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DEPARTAMENTO DE ARTES

CURSO DE LICENCIATURA EM ARTES VISUAIS


DISCIPLINA DE POLÍTICAS EDUCACIONAIS
PROFA. ANTÔNIA
2017014040080 - DANILO MIRANDA RAMOS

1- Quais foram as questões educativas que ganharam destaque nos debates políticos a
partir de 1930?
O governo provisório de Vargas acreditava na implantação de um Reforma da
Educação do Brasil de maneira salvacionista, como um meio de se chegar à identidade
nacional pretendida pela sua ideologia política.

2- Os anos de 1930 propagam a ideia de que a educação seria capaz de solucionar os


problemas de ordem social, econômica e política do País. Discorra sobre “como as
políticas públicas educacionais foram sendo elaboradas e implementadas nos governos
da época”.
Primeiro, criou-se o Ministério dos Negócios, da Educação e da Saúde Pública, e
assim o governo federal pôde ditar parâmetros que valessem para todo o território
brasileiro, coisa que não acontecia nas federações da república velha. Uma política nacional
de ensino era uma reivindicação de educadores e intelectuais de há muito tempo.
A reforma educacional ficou sujeita à diversos interesses, e os mais fortes eram
provenientes de grupos católicos e grupos de intelectuais e educadores escolanovistas.
Desde a constituição de 1981, que separou o Estado da Igreja no Brasil, as aulas de
religião estavam vedadas, mas, após fazer muita pressão sobre o governo, o grupo católico
conseguiu com que elas fossem consideradas facultativas nos ensinos primário, normal e
secundários.
Dentre os decretos implementados pelo então ministro Francisco Campos na
reforma educacional do governo provisório, estava o que criou o Conselho Nacional de
Educação, o que organizou o ensino superior, adotando o regime universitário e os que
organizaram o ensino secundário.

3- Quais foram as declarações de Getúlio Vargas sobre educação expressas na CF de


1934 e CF de 1937 - Qual o papel da educação no desenvolvimento nacionalista?
Em 1934 e 1937, Vargas enfatizou em várias declarações a importância da
educação na formação política do “povo”, resolver a “questão social” e, ainda, combater a
subversão ideológica comunista.
Sob um discurso moderno, as propostas enfatizavam a importância da “criação” de
cidadãos e de reprodução/modernização das “elites”, acrescida da consciência cada vez
mais explícita da função da escola no trato da “questão social”: a educação rural, na lógica
capitalista, para conter a migração do campo para as cidades e a formação
técnico-profissional dos trabalhadores, visando solucionar o problema das agitações
urbanas.
Também pregava as ideias de um ensino específico às classes menos favorecidas,
o pré-vocacional e o profissional, ideias que tornavam as escolas verdadeiras locais de
segregação social. Também discursava sobre a obrigatoriedade da educação física e do
ensino cívico, mecanismos claros de controle corporal e ideológico.

4- Quais foram as reformas educacionais nos anos de 1940?


Por meio de um conjunto leis conhecidas como Leis Orgânicas do Ensino, foram
postos em prática vários decretos-lei que flexibilizaram e ampliaram as reformas de
Francisco Campos, dentre eles os que criaram o SENAI e o SENAC, o ensino agrícola e o
ensino comercial.

5- O que diz a CF de 1946 com relação à educação?


A carta de 1946 obrigava os poderes públicos a garantir ensino em todos os níveis
para os brasileiros. Começou-se a discussão de uma reforma geral da educação, que durou
13 anos, até que em 1961, quando foi promulgada a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) da
Educação Nacional.

6- Fala um pouco sobre a primeira LDB.


