Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
Biofísica
Ex ercí
ci os apli cados de Biofí
sica
3.3.
3.4. Transporte Ativo
Gradiente de ons de
e oÍons e o Potencial
Potencial de Repouso
de Repouso da Membrana 46
47
3.5. Variações do Potencial de Membrana: Respostas Sublimiares e 48
Potencial de Ação 48
3.6. Gênese do Potencial de Ação 49
3.7. Propriedades dos Potenciais de Ação 51
Capítulo IV: Introdução à Radioatividade, Emissões Primárias, Emissões Secundárias, 53
Transmutação Radioativa, A Energia Nuclear e Suas Aplicações, Radiações X e
Ultravioleta, Radiobiologia e Radioproteção.
4.1- Introdução à Radioatividade 54
4.2- Emissões Primárias 54
4.3- Emissões Secundárias 57
4.4- Transmutação Radioativa 58
4.5- A Energia Nuclear e Suas Aplicações 60
4.6- Radiações X e Ultravioleta 64
4.7- Radiobiologia 66
4.8- Radioproteção 66
Capítulo V: Exercícios resolvidos e Respostas comentadas 69
Exemplo: Uma solução de cloreto de sódio (NaCl) apresenta título de 0,30. Isso
significa que, para cada 1,0 g de solução, há 0,30 g de NaCl no meio. Um título de 0,30
corresponde a uma porcentagem em massa de 30% (0,30 x 100). Assim, a solução de
NaCl de porcentagem em massa de 30% apresenta 30 g de NaCl para cada 100 g de
solução.
Concentração em massa:
É definida como a massa de soluto ( m) dissolvida em um determinado volume
de solução (v):
Unidade: g/L (normalmente)
Quantidade de matéria é uma grandeza cuja unidade é o mol (da mesma forma
que “massa” é uma grandeza cuja unidade, no Sistema Internacional de Unidades, é o
Densidade:
É uma propriedade que caracteriza as substâncias. Ela é definida pela relação
entre a massa (m) e o volume (v) da solução:
Unidade: g/mL (normalmente)
Exemplo: A densidade do álcool etílico é de 0,8 g/mL. Isso significa que cada 1
mL de solução possui uma massa de 0,8 g.
Diluição de soluções:
Quando se necessita diminuir a concentração de uma solução, é preciso realizar
uma diluição. Nesse processo, adiciona-se um solvente (normalmente, água) à solução.
Dessa forma, há uma redução da concentração da solução sem que haja alteração da
quantidade do soluto (a quantidade permanece constante). Baseado nisso, é possível
Como pH + pOH = 14, o pOH de uma solução neutra será de 7. Assim, pode-se
afirmar que, em uma solução neutra, pH = pOH = 7, a 25 ºC.
Solução ácida: . A partir do Kw a 25 ºC, pode–se deduzir que, em
uma solução ácida, e . Assim, uma solução
ácida a 25 ºC terá um pH < 7 e um pOH > 7.
Solução básica: . A partir do Kw a 25ºC, pode-se deduzir que, em
uma solução básica, e . Assim, uma solução
básica a 25 ºC apresenta um pH > 7 e um pOH < 7.
Como o ácido acético é fraco, pode-se afirmar que o valor de x é muito menor do
que 0,01 (concentração inicial de CH 3COOH). Assim, como o valor de x é desprezível
em comparação a 0,01, pode-se considerar que a concentração de CH
3COOH em
CH3COOH será:
Titulação ác ido-base:
1.3. Solução-tampão
É uma solução que sofre apenas pequenas variações de pH quando a ela são
adicionados um ácido ou uma base. Ele pode ser formado por um ácido fraco e seu sal
de mesmo ânion (exemplo: CH3COOH e CH3COONa) ou uma base fraca e seu sal de
mesmo cátion (exemplo: NH4OH e NH4Cl).
Para entender a ação do tampão, considere, por exemplo, uma solução de
CH3COOH e CH3COONa. Como o CH3COONa é solúvel, ele libera CH 3COO- na
solução e, assim, CH3COO - e CH3COOH estabelecem o seguinte equilíbrio:
CH3COOH.
Uma solução-tampão é eficiente na sua função, ou seja, ela é capaz de minimizar
as variações de pH, na seguinte faixa de pH: pK a ± 1. Assim, o tampão
CH3COOH/CH3COONa (pKa = 4,74) será eficaz na faixa de pH entre 3,74 (4,74 – 1) a
5,74 (4,74 + 1). Outro fator que caracteriza a capacidade de tamponamento é a
quantidade de aceptor e doador de prótons. Essa quantidade, por sua vez, depende tanto
do volume de tampão (fator extensivo) quanto da concentração da solução-tampão
(fator intensivo). Assim, quanto maior o volume de tampão, maior será a capacidade de
tamponamento dele. Da mesma forma, quanto maior a concentração da solução-tampão,
maior será a capacidade de tamponamento dela.
1.4. Difusão
Para entender o conceito de difusão, considere a Figura 3:
Em que:
J = intensidade da difusão (mols ou gramas por segundo);
D = coeficiente de difusão do soluto na membrana (cm2/s);
A = área da membrana (cm2);
∆C = diferença de co ncentração através da membrana (mol/cm3);
∆x = espessura da membrana (cm).
Em que:
-23
k = constante de Boltzmann (1,38 x 10 J/K);
T = temperatura absoluta;
r = raio da macromolécula;
η = viscosidade do meio.
Quando se analisa o fluxo de difusão nas membranas celulares, é comum
empregar o coeficiente de permeabilidade ( Ρ), o qual é específico para o soluto e a
membrana em questão:
P é expresso em cm/s.
1.5. Osmose
A osmose é um caso especial de difusão da água, na qual há um fluxo dessa
substância a favor de seu gradiente de concentração entre dois compartimentos,
separados por uma membrana semipermeável ou predominantemente permeável à água.
Uma membrana semipermeável permite a passagem apenas de água e impede, assim, o
transporte de solutos. Como a água movimenta a favor de seu gradiente de
concentração, ela está difundindo de um compartimento de menor concentração de
soluto para outro, de maior concentração de soluto.
Exercícios Aplicados de Biofísica– Audrey Heloisa Ivanenko Salgado e Colaboradores 19
Na figura 4, estão representados dois compartimentos (A e B), separados por
uma membrana semipermeável. A água irá movimentar de A para B, ou seja, ela irá
difundir do compartimento de água pura para a solução. Ao se empurrar o pistão, o
fluxo osmótico irá diminuir, já que a concentração de moléculas de água em B irá
aumentar (como também, haverá o aumento da concentração de soluto). Caso a força
aplicada ao pistão continue a ser aumentada, chegará um momento em que a pressão em
B impedirá o fluxo resultante de água. Essa pressão responsável pela interrupção do
Em que:
π = pressão osmótica (atm).
R = constante dos gases ideais (0,082 atm x L x mol-1 x K-1).
Φ = coeficiente osmótico.
i = número teórico de partículas livres por molécula de soluto.
= concentração, em mol/L, de soluto.
1.6. Tonicidade
Na seção anterior, observou-se que a osmolaridade é uma propriedade da
solução, que não depende, assim, da interação do soluto com a membrana osmótica.
Nos sistemas biológicos, porém, é importante caracterizar tanto as propriedades da
solução quanto a interação do soluto com a membrana, já que algumas substâncias são
permeáveis por essa estrutura celular. O conceito biofísico que engloba esses dois
parâmetros é a tonicidade. Assim, pode-se afirmar que a tonicidade depende da
osmolaridade da solução e de um fator que reflete a permeabilidade do soluto, o
coeficiente de reflexão (σ). O coeficiente de reflexão é específico para um determinado
soluto e uma determinada membrana. O valor de σ varia de 0, para solutos
extremamente permeantes, a 1, para solutos completamente impermeantes.
As membranas plasmáticas da maioria das células do corpo humano são
permeáveis a água, sendo, porém, relativamente impermeáveis a muitos solutos do
líquido extracelular. Dessa forma, as membranas celulares estão sujeitas aos fenômenos
de osmose. Para analisar esses eventos, é comum utilizar as hemácias, já que elas são
facilmente obtidas e estudadas.
Exercícios Aplicados de Biofísica– Audrey Heloisa Ivanenko Salgado e Colaboradores 21
Quando se mergulham hemácias em uma solução de NaCl de aproximadamente
150 mmol/L (σ = 1, ou seja, o soluto é impermeável), observa-se que o volume dessas
células não é alterado. Assim, pode-se afirmar que a solução de NaCl 150 mmol/L é
isotônica à célula, já que não há fluxo osmótico nessa situação (as pressões osmóticas
da hemácia e da solução são iguais). Outra conclusão desse evento é que as hemácias
comportam como se, em seu interior, possuíssem uma solução de solutos impermeantes
a 300 mOsm/L, que é a mesma osmolaridade da solução de NaCl 150 mmol/L.
