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ANDRÉ BUENO
2010
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Cem Textos de História Chinesa
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Cem Textos de História Chinesa
ÍNDICE
APRESENTAÇÃO, 9
HISTÓRIA, 13
1.Shujing – Cânone de Gaoyao.
2.Chunqiu – a cronologia histórica.
3.Liji – As Eras da História.
4.Hanfeizi – Abolir o passado.
5.Sima Qian – Recordações Históricas.
6.Liuzhiji – A Narração dos Eventos.
7.Sima Guang – Descontinuidades temporais.
8.LuTanglai – A compreensão da história.
9.Ma Duanlin – A história como metáfora da realidade.
10.Kang Yuwei – Uma teoria sobre o futuro da História.
FILOSOFIA, 33
11.Yijing – O poder de Domar do Pequeno.
12.Shujing – O grande Plano.
13.Confúcio – Sabedoria é Educação.
14.Mozi – Contra a cultura.
15.Laozi – A via é o desprendimento e a Não–ação.
16.Legistas – Shang yang e a criação dos padrões corretos.
17.Sima Tan – Discussão sobre as seis escolas.
18.Dong Zhongshu – A fusão do confucionismo e da
cosmologia.
19.Wang Chong – Sabedoria e ceticismo.
20.A vias do budismo.
21.Hanyu – Uma comparação entre confucionismo, daoísmo e
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Cem Textos de História Chinesa
budismo.
22.Zhuxi – O Máximo Supremo e a redenção de Confúcio.
23.Wangfuzhi – Resgatando a via.
24.Maozedong – Sobre a contradição.
POLÍTICA, 69
25.Shujing – O Mandato Celeste.
26.Liji – Como governar?
27.Hanfeizi – como um monarca deve agir?
28.Lisi e a queima dos livros.
29.Lujia – o governo ideal.
30.Sima Guang – A estrutura do Poder Imperial.
31.Huang Cungshi – O verdadeiro interesse dos governantes.
32.Sun Yatsen – Os poderes do povo.
33.Maozedong e a democracia socialista.
34.Deng Xiaoping – Um país, dois sistemas.
35.Deng Xiaoping – Coexistência pacífica e Taiwan.
ECONOMIA, 99
36.Liji – Fengjian; o Feudalismo chinês.
37.Mêncio – O sistema dos nove terrenos.
38.Shang Yang – A importância da agricultura.
39.Guanzi e as regulações.
40.Sima Qian – Sobre a riqueza e o comércio.
41.Yantienlun – Debates sobre o monopólio econômico.
42.Maozedong e o Grande Salto.
43.Deng Xiaoping – a não contradição entre socialismo e
capitalismo.
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Cem Textos de História Chinesa
SOCIEDADE, 117
44.Liji – O que é Li (Ritos)?
45.Liji – O Nascimento.
46.Liji – Funeral e Luto
47.Liji – O Ciclo da vida.
48.Liji – Anciãos.
49.Confúcio – Os cinco deveres universais.
50.Xiaojing – A Piedade Filial.
51.Mêncio e Guanzi – As classes sociais.
52.Sima Guang – Da conduta correta dos funcionários
públicos.
53.Imperador Jing de Han – Sobre a corrupção.
54.Fang yizhi – Sobre a vida dos mercadores.
55.Uma canção camponesa.
56.Shijing – A labuta dos soldados.
57.Luchi – Um calendário campestre.
58.Maozedong – Análise das classes chinesas.
RELIGIÃO, 169
67.Shijing – apontamentos sobre o Céu.
68.Criação (1) – Uma teoria do Huainanzi.
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Cem Textos de História Chinesa
69.Criação (2) – O Mito de Pangu.
70.Deuses dos espaços, do Huainanzi.
71.O Deus da cozinha.
72.Os deuses do portão.
73.Da alma, Zhuangzi.
74.Dedicação aos antepassados, do Shijing.
75.Sobre Fantasmas, por Wang Chong.
76.Conto de fantasmas, do Soushenji.
77.A imortalidade e o elixir da longa vida, de Gehong no
Baopuzi.
