para promover maior integração dentro da
organização, compatibilizando os interesses desta e dos empregados mediante o estímulo
ao diálogo, à troca de informações e experiências e à participação de todos os níveis.
A comunicação administrativa é a que se relaciona com os fluxos, os níveis e
as redes formal e informal de comunicação, que permite o funcionamento do sistema
organizacional.
Em suma, a comunicação organizacional deve fazer parte da gestão estratégica,
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auxiliando a organização a fazer as leituras de ameaças e oportunidades
do ambiente social e global, avaliando a cultura organizacional, pensando
estrategicamente as ações comunicacionais, gerenciados por um profissional
capacitado a aprender e re-aprender, apto a lidar com ambigüidades, ter
Comunicação
Empresarial
pensamento estratégico, capacidade de inovação.
Face à ampla apresentação sobre os temas globalização, identidade
cultural e comunicação organizacional, podemos fazer determinadas ilações e relações de
interdependência entre estes temas. As definições são múltiplas e distintas, mas a maioria
dos autores parte do princípio de que estes assuntos dão interdependentes e que possuem
pressupostos que os interligam.
02) Diagnóstico
Levantar todas as demandas da instituição na área de comunicação observando quais são
os setores que mais possuem demandas na área, como Recursos Humanos, por exemplo:
•O que o departamento quer comunicar?
•Por qual motivo quer comunicar?
•A quem comunica (público-alvo)?
•Como comunica?
•Em qual formato: jornal, revista, mural, internet...?
•Quais são os assuntos mais recorrentes, que se repetem?
Este processo deve ser realizado em todos os departamentos, absolutamente todos, pois
sempre há demanda, ainda que não saibam. Aí entra o cuidado em expressar os detalhes no
relatório. Dele sairá uma pesquisa clara de sobre qual será o público-alvo, quais são seus maiores
interesses, o que gostariam de expressar e não têm oportunidade e as principais notícias
03 – Verificação de Fontes
Esta é a parte mais delicada do processo. Nele, o responsável pelo trabalho deve
eleger, juntamente com o grupo diretor, quem é a voz oficial da instituição, se será o
presidente ou algum diretor ou um gerente, e assim por diante. Depois, para cada assunto
que é recorrente, interno e para a imprensa, o jornalista deve eleger e treinar para alinhar
os discursos com todas as fontes que julgar competentes.
As fontes devem transmitir credibilidade, transparência e tranqüilidade enquanto
concedem entrevistas e, o mais importante, saber do que estão falando. De nada adianta,
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o jornalista conseguir que a fonte dê a entrevista se ele não está preparado. Por isso é de
extrema necessidade que a fonte seja informada de tudo que deverá acontecer na entrevista,
principalmente do assunto, até mesmo das perguntas, se possível, para qualquer veículo
em qualquer situação.
04 – Malling List
Este instrumento nada mais é do que uma agenda com todos os telefones de todas
possíveis fontes que o profissional irá precisar na execução do trabalho. Ela deve conter os
endereços e telefones, assim como datas de aniversário de todas as fontes e dos jornalistas,
que mais têm relação na imprensa. Esta ferramenta deve ser simples, objetiva e bem
organizada em papel ou digital.
Depois desses processos realizados, o profissional estará de posse de diversas
informações que deverão ser tratadas e, para muitas delas, deve-se discernir se serão
divulgadas ou não, pois podem ser estratégicas e muitas vezes, inclusive, o tratamento não
correto da informação pode causar demissão por justa causa. Mesmo o profissional sendo
especialista na área de comunicação é sempre bom contar com a ajuda do gestor na hora
de aprovar a divulgação das mensagens, tanto ao público interno quanto ao externo.
O tratamento das informações deve ser uma preocupação da empresa como um todo,
entretanto, preocupar-se com a sistematização dada no âmbito de uma organização não
significa desconsiderar a multiplicidade de fontes que fatalmente existem. A preocupação
deve estar no nível da articulação desejada entre os emissores da informação, por isso a
importância de ter o aval dos gestores do processo, que pode ser fonte ou não. Uma empresa
cujas atitudes não precisam ser justificadas não teme em apoiar sua política de informação,
exatamente dentro da sua realidade. Uma bem equilibrada Política de Informação deverá
preocupar-se com a formação da opinião em si.
- Assessoria de Imprensa
É responsável pela divulgação das notícias de interesse da entidade, respeitando
os critérios estabelecidos e as normas definidas pelo assessorado. A assessoria tem a
missão de captar junto à diretoria, e às fontes indicadas pela mesma, notícias de interesse
jornalístico e utilizar os meios indicados para que esta informação gere um fato relevante
para a sociedade, o que chamamos de pauta, e, a seguir, uma notícia.
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da gestão do relacionamento entre uma pessoa física, entidade, empresa
ou órgão público e a imprensa.
No Brasil, os profissionais que desempenham a função de Assessoria
de Imprensa costumam ter formação em Relações Públicas, em Jornalismo.
Comunicação
Empresarial
Em outros países a função não é reconhecida como jornalística, e sim como
de relações-públicas.
O assessor de imprensa pode ser porta–voz e o elo de ligação entre a empresa e
a imprensa, tanto no que se refere a ação como na reação, ou seja, a instituição gerando
notícia e/ou respondendo o pedido dos jornalistas.
Os assessores de imprensa são fonte de informação e apoio para as redações, editorias,
chefias de reportagem, apresentadores, colunistas; por isso a importância dessa mediação.
A maior responsabilidade desta função consiste em redigir notícias geradas na
empresa, institucionais, para serem publicadas na imprensa de forma gratuita. O profissional
de comunicação faz este tipo de trabalho sugerindo os assuntos aos jornalistas, em forma de
release. O release é um texto de no máximo 20 linhas, que contém as principais informações
das notícias que estamos divulgando: O quê, quando, onde, por que, como e quem.
Em geral, o profissional de comunicação deve sempre fazer um relatório de atividades
para demonstrar a repercussão do seu trabalho. Nele, devem constar os assuntos enviados e
divulgados à imprensa e quais deles foram publicados e onde o foram. Por isso a importância
da clipagem ou taxação. Ela vai inserida neste relatório, pois comprova o trabalho e pode ser
medida através da tabelas de veiculação de cada meio de comunicação. Por exemplo: se saiu
uma nota pequena numa coluna de economia de um jornalista renomado da Folha de São
Paulo, pode-se saber quanto custaria aquela matéria se fosse paga e incluir no relato quanto
a empresa economizou, por ter sido “plantada” pela assessoria de imprensa.
Atribuições específicas:
•Divulgar as atividades da empresa através de notas ou releases para os veículos de
comunicação (rádios, televisões, jornais e revistas especializadas), previamente acordadas
com a direção;
•Ser o interlocutor da empresa com a imprensa, tornando-a fonte de informação para
os jornalistas, colunistas e formadores de opinião;
•Identificar oportunidades de parcerias para a empresa visando associação positiva
da marca com outras entidades e instituições na área promocional;
•Organizar entrevistas coletivas, quando o assunto for relevante, sugerindo à mídia
nomes para entrevistas e temas para as reportagens;
•Agendar visitas dos representantes da empresa aos meios de comunicação;
•Organizar encontros com jornalistas, como: café da manhã, almoço, entre outros.
•Fazer clipagem ou taxação: consiste em agrupar o material publicado na imprensa
e criar um relatório, que pode ser apresentado tanto digitalmente quanto impresso.
•Criar house-organ: veículo de comunicação, como jornal ou revista da empresa, no
qual as notícias serão publicadas para o público interno.
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Os potenciais clientes das Assessorias de Comunicação podem ser empresas privadas,
estatais, autarquias, governos, partidos, sindicatos, clubes, ONGs ou indivíduos, entre
outros.
Há ainda outras atividades relacionadas a Assessoria de Comunicação que, no entanto,
não devem ser confundidas, por terem outras especificidades: Marketing, Endomarketing,
Webmarketing, Marketing de Permissão, Comunicação Interna, Comunicação Empresarial,
Jornalismo Empresarial, Pesquisa de Mercado, Auditoria de Imagem, Marketing cultural,
político, educacional, esportivo, rural, de responsabilidade social e Lobby.
O sucesso da comunicação empresarial está calcado em duas estratégias: a primeira é a
rapidez e a agilidade com que os processos serão executados. E a segunda, na apresentação
de qualquer material que é feito, não só pelo português, que deve ser impecável, mas também
na criatividade da programação visual, com a qual determinados materiais são mostrados.
Lembrem-se!
Um redator eficaz desconfia sempre da clareza de suas idéias. Daí a procura incansável
da palavra mais simples, pela frase mais curta, compreensível a todas as pessoas.
Um bom redator responde sempre às perguntas: que, quem, quando, como, onde e
por quê.
1. Clareza
Consiste na expressão exata de um pensamento. Para ser claro, recomenda-se o
período curto, a ausência de adjetivação, de ambigüidade e da quebra da ordem lógica.
Estilo claro é aquele que evita a obscuridade, o pedantismo, a afetação, o esnobismo. Estilo
claro significa o uso da sintaxe correta e uso de vocabulário ao alcance do receptor.
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2. Coerência
Manifesta coerência a carta cuja linguagem é harmônica.
Coerente é toda carta escrita em linguagem lógica.
Comunicação
Empresarial
3. Concisão
Para escrever bem é preciso escrever pouco, encerrar um pensamento
com o menor número de palavras possível. São inimigos da concisão os circunlóquios, as
redundâncias e os clichês.
4. Correção
A redação empresarial exige conhecimento básico da Língua Portuguesa . Quanto
maior o nível de conhecimento do receptor, maior deve ser a atenção do redator. É necessário,
portanto, estudar sintaxe, concordância verbal e nominal, etc.
5. Objetividade
É a qualidade da linguajem direta, sem rodeios.
Carta objetiva é aquela que apresenta o assunto usando substantivos, que não se
desculpa com argumentações falsas, não é melosa nem artificial.
Importância da Semântica
A semântica dos serviços, ou seja, o que eles fazem ou o significado dos dados que
manipulam, é de importância vital para que cada serviço da rede de colaborações faça a
coisa certa.
Comandos HTML – códigos que permitem que o navegador Web saiba como formatar
o texto; isto é, como exibir cabeçalho, lista ou corpo de texto e, ainda, se as imagens, sons
e outros elementos devem ser inseridos.
22
entre partes, tais como: empresa (negócio a negócio), empresa e consumidores, negócios
e setor público e consumidores e setor público.
Correio de voz – tecnologia que possibilita aos usuários enviar, receber e armazenar
mensagens de voz para outras pessoas ao redor do mundo.
23
Sala de bate-papo – instrumento que possibilita que duas ou mais
pessoas interajam por meio de “conversas” pela internet.
Sistema de recebimento – sistema que cria um registro dos recebimentos atuais e futuros.
Usenet – sistema fortemente ligado à Internet que usa correio eletrônico para prover
um serviço de notícias centralizado.
24
Atividades
Complementares
01) O que é comunicação?
