Resíduos Sólidos

““Resíduos sólidos”, termo que, em linguagem corrente, equivale a lixo, é usualmente utilizado
para designar tudo aquilo que não tem mais utilidade; resíduo designa sobra (refugo) do
beneficiamento de produtos industrializados. ” (ARAUJO, 2013, p. 44)

“A ABNT define “lixo” – resíduos sólidos – como restos de atividades humanas, consideradas
inúteis, indesejáveis ou descartáveis.” (ARAUJO, 2013, p. 44)

“Até o fim do século XIX, incluem-se como lixo os dejetos líquidos e pastosos (águas, servidas,
urina e fezes) (Apud Eigenheer). Foi a partir do esgotamento sanitário que se fixou lixo como
resíduos sólidos.” (ARAUJO, 2013, p. 44)

Quanto à origem, o lixo é habitualmente classificado como residencial, comercial, público

(sólido urbano) e industrial, agrícola, de portos, aeroportos e terminais ferroviários e
rodoviários, de construção civil (entulho) e de unidades de serviços de saúde (fontes
especiais). ” (ARAUJO, 2013, p. 44)

“Irregularidades e problemas de saúde podem ter origem nos projetos de arquitetura e de

instalações e nos procedimentos” (ARAUJO, 2013, p. 57)

Reuso da água

““Reuso da água” é o aproveitamento de águas previamente utilizadas, uma ou mais vezes, em

alguma atividade humana, para suprir as necessidades de outros usos benéficos, inclusive o
original. Pode decorrer de ações planejadas ou não planejadas.” (ARAUJO, 2013, p. 67)

“De forma bastante sintetizada, a Organização Mundial da Saúde (OMS, 1973) apud Braga
Filho e Mancuso (2003) também expõe sua conceituação frequente usada por diversos
pesquisadores sobre o assunto:

a) Reuso indireto: ocorre quando a água já usada, uma ou mais vezes para uso
doméstico, industrial ou comercial, é descarregada nas águas superficiais ou
subterrâneas e utilizada novamente a jusante de forma diluída;
b) Reuso direto: é o uso planejado e deliberado de esgotos tratados para certas
finalidades como irrigação, uso doméstico, industrial ou comercial, recarga de
aquíferos e água potável;
c) Reciclagem interna: é o reuso da água internamente nas instalações industriais, tendo
como objetivo a economia de água e o controle da poluição.” (ARAUJO, 2013, p. 68)

Vantagens

“Racionalização de recursos hídricos: prática utilizada na Europa há mais de vinte anos, é

ambientalmente correta e uma nova maneira de enfrentar os problemas trazidos pela
urbanização;

Economia: esta fonte alternativa de água reduz o alto custo da água tratada;
Meio Ambiente: o aproveitamento da água é uma atitude inteligente e está em sintonia com a
preservação ambiental;

Conforto: a disponibilidade de recursos hídricos gera autonomia e garante um estoque de

segurança;

A prevenção e o controle da poluição de meio ambiente formam a base para o programa de

controle ambiental da FEEMA. Dessa forma, toda atividade de caráter efetivo e
potencialmente poluidor está sujeita a licenciamento e constante monitoramento. A ETE está
dentro dessa necessidade.” (ARAUJO, 2013, p. 69)

Sustentabilidade

“Segundo Fritjof Capra (1995), físico-teórico, “a alfabetização ecológica é um dos maiores

trabalhos de conscientização da sociedade para a conservação da natureza e para a
sustentabilidade. Sustentabilidades se refere a comunidades que satisfazem suas necessidades
sem comprometer as das gerações futuras”.” (ARAUJO, 2013, p. 67)

“Crime Ambiental é “Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou
possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a
destruição significativa da flora” Lei N.o 9.605/1998 – Lei de Crimes Ambientais, Art. 54.”
(ARAUJO, 2013, p. 68)

