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Planasa e BNH não são considerados planejamento urbano porque não tiveram ações
formuladas pra cada cidade.
A lei federal 6766/79 que regula loteamentos é mais próxima de planejamento por
organizar o espaço, contudo ainda não é uma lei típica de planejamento urbano, haja
vista que ela é geral e não organiza o espaço das cidades sem as diretrizes urbanísticas
especificas dela, por exemplo.
O objeto
Planejamento urbano stricto senso é a corrente que teve como eixo as atividades e os
discursos que vieram a desembocar nos atuais planos diretores;
Zoneamento
Plano de zoneamento não é considerado pelo autor como Plano Diretor, embora todo
Plano Diretor deva incluir zoneamento.
O urbanismo sanitarista
Planejamento urbano e PD não deve ser identificado com os planos de cidades novas.
Método
O quadro teórico
O autor afirma que no Brasil o planejamento é apenas uma fachada ideológica, contém-
se no discurso. Não legitima ação concreto do Estado, ao contrário, procura até ocultá-
la.
Nas grandes obras urbanas são privilegiadas a constituição das condições gerais de
produção e reprodução do capital (a cidade como força de reprodução). Logo, obras de
infraestrutura são priorizadas, enquanto as de habitação são deixadas de lado. Pg.199
Passagem da cidade bela para a cidade eficiente, onde o interesse mobiliário está
sempre presente.
A classe dominante já não pode mais expor seus planos de forma aberta.
Os planos passam então a ser apenas discursos já que a classe não tem propostas para
resolver os problemas urbanos que se agravam.
“Não há como anunciar obras de interesse popular, pois estas não serão feitas, e não há
como anunciar as obras que serão feitas, porque estas não são de interesse popular”.
Pg. 204
Inicia um novo período do plano discurso que não se preocupa com sua
operacionalização e exequibilidade, ele se satisfaz com sua própria verdade.
Os planos não justificam mais as obras que estavam sendo feitas, antes tentam justificar
a falta de solução para os chamados “problemas urbanos”.
Descolamento dos planos e discursos dominantes dos interesses das massas populares,
centrados na ideia de globalidade, sofisticação técnica e interdisciplinaridade do
planejamento.
“Os superplanos são peças da mais pura tecnocracia, elaborados por especialistas de
escritórios privados”. Essa prática dominou o SERFHAU. Pg. 216
Conhecer a cidade
Esse tipo de plano apresenta “apenas objetivos, políticas e diretrizes”. Já que é assim, o
diagnóstico e a grande quantidade de mapas e estatísticas são dispensados.
A ideia do plano diretor de princípios e diretrizes está associada a uma ideia de
“posterior detalhamento”, e isso nunca ocorre. Planos que dizem como serão os planos
quando vierem a ser feitos.
O autor afirma ainda que o planejamento urbano no Brasil não tem sido guia da ação do
Estado.
Os anos de 1990
Os problemas a serem atacados num plano diretor são de cunho político e não técnico.
As questões devem estar na plataforma dos movimentos populares e partidos políticos,
o diagnóstico técnico serve para dimensionar, escalonar ou viabilizar as propostas que
são políticas.
Conclusões e perspectivas: