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Disciplina: Filosofia Data: 14 de março de 2019

Professor: Natan Henrique Taveira Baptista


Nome: _________________________________________________

AULA 03. FILOSOFIA POLÍTICA MODERNA I: TEÓRICOS DO ABSOLUTISMO

Questão 01. (PASUSP) Nicolau Maquiavel, em 1513, na Itália renascentista, escreveu: Um príncipe não pode
observar todas as coisas a que são obrigados os homens considerados bons, sendo frequentemente forçado,
para manter o governo, a agir contra a caridade, a fé, a humanidade, a religião. (...) O príncipe não precisa
possuir todas as qualidades (ser piedoso, fiel, humano, íntegro e religioso), bastando que parente possuí-las.
Um príncipe, se possível, não deve se afastar do bem, mas deve saber entrar para o mal, a se a isso estiver
obrigado. Adaptado de Nicolau Maquiavel. O Príncipe. Indique qual das afirmações está claramente expressa
no texto:

a) Os homens considerados bons são os únicos aptos a governar.


b) O príncipe deve observar os preceitos da moral cristão medieval.
c) Fidelidade, humanidade, integridade e religiosidade são qualidades indispensáveis ao governante.
d) O príncipe deve sempre fazer o mal, para manter o governo.
e) A aparência de ter qualidades é mais útil ao governante do que possuí-las.

Questão 02. (IBMEC) “Deve um príncipe, portanto, não se importar com a reputação de cruel, a fim de poder
manter os seus súditos em paz e confiantes, pois que, com pouquíssimas repressões, será mais piedoso do que
aqueles que, por muito clementes, permitem as desordens das quais resultam assassínios e rapinagens. [...]
Nasce disso uma questão, a saber: é melhor ser amado que temido ou o contrário? Responder-se-á que se
desejaria ser uma e outra coisa; mas, como é difícil casá-las, é muito mais seguro ser temido que amado, quando
se haja de optar por uma das alternativas” (Maquiavel, Nicolau. O Príncipe. São Paulo: Nova Cultural, 1999.
p.105-106). Do texto é possível afirmar que:

a) ao discutir a imagem do príncipe, apenas reforça o modelo parlamentarista inglês;


b) ao defender a crueldade como forma de justiça, pode ser considerado inspirador da Revolução Francesa;
c) ao concentrar suas preocupações na figura do príncipe, pode ser visto como uma defesa do Absolutismo;
d) ao defender o temor pelo príncipe como superior ao amor, aproxima-se das teorias liberais;
e) ao criticar o poder do príncipe, afasta-se da maior parte dos autores políticos de sua época.

Questão 03. (Enem) “O homem natural é tudo para si mesmo; é a unidade numérica, o inteiro absoluto, que só
se relaciona consigo mesmo ou com seu semelhante. O homem civil é apenas uma unidade fracionária que se
liga ao denominador, e cujo valor está em sua relação com o todo, que é o corpo social. As boas instituições
sociais são as que melhor sabem desnaturar o homem, retirar-lhe sua existência absoluta para dar-lhe uma
relativa, e transferir o eu para a unidade comum, de sorte que cada particular não se julgue mais como tal, e
sim como uma parte da unidade, e só seja percebido no todo” (ROUSSEAU, Jean-Jacques. Emílio ou da
Educação. São Paulo: Martins Fontes, 1999.). A visão de Rousseau em relação à natureza humana, conforme
expressa o texto, diz que:

a) o homem civil é formado a partir do desvio de sua própria natureza.


b) as instituições sociais formam o homem de acordo com a sua essência natural.
c) o homem civil é um todo no corpo social, pois as instituições sociais dependem dele.
d) o homem é forçado a sair da natureza para se tornar absoluto.
e) as instituições sociais expressam a natureza humana, pois o homem é um ser político.