25
COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL E A
Comunicação
CULTURA ORGANIZACIONAL
Empresarial
Segundo Rego (1986, p.13), como unidade socioeconômica voltada para a produção de
um bem de consumo ou serviço a empresa é um sistema que reúne capital, trabalho, normas,
políticas, natureza técnica. Uma empresa não apenas objetiva gerar bens econômicos, para
uma relação de troca entre produtor e consumidor, mas procura também desempenhar
papel significativo no tecido social, missão que deve cumprir, qualquer que seja o contexto
político. É de alta relevância o papel formador da empresa dentro dos sistemas políticos, sua
contribuição social, por meio de geração de empregos, descoberta de processos, avanços
tecnológicos, enfim, seu papel de vanguarda na elaboração de estratégias, produtos e
serviços que resultam em processo.
Ainda segundo Rego (1986, p. 15), quanto a sua natureza econômica é bom enfatizar
que, graças á produção de bens e serviços para uma relação de troca, a empresa cria as
condições para se viabilizar. Conciliando aspectos sociais e econômicos, a organização
ajusta-se ao escopo para o qual foi idealizada.
A comunicação é um sistema aberto, semelhante à empresa. Como sistema,
a comunicação é organizada pelos elementos: fonte, codificador, canal, mensagem,
decodificador, receptor, ingredientes que vitalizam o processo. Processo que se divide em
duas etapas, a primeira, de transmissão da mensagem; a segunda, de recuperação, por parte
da fonte. O processo da comunicação está igualmente imbricado à sociocultura organizacional,
e, nesse caso, o objeto de análise se concentra sobre os elementos formadores dos climas
internos, a partir da pesquisa de etnia e cultura dos tipos organizacionais, apoiando-se,
portanto, em fundamentos antropológicos.
Uma das primeiras ações em comunicação empresarial foi a realizada pelo jornalista
Ivy Lee, em Nova York, que montou o primeiro escritório de Relações Públicas com o
objetivo de recuperar a credibilidade do empresário John Rockfeller, o qual enfrentava graves
problemas com pequenas e médias organizações. Lee montou o escritório para publicar
notícias empresariais dotadas de cunho informacional e não comercial, ou seja, ele queria
utilizar os meios de comunicação para fornecer ao público dados informativos a respeito das
instituições e suas ações, e não para fazer publicidade das organizações.
A estratégia de Lee deu certo e seu sucesso foi tão grande que, quando morreu, em 1935,
ocupava o cargo de gerente de relações públicas da Chrysler. Nos Estados Unidos, o trabalho
de comunicação empresarial é comumente executado por um relações públicas. No Brasil há
uma corrente que acredita que o trabalho deve ser feito por um jornalista, e outros afirmam
que não há diferença entre esses profissionais na hora de realizar a mesma atividade
A comunicação empresarial tem menos de 25 anos no Brasil. Na década de 70
as empresas e associações já comunicavam-se. Muitas delas editavam house-organs
conhecidos, ou seja, jornais internos de empresas. Mas não tinham a mesma expressão e
o reconhecimento internacional que possuem hoje.
Antes da década de 70 não havia um departamento ou área que aglutinasse todos os
esforços de relacionamento da empresa ou entidade com os seus públicos. Pode-se dizer,
26
mesmo, que a comunicação era, quase sempre, uma atividade que ficava em segundo plano,
realizada, na maioria dos casos, por profissionais de outras áreas, como recursos humanos,
por exemplo. Em função dessa mistura de atividades cruzadas, até hoje as atribuições dos
departamentos se confundem. Muito poucas eram as empresas que davam às atividades
de comunicação um papel de destaque. A não ser, é claro, no que tange as áreas afins de
propaganda e publicidade.
Esta fase coincide com a implantação dos primeiros cursos de Comunicação no
Brasil, o que esclarece por que, nessa época, nas empresas ou entidades não havia um
número significativo de profissionais de comunicação: isso só aconteceria a partir dos anos
70. Esta década sinaliza algumas mudanças radicais importantes e cria uma nova visão em
relação à implementação de uma cultura de comunicação nas empresas e da importância
extrema da mesma. Os profissionais de comunicação começam a chegar nas empresas e,
pouco a pouco, fica visível o quanto este tipo de trabalho é essencial no mercado em geral.
A maioria das empresas privadas, de médio e grande porte, cria áreas de comunicação ou
recruta profissionais para desempenhar atividades específicas.
A literatura neste campo inicia os primeiros passos, com a contribuição decisiva das
universidades. No final da década de 70, a semente para a implantação da Comunicação
Empresarial brasileira estava prestes a germinar.
A década de 80 deu o impulso que faltava à área, que ganhou status nas organizações
e passou, efetivamente, a se constituir em um campo de trabalho cada vez mais amplo
e aberto, o que atraiu profissionais de todas as áreas. O jornalismo empresarial (edição
de house-organs e relacionamento com a imprensa) e as atividades afetas às Relações
Públicas se profissionalizaram, com a chegada dos egressos das faculdades/cursos de
Comunicação e, sobretudo, com a vigência do regime democrático, que exigiu nova postura
das organizações.
Na época do governo de Juscelino Kubitscheck o Brasil começou a realizar as
primeiras ações de comunicação empresarial, através de agências de publicidade importadas
dos Estados Unidos. Rolim Valença foi o primeiro relações-públicas brasileiro e a AAB a
primeira agência do ramo. Em 1967 surge a ABERJE - Associação Brasileira dos Editores
de Revistas e Jornais de Empresas, que, em 1987, passa a se chamar Associação Brasileira
de Comunicação Empresarial.
Na segunda metade da década de 80 uma experiência marcou profundamente a
comunicação empresarial brasileira: a “abertura das portas” da Rhodia, com a elaboração
de sua Política de Comunicação Social, sob a responsabilidade do competente Walter Nori
(hoje com sua assessoria própria e que recebeu, no final de 2001, o Prêmio Valor Econômico
como personalidade da área de Comunicação Empresarial), durante a gestão de Edson Vaz
Musa - na presidência da empresa. Tratava-se de iniciativa pioneira no mercado, porque,
antes dela, nenhuma outra empresa ou entidade havia sistematizado e tornado público o seu
projeto de comunicação. A Política de Comunicação Social (PCS) da Rhodia foi o primeiro
“best-seller” da área, com seguidas reedições, para atender aos pedidos dos profissionais
e das empresas, que tinham, como referência, a experiência desta empresa no campo da
comunicação. Foi também o primeiro case bem sucedido de transparência e de compromisso
aplicados ao exercício da comunicação empresarial em nosso país. O relato desta experiência
está registrada em livro, escrito pelo próprio Walter Nori e pela jornalista Célia Valente, que
traz, inclusive, o documento integral da Política de Comunicação Social da Rhodia, um
documento que integra a história recente da Comunicação Empresarial brasileira.
27
VOCÊ SABIA QUE...
Nos anos 90, o conceito de Comunicação Empresarial passou a ser estratégico para
as organizações, o que significa ser severamente vinculada ao negócio, passando, também,
a ser comandada por profissionais com uma visão abrangente, seja da comunicação, seja
do mercado em que a empresa ou entidade se insere.
A Comunicação Empresarial deixou de ser um conjunto de atividades desenvolvidas
de maneira pulverizada para se transformar num processo integrado, que orienta o
relacionamento da empresa ou entidade com todos os seus públicos-alvo. Esta mudança
acarretou um novo perfil para a área, demandando planejamento, recursos, tecnologias
e profissionais capacitados para exercê-la. Da mesma forma, estimulou as empresas e
as entidades que a assumiram, no seu sentido moderno, a criar uma autêntica cultura de
comunicação e atendimento, com a conseqüente valorização dos públicos internos e a adoção
de atributos fundamentais, como o profissionalismo, a ética, a transparência, a agilidade e
o exercício pleno da cidadania.
Nos dias atuais, a Comunicação Empresarial se prepara para ascender a um novo
patamar, constituindo-se num elemento importante do processo de inteligência empresarial.
Ela se estrutura para usufruir das potencialidades das novas tecnologias, para respaldar-se
em bancos de dados inteligentes, para explorar a emergência das novas mídias e, sobretudo,
para maximizar a interface entre as empresas (ou entidades) e a sociedade. Neste novo
cenário, a Comunicação Empresarial integra o moderno processo de gestão e partilha do
conhecimento, e incorpora sua prática e sua filosofia ao chamado “capital intelectual” das
organizações. Entretanto, a maioria das corporações ainda busca entendimento do que,
exatamente, esses profissionais fazem, mas é de responsabilidade do administrador ter esta
visão estratégica para a sua empresa.
A Cultura Organizacional
A Cultura Organizacional repousa sobre um sistema de crenças e valores, tradições
e hábitos, uma forma aceita e estável de interações e de relacionamentos sociais típicos de
cada organização. A cultura de uma organização não é estática e permanente, mas sofre
alterações ao longo do tempo, dependendo de condições internas ou externas. Algumas
organizações conseguem renovar constantemente sua cultura, mantendo a sua integridade
e personalidade, enquanto outras permanecem com sua cultura amarrada a padrões antigos
e ultrapassados.A única maneira viável de mudar uma organização é mudar a sua cultura,
isto é, os sistemas dentro dos quais as pessoas vivem e trabalham.
28
CONTEÚDO 2 - CONCEITO DE CULTURA E ORGANIZAÇÃO
Cultura (do latim cultura, cultivar o solo, cuidar) é um termo com várias acepções, em
diferentes níveis de profundidade e diferente especificidade.
Diversos sentidos da palavra variam consoante a aplicação em determinado ramo do
conhecimento humano.
Ciências sociais - (latu sensu) é o aspecto da vida social que se relaciona com a
produção do saber, arte, folclore, mitologia, costumes, etc., bem como à sua perpetuação
pela transmissão de uma geração a outra.
29
O uso de abstração é uma característica do que é cultura: os
elementos culturais só existem na mente das pessoas, em seus símbolos,
tais como padrões artísticos e mitos. Entretanto fala-se também em cultura
material (por analogia a cultura simbólica), quando do estudo de produtos
Comunicação
Empresarial
culturais concretos (obras de arte, escritos, ferramentas, etc.). Essa forma
de cultura (material) é preservada no tempo com mais facilidade, uma vez
que a cultura simbólica é extremamente frágil.
A principal característica da cultura é o chamado mecanismo adaptativo: a capacidade
de responder ao meio de acordo com mudança de hábitos, mais rápida do que uma possível
evolução biológica. O homem não precisou, por exemplo, desenvolver longa pelagem e
grossas camadas de gordura sob a pele para viver em ambientes mais frios – ele simplesmente
adaptou-se com o uso de roupas, do fogo e de habitações. A evolução cultural é mais rápida
do que a biológica. No entanto, ao rejeitar a evolução biológica o homem torna-se dependente
da cultura, pois esta age em substituição a elementos que constituiriam o ser humano; a falta
de um destes elementos (por exemplo, a supressão de um aspecto da cultura) causaria o
mesmo efeito de uma amputação ou defeito físico, talvez ainda pior.
Além disso, a cultura é também um mecanismo cumulativo. As modificações trazidas por uma
geração passam à geração seguinte, de modo que a cultura transforma-se, perdendo e incorporando
aspectos mais adequados à sobrevivência, reduzindo o esforço das novas gerações.