2.1 Funções
A. Difusão Simples
B. Osmose
A maioria dos íons não atravessa as membranas celulares por difusão simples,
visto que o interior apolar da bicamada fosfolipídica impede a passagem de
substâncias pouco solúveis em solventes apolares (substâncias hidrofílicas,
íons). Assim, o transporte passivo de grande parte dos íons ocorre por
intermédio de proteínas integrais da membrana que apresentam, em seu
interior, um canal apropriado para a passagem destas partículas (canais
iônicos). Estes canais apresentam conformações podem estar abertos,
fechados ou ainda inativados. Uma parte da proteína constituinte do canal
funciona como comporta e alterações conformacionais aleatórias na proteína
determinam alternância da comporta entre os estados aberto e fechado. O
transporte por meio de canais iônicos apresenta magnitude maior que o
realizado por intermédio de proteínas carreadoras. Os canais iônicos podem
ser controlados por voltagem ou controlados por ligantes. No primeiro caso, a
probabilidade de um canal encontrar-se no estado aberto depende do valor da
voltagem transmembranar. No segundo caso, a concentração do ligante é que
influencia na probabilidade de um canal iônico encontrar-se no estado aberto
(Figura 8).
(fluxo máximo) (Figura 10). Isto ocorre porque há uma saturação dos
sistemas de transporte com o soluto transportado.
T = temperatura absoluta
[ X ]A
ln
= logaritmo natural da razão das concentrações de X+ nos dois lados da
[ X ]B
membrana plas mática
z = valência do íon
F = número de Faraday
[ X ]A
O primeiro termo da equação (R.T.ln
) representa a tendência dos íons se
[ X ]B
O transporte resultante dos íons ocorre do meio que apresenta o maior potencial
eletroquímico para o meio que apresenta o menor potencial eletroquímico. Assim, se μA
> μ B, o Δμ é positivo e o deslocamento dos íons será orientado do meio A para o meio
B; se μA < μB, o Δμ é negativo e o transporte ocorrerá no sentido oposto.
Quando as duas forças propulsoras que agem sobre os íons possuem a mesma
magnitude e sentidos opostos, o Δμ = 0 e não há força resultante atuando sobre os íons.
Neste caso, diz-se que o íon encontra-se em equilíbrio eletroquímico:
R.T [X ]A R.T [ X ]B
E A EB . ln
. ln
z.F [ X ]B z.F [X ]A
60mV [X ]A
E A EB log
z [ X ]B
A equação de Nernst pode ser utilizada para predizer o sentido do fluxo espontâneo
dos íons:
[ K ] A [Cl ] A [Y ] A e [ K ] B [Cl ] B
[ K ] A .[Cl ] A [ K ] B .[Cl ]B
A partir destas equações pode-se determinar as concentrações finais dos íons nos
compartimentos A e B, ilustradas na figura 2.
1,333...
E A E B 60mV . log 60mV . log2 60mV
. 0,3 18mV
0,066...
-
Podemos perceber que a presença de íons impermeantes (neste caso, o Y) implica
na geração de um potencial elétrico negativo no compartimento que os contêm. A
presença de tais solutos no interior da célula contribui em cerca de -10 mV para o
potencial de repouso na membrana plasmática em relação ao meio extracelular.
gK g Na g Cl
Em EK E Na ECl
g g g
g ( g K g Na g Cl ) 1
de -90 mV. Assim, podemos concluir que a condutância da membrana ao íon Cl- é
maior em relação aos outros 2 íons, visto que o potencial de repouso da membrana
plasmática se aproxima do potencial de equilíbrio para o Cl -. No mesmo caso, a
condutância do Na+ é a menor dos 3 íons, pois ele possui um potencial de equilíbrio
mais afastado do potencial de repouso da membrana.
Assim, podemos concluir que a difusão iônica é o principal mecanismo pelo qual o
potencial de repouso da membrana plasmática é estabelecido.
Exercícios Aplicados de Biofísica– Audrey Heloisa Ivanenko Salgado e Colaboradores 47
Potencial de Ação
O potencial de ação pode ser definido como uma alteração rápida e transitória do
potencial de repouso da membrana plasmática, a qual é passível de ser transmitida
através da extensão celular mantendo constante o seu tamanho e forma durante o
processo. A gênese e a transmissão do potencial de ação é a base biofísica da
capacidade celular de transmissão de sinais nas células excitáveis (ex.: neurônios, fibras
musculares lisas e estriadas).
D. Neurônios
A redução da condutância dos íons que ocorre após o seu aumento ocorre
devido à inativação por voltagem dos canais iônicos (por meio das
comportas de inativação). Após a inativação, os canais devem ser
submetidos à repolarização de repouso para serem aberto de novo.
Partículas Alfa
Assemelham-se ao núcleo do átomo de hélio e,
dessa forma, possuem dois prótons e dois nêutrons, o
2- 2+
→ +
Partículas Beta
A emissão de partículas beta
decorre do excesso de nêutrons em
relação a prótons ou do excesso de
prótons em relação a nêutrons no núcleo.
Na primeira situação, há a conversão de
Radiação Gama
É emitida geralmente após a emissão de partículas alfa ou
beta, quando há ainda excesso de energia no núcleo. É constituída
por ondas eletromagnéticas, sendo altamente penetrante (para ser
barrada, é preciso uma parede de chumbo com muitos centímetros de
espessura, como mostrado na figura 6). Da sua interação com a
matéria, resultam o efeito fotoelétrico e o efeito Compton e também a
formação de par iônico. Sabe-se que a radiação gama é a menos
Figura 3- Emissão de
ionizante das emissões radioativas. radiação gama.
O efeito fotoelétrico resulta da absorção de um fóton
(quantidade de energia a ser absorvida para que ocorra ionização) por um elétron
orbital, o que causa ionização.
Já o efeito Compton ocorre quando a energia da radiação gama é maior do que a
(1) A= λ.N
ou
(2) A = A0 · e –λ · t
Sendo:
A = atividade da amostra no tempot
A0 = atividade da amostra no tempo 0 (t=0)
λ = constante de decaimento radioativo
–λ · t
É importante ressaltar que, ao se utilizar a equação A = A
0· e , A e A0
deverão possuir a mesma unidade, que seja compatível com as unidade do tempo e da
constante de decaimento. Por exemplo, se A e A 0 são expressos em desintegrações por
segundo, o tempo (t) deverá ser convertido para segundos, bem como a constante de
-1
decaimento (λ) deverá estar explicitada em segundo .
Meia-Vida ( t½) fí sica de um Ele mento Radioativo
Pode ser definido como o tempo necessário para que metade dos átomos de uma
amostra radioativa sofra decaimento, o que pode ser explicitado na eq uação:
ln N0 – ln 2 = ln N0 + ln (e-λ. t½)
- ln 2 = ln (e-λ. t½)
- ln 2 = -λ. t½ . ln e
ln 2 = λ. t½
=λ ou λ=
14
Aplicação prática do decaimento radioativo: datação com C (carbono 14)
Nas camadas mais altas da atmosfera,
átomos de nitrogênio absorvem nêutrons
provenientes dos raios cósmicos e, desse
14
processo, resultam átomos de C, um
radioisótopo. Estes se combinam, então, com
oxigênio, o que srcina dióxido de carbono
(CO2), que é, por sua vez, absorvido pelos
vegetais. Dessa forma, ao ingerirem vegetais, os
animais incorporam 14C ao longo da vida. Após
atravessar a matéria.
O deslocamento de um radioisótopo por um sistema biológico pode ser
monitorado por meio da radiação emitida que, ao atravessar a matéria, é captada por
detectores de radiação. Nesta situação o radioisótopo age como traçador ou marcador
radioativo. Um exemplo é a utilização do radioisótopo Fe59 para estudos hematológicos,
o que permite a avaliação de anemias ferroprivas, em que o isótopo é rapidamente
longa.
Ao se trabalhar com a meia-vida biológica, deve-se considerar a meia-vida
efetiva, de acordo com a equação:
=
Sendo:
= meia-vida efetiva
= meia-vida biológica
Pode-se concluir que quanto maior for a meia-vida biológica de um
fundamental importância; por exemplo, radiação α tem alto poder ionizante, tendo, pois,
seu uso restrito.
repletos de ar, e músculos, por exemplo, aparecem como uma imagem escura por
exibirem maior transparência aos raios-X e são as estruturas mais escuras em chapas
negativas.
Na formação de radioimagens, um fenômeno conhecido como efeito Compton
(reveja também em Radiação Gama) pode interferir de forma negativa. Tal fenômeno
ocorre naqueles casos em que a energia da radiação, como a do raio-X, é superior
àquela necessária para ejetar um elétron das camadas mais externas, sendo o excesso de
energia desviado na forma de um fóton de menor energia. Esse efeito é prejudicial à
formação de radioimagens, visto que esse desvio de energia acaba expondo diferentes
áreas dos tecidos a diferentes quantidades de energia, tornando sobrepostas as interfaces
entre diferentes tecidos, além de aumentar a exposição do profissional responsável pela
realização de exames como na radioscopia.
A luz ultravioleta (UV), por sua vez, é produzida da seguinte maneira: ao se
utilizar calor, radiação gama, radiação X ou eletricidade, elétrons podem absorver essa
energia e saltar para níveis mais externos. Ao retornarem para seus níveis de srcem, o
excesso de energia é liberado mediante a emissão de luz UV; esta, ao ser absorvida por
átomos, torna-os excitados. Substâncias expostas a UV são mais reativas, o que aumenta
4.7- Radiobiolog ia
A radiobiologia estuda os efeitos diretos e indiretos de emissões radioativas
sobre seres vivos. Os efeitos diretos decorrem do choque das emissões com
biomoléculas, com consequente quebra de ligações, formação de radicais reativos e
inativação de enzimas, por exemplo. Os efeitos indiretos são devidos à absorção das
emissões por moléculas de água, as quais liberam radicais. Estes, por serem altamente
reativos, logo interagem com biomoléculas, lesando-as e alterando sua participação no
metabolismo cel ular.
Diferentes tecidos apresentam sensibilidades distintas aos efeitos das radiações.
Os fatores associados à susceptibilidade dos tecidos aos efeitos nocivos das radiações
são, em ordem decrescente de importância: maior teor de água, maior quantidade de
DNA, maior taxa de replicação celular e menor grau de diferenciação das células.
Assim, pode-se concluir que os tecidos neoplásicos são um dos mais sensíveis aos
efeitos da radiação, já que apresentam um alto grau de divisão celular e a maioria de
suas células são pouco diferenciadas.
4.8- Radioproteção
Tendo-se em vista a ampla utilização das radiações em diagnósticos e
tratamentos médicos, alguns importantes parâmetros devem ser obedecidos, a fim de
minimizar possíveis danos biológicos quando há exposição às radiações.
Figura 11 – Símbolo da presença de radiação acima dos valores encontrados no meio ambiente.
1 Uma criança chega ao posto de saúde com desidratação. A mãe da criança afirma que
apesar de ter dado soro caseiro, a desidratação piorou. Quando questionada sobre o
modo que preparou o soro, percebeu-se que ela usou uma colher de café de açúcar para
duas colheres de sal. Qual foi o erro no preparo?
2 Uma suspensão de antibiótico, para uso oral, tem concentração de 500 mg/10 mL. A
dose para crianças é de 30 mg/10 kg de massa corpórea. a) Quantos mL devem ser
administrados a uma criança de 20 kg? b) Se a dose é administrada a cada 6 horas, qual
o total administrado após uma semana?
R: Devem ser administradas 1,2 mL de antibiótico por dose e 1680 mg deste
medicamento por semana à criança. Resolução:
pK2= 6,82
pK3= 12,38
d) Resposta: pH = 7,0.
A 1,0
B 0,4
C 0,85
7 O soro fisiológico é uma solução que contém 0,9% (p/v) de NaCl em água destilada,
sendo isotônica em relação aos líquidos corporais. Essa solução é utilizada para
reposição se íons sódio e cloreto, limpeza de ferimentos, higienização nasal, entre
outros procedimentos.
b) Caso esse farmacêutico resolvesse usar NaCl sólido 100% (p/p), qual a massa que
ele deveria usar para preparar 1 L de solução de soro fisiológico?
R: Resolução:
V₁ = 12mL
b) 0,9 g NaCl ----- 100 mL solução
x ------------- 1000 mL
x = 9 g de NaCl
R:
a) 10 g glicose ---- 100 mL solução
x ------------ 250 mL
x = 25 g glicose
A partir dos dados conclua: a massa da aspirina fornecida pelo rótulo está correta?
Vmédio = (V1+ V2+ V₃) ÷ 3 → Vmédio = (5,56 + 5,58 + 5,54) ÷ 3 → Vmédio = 5,56 mL
13 Uma mulher entrou em uma farmácia alegando ter hipotensão, e propranolol foi o
medicamento prescrito pelo médico. Esse medicamento diminui a corrente de
influxo de Ca²⁺ e Na⁺ para as células do nodo sino atrial (marca-passo cardíaco). O
farmacêutico disse à mulher que seu médico estava errado e que, na verdade, ela
deveria fazer uso de outro medicamento, que aumente a concentração intracelular de
Ca²⁺. Com base nos seus conhecimentos sobre o transporte iônico, pergunta-se: qual
dos dois profissionais está correto? Justifique
R: Os potencias de ação das células musculares cardíacas dependem do influxo dos íons
sódio e cálcio, de modo que do medicamento irá agravar o quadro de hipotensão da
paciente. Assim, o farmacêutico estava correto.
a) Resolução:
- Glicose: 120 mmol/L = 120 mOsm
- Lactato de sódio: 25,7mmol/L = 51,4mOsm
(CH3CH(OH)COONa+ ↔ CH3CH(OH)COO- + Na+)
- Cloreto de sódio: 2,5 mg/mL = 2500 mg/L = 2,5g/L
nº mols = massa ÷ MM n = 2,5 ÷ 58,5 n = 0,0427 mol/L ou M
b) Resolução:
Osm total = (0,06 x 2) + 0,22 = 0,34 Osm > 0,3 Osmcélula.
Para os solutos impermeantes (ex.: cloreto de sódio e glicose), a tonicidade equivale à
osmolaridade, pois apenas os impermeantes geram efeito osmótico e, no exemplo da
questão, a OSMSORO > OSMCÉLULA , logo, o soro preparado é hipertônico. Caso se
substituísse a glicose por 0,22 M ureia, um permeante, a solução ainda seria
19 Quem já sentiu dor de garganta e teve de tomar injeção de Benzetacil® sabe a dor
intensa, aguda e persistente que esse antibiótico causa. O remédio é indicado não só
no tratamento de infecções do trato respiratório superior, mas também no de
infecções venéreas, como a sífilis. Sabe-se que o medicamento apresenta uma
solubilidade extremamente baixa, que a suspensão injetável tem alta concentração
da droga, e que os níveis séricos são muito baixos, porém prolongados. Explique o
porquê da intensa dor e por que a quantidade no sangue é tão baixa, porém contínua.
R: A extrema baixa solubilidade dificulta a difusão do medicamento que acaba
apresentando um espalhamento lento a partir do local de administração. Isso explica
porque o medicamento não atinge altos níveis séricos, que são mantidos baixos por
tempo prolongado. A alta concentração da droga e sua permanência prolongada no local
da aplicação explica a dor aguda e persistente.
b) Para o preparo de 5 mL a 0,3 Osm serão necessários 1,5 ml. Veja cálculo:
C1 .V1 = C 2 .V 2
1,0 × V1 = 0,3 × 5 → V1 = 1,5 mL
21. O tempo de duração de um anestésico local é determinado pelo tempo que o fármaco
permanece no local de ação, em contato com as fibras nervosas, sem ser difundido para
a corrente sanguínea. Com base nos parâmetros que influenciam a difusão de solutos,
discuta como um laboratório farmacêutico pode aumentar o tempo de duração de um
anestésico local.
R: Lembrando que...
Fluxo: J = -D.A.∆C ou J = P.∆C
∆x
Coeficiente de difusão: D = KT .
6πrη
absorção?
c) Em que região do trato gastrintestinal a absorção do Captopril é favorecida?
No estômago:
pKa = 3,7 1,2 = 3,7 + log (A/D)
A/D = 10-2,5 A= 10-2,5 D → A= 0,00316 D
A+D = 100% A= ?%
0,00316D + D = 100 A = 0,32%
D = 99,68% Perc. Ionização = 0,32%
No intestino:
pKa = 3,7 6,5 = 3,7 + log(A/D)
A/D = 102,8 A= 102,8 D
A+D = 100% A= ?%
J = 2×10-5cm x 1×10 -4
cm2 x (10 – 0) mg
s mL
HA ↔ H+ + A- Ka = [H+] × [A -] pH = 5
[HA] [H+] = 10-5
26. O ácido glicólico é uma substância muito utilizada em produtos dermatológicos para
melhorar a aparência e a textura da pele, no tratamento de acnes e pele ressecada,
manchas, podendo até ser usada no peeling químico. Este fármaco é um alfa-
hidroxiácido, encontrado naturalmente em frutas como a cana-de-açúcar e o abacaxi.