78. Os fangshi, de Zhanghua no Bowushi.
79.Sobre a imortalidade, de Chang Shihuan.
80.Criaturas bestiais, do Shanhaijing.
81.O budismo chinês.
82.A crítica ao budismo chinês, de Hanyu.
83.Sobre a existência dos demônios, de Hanyu.
CRONOLOGIA, 247
BIBLIOGRAFIA, 249
TRADUÇÕES, 251
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Cem Textos de História Chinesa
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APRESENTAÇÃO
A dificuldade de um critério
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HISTÓRIA
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Cem Textos de História Chinesa
Examinando a Antigüidade verificamos que o Di Yao era
intitulado Fang-xun. Era respeitoso, inteligente, culto e
meditativo, de modo natural e sem esforço. Era sinceramente
cortês e capaz de toda complacência. A brilhante influência
dessas qualidades era sentida nas quatro partes da terra e
chegava ao Céu por cima e, por baixo, a terra.
[...]
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FILOSOFIA
__________
__________
____ ____
__________
__________
__________
O Julgamento
A Imagem
As Linhas
[...]
[...]
44
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O Dao
Encontro de Opostos
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17.Sima Tan – a discussão sobre as seis escolas.
[...]
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Cem Textos de História Chinesa
Tem o céu 5 forças, a saber: a madeira, o fogo, a terra, o metal
e a água. A madeira é o primeiro, e a água o ultimo, com a terra
no meio. Tal é sua seqüência ordenada pelo céu. A madeira dá
origem ao fogo, o fogo dá origem a terra (cinzas), a terra dá
origem ao metal, o metal dá origem a água, e a água dá origem
a madeira. Tal é sua relação criadora. A madeira está à
esquerda, o metal à direita, o fogo adiante, a água atrás, e a
terra no centro. Esta é a ordem em que, como pais e filhos,
recebem o ser e o transmitem em reciprocidade. Assim, a
madeira o recebe da água, o fogo da madeira, a terra do fogo, o
metal da terra, e a água do metal. Enquanto os transmissores
todos são pais; enquanto receptores, todos são filhos. Confiar
constantemente no próprio pai a fim de prover para o próprio
filho é a via do céu.
[...]
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Cem Textos de História Chinesa
Para o homem comum, os sábios de antigamente podiam
prever a boa ou a má sorte porque sabiam deduzir partindo de
coisas insignificantes e prever o resultado final partindo do
começo, iniciando por trivialidades do homem da rua para
chegar a comentar, por analogia, os assuntos mais importantes
da corte e por fim, penetrar nas coisas ocultas e invisíveis.
Assim, ele podia escrutinar fenômenos diversos para prever e
evitar as desgraças. Podia examinar o passado e supor o futuro.
Os homens ditos videntes não devem sua capacidade a dotes
excepcionais, mas sim a racionalização que efetuam baseando-
se na classificação das coisas.
[...]
[...]
[...]
24.Maozedong
[...]
[...]
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Cem Textos de História Chinesa
68
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POLÍTICA
Que ele não ouse, como rei e em virtude dos excessos do povo
na transgressão das leis, governar com a violenta imposição da
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morte; - quando o povo é dirigido com brandura, o mérito do
governo se torna patente. Compete-lhe, na qualidade de rei,
exceder a todos em virtude. Assim o povo o imitará por todo o
reino e ele será ainda mais ilustre.
[...]
[...]
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O ministro das estrebarias (taipu; grande cocheiro), responsável
pelos cavalos e as carruagens do imperador e pelas montarias
do exército;
b) não-agressão,
[...]
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Deng Xiaoping:
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ECONOMIA
41.Yantienlun
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SOCIEDADE
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Cem Textos de História Chinesa
O filho de um representante regional tem a sua ama. A esposa
de um fidalgo cria ela o filho. Do Fidalgo em comissão para
cima, até ao filho do representante regional, a apresentação é
por igual. [...]
A veste com que se faz a evocação, não deve ser a que vai
vestir o cadáver, nem que há de servir para a mortalha. Na
evocação de uma mulher casada, não se usa o vestido superior
que ela usou nas bodas. Nas evocações, o homem chama-se
pelo seu nome; a mulher, pelo nome que tomou aos 15 anos.