Um exemplo de vantagem obtida através da cultura é o desenvolvimento do cultivo
do solo, a agricultura. Com ela o homem pôde ter maior controle sobre o fornecimento de
alimentos, minimizando os efeitos de escassez de caça ou coleta. Também pôde abandonar
o nomadismo; daí a fixação em aldeamentos, cidades e estados.
A agricultura também permitiu o crescimento populacional de maneira acentuada,
que gerou novo problema: produzir alimento para uma população maior. Desenvolvimentos
técnicos – facilitados pelo maior número de mentes pensantes – permitem que essa
dificuldade seja superada, mas, por sua vez, induzem a um novo aumento da população; o
aumento populacional é, assim, causa e conseqüência do avanço cultural.
Recorrendo ao conceito clássico, podemos definir qualquer organização como um
conjunto de duas ou mais pessoas que realizam tarefas, seja em grupo, seja individualmente,
mas de forma coordenada e controlada, atuando num determinado contexto ou ambiente
com vistas a atingir um objetivo pré-determinado através da afetação eficaz de diversos
meios e recursos disponíveis, liderados ou não por alguém com as funções de planejar,
organizar, liderar e controlar.
As empresas possuem entre si, em termos de organização, uma sistemática parecida,
umas com as outras, porque desenvolvem suas hierarquias de forma similar. Começando
pelos organogramas:
DIRETOR GERAL/PRESIDENTE
DIRETORES – DIRETOR - - DIRETOR – DIRETOR --DIRETOR
GERENTES – GERENTES- GERENTES – GERENTES
COORDENADORES – COORDENADORES
SUPERVISORES SUPERVISORES SUPERVISORES
ANALISTAS – ANALISTAS – ANALISTAS – ANALISTAS – ANALISTAS – ANALISTAS
– ANALISTAS – ANALISTAS – ANALISTAS – ANALISTAS – ANALISTAS – ANALISTAS
– ANALISTAS – ANALISTAS – ANALISTAS –ANALISTAS
30
Organograma é um gráfico da estrutura hierárquica de uma empresa. É a fotografia das
funções e departamentos oficiais existentes dentro de uma entidade. Os organogramas, em
geral, possuem linhas que representam o fluxo da informação, retângulos que representam
os cargos entre os quais flui a informação, estabelece o controle e, conseqüentemente, a
autoridade. Em teoria, ele mostra quem é subordinado a quem, que cargos são superiores
e quem é ligado a quem. Resumindo, mostra objetivamente a origem, o destino e a direção
do fluxo de informação que dinamiza a relação entre as partes.
O organograma brasileiro é considerado por inúmeras obras de administração como uma
referência quando se constrói um modelo. Entretanto ele sofre forte influência americana no formato.
Mesmo assim, há quatro estruturas que são encontradas com facilidade nas entidades:
Estrutura Linear
Caracteriza-se pela simplicidade, mas, ao contrário do que se pensa, não facilita a
implantação de um sistema de comunicação planejado. Uma das vantagens é a simplicidade,
sem fluxos demorados e/ou burocráticos de informação, entre níveis próximos ou equivalentes.
A autoridade permanece numa única pessoa. E como o poder é centralizado e não há pares,
o processo decisório é rápido e ágil, mas eleva os riscos, se houver impulsividade numa
decisão. Outra desvantagem da concentração num único líder, com no máximo um gerente,
é a rigidez estrutural e o fato de que quem planeja muitas ações, em virtude da escala de
trabalho, não tem braços para executar, por isso muitas tarefas podem ficar por muito tempo
sem serem finalizadas.
Estrutura Estafe
Viabiliza maior nitidez nas atribuições porque, como possui uma assessoria, separa
claramente o planejamento da execução das tarefas, o que possibilita uma maior expansão
das empresas. Quando o planejamento tem mais espaço e tempo de pesquisa e análise de
dados, o trabalho sai com maior consistência e possibilidade de acerto do que aquele sem
um estudo anteriormente realizado. As desvantagens principais podem ser o custo elevado
para manter as pesquisas e os recursos humanos que os desenvolvem.
Estrutura Funcional
A base da estrutura é a divisão de responsabilidades conforme as funções. Cada
diretoria, com sua equipe, é dividida segundo suas especialidades. E cada área se divide
em setores que subdividem-se em subfunções e possuem os respectivos responsáveis. Ou
seja, o compartilhamento das responsabilidades ocorre pelo desdobramento dos órgãos
em seus setores respectivos. Essa característica confere mais amplitude à estrutura e,
31
se todas as pessoas que fazem parte da equipe forem adequadamente
treinadas, integradas, as tarefas são finalizadas de forma mais completa.
Mas a complexidade da estrutura pode tornar o processo mais devagar,
principalmente se o controle de produção e resultados não for preciso.
Comunicação
Empresarial
Estrutura Matriz ou Matricial
Este é o tipo de estrutura encontrada nas grandes indústrias, na quais geralmente existem
muito projetos especiais. A cada novo projeto especial nasce um núcleo novo, nasce uma
unidade industrial. Mas as novas unidades são montadas com a estrutura da própria matriz.
Este tipo de sistema depende da contratação de mão-de-obra especializada porque,
no momento em que é criada uma nova unidade, esses talentos são deslocados para lá. O
nome matriz é derivado do próprio sistema.
Essa estrutura de organogramas só funciona, cada uma dentro dos seus parâmetros,
quando a organização administrativa visa possibilitar a tomada de decisão em função de
uma produção que depende da soma e relação harmoniosa dos recursos humanos, meios
materiais e operações. E nenhum destes componentes ficará de fora do observatório do
sistema de comunicação.
32
sucedidas no planejamento estratégico das empresas. Por isso que não se pode definir uma
comunicação que não esteja em sintonia com a cultura organizacional da empresa.
Além disso, a comunicação muda culturas organizacionais para melhor. Todavia
esse processo de modificação não pode ser feito de maneira rápida e brusca. Tudo ocorre
lentamente, mesmo o mercado exigindo mudanças profundas no processo de gestão e,
portanto, na cultura da maioria das organizações.
Mas o mais importante deve ser reforçado: a produção de conteúdo é inerente
à organização dos processos e a distribuição dele é imperiosa para que a cultura de
comunicação se dissemine na empresa.
- Comunicação interna
É aquela que é integrada pelas comunicações que se processam no interior do
sistema organizacional. São aquelas elaboradas para a construção da consciência coletiva.
Servem para edificar as decisões do ambiente interno, se destinam aos que trabalham na
organização.
- Comunicação externa
Diz respeito às comunicações recebidas ou enviadas pelo sistema organizacional
para consumidores, poderes públicos, fornecedores, etc.
O produto da comunicação interna deve ser concebido na parte de cima da pirâmide
organizacional. O centro (as chefias intermediárias) e a base da pirâmide (os funcionários
comuns) são os clientes que devem receber esse produto. Quem cria e detém o produto, ou
seja, as notícias, as informações relacionadas à empresa e tudo que a envolve, quem deve
responsabilizar-se pela distribuição e divulgação da informação. E o fundamental é que os
canais de distribuição das mensagens seja realmente eficaz para que os funcionários continuem
trabalhando pelas mesmas metas. Lembrando que quem aprova o que será divulgado é a
direção. Mas essa informação deve gerar credibilidade. Ela deve ter sempre a intenção de
gerar uma modificação natural do comportamento dos colaboradores para melhor.
Dentro das empresas é preciso estar sempre atendo quando se fala em público interno,
porque pode ser esquecida uma parte deste público, que vai além dos colaboradores. Estamos
nos referindo aos fornecedores, aos parceiros das empresas, aos prestadores de serviço.
Por que eles? Porque são testemunhas oculares dos fatos que os boletins informativos e
murais vão divulgar. Eles fazem parte das ações que estão ali relatadas. Eles fazem parte
dos números da empresa. E, apesar de termos certeza de que a notícia se prolifera quando
publicada grande imprensa, a propaganda boca a boca que o funcionário faz e que os que
conhecem o produto fazem agrega mais valor ao produto do que qualquer anúncio de
página inteira.
33
A era da globalização traz mudanças que atingem todo o planeta e
devem ser consideradas pelos profissionais das áreas de recursos humanos e
comunicação, pois é a partir delas que a empresa e seus funcionários interagem
no dia-a-dia.
Comunicação
Empresarial
Para ampliar o relacionamento de dentro para fora, isto é, com o
público externo, o cuidado no tratamento da distribuição da informação é
redobrado A primeira regra é nunca, jamais divulgar algo que o público interno não saiba, pois
a primeira situação que o responsável pela comunicação vai lidar quando ela for divulgada
é a possibilidade daquilo ser um boato.
Com este público ainda é preciso saber tratar muito bem e com muito cuidado as
informações, porque elas nem sempre são tão boas e quando elas se espalham têm de ser
muito claras para evitarem boatos.
Outro cuidado primordial é o controle de notícias do público externo. Tudo o que for
enviado à imprensa pela empresa deve ser arquivado, mesmo sendo positivo ou negativo. A
este tipo arquivamento, que gerará um relatório digital e impressos, chamamos de clipagem.
As notícias da concorrência também devem ser arquivadas, ou melhor, clipadas, para
estabelecermos contato e observarmos quais são os movimentos que ela está fazendo e
como está fazendo.
34
Atividades
Complementares
01) Aproximadamente há quantos anos a comunicação empresarial é exercida no
Brasil?
03) A indústria brasileira passou por uma mudança profunda na década de 80, em
virtude do Processo de:
35
GESTÃO DA
Comunicação
Empresarial
COMUNICAÇÃO
EMPRESARIAL
COMUNICAÇÃO COMO INTELIGÊNCIA
EMPRESARIAL
Marshall Mcluhan, que faleceu com 70 anos, em 1980, era uma autoridade mundial em
comunicação, tendo sido professor de literatura inglesa no Canadá e em diversas universidades
nos Estados Unidos. Revolucionário, levou às últimas conseqüências suas idéias e conceitos.
Um deles foi criado logo depois que o homem enviou para o espaço os primeiros satélites.
Mcluhan considerava que o homem vive numa aldeia global. Um visionário que, ainda nos anos
60, declarou que as distâncias acabariam encolhendo e que, no futuro, todo mundo poderia estar
em contato o tempo todo. Considerava também que a complexa Rede de Comunicações em
que está imerso o homem na era cibernética, eletrônica e de automação afetava profundamente
sua visão e experiência do mundo, de si mesmo e dos outros.
Na década de 60, o autor influenciou os estudos sobre a comunicação de massa.
Depois foi esquecido, mas nos últimos tempos suas idéias são novamente referência, pois
são muito coerentes com a situação que estamos vivendo hoje.
36
Essas novas formas de se comunicar podem apresentar problemas se não forem
utilizadas com parcimônia, ou seja, na medida em que os colaboradores preferem
utilizar o “intervalo do café” para continuar em um mundo virtual perdem na qualidade
de suas relações interpessoais, que são enriquecidas pela comunicação face a face.
Enquanto profissionais atualizados e detentores dos novos recursos tecnológicos
(palm, celular, Internet, etc.) voltados para a informação corre-se o risco de romper-
se a fronteira entre o trabalho e o descanso devido à possibilidade de estar on-line (à
disposição) 24 horas por dia. Conforme afirma Robbins (2002, p. 293):
“As fronteiras organizacionais tornam-se menos relevantes em conseqüência
da comunicação eletrônica. As redes de computadores – ou seja, computadores
conectados para se comunicarem uns com os outros – permitem que os funcionários
saltem níveis hierárquicos verticais dentro da organização, trabalhem em período
integral em suas próprias casas ou qualquer outro lugar fora da empresa e mantenham
comunicação constante com pessoas de outras organizações”.
De fato, é possível observar-se empiricamente que, muitas vezes, a comunicação
organizacional tem extrapolado as paredes das empresas, o que sugere a necessidade
da realização de novas pesquisas nessa área para verificar as mudanças no perfil dos
colaboradores e na própria cultura organizacional.
Muito antes de alguém falar em “aspectos lúdicos da educação”, McLuhan já dizia que
o estudo deveria ser uma atividade divertida. A escola, para ele, ainda não tinha percebido
essa realidade óbvia. E completa:
“É ilusório supor que existe qualquer diferença básica entre entretenimento e educação.
Sempre foi verdade que tudo o que agrada ensina mais eficazmente”. McLuhan (1996:54)
37
Mais do que isso, hoje a Internet nos traz, além de conteúdo escrito,
também o mesmo áudio e vídeo a qualquer momento, a qualquer hora.
No mundo democrático da internet, é possível descobrir informações sobre
qualquer assunto em diversas línguas. O homem não consegue viver hoje
Comunicação
Empresarial
sem as extensões da tecnologia.
Um fato que chama atenção com a inclusão das novas tecnologias
em nossas vidas é se falar em “relações virtuais”, como se as máquinas fossem realmente
capazes de sentir e pensar pelos seus operadores. Mesmo assim, hoje em dia é comum
diversas pessoas comunicarem-se e relacionarem-se, até afetivamente, somente através
da rede mundial de micro computadores.
As vítimas precisam reconhecer que têm necessidade dos artistas. O artista é homem
de consciência integral, percebe as implicações de suas ações e do novo conhecimento de
seu tempo McLuhan (1996:88).
Outro autor, Nicholas Negroponte, escreveu a obra A Vida Digital, em 1994. A partir
daí foi considerado pelo mundo inteiro um dos visionários do século, no que diz respeito
à tecnologia e à utilização da mesma relacionada à informação, tanto na área profissional
como também pessoal de cada indivíduo.
Negroponte propõe: “apesar de estarmos na era da informação, a maior parte dela
chega até o público através de átomos, meios tangíveis (jornais, revistas e livros)”. Enquanto
hoje percebemos uma multiplicação rápida dos recursos digitais, numa busca incessante de
atender à demanda por informação, em forma de “bits”. Estudos demonstram claramente que
cerca de 80% do tempo gasto pelas pessoas, no meio profissional, é com o meio digital, seja
no e-mail, seja na leitura de clippings ou acesso direto a portais de informação na Internet.
Em uma visita a uma gigante do mercado de manufatura de “circuitos integrados”, fui
questionado sobre o valor do meu laptop. Ao adentrar a empresa, respondi que meu notebook
valia cerca de 2 milhões de dólares. Dizendo isto, fui prontamente questionado pelo time de
seguranças, pois eles haviam estimado o valor em aproximadamente 2 mil dólares. O que vale
mais? O bem em si (o notebook) ou as informações contidas nele? Negroponte (1995:110).
Outra questão importante levantada é o fato de que a informação não sofre com
barreiras físicas como os produtos, embora estejam intimamente ligados. Ex: quando
passamos na alfândega somos obrigados a registrar os nossos computadores (átomos),
mas não o conteúdo de seus discos rígidos.
38
O futuro das empresas, segundo Negroponte, estará atrelado à capacidade destas de
fazer seus produtos tornarem-se cada vez mais digitais. Alerta também para o fato de que
isto não significa que a tecnologia não ajudará no desenvolvimento, fabricação, gerência e
comercialização dos produtos (átomos), os bits nunca serão átomos.
Os meios de comunicação mais comuns utilizados nas empresas hoje, entre os
funcionários, são: e-mail, telefone e telefone móvel celular e a intranet. Como formas
mais avançadas de tecnologia temos a vídeo conferência e os sistemas de conversas em
tempo real internos das empresas, um tipo de Messenger da Microsof, mas somente como
colaboradores plugados em tempo real, no qual o funcionário pode falar com qualquer
colega, em qualquer lugar do mundo, desde que estejam no mesmo sistema ao mesmo
tempo, bastando ter Internet.
E os meios de comunicação mais usados da diretoria para o grande corpo funcional são: os
boletins informativos e/ou revistas, house organs - como são chamados -, os murais, geralmente
espalhados em toda a empresa, e-mails marketing, a mesma mensagem, com a mesma
programação visual especial, enviada para um grupo ou todo o coletivo de funcionários.
Falamos das teorias do filósofo, autor e educador Marshall Mcluhan, junto com Nicholas
Negroponte, para estabelecer um parâmetro de comparação do que não sabíamos o início,
quando éramos leigos, apenas assistíamos à TV e navegávamos na Internet inocentemente.
Mas como agora você está ficando especialista nesta matéria e com seus valores muito
mais aguçados, quando fizer essas ações novamente vai mudar seu ponto de vista, com
certeza. Principalmente enquanto estiver trabalhando em alguma empresa.
Comunicação oral
Segundo Pimenta (2002, pp. 142-143), “À arte de falar em público, deu-se o nome
de oratória. Apesar de haver dúvidas quanto a sua origem, atribui-se a Corax e Tísias a
fundamentação de seus princípios, na Sicília, no século V a. C. Entretanto, foi em Atenas que a
arte da oratória foi amplamente difundida. Os sofistas, filósofos contemporâneos de Sócrates,
foram os primeiros a dominar com facilidade a palavra. Tinham como objetivo serem capazes
de julgar, falar e agir. Para atingirem essa meta, exercitavam-se praticando leituras em público,
comentando as obras dos poetas, treinando improvisações e promovendo debates”.
Comunicação escrita
Na comunicação escrita, as idéias do remetente poderão ser conhecidas pelo
destinatário quando:
•O remetente transformar suas idéias em mensagens, associando-as a estímulos
físicos (letras) ou significantes, formando signos;
•O remetente enviar mensagens constituídas de signos ao destinatário;
•O destinatário receber os signos, captando os significantes e entendendo os
significados ou idéias a eles associados;
39
Há vários fatores que impedem a eficácia de uma mensagem:
•Uso de termos técnicos desconhecidos do receptor.
•Imprecisão vocabular ou uso de frases longas para impressionar o
leitor.
Comunicação
Empresarial
•Excesso de adjetivação e expressão planas.
•Falta de clareza e objetividade do texto.
A partir do momento em que o destinatário entender o significado, estará apto a
produzir uma resposta.
Para ocorrer a compreensão é necessário escrever no código que o destinatário domina.
Logo, para uma comunicação efetiva, é preciso conhecer o repertório de nosso
destinatário.
40
E em todos esses meios o discurso deve ser alinhado entre todos os diretores e a
assessoria de imprensa.
Quem dá entrevista concede a mesma entrevista, falando do mesmo tema, diversas
vezes, e esse também é um motivo que leva as fontes - que naturalmente são a diretoria ou as
pessoas mais técnicas - acertarem o mesmo discurso. Exemplo: Acontece um acidente aéreo.
E, para a imprensa, um diretor concede a entrevista dizendo que morreram 60 pessoas. Outro
diretor concede a outro veículo entrevista sobre o mesmo assunto e comunica que morreram 80
pessoas. Imaginem a confusão entre as famílias que estão aguardando notícias sobre o acidente
em questão?! A imagem da empresa, que a esta altura já está abalada, ficará pior. A imprensa vai
aproveitar a oportunidade para ressaltar a desorganização e o desencontro das informações até
ter informações coerentes e um porta-voz que forneça a mensagem de forma correta e clara.
O gestor deve estar sempre preparado para esse tipo de situação, a qual chamamos
de gestão de crise, e os motivos são inúmeros. Assim como pode ser uma notícia ruim, pode
ser uma notícia ótima, como ganhar um prêmio ou aumentar o faturamento da empresa
em milhões de reais, contratar muitos funcionários novos, tudo isso é notícia. E se ele
tem dificuldades para falar, ser objetivo, se gagueja ou até mesmo é tímido, o melhor que
se tem a fazer, além de escrever os principais discursos dele, é dar à diretoria e às fontes
mais procuradas pela imprensa um mídia trainnning. Midia trainning é um treinamento
realizado para qualquer pessoa que tenha qualquer dificuldade em ficar perante as câmeras
de televisão ou dos microfones de rádio, ou até mesmo falar para jornais.
41
Como exemplo podemos citar o caso da Disney, na qual existe uma
hierarquia clara e estruturada, até em função da abrangência internacional da
corporação, mas que, ao mesmo tempo, valoriza as competências individuais
através de incentivos, prêmios e também de uma cultura competitiva,
Comunicação
Empresarial
permitindo uma rápida ascensão profissional aos funcionários, independente
da posição e da idade. É um caso em que não existe grande resistência
a inovações, porém há um grande número de regras a serem seguidas e percebe-se uma
necessidade das pessoas se sentirem ocupadas, trabalhando pesado. É em função deste
estímulo ao crescimento que a comunidade interna sente-se motivada a trabalhar e alcançar
metas focadas nos resultados.
Até um tempo atrás, quando o sistema hierárquico era mais estruturado e respeitado,
era mais fácil liderar porque o superior não costumava ser questionado. Hoje, especialmente
em relação à Geração X, que não aceita tão facilmente a hierarquia e uma liderança
inconsistente, é preciso mais do que ser superior para ser líder. Os valores e o estilo de
gerenciamento do líder têm que ser otimizados e voltados para a obtenção de resultados
pela equipe. O líder hoje tem mais um papel de orientar e motivar do que de determinar. Ele
precisa agregar e organizar e também se identifica com a equipe e com a própria empresa,
para que seja aceito e respeitado.
Mesmo que este seja o perfil ideal, existem vários tipos de líder, descritos pelos
comportamentos a seguir:
•O líder sincero e direto, que costuma ser decidido e determinado, voltado tanto para
a produção quanto para as pessoas;
•O líder controlador, que decide e depois comunica o que fazer, voltado mais para a
produção do que para as pessoas;
•O líder conciliador e negociador, que costuma ser cauteloso e se movimenta só
quando pressionado.
•O líder apático e espectador, que adia decisões e foge de responsabilidades e possui
um perfil acomodado.
•O líder compreensivo, que tem dificuldades para dizer não e não gosta de divergências,
é sólido e fornece ajuda e evita abordar os pontos negativos. É voltado mais para as pessoas
do que para a produção.
42
PLANEJAMENTO DE EXECUÇÃO
1.Definição da estrutura editorial.
2.Cronograma de execução.
3.Planejamento detalhado de cada edição.
4.Avaliação prévia do material a ser publicado.
5.Definição do planejamento gráfico.
