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MACEIÓ-AL
2019
ARMANDO DA CONCEIÇÃO DOS SANTOS
IVSON VASCONCELOS COSTA
MACEIÓ-AL
2019
RESUMO
Este projeto buscar analisar os aspectos formadores dos Direitos Humanos, sua importância na vida
das pessoas em situação de Rua e enquanto garantia da dignidade da pessoa humana,
principalmente no tocante ao direito de moradia, o qual se relaciona com diversas outras garantias
legais. Por meio de checagem bibliográfica e da compilação de dados sobre o recorte social em
questão, busca-se também verificar a aplicabilidade dos ditames constitucionais e a sua relação com
aqueles indivíduos incapazes de reivindicarem os próprios Direitos fundamentais.
1 INTRODUÇÃO 5
3 CARTA MAGNA 7
CONCLUSÃO 13
REFERÊNCIAS 14
5
1 INTRODUÇÃO
Existem outros como Laporta e Ruiz Miguel que, como cita Lúcia Barros
Freitas de Alvarenga em sua obra: Direitos Humanos, Dignidade e Erradicação da
Pobreza, baseada em (Derechos humanos,1992,p.19), contestam o fato de que a
expressão remete ao âmbito jurídico e afirmam que os direitos humanos são tais por
seu caráter moral, sendo acidental o reconhecimento para seu conceito.
Independente da posição que se tome como partida fica clara a importância
do respeito aos Direitos Humanos, sendo eles um compêndio da consciência
humana a respeito do próprio valor, registrado na Declaração universal de 1948.
Nesse sentido, segundo Alvarenga (1998), A declaração universal, representa
a consciência histórica que a humanidade tem dos próprios valores fundamentais na
segunda metade do século XX. É uma síntese do passado e uma inspiração para o
futuro.
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3 CARTA MAGNA
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São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer,
a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos
desamparados, na forma desta Constituição
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O Brasil não conta com dados oficiais sobre a população em situação de rua,
esta ausência contribui com o esquecimento e não aplicação de políticas públicas
voltadas para esta classe e reproduz a invisibilidade social da população de rua no
âmbito das políticas sociais.
Contudo, de acordo com Natalino (2016) estima-se que existam 101.854
pessoas em situação de rua, deste total, 40,1% habitam municípios com mais de
900 mil habitantes e mais de 77,02% habitem municípios com mais de 100 mil
habitantes, porém, nos municípios menores com até 10 mil habitantes essa
porcentagem chega a 6,63%, conclui-se que as cidades grandes abriguem a grande
maioria dos moradores de rua.
bairros de Maceió: Poço, Jaraguá, Pajuçara, Ponta Verde, Jatiúca, Cruz das Almas,
Centro, Cambona, Barro Duro, Serraria, Benedito Bentes e Tabuleiro dos Martins.
Como parte das medidas para atender este público, a Secretaria Municipal de
Assistência Social (SEMAS), afirma que conta, com o trabalho de equipes do
Serviço Especializado em Abordagem Social e oferece atendimentos através de dois
Centros de Referência Especializados para a População em Situação de Rua
(Centro POP), situados nos bairros do Farol e Jaraguá, os usuários são
encaminhados para o atendimento nos programas sociais, eles têm acesso à
cultura, lazer e esporte, como também oficinas diárias de resgate da autoestima e
autonomia.
Outras ações voltadas à população de Rua em Maceió é a existência de duas
unidades de acolhimento, a primeira é a Casa de passagem Professor Manoel
Coelho Neto (conhecido como Albergue Municipal) situado na Avenida Comendador
Leão, sem número, Poço. A segunda é a Casa de passagem familiar situada na
Ladeira Rosalvo Ribeiro, 87, Centro (antiga ladeira da Catedral). Nestes espaços
são ofertadas alimentação, higiene pessoal e acolhimento de pernoite, porém esses
albergues têm a capacidade apenas de 90 pessoas.
Além da SEMAS (Secretaria Municipal de Assistência Social) , a Prefeitura de
Maceió tem serviços ofertados para este público através da Secretaria Municipal de
Saúde, com o Consultório na Rua, que leva atendimentos de saúde para a
população em vulnerabilidade; e o Grupamento de Atenção à População em
Situação de Rua (GPOP), da Secretaria Municipal de Segurança Comunitária e
Convívio Social, que é um grupamento da Guarda Municipal de Maceió criado para
executar, de forma complementar, ações e atividades orientadoras e preventivas de
segurança comunitária para o segmento social.
Apesar dos esforços, a rejeição dos populares ao acolhimento ainda é
grande. Segundo as equipes da Secretaria Municipal de Assistência Social
(SEMAS), um dos fatores que contribui para esta resistência é a doação feita pela
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HUMANA
É inconcebível a noção de vida digna a uma pessoa que nem sequer tem um
local fixo de moradia na sociedade atual. Apesar de haverem momentos históricos
em que o homem era nômade, na atualidade essa realidade reflete uma completa
exclusão social e carrega em si um desrespeito ao valor intrínseco da pessoa
humana e seus direitos, uma vez que a falta de habitação degrada, sim, o respaldo
dos demais direitos sociais, como aponta Helano Vieira Rangel:
O direito de ter uma moradia digna tem o mesmo grau de importância dos
direitos à vida e à saúde, pois se completam e se refletem diretamente na
personalidade dos atores sociais, abrangendo a esfera moral e material –
certamente não se pode conceber dignidade em um ser humano vagando
nas ruas sem moradia digna. A noção de mínimo existencial está
intimamente ligada à concepção de dignidade da pessoa humana, porque
se estabelece um diálogo de complementação entre esses dois conceitos:
um é pressuposto existencial do outro – sem o mínimo existencial, não é
possível se efetivar a dignidade da pessoa humana. (RANGEL,2009,p.65).
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
FLEINER, Thomas. O que são Direitos Humanos? Max Limonad, São Paulo, 2003.
http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=29303
/> acesso em: 15 mar. 2019.
https://ufal.br/ufal/noticias/2014/10/nucleo-de-assistencia-social-faz-mapeamento-de-
populacao-de-rua-em-maceio />acesso em 18 de mar 2019
http://www.funag.gov.br/ipri/index.php/o-ipri/47-estatisticas/94-as-15-maiores-
economias-do-mundo-em-pib-e-pib-ppp/> acesso em:16 mar.2019.