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Cursor de Pós- Graduação/ Faculdade de Educação.

ED -307 –Turma A - Epistemologia e Pesquisa em Educação

Professor : Silvio Ancízar Sánches Gamboa

Trabalho individual: Analise Critica do Memorial

Aluno /RA 144456 : Adenilson Correia da Silva

Dezembro /2013
Analise Critica do Memorial.

O método utilizado em nossa experiência descrita no memorial anterior parte de


uma visão fenomenológica para a intervenção na realidade das famílias atendidas no
Centro de Recuperação e Educação Nutricional-CREN.

O principio norteador da fenomenologia enquanto método para o trabalho


desenvolvido por esta instituição procura nas possibilidades do ser humano caminhos
para a compreensão dos efeitos da desnutrição infantil.

Evitando assim ideias preconcebias, sendo neste caso o método


fenomenológico apontado pela ideologia desta instituição o mais indicado para a
descrição compreensiva dos fenômenos.

A metodologia escolhida pela instituição está fundamentada no personalismo e


permeada por uma visão, mística católica, que prioriza a personalidade humana acima
de outros fatores sociais e tendências ideológicas.

Partiremos neste contexto para uma analise epistemológica das possibilidades


da fenomenologia enquanto método e suas contradições frente a observação da
realidade como um todo.

Iremos discutir nossas observações com algumas referências bibliográficas


utilizada no decorrer do curso como também, utilizar de outros autores, o que irá
permitir uma discussão rica e agregadora para o crescimento e aprimoramento de
nossa jornada enquanto pesquisadores.

A FENOMENOLOGIA:

A fenomenologia é uma tendência do idealismo subjetivo, onde a existência do


ser esta ligada ao campo intimo com inerências individuais próprias, sem interferências
externas.

O olhar para o sujeito nas abordagens domiciliares que realizávamos procurava


nesta perpepctiva analisar o contexto de uma família com a preocupação de localiza-la
enquanto objeto e sujeito .
O olhar fenomenológico observa a existência hic et nunc (aqui e agora), o que
possibilita para o trabalho desenvolvido pelo CREN uma intervenção mais direta,
porém este olhar parte da facticidade que Segundo (Trivinos,1990,p.43).

É uma filosofia transcendental que coloca em “suspenso”, para


compreende-las, as afirmações da atitude natural, mas também
uma filosofia Segundo a qual o mundo está sempre “ai”, antes
da reflexão, como uma presença inalienável , e cujo esforço está
em reencontrar esse contato ingênuo com o mundo para lhe dar
enfim um status filosófico. É ambição de uma filosofia que
pretende ser uma “ciência exata”, mas também uma exposição
do espaço, do tempo e do “mundo vivido”. É o ensaio de uma
descrição direta de nossa experiência tal como ela é, sem
nenhuma consideração com sua gênese psicológica e com as
explicações causais que o sábio, o historiador ou sociólogo
podem fornecer dela…

Isso implica numa observação que não cogita a existência, mas que observa
uma realidade exposta naquele momento e que se repete linearmente sobre um
aspecto geral para todas as famílias .

Nesta perspectiva o existir daquelas famílias e os fenômenos ocasionados


pela questão da desnutrição são contingentes naturais que não dependem de suas
escolhas.

Quando relato a visita domiciliar do caso da garrafa de pimenta no qual faço da


observação um instrumento norteador não me apodero apenas do método do
biologista Frances Alexis Carrel que preconiza “muito raciocínio e pouca observação
conduzem ao erro, muita observação e pouco raciocínio conduzem a verdade”.

O que de certa forma iria reduzir minha observação em uma conclusão aparente
da realidade vivida por aquela família.
Outros elementos foram necessários para complementar a validade daquele
método que iremos discutir no decorrer do texto.

Seria também reduzir a ação do sujeito na solução da problemática vivida por


mera aparência da realidade configurando o sujeito como coisa ou algo passível de
manipulação.

O que de certa forma impediria uma visão histórica do sujeito enquanto


protagonista de uma ação transformadora, e apenas focando na discrição do
fenômeno.

Outro ponto significante de observar no alcance do método fenomenológico


seria a neutralidade dessa corrente filosófica de não abordar a luta de classe
reforçando a facticidade e o individualismo na abordagem da problemática.

Entretanto os conceitos de ciência e os paradigmas que envolvem os diferentes


olhares no campo cientifico discutidos no decorrer do curso, possibilitou entender, de
forma epistemológica acertos e desacertos do conhecimento cientifico, como por
exemplo mesmo trabalhando sobre um prisma fenomenológico não nos impede de
usarmos elementos da dialética marxista.

Nesta perspectiva podemos observar o sujeito em relação ao objeto numa


interação de apropriação do desconhecido “do ponto de vista epistemológico, as
abordagem empíricas e positivista privilegiam o objeto ou fato, fazendo desaparecer o
sujeito em prol do registro” (Gamboa, 2012), significa que apenas observar o objeto
sem relaciona-lo com o sujeito podemos reduzi-lo a uma pratica empírica e estática.

A contra pelo desse olhar segundo este mesmo autor.

Quando o cientista realiza suas investigações, além de elaborar


conhecimentos e produzir conhecimentos, elabora também uma
filosofia. Em toda pratica explicita dos cientistas existe uma
filosofia implícita. Quando investigamos, não somente
produzimos um diagnostico sobre um campo problemático, ou
elaboramos respostas organizadas e pertinente para questões
cientifica, mas construímos uma maneira de fazer ciência e
explicitamos uma teoria de conhecimento e uma filosofia.
Utilizamos uma forma de relacionar o sujeito e o objeto do
conhecimento e anunciamos uma visão de mundo, isto é,
elaboramos, de maneira implícita ou oculta, uma epistemologia,
uma gnosiologia e expressamos uma ontologia.