Faz-se um pranto, e depois a evocação, depois da qual se
procede aos ritos mortuários. Apenas o morto se finou, dão
gritos: os filhos, choram os irmãos, e as mulheres casadas
choram e saltam.
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Cem Textos de História Chinesa
Posto o morto no seu devido lugar, o filho mais velho ajoelha
em frente; os Ministros e os Grandes, os Tios, irmãos, primos e
os filhos e filhas do defunto ficam de pé em frente. Os
encarregados e funcionários secundários, choram ao fundo da
escadaria da sala, de ar contrafeito. A Esposa fica à direita (do
morto). As mulheres oficiais do Príncipe defunto, as tias, irmãs
e primas, as filhas e netas, estão de pé à direita. As mulheres
dos dignitários de outro apelido, bem como as filhas e netas das
tias e das irmãs pranteiam na sala, de ar contrafeito. [...]
encerados os prantos, sela-se o caixão na câmara mortuária.
[...] Essa regra é agora observada universalmente desde os
príncipes reinantes e nobres até os gentis-homens e povo. No
caso do pai ser um nobre e o filho um simples gentil-homem, o
pai quando morre, é sepultado com as honras de um nobre,
porém recebe as homenagens de sacrifício como um simples
gentil-homem. No caso do pai ser um simples gentil-homem e
o filho ser um nobre, o pai, quando morre, é sepultado como
um simples gentil-homem, mas recebe as homenagens de
sacrifício com as honras de um nobre. A regra de um ano de
luto para os parentes é atribuída para os que têm título nobre,
todavia a regra de luto de três anos pelos pais é atribuída para
todos até o Imperador. No luto pelos pais há apenas uma regra,
e não há distinção entre o nobre e o plebeu.
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Para as Crianças capazes de tomar o alimento, se ensina a
servirem-se da mão direita. Se já podem falar, ao menino se
ensina a afirmar-se, à menina se ensina a ser submissa e
respeitosa. Ao menino dá se um tambor para o cinto, à menina
uma sedas para o mesmo. Aos seis anos, ensinam-se Música e
os nomes das ruas. Aos sete anos, meninos e meninas não se
servem da mesma esteira, nem comem juntos. Aos 8 anos, para
entrar e sair de casa, ou ir para a mesa a comer e beber, deverão
ir atrás dos mais velhos, começando a se ensinar que sejam
deferentes. Aos 9 anos, ensina-se-lhes a contar os dias. Aos 10
anos, irão ao mestre de fora, e viverão e pernoitarão fora,
aprenderão a escrever e contar. No vestir, não terão casaco e
calças de seda. Nos ritos seguirão os antigos. Manhã e tarde
aprenderão os deveres dos meninos, pedindo respeitosamente
para serem exercitados em ser sinceros e fiéis. Aos 13 anos,
aprenderão a Música, a recitar poesias, e a dança e cantos
guerreiros. Chegados à adolescência, aprenderão dança e
esgrima, o tiro de arco e a condução. Aos 20 anos recebem o
barrete e começam a aprender os ritos e regras de educação.
Podem então vestir-se de peles e sedas. Aprendem toda a dança
e música de Xia, e a praticar a piedade e a deferência.
Aprenderão muito, mas não ensinarão nada, nem mesmo em
casa mostrarão o que sabem. Aos 30 anos casa, e começará a
lidar com as responsabilidades de um homem. Aprenderá
muito, sem abusar. Saberá ceder aos amigos e ter em conta o
parecer deles. Aos 40 anos, entrará para a administração
pública, a aprenderá a emitir o seu parecer conforme os casos,
bem como os seus planos. Se for o caso, cumprem-se; senão,
põe-nos de lado. Aos 50 anos, será promovido a Senador ou
Grande Senhor, e exercerá cargos no Governo. Aos 70 anos,
renunciará aos negócios. Quando os homens se cumprimentam,
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Cem Textos de História Chinesa
dá-se o lado esquerdo.
[...]