6.Estrutura de produção (conteúdo prévio: 70% e matérias de última hora: 30%).
7.Crítica da edição anterior – reunião de pauta/planejamento.
8.Avaliação das respostas e repercussões (observações, papo informal, comunicados,
caixas de sugestões, pesquisas, etc).
9.Planejamento de evolução – identificar e eliminar falhas visando a uma publicação
cada vez melhor.
ATIVIDADE DE PLANEJAMENTO
1.A quem se dirige a mensagem (recepção, situação do destinatário).
2.O conteúdo, o tipo da forma da mensagem (o veículo).
3.O reforço da mensagem (material de acompanhamento).
4.Análise dos efeitos da mensagem (avaliação).
43
12.A estrutura atual de produção de planos e técnicas da comunicação
é a mais viável na atual realidade (devem ser considerados os fatores
internos e externos)?
Comunicação
Empresarial
O QUE PRECISAMOS PARA DEFINIR ESTRUTURAS DE
COMUNICAÇÃO
1.Estrutura de produção (fonte matricial de comunicação) – produção de idéias,
técnicas, pesquisas, seleção de canais apropriados, tratamento de conteúdo e forma.
2. Estrutura de transmissão e recepção e informação das mensagens – Recebimento/
leitura, avaliação, tratamento do controle e da forma, distribuição de mensagens.
3. Estrutura de avaliação – do recebimento, da temática, do público, dos canais, da
distribuição, avaliação dos efeitos junto aos públicos e identificar os resultados.
Cultura (do latim cultura, cultivar o solo, cuidar) é um termo com várias acepções,
em diferentes níveis de profundidade e diferente especificidade, (Wikipédia).
Cultura é algo que está internalizado no homem, impregnado na mente das pessoas.
É imposto de uma forma tão trivial que serve de referência para o resto das nossas vidas e
nem sabemos o porquê nem como. A cultura está presente na vida das pessoas em forma de
linguagem, de dança, de religião. È um conjunto social, é um conjunto de valores que tornam-se
tradição nos cotidianos de pessoas no mundo todo e de fácil acesso através da globalização.
Em meio ao processo de globalização procura-se compreender como as identidades
se reorganizam com a chamada invasão cultural mundial. As formas de exercer a cidadania
estão, de uma maneira geral, associadas à capacidade de apropriação dos bens de consumo
e ao mesmo tempo às formas e à maneira de utilizá-los.
44
Mais que isso, o consumo privado de bens e meios de comunicação de massa
(enquanto forma de cidadania) está substituindo as normas abstratas de democracia, no
que tange à participação coletiva em partidos, sindicatos e demais agremiações:
Desiludido com as burocracias estatais, partidárias e sindicais, o público recorre à
rádio e à televisão para conseguir o que as instituições cidadãs não proporcionam: serviço,
justiça, reparação e simples atenção e disseminação de cultura (Canclini, 1996, p.26).
Em um determinado momento da história cristalizou-se a noção de que as diferenças
– materiais – fossem compensadas pela igualdade e/ou equiparação nos direitos civis
(abstratos), o que, contudo, passou a ser balanceado pela proposição de que o lugar a que
se pertence no conjunto da sociedade acaba definindo um tipo de direito característico.
Os indivíduos em geral (cidadãos) percebem que os meios legais são extremamente
burocratizados, lentos e que seu nível de ineficácia é bastante acentuado. Portanto, procuram
encaminhar suas demandas aos meios de comunicação de massa. Não significa, a despeito
disso, que esta via seja mais eficaz que a tradicional, apenas que proporcionam um inequívoco
imediatismo, ao mesmo tempo em que transmitem a noção de transparência.
Esse novo tipo de fenômeno, que pode ser exemplificado com total êxito como o “Show
do Tom”, indica uma reestruturação entre duas esferas: a pública e a privada. Apontando uma
sobrevalorização desta última. Pode-se afirmar que o exercício da cidadania, que se dava em
mecanismos coletivos de participação, está sendo reelaborado, através dos meios de comunicação
de massa, em espaço eminentemente privado. Em certo sentido, a cidade perde espaço para
o aconchego do lar implicando, necessariamente, em uma transformação ou readequação da
vida urbana, em especial atingindo e transformando a função dos atores políticos tradicionais.
Nessa perspectiva a cultura seria um processo de “montagem” multinacional, uma
articulação flexível de partes, uma colagem de traços que qualquer cidadão, de qualquer
região do mundo, independente de religião e ideologia, pode vir a utilizar.
Segundo Canclini (1996:138), para que isso se efetive, na realidade, destacam-se
basicamente cinco processos:
45
A grande questão que se levantaria nessa abordagem teria a ver com
a possibilidade ou não de a sociedade com um todo estar construindo bases
de sustentação de uma nova forma de ser cidadão. Esta nova forma estaria
baseada em uma concepção democrática da realidade. A diversificação dos
Comunicação
Empresarial gostos estaria viabilizando uma concepção democrática de cidadania
Surgem irresistivelmente, em meio a essas repercussões, outras
formas de articulação das identidades, favorecendo o advento de um novo estilo de fazer
política. Os símbolos locais, em certo sentido, estariam sendo retrabalhados e, em muitos
casos, substituídos pelos símbolos estrangeiros (americanos em especial). Essa correlação,
entretanto, favorece decisivamente no fim de muitos paradigmas e/ou esquemas das culturas
regionais, conformando um novo cenário, mais fluido. Menos consistente, em termos de
tradição e outras bases do que teria a ver com uma espécie de visão mais “tribal” da nação.
As conseqüências dessa reestruturação se fazem presentes no dia-a-dia, evidenciando
prejuízos multifacetados à sociedade local.
Canclini desmonta em sua argumentação a propositiva que indicaria no ato de consumir
um “gesto irrefletido”. Para o autor, estaríamos sendo partícipes de uma acirrada disputa
social de apropriação pelo que a sociedade, em termos globais, produz. Há, portanto, um
elemento ou, por que não dizer, apelo à racionalidade e à sedução em que, no limite, no
palco de operações sociais, se consolida a diferenciação e a distinção por intermédio de
uma lógica de símbolos/signos de status, situando indivíduos, grupos e classes.
Destacaria também um processo ritualístico no qual o indivíduo consome para
satisfazer necessidades culturalmente criadas. As novidades do séc. XXI, portanto, estariam
ligadas a modalidades audiovisuais e massivas de organização da cultura, sendo que toda
esta estrutura estaria subordinada a critérios empresariais de lucro, assim como a um
ordenamento global que desterritorializa conteúdos e formas de consumo.
O direito efetivo de ser cidadão (concepção mais tradicional), de decidir como, quando
e onde produzir – à luz dos mecanismos de participação – se restringe às elites. Ao mesmo
tempo, a grande maioria de seres humanos acompanha todo esse processo apenas e tão
somente como espetáculo. A globalização de bens, ou seja, o fluxo mais ou menos livre de
capitais, em contraste com as restrições no fluxo de seres humanos, inviabiliza condições
básicas à grande maioria da sociedade global, à medida em que estes não têm acesso a
trabalho, educação, saúde e moradia.
Repensar esses elementos todos, a partir da necessidade de se buscar nova significação à
própria concepção de ser cidadão, seria um dos desafios. Contudo esta é uma tarefa difícil e que
exige uma conscientização maior da população. Em termos gerais, parece que Canclini trabalha
o problema-chave dos atores políticos contemporâneos. Repensando essa relação poder-se-á
encontrar, provavelmente, estratégias novas e mais eficazes para o movimento popular.
Canclini defende que a globalização está transformando os consumidores do século 21
em cidadãos do século 18. Para confrontar isso, é preciso aproximar o consumo do exercício
da cidadania, como política pública e privada de atuação, decisão e reordenação social e
das identidades. Ainda nessa linha, argumenta que as sociedades civis aparecem cada vez
menos, como comunidades nacionais, entendidas como unidades territoriais, lingüísticas e
políticas, e mais como comunidades de consumidores que compartilham modos de leitura
de certos bens, que lhes fornecem identidades comuns.
Os setores menos favorecidos da sociedade são influenciados pelos discursos
ideológicos, que visam instigar pessoas ao consumo de bens supérfluos ou não e tendem
a gerar ansiedade e frustração, pois é um discurso que nivela as pessoas ao mesmo plano
social, o que não condiz com a realidade.
As questões que envolvem o universo do consumo estão muito além do ato de
comprar, na realidade estão no cotidiano das pessoas interferindo, até mesmo, nas relações
46
interpessoais. A própria ideologia capitalista reforça o pensamento individualista de cada um,
afetando as forças do espírito coletivo.
O consumo é um conjunto de processos socioculturais em que se realizam a
apropriação e o uso dos produtos (Canclini 1998:53).
No entanto consumo e cidadania são termos indissociáveis, e o consumo não se inicia e
termina no simples ato de adquirir um produto, pois existe todo um processo pelo qual o indivíduo
passa e todo um contexto social no qual ele está inserido que influenciará na decisão da compra.
É importante ressaltar que o consumidor não é um ser passivo, que recebe toda e qualquer
mensagem ideológica provinda do Sistema Industrial sem manifestar resistência, e é devido a essa
resistência que muitos cidadãos proporcionaram uma mudança nas relações de consumo.
“...O direito de ser cidadão, ou seja, de decidir como são produzidos, distribuídos e
utilizados esses bens, se restringe novamente às elites” (CANCLINI, 1998:30).
O poder de escolher, optar pelos bens que considera fundamentais, que condicionem
a uma melhor qualidade de vida é arrancado da maioria da população, de acordo, com
interesses, e destinado a minorias. E por isso é jogada nos meios de comunicação de massa
(Jornal, Rádio, Cinema e TV) a responsabilidade de fiscalizar a sociedade como um todo.
É indiscutível que hoje o mundo enfrenta uma concorrência antiga: mídias com novas
mídias: com a introdução da Internet e de outras tecnologias de ponta, acompanhada de
condições sociais e econômicas em processo de mudança. O resultado é um mistura de
mídias, juntamente com uma agenda diferente para o papel dos recursos de informação e
entretenimento em nossas vidas pessoais e profissionais.
A televisão aberta é hoje o meio de comunicação que possui a maior audiência no Brasil.
Maior audiência e credibilidade. É quase como se o espectador conseguisse tocar no que vê e
agora, com a nova tecnologia HDTV (High-Definition Television) que o governo federal espera
estar em todas as residências brasileiras em 10 anos, vai parecer que vai se poder tocar
mesmo, pois ela ficará com muito mais definição de resolução e de imagem. Não podemos
deixar de fora as tvs a cabo, que possuem um audiência de maior poder aquisitivo, por ser
através de assinatura e ter outro perfil de consumo de maior exigência e maior refinamento.
Enquanto que a televisão aberta contempla as classes CD e E da população.
Na hora de escolher focar em TV como principal mídia, através da assessoria de
imprensa e de publicidade, devemos pensar nas variáveis. É um investimento caro, pois atinge
mais pessoas, tem horários especiais que se pode enviar material para veiculação e pode-se
escolher os horários nos quais queremos que veicule aquela determinada propaganda. No
caso da assessoria, é preciso escolher o programa de acordo com a empresa que você, o
profissional de comunicação, assessora: se for de cultura, o foco deve ser um programa de
entretenimento. Se for uma empresa automobilística, por exemplo : telejornais e programas
de economia são os mais apropriados.