Normalmente, o ácido glicólico é encontrado a 70% em solução alcoólica ou em gel,
cujo pH = 0,6. (Dados: pKa = 3,83; MMác. glicólico = 76g/mol; MMglicolato = 98g/mol)
R: a) Como, para o uso dermatológico doméstico, o pH do ácido deve estar entre 3,0 e
5,0, o máximo de base que pode ser adicionado é de 8,627 mols, considerado o volume
a) Resolução:
Inicialmente...
-
0,6 = 3,83 + log (Gli
/ 9,21) Ác = 9,21 mols
- -3 -
Gli = 5,42×10
mols em 1L Gli = 5,42×10-4 mols
Acrescentada a base...
5,0 = 3,83 + log 5,42×10-4 + b . → 5,42 × 10 -4
+ b .= 14,79
b 9,21 – 9,21 –b
b = 8,627 mols
b) Resolução:
[Ác]inicial = 70% p/v → 9,21 M
9,21mols de Ác. Glicólico – 8,627 mols de base = 0,583 mol de Ác. Glicólico restante
0,583 mol em 1L → 44,31 g/L → 4,43%
Concentração varia de 70% para 4,43%
Quanto menor o seu tamanho, maior é o fluxo difusional da substância. Dessa maneira,
o ácido glicólico é o preferido entre os demais AHA’s, pois é o alfa
-hidroxiácido de
menor tamanho molecular, sendo assim, o que mais rápido se difundirá pela pele.
28. Uso cosmético do ácido glicólico requer concentração entre 2 a 10% e parapeelings de
30 a 70%. Em pH = 6,0, o ácido glicólico é um excelente agente hidratante. No entanto,
à medida que o pH aumenta, diminui a capacidade hidratante. Em valores de pH mais
ácidos, como, por exemplo, pH = 3,8, o ácido glicólico torna-se um agente esfoliante e
despigmentante. Explique porque dessa diferença. (Obs.: Consulte os dados das
questões anteriores e os resultados para a resolução desta).
R: Como já calculado na questão anterior, observa-se que:
pH = 0,6 → Ác 70% → 9,21 mols Ác / 0,000542 mols Glicolato
31. Um indivíduo que se queixava de cefaleia, alterações visuais, náuseas e vômitos foi
diagnosticado com hipertensão intracraniana. Como tratamento, foi indicado o uso de
manitol 20%, 1908 mOsm/L, intravenoso.
a) Para que o medicamento tenha eficácia, é recomendado que o paciente receba uma
dose média de 500 mL a cada 24 horas. Um indivíduo recebe infusão IV de
exatamente 84 mL por dose. Ao final do dia, quantos gramas de manitol terão sido
administrados?
a) Resolução:
Cálculo das doses diárias: 500 mL / 84 mL = 5,95 doses → 6 doses por dia.
b) Comentário:
O manitol, um álcool derivado da manose, é um agente hiperosmolar, já que sua
osmolaridade, de 1,908 Osm/L, é bem superior à osmolaridade celular, de 0,3 Osm/L.
Ao aumentar a osmolaridade sérica, o composto promove a reabsorção do líquido
cefalorraquidiano, que se difunde do meio menos concentrado para o mais concentrado,
contribuindo para reduzir a pressão intracraniana. Ele também é um diurético osmótico,
uma vez que não é reabsorvido no túbulo renal e, portanto, induz a diurese por aumentar
a osmolaridade do filtrado glomerular.
a) Resolução:
pH = - log (1,07 x 10-7)
pH = 6,97
b) Resolução:
0,06mmol________5 mL
x mmol________1000 mL
x =12mmol.L⁻
35. Do ponto de vista farmacêutico, uma formulação deve ser compatível com os princípios
ativos, aditivos especiais, não ser irritante, nem se degradar. Além disso, deve
apresentar estabilidade, que é a capacidade que o produto tem num determinado período
de tempo, do inicio ao final de sua vida útil, e em determinada embalagem, de manter as
mesmas propriedades e características que tinha no momento em que finalizou a sua
fabricação, por meio de um procedimento padronizado. O Cetaconazol é um agente
antifúngico, que pode ser incorporado em diferentes formas farmacêuticas, como por
R: O farmacêutico pode valer-se de uma solução ácida, por exemplo, de ácido cítrico,
para corrigir este valor de pH elevado. A adição do ácido cítrico aumentará a
concentração de H+ na formulação, abaixando pH (pH= -log[H+]), que ficará próximo
da faixa requerida para a ação e estabilidade do fármaco.
CH3COOH ↔ CH 3COO- + H+
37. Medicamentos que são administrados por via intravenosa devem possuir pH neutro e
serem isotônicos. Durante o preparo de uma solução de Buscopan® para ser
administrado via intravenosa, houve pequeno erro de concentração e a solução tornou-se
levemente hipotônica, sem grande diferença do que seria a isotonicidade ideal. Esse
medicamento foi administrado por via intravenosa em um paciente internado que
imediatamente apresentou reação ao fármaco, sendo esta uma resposta não proveniente
de alergia e sim à leve hipotonicidade da solução farmacológica. Ainda assim, o
paciente se recuperou sem danos sérios. Explique porque essa reação não causou sérios
danos à saúde do paciente.
39. Desodorantes e talcos para os pés são amplamente produzidos pelas indústrias
farmacêuticas. A bromidrose é o suor com cheiro desagradável, que ocorre nas axilas ou
nos pés. A causa é a atuação de bactérias presentes nestas regiões sobre o suor,
provocando o odor característico. Explique, com base nos conhecimentos biofísicos,
como são formulados esses produtos.
R: Esses produtos possuem em sua composição carbonatos e outras substâncias básicas,
40. Soro fisiológico é uma solução isotônica em relação aos líquidos corporais que contém
0,9%, em massa, de NaCl em água destilada. Um farmacêutico precisa preparar 300 mL
de uma solução de soro fisiológico a partir de uma solução NaCl 30% (p/v). Qual
volume de partida ele deve usar?
R: Deve-se usar 9 mL como volume de partida.
C1V1 = C2V2
30% x V1 = 0,9% x 300 mL
V1 = 9 mL
R: O enfermeiro deve escolher o frasco de concentração 1,2% p/v, já que cada dose que
o paciente irá receber deve ter aproximadamente 1,2g de dipirona.
42. Um paciente chega ao hospital com dor de cabeça, febre, dor de garganta, entre outros
sintomas. Foi diagnosticada uma amigdalite bacteriana. Como forma de tratamento, o
médico prescreveu o antibiótico amoxicilina, que deveria ser consumido de 8 em 8
horas, na dosagem de 500 mg, durante 5 dias. Na hora de comprar o produto, o paciente
depara-se na farmácia com um frasco que possui 200 mg de princípio ativo a cada 5 mL
da solução. Qual é o mínimo volume que o paciente deverá comprar para realizar todo o
tratamento?
200mg-----------5 ml
7.500mg--------x → x = 187,5 mL
43. Uma paciente deu entrada no pronto socorro, com quadro de desidratação, após ter
dormido dentro de uma sauna. Calcule o volume e a os molaridade dos LIC e LEC dessa
paciente, antes e depois do ocorrido. Considere que a paciente pesa 60 kg e que a
Antes da desidratação:
45. Para pacientes muito alcoolizados, recomenda-se o uso de glicose. Porém, a via para a
administração da mesma depende da osmolaridade da solução. Para valores de
osmolaridade abaixo de 0,9 Osm, utiliza-se a via periférica, enquanto para valores
acima disso se utiliza o acesso central. Foi prescrito para um paciente de 70 kg, 4 litros
de solução de glicose a 10% m/v. Qual será o acesso a ser utilizado?
R: Deverá se utilizada a via de acesso periférica, pois a osmolaridade da solução de
glicose é menor que 0,9 Osm. Veja cálculo da osmolaridade da solução:
10g-------100 mL 1Mol de glicose------180g
x¹--------1000 mL x²------------------100g
x¹ = 100g x² = 0,56 mol de glicose.
46. Certo paciente procura um dentista com queixa de dor de dente. Segundo ele, a dor
havia começado há poucos dias, mas, acreditando não ser nada sério, aplicou xilocaína
(um anestésico local). Num primeiro momento, a dor foi aliviada, entretanto, passado
algum tempo, o paciente percebeu a formação de pus no local e que o fármaco já não
estava surtindo efeito. O dentista o avaliou e percebeu que se tratava de um abscesso
periodontal (inflamação purulenta nos tecidos que envolvem o dente). Sabendo que o
processo inflamatório reduz o pH no local inflamado (pH pus = 4,5 a 5,5), explique o
R:
7,84 10 4 g
c
98L 100 L
% 1
100 L málcool 98 10 8,0 10 7,8 10 g 7,8 10 2 g / L
3 4
a)
5,6 10 4 g
c
70 L 100 L
% 1
100 L málcool 70 10 8,0 10 5,6 10 g 5,6 10 2 g / L
3 4
b)
200
d) 100 28,6%
700
M 1V1 M 2V2 m
n
M 1 50 10,1 5,2 M 1,05 5 5,25m o/ L MM
M 1 1,05mol / L m 5,25 40 210 g
0,5mL 0,005dL
R: 0,7mg
140mg / dL
0,005dL
O paciente é diabético, porque sua glicemia é superior ao valor de referência (99
mg/dL).
c) Foi prescrita uma injeção de heparina com dose inicial de 7500 UI (Unidade
Internacional) para um paciente cardíaco adulto e, em seguida, uma infusão de
20000 UI/dia. A unidade de saúde possui um frasco de heparina na concentração
de 5000 UI/ 5mL. Qual volume, em mL, deve ser administrado ao paciente no
R:
20 gotas 1mL 50.000mg 100mL
a) 30 gotas x x 1,5mL
x 1,5mL x 750mg
5000mg → 100mL
b) 200mg → x
x = 4mL
a) Qual será o vol ume, em mL, da solução de HCl 1 mol/L necessário para se obter
100 mL de HCl com pH=4?
R:
a)
HCl pH 4
1× Vi = 10-3 1
3 = - log H +
Vi = 10-3 L = 1mL
[H + ] = 10 -3 mol/L
1
b) Diluição = -3
= 103 = 1.000 vezes
10
51. Uma titulação de 50 mL de ácido acético 0,1 mol/L (CH3COOH, ácido fraco)
com NaOH 0,1 mol/L foi realizada, registrando-se os volumes de NaOH gastos em
2 momentos da titulação: 1) quando o pH da solução titulada atingiu o pKa do
ácido acético e 2) no término da titulação (ponto final). Em seguida, foi feita uma
outra titulação de 50 mL de ácido clorídrico 0,1 mol/L (ácido forte) com NaOH 0,1
mol/L, anotando-se os volumes de NaOH gastos da mesma forma realizada na
titulação anterior (quando pH da solução titulada= pKa do ácido acético e no ponto
final da titulação). Com base nessas informações e em outras sobre o assunto,
responda:
Dado: Ka ácido acético = 1,6 x 10-5
a) Qual o pH das soluções iniciais (CH3COOH 0,1 mol/L e HCl 0,1 mol/L,
respectivamente)?
R: a)
-1
HCl : pH = -log [10 ]
pH = 1
[H ] 1,6 10 -6
+ pH = 3 - 0,1 = 2,9
= ×
[H + ] = 1,26 × 10 -3 mol/L
c)
Quando pH= pKa do CH3COOH, o VNaOH para a titulação do CH3COOH é MENOR
do que o VNaOH para a titulação do HCl. No ponto final, o VNaOH para a
titulação do CH 3COOH é IGUAL ao VNaOH para a titulação do HCl. Quando
d)
pH solução inicial :
pH = pKa CH3COOH:
pH no ponto final:
1n → 2 n
H 2SO 4 NaOH
0,1× 50 = 2(0,1× V)
V = 25 mL
Acidez aparente: é determinada por técnicas que não afetam as quantidades dos
íons H+ presentes na solução, por exemplo, medições com pHmetro e fita de papel
+
indicador. Essa acidez reflete, assim, a concentração de H presente na solução no
momento da determinação do pH.
0,009
n Na 2 HPO4 = 0,2 × 0,045 = 0,009 mol pH = 6,8 + log
0,011
n NaH2PO4 = 0,2 × 0,055 = 0,011 mol
pH = 6,8 - 0,1 = 6,7
b) Qual é a quantidade de borato (em mol) que deve ser adicionados a 200,0 mL
da solução de ácido bórico (0,15 mol x L-1) para obter um tampão de pH 9,0?
d) Qual será o volume máximo de HCl 0,1 mol/L que poderá ser adicionado ao
tampão srcinalmente preparado de modo que sua capacidade de
tamponamento seja mantida?
R:
n NaH 2 BO3
9,0 9,1 log
0,03
n NaH 2 BO3 n NaH BO 0,03 0,79
b) - 0,1 log 2 3
0 ,1
n NaH 2 BO3
10
0,03
pH 9,1 log 0,054 0,01
0,018 - 0,01
0,064
pH 9,1 log
0,008
pH 9,1 0,9 10,00
0,09 - n H
0,09 - n H 0,1
8,1 9,1 log 0,03 nH
0,03 nH
d) 0,09 - n H 0,003 0,1nH
0,09 - n H
log 1 1,1 nH 0,087
0,03 nH
nH 0,079 mol
0,079
0,1
VHCl
0,079
VHCl
0,1
VHCl 0,79 L ou 790 mL
e)
O pH não será alterado, porque, quando se adiciona água, o número de mols do
aceptor e do doador não são alterados.
30
pH 6,14 log
b) 1,5
pH 6,14 1,3 7,44
30 - 5
pH 6,14 log
1,5 5
25
c) pH 6,14 log pH = 7,44 - 6,72 = 0,72
6,5
pH 6,14 0,585 6,725
a. Sabendo que o pKa do ácido benzóico é 4,2, você diria que este ácido é fraco?
Justifique a sua resposta.
R: a)
pKa = 4,2 [H + ][C 6 H 5 COO- ]
Ka =
K a = 6,31×10 -5
[C H COOH]
6 5
Como o Ka do ácido benzóico é pequeno, pode-se afirmar que esse ácido ioniza
pouco, porque, em um determinado meio, há uma grande quantidade de
C6H5COOH e uma pequena quantidade de H+ e C 6H5COO-. Assim, pode-se dizer
que o ácido benzóico é fraco.
C6 H 5COO-
b) pH = 4,2 + log
C6 H 5 COOH
R:
kT C
D (Equação de Stockes-Einstein) J DA (1ª Lei de Fick)
6r x
b)
Área da superfície da membrana (A): Quanto maior a área da membrana, maior é a
velocidade do fluxo de difusão. Espessura da membrana (∆x): Quanto maior a
espessura da membrana, menor é a intensidade do fluxo de difusão. Viscosidade do
meio ( ): Quanto maior a viscosidade da membrana, menor o coeficiente de
difusão e, assim, também será menor o fluxo de difusão.
Sendo:
P1-P2 = gradiente de pressão na
membrana
b) O valor encontrado para a D LCO do paciente está abaixo da faixa normal de D LCO
(20 a 30 mL/min x mmHg). Como ele apresenta enfisema pulmonar, pode-se
relacionar essa diminuição da D LCO com a diminuição da área de superfície
pulmonar (“A” da Lei de Fick).
J pA (Ci - C e )
J [8 cm / s 10 6 cm 2 (-300mol/L)
300 mol 1000 mL 300 mol
J 8 10 6 cm3 / s
1000 cm 3 0,001 mL x
J 8 10 6 cm 3 / s 3 10 1 mol / cm 3 x 3 10 -4 mol
7
J 24 10 mol / s
J 2,4 10 6 mol / s
2,4 10 -6 mol 1s
3 10-4 mol x
x 125 s
R: a)
b)
c)
vii. H2O: 0,082 298 0 0 atm . A água não exerce pressão osmótica.
viii. NaCl 0,2 Osm: 0,082 298 0,2 4,89 atm . Essa pressão será
confirmada em uma situação real, porque o fluxo osmótico previsto
indiretamente pela pressão osmótica teórica não será alterado em uma
situação real.
ix. NaCl 0,4 Osm: 0,082 298 0,4 9,78 atm . Essa pressão será
confirmada em uma situação real, porque o fluxo osmótico previsto
indiretamente pela pressão osmótica teórica não será alterado em uma
situação real.
x. NaCl 0,6 Osm: 0,082 298 0,6 14,67 atm . Essa pressão será
confirmada em uma situação real, porque o fluxo osmótico previsto
indiretamente pela pressão osmótica teórica não será alterado em uma
situação real.
xi. Ureia 0,6 Osm: 0,082 298 0,6 14,67 atm . Essa pressão não
será observada em uma situação real, porque o fluxo osmótico previsto
indiretamente pela pressão osmótica teórica será maior do que o
observado em uma situação real. Assim, em uma situação real, a
pressão osmótica observada será menor do que a calculada
teoricamente.
xii. NaCl 0,2 Osm + Ureia 0,2 Osm: 0,082 298 0,4 9,78 atm . Essa
pressão não será observada em uma situação real, porque o fluxo
osmótico previsto indiretamente pela pressão osmótica teórica será
maior do que o observado em uma situação real. Assim, em uma
situação real, a pressão osmótica observada será menor do que a
calculada teoricamente.
a) Durante uma aula prática de Biofísica sobre tonicidade, seis soluções foram
apresentadas aos alunos em tubos de ensaio. Complete a tabela seguinte com as
informações sobre essas soluções (considere Φ = 1 para todos os solutos).