Aos 50 anos não se vai ao serviço público. Aos 60, não terá que
prestar ajudas a outros. Aos 70 não tem que ajudar na recepção
de hóspedes: Aos 80 não toma parte nos serviços de
purificações e funerais.
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Cem Textos de História Chinesa
Aos 50, recebem-se os títulos de distinção. Aos 60 não se vai
pessoalmente aos exercícios escolares. Aos 70 renuncia-se às
funções administrativas. Dos 70 anos para cima, só tomarão a
faixa preta em caso de luto.
[...]
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Cem Textos de História Chinesa
50. Xiaojing – A piedade filial.
[...]
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Na terceira lua, ceifo as ervas ruins e semeio o arroz nos
campos para a Festa das Arvores. Ao nascer do Sol levanto-me
para a rega, e fico a velar até alta noite. Vigio dia e noite as
raízes do meu arroz.
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A MULHER NA CHINA
Não vire sua cabeça na rua nem olhe para os lados. Não mostre
seus dentes quando fala, não mova seus joelhos quando senta.
Não mova seu vestido quando se levanta, não demonstre
ostensivamente sua felicidade, nem reclame quando estiver
com fome.
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62. Mercado das concubinas.
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Cem Textos de História Chinesa
63. Cartas de Família de Zen Guofan.
Esse costume não teve início antes da dinastia Tang. Por isso,
entre os poemas escritos por tantos poetas, cantando a beleza
das mulheres, descrevendo incessantemente com grande
interesse seu aspecto e gestos, a riqueza de seus adornos no
cabelo e cosméticos faciais, seus mantos e saias, a delicadeza
de seus cabelos, olhos, lábios, dentes, cintura, mãos e pulsos,
nem uma só palavra foi dita acerca de seus "pés pequeninos".
No Guofu diz-se: "Novo bordado de seda cobria-lhe o alvo
tornozelo e o arco de seus pés era como uma. linda fonte".
Caoshi (192+232) tem uma frase assim: "Ela usava sapatos
bordados para longas caminhadas". Li Bai (701+762) diz em
um poema: "Um par de tamancos denteados de ouro; dois pés
brancos; como geada". Han Zhiguang escreve: "Seis polegadas
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de fina pele arredondada resplendem à luz". Tu Muzhi
(803+852) escreve: "Mede um pé menos quatro décimos de
polegada". O documento "Miscelâneas dos Segredo Han” diz,
descrevendo uma jovem escolhida para ser rainha: "Seus pés
mediam oito polegadas e seus tornozelos e arcada eram belos e
cheios". Tais menções de "seis polegadas" e "oito polegadas"
de pés brancos, macios e cheios mostram que os pés das damas
antes do período Tang não eram curvados para se
assemelharem à lua crescente.
[..]
Respeitada Xinran,
166
Cem Textos de História Chinesa
"No interior" disse ele, "o céu está no alto e o imperador está
muito longe." Na sua opinião, a lei não tinha poder algum lá.
Os camponeses temiam apenas as autoridades locais, que
controlavam seus suprimentos de pesticidas, fertilizantes,
sementes e ferramentas agrícolas.
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RELIGIÃO
[...]
[...]
[...]
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O imperador aquiesceu a esta proposta. Ao cair da noite, Qiu e
Hu revestiram as suas armaduras, cobriram-se com os elmos e,
de arma em punho, foram postar-se diante da porta do palácio.
Durante toda a noite ninguém buliu e, essa noite, Taizong
dormiu em paz.
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Cem Textos de História Chinesa
Desde que teve começo o universo, milhões de pessoas têm
morrido, em tempos diferentes. O número dos que hoje vivem
é muito menor que o dos que morreram no passado. Se,
portanto, os mortos se tornassem fantasmas, deveríamos
encontrar um fantasma a cada passo. Se alguém vê fantasmas
junto a seu leito de morte, deveria vê-los aos milhões,
enchendo todas as ruas, os becos, os vestíbulos e os pátios, e
não apenas ver um ou dois fantasmas.
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76. Fantasmas, do Soushenji
Chang disse: “eu precisaria achar seu corpo. O que pode servir
de evidência?”.