Questão 04. (UEM) “Hobbes não viu que a mesma causa que impede os selvagens de usarem sua razão, como
o pretendem os nossos jurisconsultos, impede-os também de abusar das suas faculdades, como ele próprio o
pretende; de sorte que se poderia dizer que os selvagens não são maus precisamente porque não sabem o que
é ser bom” (ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso sobre a origem e os fundamentos das desigualdades entre os
homens. In: Antologia de textos filosóficos. Curitiba: SEED-PR, 2009, p. 590). A partir disso, assinale o que for
incorreto:

a) Jean-Jacques Rousseau aplica à política o princípio ontológico aristotélico, segundo o qual o homem é uma
criatura criada por Deus.
b) As concepções diferentes que Thomas Hobbes e Jean-Jacques Rousseau têm sobre a natureza humana os
levam a divergir sobre a forma de organização que deve fundamentar a sociedade civil.
c) De acordo com Rousseau, são dois os motivos de o homem não ser mau no estado de natureza: em primeiro
lugar, sendo isolado e não tendo as paixões do homem civil, o homem natural não ataca, não se vinga, não
mata. Além disso, há no homem natural, o sentimento de piedade.
d) Para Rousseau, o homem torna-se o lobo do homem, quando, ao afastar-se do estado de natureza, ele se
perverte.
e) Segundo Hobbes, os homens tendem sempre para a guerra, pois, se dois homens desejam a mesma coisa ao
mesmo tempo, e esta é impossível de ser obtida por ambos, eles se tornam inimigos.

Questão 05. (Unioeste) Para Bobbio, “em filosofia política, o contratualismo visa à construção de uma ‘teoria
racional sobre a origem e o fundamento do Estado e da sociedade política’”. O modelo contratualista é “[...]
construído com base na grande dicotomia ‘estado (ou sociedade) de natureza / estado (ou sociedade) civil’”,
sendo que a passagem do estado de natureza para o estado civil ocorre mediante o contrato social.
Considerando o texto acima e as diferentes teorias contratualistas, é incorreto afirmar que:

a) o ponto de partida, no pensamento contratualista, para a análise da origem e fundamento do Estado, é o


estado político historicamente existente, cujo princípio de legitimação de sua efetividade histórica é o
consenso.
b) os elementos constitutivos do estado de natureza são indivíduos singulares, livres e iguais uns em relação
aos outros, sendo o estado de natureza um estado no qual reinam a igualdade e a liberdade.
c) para o contratualismo, a sociedade política, em contraposição a qualquer forma de sociedade natural,
encontra seu princípio de fundamentação e legitimação no consenso dos indivíduos participantes do contrato
social.
d) diferentemente de Locke, que concebe o estado de natureza como um “estado de relativa paz, concórdia e
harmonia”, para Hobbes, o estado de natureza é um estado de guerra generalizada, de todos contra todos, de
insegurança e violência.
e) a passagem do estado de natureza para o estado civil ocorre mediante uma ou mais convenções, ou seja,
mediante “um ou mais atos voluntários e deliberados dos indivíduos interessados em sair do estado de
natureza”, e ingressar no estado civil.

Questão 06. (Mackenzie) Assinale a alternativa que contém um fragmento de texto escrito por Jacques Bénigne
Bossuet (1627-1704), teórico absolutista francês.

a) Daqui nasce um dilema: é melhor ser amado do que temido, ou o inverso? Respondo que seria preferível ser
ambas as coisas, mas, como é muito difícil conciliá-las, parece-me muito mais seguro ser temido do que amado,
se só puder ser uma delas;
b) Tudo, portanto, que advém de um tempo de guerra, quando cada homem é inimigo de outro homem,
igualmente advém do tempo em que os homens vivem sem outra segurança além da que sua própria força e
sua própria astúcia conseguem provê-los;
c) É somente na minha pessoa que reside o poder soberano [...], é somente de mim que meus tribunais recebem
a sua existência e a suas autoridades; a plenitude desta autoridade, que eles não exercem senão em meu nome,
permanece sempre em mim, e o seu uso nunca pode ser contra mim voltado [...];
d) Todo o poder vem de Deus. Os governantes, pois, agem como ministros de Deus e seus representantes na
Terra. Consequentemente, o Trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus;
e) Se o homem, no estado de natureza, é tão livre, conforme dissemos, se é senhor absoluto da sua própria
pessoa e posses, igual ou maior e a ninguém sujeito, por que abrirá ele mão dessa liberdade, por que
abandonará o seu império e sujeitar-se-á ao domínio e controle de qualquer outro poder?
Questão 07. (UESPI) O poder dos reis tinha, na época do absolutismo, respaldo em ideias de filósofos, como
Hobbes, e fortalecia a centralização de suas ações colonizadoras no tempo das navegações. Os reis do
absolutismo:

a) encontraram apoio dos papas da Igreja Católica que concordavam, sem problemas, com o autoritarismo dos
reis e a existência das riquezas vindas das colônias.
b) eram desfavoráveis ao crescimento político da burguesia, pois se aliavam com a nobreza latifundiária e
defensora da continuidade de princípios do feudalismo.
c) dominaram na Europa moderna, contribuindo para diminuir o poder do papa e reorganizar a economia
conforme princípios do mercantilismo.
d) fortaleceram as alianças políticas entre grupos da aristocracia europeia que queriam a descentralização
administrativa dos governos.
e) fizeram pactos com grupos da burguesia, embora fossem aliados da Igreja Católica e concordassem com a
teoria do ‘justo-preço’.

Questão 08. (UEL) Justiça e Estado apresentam-se como elementos indissociáveis na filosofia política
hobbesiana. Ao romper com a concepção de justiça defendida pela tradição aristotélico-escolástica. Hobbes
propõe uma nova moralidade relacionada ao poder político e sua constituição jurídica. O Estado surge pelo
pacto para possibilitar a justiça e, na conformidade com a lei, se sustenta por meio dela. No Leviatã (caps. XIV-
XV), a justiça hobbesiana fundamenta-se, em última instância, na lei natural concernente à auto-conservação,
da qual deriva a segunda lei que impõe a cada um a renúncia de seu direito a todas as coisas, para garantir a
paz e a defesa de si mesmo. Desta, por sua vez, implica a terceira lei natural: que os homens cumpram os pactos
que celebrarem. Segundo Hobbes, “onde não há poder comum não há lei, e onde não há lei não há injustiça.
Na guerra, a força e a fraude são as duas virtudes cardeais” (HOBBES, T. Leviatã. São Paulo: Nova Cultural, 1997).
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento de Hobbes, é correto afirmar:

a) A humanidade é capaz, sem que haja um poder coercitivo que a mantenha submissa, de consentir na
observância da justiça e das outras leis de natureza a partir do pacto constitutivo do Estado.
b) A justiça tem sua origem na celebração de pactos de confiança mútua, pelos quais os cidadãos, ao
renunciarem sua liberdade em prol de todos, removem o medo de quando se encontravam na condição natural
de guerra.
c) A justiça é definida como observância das leis naturais e, portanto, a injustiça consiste na submissão ao poder
coercitivo que obriga igualmente os homens ao cumprimento dos seus pactos.
d) As noções de justiça e de injustiça, como as de bem e de mal, têm lugar a partir do momento em que os
homens vivem sob um poder soberano capaz de evitar uma condição de guerra generalizada de todos.
e) A justiça torna-se vital para a manutenção do Estado na medida em que as leis que a efetivam sejam criadas,
por direito natural, pelos súditos com o objetivo de assegurar solidariamente a paz e a segurança de todos.

Questão 09. (UFSM) “Sem leis e sem Estado, você poderia fazer o que quisesse. Os outros também poderiam
fazer com você o que quisessem. Esse é o “estado de natureza” descrito por Thomas Hobbes, que, vivendo
durante as guerras civis britânicas (1640-60), aprendeu em primeira mão como esse cenário poderia ser
assustador. Sem uma autoridade soberana não pode haver nenhuma segurança, nenhuma paz” (LAW, Stephen.
Guia Ilustrado Zahar: Filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 2008). Considere as afirmações e informe a(s) que está(ão)
correta(s):

I. A argumentação hobbesiana em favor de uma autoridade soberana, instituída por um pacto, representa
inequivocamente a defesa de um regime político monarquista.
II. Dois dos grandes teóricos sobre o estado de natureza”, Hobbes e Rousseau, partilham a convicção de que o
afeto predominante nesse “estado” é o medo.
III. Um traço comum da filosofia política moderna é a idealização de um pacto que estabeleceria a passagem do
estado de natureza para o estado de sociedade.

a) apenas I. b) apenas II. c) apenas III. d) apenas I e II. e) apenas II e III.