1)Água 0 hiposmótica
2) NaCl 1 0,05 hipotônica
3)NaCl 0,30
4)NaCl 0,30
5)Ureia 0 0,30
0,60M (solução
6) Mistura de 0
inicial de ureia)
10mL de Ureia (ureia)
-0,30M (solução
com 10mL de 1
inicial de NaCl)
NaCl (NaC)l
c) Com base na tabela preenchida no item a, formule uma regra geral para solutos
não permeantes relacionando Osmoticidade e Tonicidade.
A Molaridade da mistura na última linha da tabela é obtida pela soma das Molaridades
parciais de NaCl e de ureia na mistura. Quando misturamos volumes iguais das soluções
de NaCl e ureia, a concentração de cada substância na mistura cai pela metade devido à
diluição: é como se o volume de cada solução inicial dobrasse. Temos então:
A Osmolaridade da mistura pode ser calculada de forma análoga: trata-se da soma das
soluto não permeante é isosmótica, ela será também isotônica em relação a células; se a
solução do soluto não permeante é hiposmótica, ela será também isotônica em relação a
células; se a solução do soluto não permeante for hiperosmótica, ela será também
hipertônica em relação a células.
Em um homem de 80,0 kg, VIC é 32,0 L e VEC, 16,0 L. Ao se ingerir 1,00 L de uma
solução 0,100 M de NaCl, altera-se o volume e a osmolaridade do líquido extracelular
de tal forma que ocorrerá movimento de água através das membranas celulares do meio
hiposmolar para o meio hiperosmolar. O movimento de soluto não ocorre, porque o
NaCl não é capaz de atravessar as membranas celulares.
O primeiro passo para a resolução deste exercício é, portanto, o cálculo do novo volume
1,00 L x 0,100 osm / L = 0,100 osm→ partículas que vieram da solução ingerida.
0,100 + 4,80 = 4,90 osm→ total de partículas no meio extracelular após a ingestão.
A ingestão da solução em questão fez com que o meio extracelular ficasse ligeiramente
hipotônico (0,288 Osm) em relação ao meio intracelular que, inicialmente, permanece
com concentração de 0,300 Osm. Logo, o fluxo de água ocorrerá do meio extracelular
para o intracelular.
Organizando o raciocínio:
Substituindo:
X = 0,441
Portanto, já sabemos que os volumes finais intra e extracelular são 32,441 L e 16,559 L,
respectivamente.
Para descobrir o valor de C2, isto é, da concentração final nos meios intra e extracelular,
basta substituir o valor encontrado para VIC na equação referente ao meio intracelular
ou o encontrado para VEC na equação correspondente ao meio extracelular. Fazendo
isso, encontra-se uma concentração final de equilíbrio de 0,296 Osm que é ligeiramente
menor que a osmolaridade inicial dos compartimentos biológicos (0,300 Osm).
65. Em crianças com diarréia, pode ocorrer uma severa desidratação. Em 24 h, essas
crianças podem perder água na proporção de 100 mL/Kg de peso corporal e 90 mmol de
Na+/L de água perdida (os íons K+ e Cl- são também perdidos nessa proporção). Nessa
situação, a OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda a ingestão da solução de
Sais para Reidratação Oral (SRO). Nas primeiras 4h, érecomendável que uma criança
de 20 Kg ingira 1.500 mL dessa solução. A composição da solução de SRO é a
seguinte:
R:
a)
NaCl:
KCl:
Citrato trisódico:
Glicose:
b)
c)
323,5 mOsm 1L
2400 mOsm Vintra final
Vintra final 7,4 L
67. Uma doença inflamatória grave foi detectada em um indivíduo, sendo recomendado
o uso da nutrição parenteral para o seu quadro. Nesse tipo de nutrição, uma solução
nutriente é infundida por via intravenosa em um acesso periférico (pequena veia,
geralmente no braço) ou central (grande veia com alto fluxo sangüíneo). Um dos
e) Caso a velocidade de infusão fosse 10 vezes maior (1000 mL/h), quais seriam as
implicações na distribuição de líquidos no organismo do indivíduo?
R:
M 0,60 mol/L
OSM M x
OSM 0,6 2 1,2 Osm/L
b) Como o NaCl 3,5% é hipertônico aos tecidos do organismo (1,2 Osm/L), ele
irá provocar um fluxo de água para fora do compartimento intersticial do tecido,
revertendo, assim, os edemas corporais. O quadro de hiponatremia sérica também será
revertido, porque o NaCl 3,5% está sendo injetado diretamente na corrente sanguínea,
fornecendo Na+ para o plasma sanguíneo.
68. .
a)
400 g 2,4L
166,67
Glicose: x g 1L n 0,93 mol/L
x 166,67 g/L 180
OSM 0,93 1
OSM 0,93 ou 930 mOsm/L
NaCl 33,5 67
NaCH3COO 33,5 67
MgSO
2,14 4,2
b)
c)
d)
e)
f)
70. Uma substância cujas concentrações intracelular e extracelular são iguais está em
equilíbrio? Justifique detalhadamente sua resposta com base nas forças que podem
agir sobre partículas carregadas ou não carregadas localizadas no líquido
extracelular (LEC) e líquido intracelular (LIC).
R: Não necessariamente. Uma partícula carregada sofre ação de duas forças: elétrica e
de concentração. Desta forma, não basta não haver força de concentração (as duas
c) O transporte ativo (TA) ocorre com gasto de energia contra gradientes de potencial
eletroquímico e o passivo, sem gasto de energia e a favor dos gradientes de potencial
eletroquímico.
c.2) Classifique o transporte realizado pela proteína da membrana apical das células
b) MgSO4 libera íons magnésio (Mg2+). Tais íons, por serem bivalentes como os íons de
cálcio (Ca2+), competem, por excesso de substrato, com os íons Ca+2 para entrar nas
terminações nervosas através dos canais de cálcio que são seletivos para íons bivalentes.
Tal competição resulta em menor entrada de cálcio nas terminações. O efeito final é a
inibição da neurotransmissão que culminaria na contração do músculo esquelético.
Portanto, doses adequadas de sulfato de magnésio, revertem o sintoma crítico da
- ADP + Pi → ATP
Esse processo é conhecido como cadeia respiratória e sua ocorrência é fundamental para
a síntese de ATP.
c) O íon cianeto (CN-), substância conhecida pelo seu caráter letal quando em
organismos vivos, é um íon que bloqueia o transporte de elétrons realizado pela última
proteína da cadeia respiratória (complexo IV ou citocromo oxidase). Cite a principal
implicação do uso dessa substância.
muito estudado pelos pesquisadores. O Prêmio Nobel da Química do ano de 2003 foi
atribuído a Peter Agre pela descoberta das aquaporinas.
b) Se a água tem trânsito livre na membrana, qual o papel fisiológico das aquaporinas?
d) Com base na resposta ao item c, como você modificaria a resposta dada no itemb,
e) O principal sintoma dessa doença é a eliminação excessiva de água pela urina já que
faltam aquaporinas para promover reabsorção de água nos néfrons. Outra causa para
esse sintoma seria a hipofunção da glândula secretora do hormônio que recruta
aquaporinas para as membranas (vasopressina). Outra causa seria a ausência ou defeito
no receptor desse hormônio nas células onde ele atua.
77. . Os ionóforos são agentes químicos que interagem com as membranas biológicas e
promovem o transporte de íons. São utilizados amplamente como antibióticos que,
misturados na ração de ruminantes, eliminam certas bactérias fermentadoras que
prejudicam a digestão e, consequentemente, crescimento desses animais. O
mecanismo de ação dos ionóforos não está completamente estabelecido. Uma hipótese
é a de que eles fornecem poros hidrofílicos na membrana celular permitindo o fluxo
passivo de íons.
78. Uma das formas de comunicação entre diferentes partes de um organismo multicelular
+
80. Considerando uma célula no estado estacionário com concentrações de K de 158
mM; Na+, 12 mM; Cl-, 4mM; em uma solução com K+ a 4 mM; Na+, 124 mM; Cl-, 128
mM, responda:
Dados: Os resultados devem ser arrendondados para o número inteiro mais próximo.
Vm = -87 mV; R = 8,31 J.K-1.mol-1; F = 96500 C.mol-1; t = 20oC. Equação: Vs =
[R.T.ln (Cse / Csi)] / Z s .F.
+ +
+
O fluxo de eletrodifusão para os íons que não estão em equilíbrio (Na e K+) pode ser
calculado comparando-se o potencial eletroquímico de cada íon dentro e fora da célula.
Assim:
μK+ i – μK+ e = +1 x 96500 x (-87 + 93) > 0 → μK+ i – μK+ e > 0 → μK+ i > μ K+ e . Como o
fluxo ocorre do local de maior potencial para o de menor, conclui-se que o +Kflui do
meio i ntracelular para o meio extracelular.