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Havia umas chamadas Qiong Qi, semelhantes aos tigres, mas
com duas asas gigantescas. Eram tão gananciosas quanto cruéis
e quando conseguiam capturar um ser humano começavam a
roê-lo pela cabeça e acabavam nos pés, engolindo mesmo todos
os seus ossos e cabelos.
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83. Sobre a existência dos demônios, de Hanyu.
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84. Lisi – Memorial para a manutenção dos estrangeiros.
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Suponhamos que antigamente fossemos alijados da presença de
sábios e letrados estrangeiros, e que estes não fossem admitidos
no serviço do estado. O resultado seria que o nosso país não
teria hoje a riqueza e as vantagens que possui, nem gozaria de
sua fama, poder e grandeza. (...) as montanhas não expulsam a
terra que adere a elas, e por isso são altas. Os grandes rios e o
mar não desdenham dos pequenos córregos que aderem a eles,
e por isso são tão profundos. O soberano não se aparta dos
homens que vem até ele, e por isso sua virtude é tão radiante.
Assim como a terra não tem dois lados, não há país que não
tenha estrangeiros em seu povo; as quatro estações são
igualmente boas, os espíritos manifestam para que quiser sua
benéfica influencia. Porque praticavam esta doutrina, os
grandes reis da antiguidade não tinham rival.
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85. Sima Qian e os Xiongnu.
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[...]
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87. A resposta mongol a uma das primeiras missões católicas
no Oriente.
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88. A resposta do imperador Qing Qianlong ao embaixador
britânico Lorde Macartney.
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A maioria leva na mão um rosário, de pérolas ou de pedras
preciosas o dos ricos. As mulheres como os homens usam
sapatos de couro. Ninguém pode ter duas mulheres, do rei às
pessoas do povo. Não se pode casar de novo, a não ser após a
morte da esposa; esta pode fazer o mesmo se o marido morre.
Quando uma moça quer escolher um marido, a família do rapaz
começa pela avaliação do dote e só dá consentimento se se
considerar satisfeita. As famílias têm vergonha de não poder
casar as filhas, e para evitar isso estão prontas a arruinar-se. Em
contrapartida, pouco importa que o filho seja casado ou não.
Não há empecilhos para o casamento entre pessoas que têm o
mesmo nome de família. Somente quando são primos isso
constitui um obstáculo. Uma viúva pode juntar-se em segundas
núpcias com um sobrinho ou um doméstico. Os parentes
próximos devem obter a autorização prévia do chefe da religião
(...).
As mulheres vão orar no templo a cada sete dias. No
casamento, não se volta junto para a casa antes de ter escutado
o grande padre pregar a Lei. Se o rapaz e a moça têm a
intenção de se casar, os familiares e as casamenteiras devem
avisar o grande padre ou o chefe da religião que faz a
proclamação oficial para que todo mundo saiba. Caso haja um
compromisso secreto, é permitido ao rapaz e a moça declará-lo,
e ninguém pode contrariá-los, nem os pais nem as mães.
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92. Sobre a Música – Liji.
[...]
Ainda que muita gente saiba que pinto com um pincel, não se
dão conta de como é difícil pintar. No Zhuang zi se conta de
um pintor que, trabalhando, “tirou as roupas e sentou de pernas
cruzadas”. Esta é a verdadeira atitude de um artista. Deve
abrigar em seus sonhos alegria e felicidade. E se conseguir
desenvolver seu coração naturalmente, sincero, delicado e
honesto, imediatamente será capaz de compreender o aspecto
das lágrimas, os sorrisos e os objetos, sejam eles pontiagudos
ou oblíquos, dobrados ou inclinados; e em sua mente estará tao
clara que será capaz de refletir espontaneamente seu pincel.
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99. Educação moderna
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CRONOLOGIA
Para notação das datas adotamos, neste livro, o sistema -/+ que
significam, respectivamente, a.C. e d.C., ou ainda, “antes da
era comum” e “depois da era comum”, posto que é uma
tendência, entre os especialistas da área, não realizar a
imposição de marcos religiosos como referências cronológicas,
guardando um certo cuidado neste ponto.
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BIBLIOGRAFIA
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