Questão 10. (Enem) “A natureza fez os homens tão iguais, quanto às faculdades do corpo e do espírito, que,
embora por vezes se encontre um homem manifestamente mais forte de corpo, ou de espírito mais vivo do
que outro, mesmo assim, quando se considera tudo isto em conjunto, a diferença entre um e outro homem
não é suficientemente considerável para que um deles possa com base nela reclamar algum benefício a que
outro não possa igualmente aspirar”

HOBBES, T. Leviatã. São Paulo Martins Fontes, 2003.

Para Hobbes, antes da constituição da sociedade civil, quando dois homens desejavam o mesmo objeto, eles:

a) entravam em conflito. b) recorriam aos clérigos. c) consultavam os anciãos.


d) apelavam aos governantes. e) exerciam a solidariedade.

Questão 11. (Enem) O texto abaixo, de John Locke (1632-1704), revela algumas características de uma
determinada corrente de pensamento.

“Se o homem no estado de natureza é tão livre, conforme dissemos, se é senhor absoluto da sua própria pessoa
e posses, igual ao maior e a ninguém sujeito, por que abrirá ele mão dessa liberdade, por que abandonará o
seu império e sujeitar-se-á ao domínio e controle de qualquer outro poder? Ao que é óbvio responder que,
embora no estado de natureza tenha tal direito, a utilização do mesmo é muito incerta e está constantemente
exposto à invasão de terceiros porque, sendo todos senhores tanto quanto ele, todo homem igual a ele e, na
maior parte, pouco observadores da equidade e da justiça, o proveito da propriedade que possui nesse estado
é muito inseguro e muito arriscado. Estas circunstâncias obrigam-no a abandonar uma condição que, embora
livre, está cheia de temores e perigos constantes; e não é sem razão que procura de boa vontade juntar-se em
sociedade com outros que estão já unidos, ou pretendem unir-se, para a mútua conservação da vida, da
liberdade e dos bens a que chamo de propriedade.” (Os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1991).

Do ponto de vista político, podemos considerar o texto como uma tentativa de justificar:

a) a existência do governo como um poder oriundo da natureza.


b) a origem do governo como uma propriedade do rei.
c) o absolutismo monárquico como uma imposição da natureza humana.
d) a origem do governo como uma proteção à vida, aos bens e aos direitos.
e) o poder dos governantes, colocando a liberdade individual acima da propriedade.

Questão 12. (Enem) “Nasce daqui uma questão: se vale mais ser amado que temido ou temido que amado.
Responde-se que ambas as coisas seriam de desejar; mas porque é difícil juntá-las, é muito mais seguro ser
temido que amado, quando haja de faltar uma das duas. Porque dos homens se pode dizer, duma maneira
geral, que são ingratos, volúveis, simuladores, covardes e ávidos de lucro, e enquanto lhes fazes bem são
inteiramente teus, oferecem-te o sangue, os bens, a vida e os filhos, quando, como acima disse, o perigo está
longe; mas quando ele chega, revoltam-se”.

(MAQUIAVEL, N. O príncipe. Rio de Janeiro: Bertrand, 1991)

A partir da análise histórica do comportamento humano em suas relações sociais e políticas. Maquiavel define
o homem como um ser:

a) munido de virtude, com disposição nata a praticar o bem a si e aos outros.


b) possuidor de fortuna, valendo-se de riquezas para alcançar êxito na política.
c) guiado por interesses, de modo que suas ações são imprevisíveis e inconstantes.
d) naturalmente racional, vivendo em um estado pré-social e portando seus direitos naturais.
e) sociável por natureza, mantendo relações pacíficas com seus pares.

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