81. Calcule a relação entre as condutâncias (g) dos íons K + e Na+ numa célula cujo
potencial de membrana depende apenas dos íons Na+ e K+ e vale – 88 mV. Considere:
ENa+ = + 58,8 mV; EK + = - 92,7 mV e a relação: Is = gs x ( E m – Es ), onde “s” representa
uma substância qualquer, como o Na + ou o K+. Desconsidere a contribuição da bomba
de Na+/K+ na formação do potencial de membrana.
Temos, então:
82. Em uma célula não excitável cujo Em é determinado essencialmente pelo íon K+,
+
como varia Em se a concentração externa de K diminui de 10 mM para 4mM?
R: Fica mais negativo. Se Em é deter minado apenas pelo K+, E m acompanha as variações
no EK+. Reduzindo-se a concentração externa de potássio, podemos concluir, através da
fórmula abaixo, que o EK+ diminui “puxando” consigo o E m.
Es = [ ( - R x T ) / ( Z s x F ) ] x ln ( Csi / Cse )
responsável pela formação do platô, qual deve ser a diferença entre a membrana das
células que apresentam platô e a de células que não apresentam?
b) Uma das proteínas de membrana presentes nos cardiomiócitos e que
desempenha função importante nessas células é o trocador Na + - Ca2+. Obviamente, esse
transportador também está presente em outros tipos celulares, mas exerce função muito
especial nos cardiomiócitos comuns e fibras de Purkinje. Considerando a existência da
fase de platô no potencial de ação dessas células, que função especial poderia ser
atribuída ao trocador Na + - Ca+2?
c) O transportador mencionado no item anterior (trocador Na +-Ca2+) realiza um
+
transporte ativo secundário energizado pelo gradiente eletroquímico do Na através da
membrana. Sua peculiaridade é a possibilidade de funcionar e m intensidades diferentes
e, até mesmo, em dois sentidos (tanto pode colocar Ca +2 para dentro da célula, como
pode remover esse íon do meio intracelular) dependendo das condições eletroquímicas
dos íons envolvidos no transporte. Intensidade e sentido do transporte podem ser
previstos por relações matemáticas: FD = E m – 3E Na + 2E Ca. Se a força diretora para o
transporte (FD) é negativa, ocorre efluxo de Ca+2 e influxo de Na+; quando FD é
positiva, o transporte ocorre em sentido contrário. Quanto maior o módulo da força
diretora, maior o fluxo iônico.
2) Célula durante o platô (fase 2) do potencial de ação ([Ca2+]i = 0,8 M, Em = -10
mV).
Considere: [Na+]i = 8 mM, [Na+]e = 140 mM, [Ca2+]e = 1,5 mM, 37 oC.
FD = Em – 3ENa + 2E Ca
O valor negativo encontrado nos indica que a bomba funciona no sentido de influxo de
sódio e efluxo de cálcio.
2) Célula durante o platô (fase 2) do potencial de ação ([Ca2+]i = 0,8 M, Em = -10
mV).
FD = Em – 3ENa + 2E Ca
Mantém a direção de influxo de sódio e efluxo de cálcio, mas com menor intensidade,
pois o módulo da força diretora é menor.
- -
E mr do valor limiar. Desta forma, um estímulo maior é necessário para deflagrar um PA.
A probabilidade de despolarizações neuronais ocorrerem “fora de hora” (convulsão) é
menor.
85. A maioria das células apresenta uma diferença de potencial elétrico através da
membrana mantida praticamente constante ao longo do tempo (potencial de membrana
de repouso). Nas células excitáveis, esse potencial de repouso possui magnitude
suficiente para permitir a ocorrência do potencial de ação, forma de comunicação entre
as células excitáveis.
b) O Na +, pois este íon é o que está mais longe de seu equilíbrio (tem maior força
diretora), já que o potencial de membrana está muito longe de seu potencial de
equilíbrio.
e) E m volta aos níveis do repouso devido a fluxos passivos (de eletrodifusão) de íons
pelos canais permanentemente abertos. Esses fluxos são os mesmos que acontecem no
repouso e são os responsáveis pelo ajuste do E m.
b) Sabe-se que em algumas situações, como isquemia ou intoxicação por metais pesados
R: a)
c) Fase de despolarização.
d) Na fase de despolarização.
b) Inferior. Porque, nesse momento, assim como durante toda a fase de despolarização,
embora a permeabilidade da membrana ao Na+ aumente muito, a membrana não se
torna totalmente permeável a esse íon.
ou aberta).
b) Considere os seguintes valores para os potenciais de membrana:
Para cada valor de potencial de membrana apresentado, indique o estado mais provável
em que se encontram os canais de Na+.
o +20mV (limiar) < Em < +50mV (pico do potencial de ação) → estado aberto.
estímulos; por mais fortes que os estímulos sejam não se consegue gerar um novo
potencial de ação. Isso ocorre porque, nesse período, uma fração considerável de canais
de Na+ encontra-se inativada por voltagem. Poucos canais de Na+ estão fechados e,
portanto, apenas esses poucos podem responder ao estímulo, mas não são suficientes
para deflagrar potencial de ação.
91. Considere o sistema, separado por uma membrana semipermeável, onde as proteínas
(o grupo R-) e os íons sódio NÃO são difusíveis. As concentrações dos dois lados da
membrana, no equilíbrio, são as indicadas.
Compartimento A Compartimento B
145 mM Na + 15mM Na +
30 mM R- 156 mM R-
5 mM K + YmM K +
X mM Cl - Z mM Cl -
R: Dois princípios devem ser obedecidos para a resolução deste exercício: princípio da
iso-osmolaridade para aqueles íons que podem atingir o equilíbrio entre os
compartimentos e princípio da neutralidade dentro de cada compartimento.
Considerações:
Quantidade de cargas = q.
= potencial eletroquímico.
q-(A) = 30 + X.
o K +(A) = o K+ + ( R x T x ln CK +(A) )
o Cl -(A) = o Cl- + ( R x T x ln CCl- (A) )
Simplificando, temos:
Simplificando, temos:
Simplificando, temos:
q+(B) = 15 + Y
q-(B) = 156 + Z
Compartimento A Compartimento B
145 mM Na 15mM Na
-
30 mM R 156 mM R-
5 mM K + 145,13 mM K +
120 mM Cl - 4,13 mM Cl -
Enunciado 1 – A dor pode ser definida como uma sensação desagradável, criada
por um estímulo nocivo, e que atinge o sistema nervoso central por meio de vias
específicas. Estas vias são compostas de neurônios sensitivos que se comunicam através
das sinapses de modo a levar a informação dos nociceptores (“receptores da dor”) até o
centro de integração, onde ocorre de fato a percepção da dor, ou seja, onde o estímulo
doloroso torna-se uma sensação consciente.
92. A dor rápida, descrita como aguda e localizada, é transmitida rapidamente por fibras A-
δ (A-delta), que são fibras pequenas e mielinizadas. A dor lenta, descrita como difusa e
espalhada, é levada por fibras C que são pequenas e desmielinizadas.
Velocidade de
Tipo de Fibra Nervosa Diâmetro (µm) Mielinização
Condução (m/s)
fibras A-δ 3a6 presente 15 a 35
fibras C 0,3 a 1,3 ausente 0,7 a 1,3
R: Quanto ao diâmetro:
Quanto à mielinização:
Embora os nódulos de Ranvier permitam uma condução saltatória e, por isso,
rápida, a corrente que chega ao nódulo implica em: despolarização de membrana,
abertura de canais de Na+, influxo de Na+ no axônio e reforço da despolarização que, se
por um lado evita o decaimento do sinal, mantendo a amplitude do Potencial de Ação,
por outro torna mais lento o fluxo da corrente. Assim, os nódulos são necessários, mas
quanto maior a extensão mielinizada, mais rápida será a condução.
Conclusão:
Como as fibras C têm menor diâmetro e não se apresentam envolvidas pela
bainha de mielina, elas conduzem o Potencial de Ação com menor velocidade que as
fibras A-δ (A-delta), que têm maior diâmetro e são mielinizadas.
93. Ao caminhar descalço pela praia na noite de Ano Novo, você pisa em um caco de vidro
bastante fino e pontiagudo, resto de uma garrafa de champagne. Primeiro, você sente
uma dor aguda (dor rápida), exatamente no local onde o vidro penetrou o pé, seguida de
uma dor latejante (dor lenta) persistente.
a) Com base no que foi dito sobre as fibras nervosas aferentes, por que primeiro se sente
a dor aguda e só depois é que vem a dor latejante?
b) Como um estímulo nocivo no pé pode ser percebido como dor no SNC, na cabeça,
distante 1,70 metros do local da lesão tão rapidamente? Explique isto através de uma
comparação entre potenciais graduados e potenciais de ação.
a) R: A dor aguda é sentida primeiro porque usa vias aferentes cujas fibras são do tipo
A-δ (A-delta), que são cerca de 30 vezes mais rápidas na condução do Potencial de
Ação do que as fibras C, que constituem as vias da dor latente.
como as suturas, até outras menos comuns como as traqueostomias. Vejamos, então, um
pouco do mecanismo de ação desses anestésicos.