A primeira LDB tinha um forte viés conservador e privatista, e trazia diversos
prejuízos quanto a distribuição de verba pública para a Educação. As novas Leis previam
ajudas financeiras indiscriminadas ao setor privado e também atendia fortemente aos
interesses da Igreja, que a época se punha como a única capaz de ministrar “uma filosofia
integral de vida”. Contra elas, surgiu o Movimento de Defesa da Escola Pública, na USP,
encabeçado por nomes como Florestan Fernandes, Fernando de Azevedo, Anísio Teixeira
e Lourenço Filho. Também surgiram outros movimentos de educação popular, como os
Centros Populares de Cultura da UNE, que levavam teatro às ruas e às portas de fábricas,
e os programas de ensino altamente politizados de Paulo Freire, com alfabetização de
adultos, e Moacyr de Góes, com o “De pés no chão também se aprende a ler”. O governo
de Pernambuco também começou projetos de alfabetização em massa, através dos MCP
(Movimentos de Cultura Popular).

7- Quais foram as reformas educacionais dos anos de 1960 e 1970?


Segundo Roberto Schwarz, o vento pré-revolucionário soprava forte no Brasil,
reformas de base e agrárias estavam sendo discutidas, os operários estavam mobilizados e
se discutida a nacionalização. “o país estava irreconhecivelmente inteligente”, afirma
Roberto. E foi em meio a esse espírito que João Goulart foi eleito. Porém, após um grande
comício de Jango na Central do Brasil, onde ele firmou o compromisso de realizar inúmeras
reformas agrárias e urbanas, taxação de grandes fortunas, reforma tributária e um plano
nacional de alfabetização, fora considerado uma ameaça comunista, e forças, manifestadas
em várias marchas, como a “Marcha da família com Deus pela Liberdade”, ocorrida dias
após ao comício, pediam Intervenção Militar, o que acabou culminando no golpe de 64.
As reformas educacionais realizadas no regime militar assimilaram alguns elementos
do debate anterior, até porque o Brasil havia se comprometido com acordos, como a Carta
de Punta del Leste em 1961 e o Plano Decenal de Educação da Aliança para o Progresso,
mas a verdade é que as reformas eram fortemente balizadas por recomendações
norte-americanas.
A educação desenvolvida nesse período voltou-se para o desenvolvimento, ou seja,
para a criação de “capital humano”, caracterizando-se por um vínculo estreito entre
educação e mercado de trabalho, modernização dos hábitos de consumo e uma forte
repressão político-ideológica.
A despeito das políticas educacionais implantadas no regime militar terem sido
planejadas por economistas, elas atacaram principalmente o ensino superior e os então 1º e
2º Graus, proibindo manifestações políticas, instituindo disciplinas propagandísticas do
regime e cerceando as representações estudantis.
Apesar de toda a repressão, no âmbito do ensino superior, através da Lei 5.540, o
regime militar proporcionou algumas renovações. Instituiu o regime de tempo integral e
dedicação exclusiva para os professores, extinguiu a cátedra, criou o sistema
departamental, os sistema de créditos para as disciplinas e foi implementada a
indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, talvez esse investimento se baseasse
na crença do desenvolvimento econômico através da ciência e da tecnologia.

8- Fale do Plano Nacional de Alfabetização de Janeiro de 1964.


Foi uma proposta do então presidente eleito João Goulart, inspirada no “método que
alfabetizava em 40 horas”, de Paulo Freire, com o objetivo de alfabetizar 5 milhões de
brasileiros até 1965.

9- Quais as reformas implementadas a partir do golpe de 1964?


A Lei 5.692/71 introduziu mudanças profundas no ensino vigente até então. Com os
partidários da defesa da escola pública desarticulados, presos ou cooptados pelo regime, o
caminho para o favorecimento dos interesses privados estava plenamente aberto. A nova lei
assegurou espaço para o ensino religioso e garantia amplo amparo técnico e financeiro à
iniciativa privada. Do lado positivo, a lei eliminou o excludente exame de admissão ginasial,
também ampliou para oito anos o tempo obrigatório escolar, fundindo o primário e o
ginasial. Mas as reformas não encontraram estruturas adequadas nas escolas para serem
aplicadas, principalmente na zona rural, e com os recursos para educação sendo
diminuídos drasticamente, a reforma esteve longe de cumprir suas promessas.
O consequente sucateamento do ensino público e o aumento de investimentos no
ensino privado fez com que a educação no Brasil passasse a ser um negócio altamente
lucrativo.

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