47
em 20 de janeiro de 1951, é inaugurada a TV Tupi, do Rio. Sua primeira
transmissão, na festa de lançamento da emissora, é uma entrevista
do cantor francês Maurice Chévalier, um dos mais famosos do mundo
na época, feita pelo jornalista Arnaldo Nogueira. Essa entrevista foi
Comunicação
Empresarial
realizada no primeiro talk-show da TV brasileira, Falando Francamente,
idealizado, criado e apresentado pelo então jornalista. O principal
responsável pela transmissão foi o jornalista Assis Chateaubriand, dono da então
poderosíssima rede de empresas de comunicação Diários Associados. Ele importou
equipamentos e aparelhos dos Estados Unidos. Chateaubriand convidou vários
jornalistas e ex-radialistas, como Arnaldo Nogueira, e pessoas famosas já naquela
época, como Hebe Camargo, para apresentarem a primeira transmissão. Arnaldo
Nogueira o fez, mas a hoje apresentadora Hebe Camargo acabou não comparecendo
ao estúdio no horário da transmissão e foi substituida por Lolita Rodrigues. Mas no
segundo dia de transmissão Hebe Camargo cantou o Hino Nacional na Televisão.
Em segundo lugar ainda temos o rádio, que possui uma comunicação instantânea, ágil
e rápida e tem bastante audiência em função de transmissões esportivas e por ser móvel.
Tanto isso é verdade que as FM, Freqüência Modulada, de 10 anos para cá, também passaram
a transmitir futebol, por exemplo. Ele, portanto é uma excelente mídia para entrevistas de
qualquer espécie, pois existem emissoras e programas de todos os tipos, tanto FM quanto
AM. É uma mídia mais atrativa, no sentido de ser um investimento menor, e pode ser mais
diversificada, porque é a única mídia que atinge todas as classes sociais.
Em terceiro lugar estão jornais e revistas. Como uma pequena parcela da população que
possui o hábito da leitura, este público é diferenciado e pega as classes A, B e C. Mas como
são inúmeros os anúncios nos jornais, depende muito do produto para valer a pena investir
em mídia. Se for um produto de alto valor agregado, como um carro, vale a pena, mas se for
anúncio de vestibular nem sempre os resultados são garantidos. O custo da mídia possui
um valor de investimento parecido com o do rádio. Embora, vale ressaltar, uma entrevista
positiva concedida em qualquer jornal ou revista demonstra uma credibilidade incrível perante
os clientes de qualquer produto. Ainda mais se forem jornais lidos no Brasil inteiro, como por
exemplo a Folha de São Paulo, que possui assinantes em todo o território nacional e muitos
compradores avulsos, ou uma revista coma a Veja, Época, Isto é, entre outras.
O primeiro jornal em papel, Notícias Diversas, foi publicado como um panfleto
manuscrito, a partir de 713 d.C., em Kaiyuan, em Pequim, na China. Kaivuan era o nome
dado ao ano em que o jornal foi publicado. Em 1041, também na China, foi inventado o tipo
48
móvel. O alfabeto chinês, entretanto, por ser ideográfico e não fonético, utiliza um número
de caracteres muito maior que o alfabeto latino europeu.
Logo, podemos observar que o jornal moderno é uma combinação de elementos de
muitas sociedades e de muitos períodos diferentes.
49
dados em rede de computadores no qual as informações são divididas
em pequenos “pacotes”, que por sua vez contêm trecho dos dados, o
endereço do destinatário e informações que permitiam a remontagem
da mensagem original. O ataque inimigo nunca aconteceu, mas o que o
Comunicação
Empresarial
Departamento de Defesa dos Estados Unidos não sabia, era que tinha
acabado de dar o pontapé inicial para o maior fenômeno midiático do
século, a Internet.
Atividades
Complementares
02) Nome da obra com que Nicholas Negroponte tornou referência mundial a Era a
Informação:
50
COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL:
INSTRUMENTO DE COMPETITIVIDADE
51
Relação com empregados, clientes, fornecedores, governo, sindicatos
e comunidade em geral: manter uma relação de confiança com seus
colaboradores, buscando sempre a satisfação, tanto do cliente interno como
externo. Atuar sempre de acordo com a lei e manter relações positivas com
Comunicação
Empresarial
seus fornecedores e comunidade em geral;
Cultura e estrutura interna e externa: serão elaboradas, com o auxilio
de todos os colaboradores, atividades que melhorem a fidelização com os clientes internos
e externos;
Comunicação interna (formal): atividades voltadas para garantir o aumento da
participação dos funcionários serão organizadas, possibilitando desenvolver atividades
específicas;
Comunicação externa (formal): propiciar promoções para o publico externo, a fim de,
garantir sua fidelização;
Atividades para público interno: promover eventos que favoreçam uma maior integração
entre os integrantes da organização.
Como afirma Roger Cahen (2000, p. 98), “o pré-requisito para a mudança é o
planejamento – e a vontade de fazê-lo-, [...] Planejar para Mudar-Mudar para Adequar”.
Neste segmento o PICE estabelece caminhos fundamentais para o desempenho inovador
e necessário a um mercado globalizado. Como planejar requer diagnóstico prévio e análise
do ambiente estudado, a seguir serão esboçadas as estratégias para a implantação do PICE
em uma empresa. Para isso, apontar-se-ão alguns critérios caracterizadores, que trarão
grandes benefícios para a empresa e seus funcionários.
Por meio desse plano será possível estabelecer uma comunicação mais eficiente
dentro da organização, fortalecendo a relação de confiança com os indivíduos que a
compõem e com a sociedade. E por trazer melhoria na comunicação da empresa está
diretamente relacionada ao Endomarketing, pois este desenvolve campanhas dedicadas
ao público interno, envolvendo comunicação, estímulos, incentivos e engajamento. Notifica-
52
se que analisar os resultados da comunicação é uma tarefa árdua, que deve ser realizada
permanentemente, afinal o meio empresarial está sujeito a mudanças diárias, ou até mesmo
em momentos de crise.
Além disso, com base no que foi aqui proposto, pode-se perceber que todo processo
empresarial requer acompanhamento, revisão e aperfeiçoamento. E essas ações podem
tornar a empresa mais flexível e apta a lidar com um mercado globalizado e exigente.
A comunicação empresarial mantém a forma de ser da empresa, determina sua imagem
e dá espaço para que se formulem regras de funcionamento. O gestor comunicativo, ao
desenvolver o seu processo de mudança, deverá preservar a cultura organizacional. Criar
novas estratégias que beneficiem a empresa sem atingir sua cultura e ser compatível com a
cultura regional e da sua cidade. As estratégias deverão estar voltadas para o crescimento
da empresa e de seus funcionários. Nos últimos anos a comunicação empresarial tem
despertado nas empresas grande interesse e reconhecimento da sua importância para um
bom funcionamento. Ao desenvolver esta pesquisa, percebeu-se a precariedade referencial
para tratar deste assunto.
53
meio peculiar de expressão e/ou não atingirem público capaz de interessar-
se pela coisa anunciada, com capacidade aquisitiva ou intelectual para
comprá-la, adotá-la ou perfilhá-la, se tratar de uma idéia. Na concepção de
uma campanha publicitária e na iniciação de seu planejamento, a primeira
Comunicação
Empresarial
coisa que se precisa ter em mente é o grupo consumidor a que ela se
destina, pois é a partir do conhecimento do consumidor real ou potencial
que é possível o estabelecimento do tema, a seleção dos estímulos ou gênero de veículos
mais apropriados para difundir a mensagem.
A mídia ou planejamento de mídia consiste “em uma série de decisões tomadas de
modo a responder à pergunta ‘Quais são os melhores meios de se fazer chegar anúncios
a compradores em potencial deste meu produto ou serviço?’” (SISSORS, BUMBA, 2001, p.
19). Nessa tarefa, faz-se importante entender qual é o público potencial do produto, perceber
suas motivações, sua cultura e a cultura do local onde vive. Tem-se que lembrar que os
consumidores estão cada vez mais expostos à comunicação. Eles também têm uma gama
de informação muito maior e não são mais convencidos por qualquer mensagem.
E é essa realidade que tem transformado a propaganda numa ferramenta altamente
questionável nas últimas décadas. Hoje, a verba destinada à comunicação tem sido distribuída
entre veículos e meios diferenciados. Os mais privilegiados têm sido aqueles que conseguem
um contato direto com o consumidor. Pode-se destacar, portanto, os eventos, promoções
de vendas, marketing direto, merchandising, marketing social, patrocínios, etc. Em 2003,
os maiores anunciantes do País dedicaram 52% da verba de marketing para outras áreas
comunicacionais que não a propaganda. Sabe-se que a fatia de 48% ainda é absolutamente
maior, mas saber que 16,1% foi aplicado em promoção de vendas, 7,5% em eventos, 6,7%
em merchandising e 6% em marketing direto, só para citar os maiores gastos, já é reflexo
de que a propaganda vem perdendo sua força (BLECHER, 2003).
Como o processo de atendimento, criação e planejamento de mídia são próprios
de uma agência, nesse texto vai se dar ênfase às ferramentas de avaliação e medição de
mídia, já que estes são conhecimentos necessários aos administradores na mensuração
dos resultados obtidos com as estratégias comunicacionais.
54
transpassam uma sensação maior de proximidade entre cliente e anunciante. As informações
parecem mais verdadeiras e passíveis de consulta e resposta imediata. Investimentos em
serviços de atendimento ao consumidor têm sido aumentados nos últimos anos justamente
com esse objetivo. Empresas como Nestlé, Natura, Danone, Coca Cola, entre outras, têm
esses serviços como termômetro do mercado em que atuam.
O lançamento de um novo produto é um exemplo bastante claro de como o planejamento
de uma campanha tem hoje conotação mais global. Vejamos um exemplo.
Clareza dos objetivos e resultados a serem alcançados: é importante que a equipe
saiba dos objetivos para que domine o que tem que ser realizado e também para a motivação
do grupo. Quando não há entendimento, não há sinergia e, portanto, os resultados não são
alcançados no período proposto.
Reconhecimento dos conflitos como oportunidade e não como problema: tentar
encarar o problema de forma otimista e não como algo insolúvel e estressante é uma forma
de desafiar e motivar a equipe para que resolva os conflitos de forma satisfatória. Esse
tipo de atitude deve se incorporar à cultura da empresa para que todos os conflitos sejam
encarados de forma positiva.
A maioria das empresas deu-se conta que trabalhar sozinha, sem ter a exata certeza de
que as suas estratégias estão corretas, era uma espécie de receio que poderia ser mudado.
O presente fez com que elas se unissem e passassem a dividir tarefas e responsabilidades
umas com as outras.
Isso tomou uma dimensão inesperada. Os processos foram reformulados, reduziram-
se custos indiretos e foram eliminadas as atividades mais supérfluas. Foram derrubados
também, como explica Michael Hammer, departamentos e divisões que acabavam por
burocratizar as tarefas.
Entretanto, sempre os entretantos, dinamizar esse processo de compartilhamento
de obrigações é o foco do futuro. E para que as empresas continuem sendo exemplo de
supereficiência é preciso reformular ainda mais essa melhora. Os custos precisam cair ainda
mais, para agilizarmos e elevarmos a qualidade dos serviços e atividades delas. Empresas
diferentes, até mesmo de áreas distintas, mas que se complementam, deverão trabalhar
como se fossem um único organismo.
E, nesse processo, deve-se observar com esse novo conceito as diferenças
de comportamento dos funcionários envolvidos, que mudam radicalmente. O pessoal
comprometido no planejamento da produção de uma empresa não precisa mais perder
tempo tentando adivinhar o que acontece na outra. Em vez disso eles podem concentrar-se
na solução de problemas de um modo que seja vantajoso para ambas as organizações.
Mas é muito importante, para que essas colaborações aconteçam, concordando
com Hammer, estruturar os projetos em quatro etapas: definição do objetivo, organização,
reformulação e implementação.
Vale lembrar que ninguém gosta de se sentir nu e despreparado para entrar em
qualquer tipo de relação. Mesmo que seja um casamento ou namoro, não é mesmo? Muitas
empresas demoraram bastante até abrirem seus departamentos e por isso ficaram atrás
da concorrência. Contudo até agora, segundo o autor, essa é a melhor forma de superar o
desempenho da concorrência e de evitar que ela supere o desempenho da sua.
Muitas empresas e vendedores estão criando um clima de negociação de preços com
seus clientes que é prejudicial para todos. Os clientes acabam ignorando o valor do produto:
pensam apenas se esse é o melhor preço que podem conseguir.
Na hora de planejar o marketing de um produto o preço é a última coisa que se deve
pensar, contudo ele deve ser observado sempre durante o processo. Ele acrescenta que um
produto não pode ser lançado porque o cliente deseja e, sim, para que a empresa possa
ganhar dinheiro com o mesmo. Se o produto almejado não lhe der vantagem competitiva
55
na produção, ele até poderá colocá-lo no mercado, mas assim que o fizer
começará a ter prejuízo.
Em relação aos custos dos produtos, um dos pontos abordados é
a composição dos custos totais e que tipo de abordagem de precificação
Comunicação
Empresarial
abordar. No caso de produtos ou serviços com elevados custos fixos é preciso
adequar o preço para que se garanta a demanda mínima, a fim de cobrir
os custos fixos. Em casos de elevada participação de custos variáveis na composição dos
custos totais deve-se maximizar a contribuição unitária de cada item.
Existem diversas estratégias de precificação, cada uma buscando um objetivo. Como
já citado acima, as organizações têm a opção de entrar no mercado com preços baixos,
buscando vendas em escala (a curto prazo) com uma pequena margem de lucro, entretanto
esta estratégia somente sobrevive se os concorrentes não têm tempo para reagir às seguidas
mudanças de preço.
Na estratégia chamada skimming o produto é lançado com preços altos, busca-se
consumidores que valorizam muito este produto e pagam muito por ele. O preço é reduzido
gradualmente para atingir outros segmentos, aumentar a lucratividade e divulgar a marca. Deve-
se ter cuidado para que outros não copiem o produto e vendam-no por preços mais baixos.
Independentemente da estratégia utilizada, o principal objetivo a ser atingido é obter
diferenciações no produto ou serviço oferecido, em relação ao concorrente. Os cuidados
que devem ser tomados na decisão de preço são os seguintes: basear-se em informações
atualizadas do mercado e no provável comportamento da concorrência e dos consumidores,
além de divulgar e explicar as possíveis mudanças de preço, relacionando-as com melhoras
no produto ou aumento nos custos.
A vantagem competitiva depende da cadeia de valores. Portanto, para se entender
como aplicar o conceito de cadeia de valores é preciso analisar melhor o que é vantagem
competitiva. Para começar, ela divide-se em três: a vantagem de custo, vantagem de
diferenciação e vantagem de custo e diferenciação. Também são chamadas de estratégias. A
estratégia competitiva é a busca de uma posição favorável em uma indústria, área fundamental
onde há concorrência. A estratégia competitiva visa estabelecer lucro e estabilidade contra
as forças que determinam a concorrência na indústria. Duas questões centrais baseiam a
escolha da estratégia competitiva. A primeira é a atratividade das indústrias em termos de
rentabilidade a longo prazo e a fatores que determinam a mesma.
As indústrias tornam-se mais ou menos atrativas no decorrer do tempo, e a posição
competitiva reflete uma batalha interminável entre concorrentes. Tanto a atratividade da
indústria quanto a posição competitiva podem ser modeladas por uma empresa, e é isto o
que torna a escolha da estratégia competitiva tão importante para a empresa.
A vantagem competitiva não pode ser compreendida observando-se a empresa como um
todo. Ela tem sua origem nas inúmeras atividades distintas que uma empresa executa no projeto, na
produção, no marketing, na entrega e no suporte de seu produto. Cada uma dessas atividades pode
contribuir para a posição de custos relativos de uma empresa, além de criar uma diferenciação.
A cadeia de valores desagrega uma empresa nas suas atividades de relevância estratégica
para que se possa compreender o comportamento dos custos e as fontes existentes de potenciais
diferenciações. Uma empresa ganha vantagem competitiva executando essas atividades
estratégicas importantes de uma forma mais barata ou melhor do que a concorrência.
A obtenção e a sustentação de uma vantagem competitiva dependem da compreensão
não só da cadeia de valores de uma empresa, mas também do modo como a empresa se
enquadra no sistema de valores geral.
Toda empresa é uma reunião de atividades que são executadas na planta para projetar,
produzir, comercializar, entregar e sustentar o produto. Todas estas atividades podem ser
representadas, fazendo-se uso de uma cadeia de valores.
56
Em termos competitivos, valor é o montante que os compradores estão dispostos a
pagar por aquilo que uma empresa lhes fornece. Criar valor para os comprador que exceda o
custo disto é a meta de qualquer estratégia genérica. O valor, e não o custo, deve ser usado
na análise da posição competitiva, pois em geral as empresas deliberadamente elevam seu
custo para impor um preço-prêmio, via diferenciação.
A cadeia de valores exibe o valor total, e consiste em “margem” e “atividades de valor”.
As atividades de valor são as atividades física e tecnologicamente distintas, através das
quais a empresa cria um produto valioso para seus compradores. A margem é a diferença
entre o valor e o custo coletivo da execução das atividades de valor.
As atividades de valor podem ser divididas em “primárias” e “de apoio”. As atividades
primárias são as envolvidas na criação física do produto e na sua venda e transferência para
o comprador, bem como na assistência após a venda (logística interna, operações, logística
externa, marketing, vendas e serviço).
As atividades de apoio sustentam as atividades primárias e a si mesmas, fornecendo insumos
adquiridos, tecnologia, recursos humanos e várias funções no âmbito da empresa. São, portanto, os
blocos de construção distintos da vantagem competitiva. O modo como cada atividade é executada,
combinado com sua economia, determinará se uma empresa tem custo alto ou baixo em relação
à concorrência. O modo como cada atividade de valor é executada também irá determinar sua
contribuição para as necessidades do comprador e, assim, para a diferenciação.
Para diagnosticar a vantagem competitiva, é necessário definir a cadeia de valores
de uma empresa para competir em uma indústria em particular. Começando com a cadeia
genérica, atividades de valor são identificadas na empresa particular. Cada categoria genérica
pode ser dividida em atividades distintas. O princípio básico é que as atividades deveriam
ser isoladas e separadas se:
Dentro da cadeia de valores destacam-se também os elos e são as atividades de valor que
estão relacionadas por meio desses elos dentro da cadeia de valores. Eles são relações entre o
modo como uma atividade de valor é executada e o custo ou o desempenho de uma outra.
A vantagem competitiva freqüentemente provém de elos entre atividades, da mesma
forma que provém das próprias atividades individuais. Elos podem resultar em vantagem
competitiva de duas formas: otimização e coordenação. Por exemplo, um projeto de um
produto mais caro, especificações de materiais mais rigorosas, ou uma inspeção maior no
trabalho em processo podem reduzir os custos do serviço. Uma empresa deve otimizar
estes elos, refletindo sua estratégia de modo a obter vantagem competitiva. Os elos também
podem refletir a necessidade de coordenar atividades. A habilidade em coordenar elos
freqüentemente reduz custo ou aumenta a diferenciação. Uma coordenação melhor, por
exemplo, pode reduzir a necessidade de estoque em nível de toda a empresa.
Elos entre atividades de valor surgem de uma série de causas genéricas, dentre elas
as seguintes: A mesma função pode ser desempenhada de formas diferentes. Por exemplo,
a conformidade com as especificações pode ser alcançada através de insumos de alta
qualidade, da especificação de tolerâncias exatas no processo de fabricação, ou de uma
inspeção 100% nos produtos acabados.
O custo ou o desempenho das atividades diretas é melhorado através de maiores
esforços em atividades indiretas.
Atividades executadas dentro de uma empresa reduzem a necessidade de demonstrar,
explicar ou prestar assistência técnica a um produto no campo. Funções de garantia da
57
qualidade podem ser desempenhadas de formas diferentes (ex: inspeção
durante o processo ou no produto acabado).
A identificação dos elos é um processo de busca das formas pelas
quais cada atividade de valor afeta ou é afetada por outras.
Comunicação
Empresarial
Dada a dificuldade de reconhecer e administrar elos, a habilidade
para fazer isto freqüentemente produz uma fonte sustentável de vantagem
competitiva. Os elos existem não só dentro da cadeia de valores de uma empresa, mas
também entre ela e as cadeias de valores dos fornecedores e dos canais. O modo como as
atividades dos fornecedores ou do canal são executadas afeta o custo ou o desempenho
das atividades de uma empresa.
Os elos entre as cadeias de valores dos fornecedores e a de uma empresa propiciam
oportunidades para intensificação da vantagem competitiva. Os elos do fornecedor significam
que a relação com fornecedores “não é um jogo de soma zero” em que um só ganha à custa
do outro, mas sim uma relação em que ambos podem ganhar.
Os elos do canal são similares aos elos do fornecedor. Os canais executam atividades
como vendas, publicidade e exposição que podem complementar as atividades da empresa.
Da mesma forma que com os elos do fornecedor, a coordenação e a otimização conjuntas
com os canais podem reduzir o custo ou intensificar a diferenciação.
Por fim, relações entre unidades empresariais podem ter uma influencia poderosa
sobre a vantagem competitiva, reduzindo o custo ou acentuando a diferenciação. Um sistema
logístico compartilhado pode permitir, por exemplo, que uma empresa obtenha economias de
escala, enquanto uma força de vendas compartilhada oferecendo produtos compartilhados
pode melhorar a eficácia do vendedor com o comprador e, assim, acentuar a diferenciação.
Nós mesmos somos quem criamos, que fazemos e distribuímos a propaganda mundo
afora junto com as agências de publicidade. Mas a principal pergunta que não quer calar é:
afinal de contas, a propaganda faz vender os produtos? É fato que ela desperta curiosidade,
seduz, cria desejo, mas será que vende mesmo? Ou só informa?