(Bachelard Ibid.,p 50)

A analise ontológica enquanto entendimento do sujeito em sua complexidade


permite não só observa-lo racionalmente, mas também compreende-lo como
protagonista de sua história se fazendo necessário elaborar perguntas que gerem
resposta que se interliguem com a complexidade da realidade vivida.

Faz sentido para mim este processo epistemológico quando a pergunta se torna
a base de uma resposta dinâmica que não vai quantificar ou mesmo virar um elemento
estatístico e sim entender o sujeito objeto na sua totalidade.

Ao fazer perguntas sobre a garrafa de pimenta naquele momento conturbado,


quem fazia aquelas garrafas de pimenta?, da onde viam as pimentas? e quais as
qualidade especificas para aquele fim?.

Estava inconscientemente fazendo das perguntas ponte para compreensão do


objeto na sua ação criativa, logo o percebendo como indicador do método mais eficaz
para sua própria compreensão.

Ou seja, este procedimento neutralizou a possibilidade de pré-conceito sobre os


fatos observados, se fazendo entender, com maior clareza a realidade concreta dos
fatores sociais implicados naquela problemática.

Fica claro dentro desse processo investigativo a importância da condensação


dos elementos envolvido como esclarece (Kosik Ibid.,2012,p.76) “[...] do todo as partes
e das partes ao todo” sendo sistematicamente somado a totalidade da realidade.
Cabe aqui consideramos com cautela os méritos da fenomenologia como
método de observação pela instituição CREN, sem cairmos no radicalismo cientifico
ponderando seus argumentos e seu alcance enquanto método cientifico.

A fenomenologia, sem duvida, representa uma tendência


filosófica que, entre outros méritos, parece-nos, tem o de haver
questionado os conhecimentos do positivismo , elevando a
importância do sujeito no processo da construção do
conhecimento. Na pesquisa educacional, através especialmente
dos estudos de sala de aula, permitiu a discussão dos
pressupostos considerados como naturais, óbvios. Mas o
esquecimento do histórico na interpretação dos fenômenos da
educação, sua omissão do estudo da ideologia, dos conflitos
sociais de classe, da estrutura da economia, das mudanças
fundamentais, sua exaltação da consciência etc. autorizam a
pensar um enfoque teórico dessa natureza pouco pode alcançar
de proveitoso quando se esta visando os graves problemas de
sobrevivência dos habitantes dos países do terceiro mundo.
(Trivinos,1990,p.48-49).

Conclusão:

Segundo Gamboa (2012), a constante multiplicação dos paradigmas nas


ciências humanas e a rotatividade de substituição dos velhos pelos novos, abrem
possibilidades outras na observação global, agregando mais elementos extracientificos,
como por exemplo, propaganda, proselitismo, modismo etc...
No entanto o conhecimento não se estrutura linearmente, nem tampouco se
agremia num consenso geral ou mesmo se subdivide em partes para ser entendido, o
que levaria cada vez mais a superespecialização preconizando e teorizando métodos
antecedendo o diagnostico.

Minayo (2002), pontuar a criatividade do pesquisador é algo difícil por se tratar


de algo subjetivo a cada um o que nos leva a pensar a não neutralidade da ciência.

Mas, caberia pensa-lo como um processo dialético construído sobre uma


subjetivação e objetivação que possibilita uma reflexão experimentada, vivida e sentida
estruturando a capacidade de síntese teórica com o comprometimento com o objeto e
lógica de exposição do problema levantado.

Todo processo de produção de conhecimento é a


manifestação de uma estrutura de pensamento
(qualquer que seja o grau de estruturação e coerência
interna) que inclui conteúdos filosóficos, lógicos,
epistemológicos, teóricos, metodológicos e técnicos que
implicam sempre modos de trabalhar e de omitir.
(Bengoechea.,Ibid,.p.75)

Dessa forma entendemos que a ciência esta relacionada e condicionada nas


contradições das relações sociais em sua totalidade.

Isso implica em mudanças na maneira de indagar as problemáticas da


sociedade, já que, estamos falando de algo que esta em plena transformação o tempo
todo.

Como também romper com certos ostracismos tradicionais metodológicos que


visam particularizar interesses em escala produtivista em proveito de uma lógica
mercantilista.
Buscando uma visão de possibilidades transdisciplinares incrementando a
construção de instrumentos de pesquisa em educação para um ensino de qualidade.

Discutiremos as possíveis contribuições da disciplina epistemologia em nosso


projeto de pesquisa no segundo trabalho solicitado pelo professor.

Onde focaremos a possibilidade do método dialético enquanto norteador de


esclarecimento para nossas indagações sobre as questões da educação do ensino
superior.

Bibliografia:

MINAYO, Maria Cecília de souza, DESLANDES, Suely Ferreira (Org). Caminhos do


pensamento epistemológico e método. Rio de Janeiro : Editora Fiocruz, 2002.

SÁNCHEZ Gamboa, Silvio. Projeto de pesquisa, fundamentos lógicos: a dialética


entre perguntas e respostas; Chapecó : Argos, 2013. 159 p.:23cm – (didáticos ;6)

TRIVINOS, Augusto Nibaldo silva, 1928. Introducao a pesquisa em ciências sociais


: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo : Atlas, 1987.

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