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1. Mercado internacional
Rebanho ovino
A redução dos rebanhos se deu via abate e o foco da produção foi direcionado para as
carnes de cordeiro e de carneiro (ou ovelha) que, atualmente, assim como o leite em
algumas regiões, são os principais produtos da ovinocultura moderna. Esta reação do setor
produtivo teve forte reflexo sobre a produção mundial de carne ovina, com um aumento de
12,1% no decorrer dos últimos 10 anos, de acordo com o Gráfico 2. No entanto, desde a
década de 1980, a produção de carne ovina tem diminuído drasticamente nos países
desenvolvidos, enquanto, tem aumentado em quase 80% nos países emergentes e/ou em
desenvolvimento.
Os maiores produtores da União Européia (UE) são a Espanha, Reino Unido e França,
responsáveis, juntamente, por quase 70% de toda a produção regional de carne ovina. Nos
últimos 2 anos a Espanha tem se tornado o maior produtor de carne ovina da UE,
ultrapassando o Reino Unido, e é um dos poucos países da região onde o efetivo ovino tem
se mantido estável. O Reino Unido ainda é um grande produtor, porém apresenta o maior
percentual negativo de crescimento. De qualquer forma, a produção de carne ovina na UE
permanece com uma tendência decrescente para os próximos anos, com uma dependência
cada vez maior das importações para atender seu mercado interno.
Dentre todas as carnes, a carne ovina é uma das mais internacionalmente
comercializadas, uma vez que, cerca de 15% da produção mundial é exportada. O Gráfico 3
deixa claro que o mercado exportador é dominado pela Nova Zelândia e pela Austrália.
Ambas detêm quase 70% das exportações mundiais, atendendo mercados em praticamente
todo o mundo. A Austrália exporta cerca de 35% da carne de cordeiro produzida e 80% da
carne de carneiro, enquanto a Nova Zelândia exporta 80% da carne de cordeiro e 84% da
de carneiro.
Índia 1,9%
China 1%
Japão 2,7%
China 4,2%
México 4,9%
Em geral, Ásia e África são hoje as principais regiões compradoras, sendo responsáveis
por cerca de 30% das importações mundiais. Na grande maioria dos países desses
continentes, a demanda por carne ovina é bastante alta, devido a enorme parcela
Muçulmana da sociedade e do aumento de renda de uma parte crescente da população.
Os países que compõem a União Européia e a Ásia são grandes consumidores de carne
ovina, porém ao se analisar o consumo per capita (Tabela 3), mais uma vez, a Nova
Zelândia e a Austrália tomam a dianteira. No entanto, elevados consumos são verificados
em países do Oriente Médio e Norte da África, a exemplo dos Emirados Árabes, Síria, Irã,
Arábia Saudita e Sudão. Os Emirados Árabes e a Arábia Saudita, por sua vez, assumem um
importante papel no cenário mundial por serem, também, grandes importadores.
A demanda mundial por carne ovina é crescente enquanto a oferta tende a permanecer
limitada, já que os maiores players no mercado internacional têm apresentado uma
continua diminuição dos seus rebanhos e da produção, e alguns dos importantes
consumidores se encontram em situação limitada quanto à produção, além de que, a
maioria dos países em desenvolvimento que são grandes produtores atendem, geralmente,
apenas aos próprios mercados internos, havendo espaço, então, para potenciais
exportadores.
Informações: (19) 3432-2199 | www.agripoint.com.br/producao_cordeiro/