O relato do papa do marketing, Philip Kotler, define A Propaganda que Funciona assim:
“Espero que CEOs leiam este livro. Só assim deixarão de desperdiçar seus preciosos dólares
em comerciais de 30 segundos e começarão a fazer marketing de verdade”.
Está claro: o livro de Sergio Zyman (2002), ex-todo-poderoso do departamento de
marketing da Coca-Cola, é uma “mordida na orelha do Mike Tyson” nas empresas que
desembolsam muito de dinheiro em propaganda. E também nas agências de publicidade,
muitas vezes mais preocupadas em ganhar esse muito dinheiro e adquirir prêmios e mais
prêmios em festivais do que em comunicar um produto. “Infelizmente, nem todo mundo
compreende que publicidade abrange todos os tipos de comunicação”, dispara Zyman. O
autor mostra, de forma concisa e objetiva, que até mesmo a maneira como a secretária do
presidente da empresa atende ao telefone pode ser fundamental na estratégia de venda de
um produto. Ou como a famosa propaganda boca-a-boca pode oscilar entre a melhor das
amigas ou a pior das inimigas. Em suma:
A Propaganda que Funciona é um livro didático. Em alguns trechos fica parecendo
aquele professor das primeiras aulas de “Introdução à Publicidade e Propaganda”, lá nos
tempos da faculdade. O que pode explicar por que são tão facilmente esquecidas.
A publicidade e a propaganda eficazes envolvem não somente spots de 30 segundos na
televisão, mas também: a marca em si, a embalagem, as celebridades que servem de porta-
58
vozes ou vitrines para o produto, os patrocinadores, a propaganda gratuita, o famoso boca-a-
boca e o atendimento ao consumidor, a assessoria de imprensa. Enfim, tudo o que comunica,
credibiliza algo sobre a marca dos nossos clientes e, também, de clientes em potencial.
“A propaganda que Funciona”, a exemplo das novas tendências do mercado publicitário,
aborda ações sobre como projetar campanhas publicitárias realmente eficazes que influam
nas vendas de produtos ou serviços de uma empresa. E marketing, trocando em miúdos, é
fazer o lucro aumentar.
Vender mais coisas para mais pessoas com mais freqüência e por mais dinheiro. O autor
também esclarece, com essa afirmação, que o valor agregado é fundamental para se vender mais
e melhor o produto. Se um lançamento está na gôndola de um supermercado e é muito mais barato
do que o seu principal concorrente, ninguém compra. O consumidor, através da propaganda, precisa
dar valor a esse produto para ser seduzido por ele. Para realmente querer obtê-lo.
Mesmo que a propaganda torne-se discutível, no que diz respeito a resultados práticos
e financeiros, ela persistirá em ser uma das mais importantes partes da comunicação, pois
é o vetor principal da grande massa, ou seja, é ela que atinge de forma mais eficaz o povo,
por isso ainda vamos discutir e ler muitos livros sobre suas competências.
Como já visto nos dados acima, logo após as mídias tradicionais, capitaneadas pela
propaganda, tem-se quatro coadjuvantes do mundo comunicacional. São eles: promoção
de vendas, eventos, merchandising e marketing direto.
A promoção de vendas pode ser conhecida com o caso da Ariel, que, apesar de usar
de todas as formas de comunicação, utilizou-se mais desta. Faz-se importante lembrar que
quando falamos em promoção de vendas não estamos falando em promoção de preços.
Promoção de vendas é todo esforço feito em torno de um produto ou serviço na intenção
de provocar consciência, fidelizar o cliente, fortalecer ou criar a imagem do produto e levar
o público a uma decisão de compra.
Os eventos têm crescido bastante. Hoje, as empresas vêm não só patrocinando
eventos, como sempre fizeram, mas também criando e nominando eventos com sua marca.
Exemplos dessa nova tendência são O Skol Beats, o TIM Festival. Mas são o merchandising
e o marketing direto as novas vedetes do mercado.
Comumente as pessoas confundem promoção e merchandising. Antes de definir
merchandising, portanto, vamos apontar as principais diferenças e objetivos comuns
entre eles. Ambos induzem os consumidores à experimentação e à compra, aumentam a
participação de mercado, diferenciam a marca de seus concorrentes, geram tráfego nas
lojas e eliminam estoques no ponto-de-venda, PDV. Entretanto a promoção de vendas é
feita por um tempo determinado, acontece dentro ou fora do PDV e se utiliza de oferta de
benefícios. Já o merchandising é uma atividade constante, acontece dentro do PDV e não
utiliza oferta de benefícios. Para Blessa (2006):
Merchandising é qualquer técnica, ação ou material promocional usado no ponto-de-
venda que proporcione informação e melhor visibilidade a produtos, marcas ou serviços,
com o propósito de motivar e influenciar as decisões de compra dos consumidores. Pode ser
entendida ainda como o “conjunto de atividades de marketing e comunicação destinadas
a identificar, controlar, ambientar e promover marcas, produtos e serviços nos pontos-de-
venda”. É de responsabilidade do merchandising a apresentação dos produtos de forma
destacada nas lojas, criando visibilidade e espaços agradáveis e criativos, de maneira que
a venda seja acelerada.
A grande polêmica que envolve essa técnica comunicacional diz respeito ao fato de
ela acontecer ou não no ponto de vendas e de premiar ou não os clientes com brindes ou
qualquer outro tipo de promoção de vendas.
Em verdade a essência do merchan, como é carinhosamente chamado, envolve
apenas a exposição do produto no PDV e a distribuição de informações sobre o produto.
59
O bom merchandising deve gerar disponibilidade, impacto visual e, o
mais importante, deve gerar o impulso de compra. É o último estágio da
comunicação mercadológica, pois acontece no momento da compra. Se
beneficia ainda por reunir os três elementos chave da compra: o consumidor,
Comunicação
Empresarial
o produto e o dinheiro.
A atmosfera da compra é desenvolvida e pensada pelos profissionais
de merchandising. Fazem parte desse ambiente: cores, decoração, teto, disposição dos
produtos, o número e a altura das gôndolas, a música ambiente, o chão do estabelecimento,
as paredes, as ofertas e aromas. Ou seja, tudo referente ao layout da loja e dos outros
elementos que a compõem são responsabilidades dessa técnica.
Hoje, no entanto, o merchandising é reconhecido apenas como a atividade das
promotoras de supermercado ou a divulgação dos produtos em programas televisivos, filmes,
sites, etc. Algumas correntes discordam totalmente dessa nova face do merchan. Inclusive
para a divulgação em TV e filmes dá-se a denominação de Tie in.
Mas a própria Blessa (2006) afirma que:
Fica claro que não há um consenso no que diz respeito ao limite da função exercida
pelo merchandising. Sabe-se apenas que sua premissa básica é divulgar um produto, criando
uma atmosfera diferenciada da produzida pela propaganda tradicional. É um esforço cada
vez mais usado, principalmente aqui no Brasil nos últimos anos. A Coca-Cola é uma das
grandes propagadoras dessa técnica. A empresa tem escolas de merchandising em todo
o País, onde forma não só distribuidores e revendedores da marca como também faz o
mesmo treinamento para funcionários e associados de outras empresas. É da Coca-Cola o
entendimento que o merchan só acontece no PDV.
E já que o PDV é o principal elemento do merchandising, não se deve esquecer que
a embalagem do produto é outro fator determinante no processo de compra. A percepção
visual é responsável por 83% da decisão de compra de um produto. Assim, o conjunto de
embalagens arrumadas em uma gôndola gera um efeito parecido com o outdoor, um grande
espaço preenchido por aquele produto e marca. É o que chamamos de packaging. Perceba
que muitas embalagens têm sido elaboradas para serem uma a continuidade de outra, o
que cria um efeito embelezador nas prateleiras.
O entretenimento, enquanto coadjuvante na prática do merchan, vem crescendo tanto
que uma nova categoria vem sendo criada: o Advertisement. A essência é a mesma, a utilização
de mídias como a TV e o cinema para a propagação de produtos, só que, nesse caso, os
programas, filmes ou novelas são feitos por encomenda com o intuito de, com uma história,
demonstrar os preceitos, filosofias e objetivos de um produto ou companhia. São casos bastante
conhecidos os filmes Náufrago, escrito, produzido e divulgado por uma equipe escolhida e
paga pela Fedex; e Do Que as Mulheres Gostam, também encomendado, dessa vez pela Nike,
como esforço conjunto do lançamento de sua linha de roupas femininas de ginástica.
Tradicionalmente conhecido como uma forma especial de marketing usado por
empresas do setor editorial, clubes de CD´s e escolas por correspondência, o marketing
direto é hoje utilizado pela maioria das maiores empresas listadas na Fortune 500.
Para SHIMP (2002, p. 326-326), o marketing direto é “um sistema interativo de
marketing que usa uma ou mais mídias de propaganda para gerar uma resposta mensurável
e/ou uma transação em qualquer local”.
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Já Kobs (1993) afirma que o marketing direto faz com que uma mensagem promocional
chegue até o cliente potência, ou real, também conhecido como prospect, “de forma a
provocar algum tipo de ação imediata, envolvendo normalmente a criação de um database
dos respondentes”.
Enquanto sistema interativo que usa mais de uma mídia, fica claro que o marketing
direto se une a outras vertentes da comunicação para então gerar um resultado que é
mensurável, ou seja, em marketing direto, ao contrário de outras ferramentas, pode-se obter
um resultado imediato e consolidado da ação planejada. Além disso, cria-se um banco de
dados que poderá ser usado futuramente, diminuindo o risco de gastos com pessoas ou
organizações que não se encaixam no perfil buscado pela empresa.
O marketing direto é usado para criar geração de tráfego em pontos de venda, no
lançamento de produtos e serviços, na venda direta, em vendas cruzadas, na arrecadação
de fundos e principalmente no relacionamento com o cliente.
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8.Database Marketing/CRM: algumas agências possuem áreas
internas para gestão e consultoria de Database Marketing/CRM.
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Atividades
Complementares
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Glossário
Comunicação
Empresarial
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PROLIXO – Que usa palavras em demasia ao falar ou escrever; que não sabe sintetizar
o pensamento, que é longo demais, que tende a se arrastar.
PROSPECT – É o consumidor que usa o produto do concorrente e que deseja-se
que passe a comprar o seu.
SIGNOS – Designação comum a qualquer objeto, forma ou fenômeno que remete
para algo diferente de si mesmo e que é usado no lugar deste numa série de situações (a
balança, significando a justiça; a cruz, simbolizando o cristianismo; a suástica, simbolizando
o nazismo; uma faixa oblíqua, significando proibido [sinal de trânsito]; um conjunto de sons
[palavras], designando coisas do mundo físico ou psíquico, etc.).
TARGETS – Público que se deseja atingir, por ter o perfil ideal para o produto ou
serviço da organização.
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Referências
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Comunicação
Empresarial
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70
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PERIÓDICOS
SITES
71
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Faculdade de Tecnologia e Ciências - Educação a Distância
Democratizando a Educação.
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