“Com o advento da revolução industrial, a poluição do meio ambiente com resíduos tóxicos e
cancerígenos, tanto de origem industrial quanto domiciliar, constitui um risco crescente de
envenenamento e de câncer da população exposta, documentado em numerosas
publicações.” (ZANON, 2002, p. 73)
“Todavia, a legislação brasileira sobre resíduos sólidos, baseada nas normas da Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e nas resoluções do Conselho Nacional de Meio
Ambiente (Conama), prioriza, equivocadamente, os supostos riscos infecciosos dos Resíduos
dos Serviços de Saúde (RSS) e relega a um plano secundário os riscos de envenenamento e de
câncer causados pelos resíduos industriais municipais e domiciliares.” (ZANON, 2002, p. 73)
“A periculosidade dos resíduos sólidos não depende da presença de microrganismos, mas da
poluição ambiental pelos resíduos tóxicos e cancerígenos neles existentes.” (ZANON, 2002, p.
73/74)
“Excluindo-se os resíduos radioativos, por serem objeto de legislação especial da Comissão
Nacional de Energia Nuclear, as fontes de resíduos perigosos mais frequentes encontradas
são:”
Pilhas e Baterias
Liberam metais pesados (mercúrio, cádmio, chumbo e zinco) que poluem o solo, os cursos
d’água e os lençóis freáticos, afetando a flora e a fauna das regiões circunvizinhas e atingindo o
homem através da cadeia alimentar (Consoni et al, 2000; Otero D’Almeida & Ribeiro de Sena,
2000).
Lâmpadas Fluorescentes e Componentes Eletrônicos
Mais de 30 milhões de lâmpadas fluorescentes queimadas em estabelecimentos industriais,
bancários e comerciais são anualmente descartadas como lixo. Cada lâmpada contém 15 mg
de mercúrio. Quando o vidro é quebrado, o mercúrio evapora e, posteriormente, precipita-se
no ambiente sob a ação das chuvas, poluindo o solo e a água e introduzindo-se na cadeia
alimentar (Consoni et al, 2000; Otero D’Almeida & Ribeiro de Sena, 2000). Componentes
eletrônicos de alta tecnologia, como chips, semicondutores e cabos de fibra ótica, ao serem
incinerados podem liberar arsênio e berilo, que poluem o solo e a água (Hu, 1998).
Embalagens Contendo Resíduos de Pesticidas
Os pesticidas constituem uma categoria geral de produtos tóxicos que inclui inseticidas,
fumigantes, rodenticidas, herbicidas e fungicidas. Quando descartados em aterros ou lixões,
sob a ação da chuva, poluem o solo, as águas superficiais ou subterrâneas e introduzem-se na
cadeia alimentar (Consoni et al, 2000; Otero D’Almeida & Ribeiro de Sena, 2000).
Resíduos de Tintas, Pigmentos e Solventes
Restos de tintas ou pigmentos à base chumbo, mercúrio ou cádmio, e solventes orgânicos,
descartados no lixo, poluem a água e os alimentos (Klassem, 1996).
Frascos Pressurizados
Com o rompimento desses fracos, os produtos tóxicos ou cancerígenos neles contidos são
liberados, podendo poluir as águas ou dispensar-se no ar (Consoni et al, 2000).
Poluentes Gerados pela Incineração do lixo
Estima-se que um incinerador de médio porte queimando resíduos metálicos em concentração
média lance no ar, em um ano de operação, 408 toneladas de poluentes gasosos e deposite no
solo, sob forma de cinzas ou lama, 1.340 toneladas de compostos metálicos mais perigosos do
que os originais (Costner & Thornton, 1990).
Os poluentes gasosos incluem metais pesados em estados de vapor (mercúrio, cádmio,
chumbo, arsênio, berilo) e gases, como enxofre (S), bióxidos e trióxidos de enxofre (SO2 e
SO3); monóxido (CO) e dióxido (CO2) de carbono (CO); óxido de nitrogênio (NO e NO2); cloro
elementar; ácido clorídrico; compostos organoclorados; dioxinas e furanos (Ushima & dos
Santos, 2000; Neves, fevereiro de 2002) • Falara sobre plástico e derivados! Conselho Nacional
de Meio Ambiente (Conama) ver sobre classificação de resíduos
Meio ambiente
Redação do Site Inovação Tecnológica - 04/06/2018

Pesquisadores da USP já desenvolveram um reator solar para extrair os

fenóis da água.[Imagem: USP]

Limpeza que gera mais sujeira

Compostos químicos potencialmente tóxicos presentes

na água potável das cidades podem ser criados,
ironicamente, durante o próprio processo de
tratamento da água.

Para limpar a água de compostos que já sabemos que

são tóxicos, as estações de tratamento de água usam métodos para oxidar esses
compostos, transformando-os em outras substâncias químicas, supostamente
menos nocivas, chamadas de "produtos de transformação".

"Normalmente, consideramos esses produtos de transformação como sendo menos

tóxicos, mas nosso estudo mostra que isso nem sempre acontece," explicou Carsten
Prasse, da Universidade Johns Hopkins, nos EUA. "Nossos resultados destacam que
isso é apenas metade da história e que os produtos de transformação podem ter
um papel muito importante quando pensamos na qualidade da água tratada."

Fenóis na água

Prasse optou por estudar os fenóis, uma classe de produtos químicos orgânicos que
estão entre os mais comuns no abastecimento de água, uma vez que estão
presentes em quase tudo, de corantes a produtos de higiene pessoal, produtos
farmacêuticos, pesticidas e produtos químicos que ocorrem naturalmente na água.

O problema é que os fenóis, durante o tratamento da água, são convertidos em

produtos que incluem o 2-buteno-1,4-dial, um composto conhecido por seus efeitos
negativos sobre as células humanas, incluindo danos ao DNA. Curiosamente, o
furano, um composto tóxico presente na fumaça dos cigarros e n a exaustão dos
carros, também é convertido em 2-buteno-1,4-dial no nosso corpo, e pode ser essa
conversão a responsável pela sua toxicidade.

"Os próximos passos serão investigar como esse método pode ser aplicado a
amostras mais complexas e estudar outros contaminantes que provavelmente
resultarão na formação de produtos transformacionais reativos semelhantes," diz
Prasse. "Aqui nós olhamos para os fenóis. Mas nós usamos produtos domésticos
que contêm cerca de 80.000 compostos químicos diferentes, e muitos deles vão
parar nas águas residuais. Precisamos ser capazes de rastrear vários produtos
químicos de uma só vez. Esse é o objetivo maior."

Novas técnicas de tratamento de água

A purificação da água é um processo extraordinariamente desafiador, uma vez que

os contaminantes vêm de inúmeras fontes diferentes - bactérias, plantas,
agricultura, águas residuais etc - e nem sempre fica claro o que está sendo gerado
no processo de retirada de cada contaminante identificado.

Além disso, embora subprodutos de processos de tratamento de água como a

cloração venham sendo analisados há anos, não se sabe muito sobre os produtos
formados durante alguns dos processos mais modernos, como a oxidação com
peróxido de hidrogênio e a luz ultravioleta (UV), que são especialmente re levantes
nas tecnologias de reúso da água mais recentes.

Bibliografia:

Unexpected transformation of dissolved phenols to toxic dicarbonyls by hydroxyl radicals and UV light
Carsten Prasse, Breanna Ford, Daniel K. Nomura, David L. Sedlak
Proceedings of the National Academy of Sciences
Vol.: 115 (10) 2311-2316
DOI: 10.1073/pnas.1715821115

https://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=descoberta-falha-
tecnica-tratamento-agua&id=010125180604#Imprimir 10.03.19