Os anestésicos locais agem reduzindo a permeabilidade ao sódio nas membranas
excitáveis, porque estes canais iônicos funcionam também como receptores para o
anestésico. Trata-se dos canais voltagem-dependentes que mudam de conformação
segundo variações no potencial de membrana. Quando os canais estão na conformação
“aberta” ou “inativada”, a ligação dos anestésicos locais aos canais de Na+ é favorecida.
94. Proponha um possível mecanismo de ação para os anestésicos locais que explique como
este fármaco evita a sensação da dor no local de aplicação.
R: Os anestésicos locais se ligam ao canal de sódio bloqueando o mesmo, disso resulta
que os canais se tornam “impermeáveis” ao sódio. Ainda que se produza um estímulo
supralimiar, não haverá o influxo de sódio necessário à despolarização súbita que
deflagra o potencial de ação, logo, este não ocorre. Desse modo, não haverá propagação
do impulso elétrico que informaria o estímulo doloroso.
97. Qual o impacto do uso dos anestésicos locais sobre a excitação das terminações
nervosas?
R: Como a cada despolarização/excitação da membrana menos canais estão
“disponíveis” para o influxo de Na+, há redução da excitabilidade das terminações
nervosas.
99. O percentual calculado no item anterior favorece a ação do anestésico local? Responda
considerando o transporte através de membranas.
R: Sim, como o AL precisa atingir seu receptor intracelular (que nada mais é que a
porção intracelular do canal de Na +), primeiro é ele difundir do local de aplicação para o
interior do neurônio, através da membrana. Logo, se prevalecer a forma molecular, a
difusão será favorecida, já que a forma não-ionizada, a molecular, é mais lipossolúvel.
100. Mas, como foi dito no enunciado, a forma que interage com essa porção
Já vimos que no pH de 7,4 a tetracaína está 93% na forma molecular, que é mais
lipossolúvel e por isso difunde melhor. Ao chegar ao meio intracelular, o pH é mais
ácido e o anestésico se ioniza, liberando forma catiônica (B +) que pode se ligar ao canal
de sódio (Na+).
Central com efeitos ansiolítico e miorrelaxante, dentre outros. Hoje se sabe que essa
classe de medicamentos atua reforçando a ação de um neurotransmissor chamado
GABA (ácido gama-aminobutírico). O GABA se liga ao seu receptor na membrana pós-
sináptica e muda a conformação deste de modo a abrir canal seletivo a íons cloreto. Os
benzodiazepínicos são chamados comumente de tranquilizantes, sedativos, e são
indicados alívio sintomático da ansiedade, agitação e tensão nervosa. Dito isto,
pergunta-se:
última década, tem-se usado toxina botulínica tipo A e B como relaxante muscular, em
terapêutica de distúrbios musculares e de produção de secreções, assim como se tem
revelado muito popular em aplicações estéticas, (eliminação de rugas e imperfeições),
sendo mais conhecida como BOTOX®. Como ela exerce esse efeito de relaxante
muscular?
R: A toxina botulínica atua degradando uma proteína presente na vesícula que carrega o
neutransmissor. Essa proteína, a sinaptobrevina, é responsável por promover a fusão da
membrana da vesícula sináptica dentro do neurônio com a membrana sináptica. Em
suma, essa toxina impede a liberação do neurotransmissor na fenda sináptica e assim
interrompe a transmissão de impulsos nervosos na placa motora promovendo o
relaxamento muscular.
105. Xylestesin é o nome comercial de um fármaco usado como a nestésico local, cuja
composição química consiste em Cloridrato de Lidocaína, e o vasoconstritor, epinefrina.
A lidocaína estabiliza a membrana neuronal por inibição dos fluxos iônicos necessários
para o início e para a condução dos impulsos, efetuando deste modo a sua ação de
anestésico. Com qual objetivo é adicionado um vasoconstritor à formulação?
110. Uma mulher, 55 anos, em acidose diabética, é tratada com insulina. Essa
substância interfere no transporte de K+ gerando uma diminuição desse íon no plasma
sanguíneo. a) Essa hipopotassemia pode causar fraqueza muscular. Explique.
b) E como um enfermeiro pode atuar a fim de diminuir os efeitos da fraqueza muscular?
R:
a) A hipopotassemia (ou hipocalemia) promove a fraqueza muscular por hiperpolarizar
as células, deixando o potencial de membrana ainda mais distante do limiar para o
potencial de ação. Hiperpolarizada, a célula se torna menos excitável, e xplicando a
fraqueza muscular. Tal hiperpolarização se deve ao aumento do gradiente de
111. A fibrose cística é uma doença genética que altera proteína CFTR (regulador de
116. Houve nos anos 90, grande interesse mundial pela irradiação de alimentos tanto
pelo público como pela indústria alimentícia, sendo hoje uma prática adotada em
diversos países ao redor do mundo, incluindo o Brasil.
117. Elementos radioativos podem emitir tanto matéria como energia. Identifique as
possíveis emissões e também as características necessárias para que ocorra cada uma
destas emissões.
Elementos que apresentam excesso de energia (ex: Ra226 e Po214) emitem partículas ,
de massa atômica 4 e carga elétrica +2. É altamente ionizante, além de apresentar
mínima penetração.
14
Já os elementos que apresentam excesso de nêutrons (ex: C ) podem emitir partículas
-, que apresentam mesma massa e carga do e-. São menos ionizantes do que as
partículas , e apresentam maior poder de penetração.
Elementos que apresentam excesso de prótons (ex: C 11) podem sofrer transformação por
emissão de partículas +, cuja massa é idêntica ao e-, porém de carga positiva. Sua
existência é extremamente curta (10 -9seg), ocorrendo logo após sua emissão o processo
de aniquilamento.
118. Os raios-X podem ser utilizados em diagnóstico, a partir das imagens formadas
quando a energia incide sobre a matéria. A qualidade da imagem formada depende da
absorção da energia associada aos raios-X.
a) Diferencie a qualidade da imagem formada quando esta incide sobre tecido ósseo
daquele visceral.
c) Quais as medidas tomadas para evitar os efeitos nocivos da exposição aos raios-X
tanto em pacientes quanto em profissionais responsáveis pela manipulação da
aparelhagem radiográfica.
Raios x duros: apresentam menor λ, maior energia, maior poder de penetração, usados
para tecidos duros.
b) Como os componentes dos tecidos podem ser alterados pelas radiações, e quais os
seus efeitos?
Estão entre os tecidos mais sensíveis estão os tecidos neoplásicos, assim como
hematopoiético, tecidos das linhagens germinativas e pele.
b) Pode haver uma ação indireta pela formação de radicais livres a partir da água
(OH*, H*), que são altamente reativos, podendo lesar diversas moléculas fundamentais
à célula. Além disso, existem os e feitos diretos sobre o DNA (como mutação, quebra de
uma das fitas, formação de dímeros da mesma fita e pareamento inadequado),
adicionados à inativação de enzimas e mudanças conformacionais em componentes de
membrana.
R: O efeito Compton ocorre naqueles casos onde a energia da radiação, como a dos
raios-X, é superior àquela necessária para ejetar um elétron das camadas mais externas,
sendo o excesso de energia desviado na forma de um fóton de menor energia. Tal efeito
é prejudicial à formação de radioimagens, visto que esse desvio de energia acaba
expondo diferentes áreas dos tecidos a diferentes quantidades de energia, tornando
sobrepostas as interfaces entre eles, além de aumentar a exposição do profissional
responsável pela realização de exames como na radioscopia.
121. Nos exames de radiografia, a incidência de raios-X nos tecidos pode gerar outras
formas de energias secundárias. Explicite quais formas de energias são essas e seus
efeitos nas chapas de radioimagens e também nos tecidos.
R: Podem ser produzidos raios X secundários devido a seu choque contra os sistemas
biológicos, que ao se espalharem prej udicam a imagem. Além disso, elétrons do
material irradiado podem absorver energia e saltar para orbitais mais externos. Na volta,
a energia é devolvida como luz visível ou UV, que é excitante dos tecidos.
11
II. O C pode ser utilizado para avaliação da atividade cerebral, assim como da
presença de diversos tumores e suas metástases. Seu decaimento é:
123. Estudos mostram que a administração por via intravenosa , como terapia
adjuvante à retirada cirúrgica de adenocarcinoma de pulmão estádio III e carcinoma
Exercícios Aplicados de Biofísica– Audrey Heloisa Ivanenko Salgado e Colaboradores 180
epidermóide de pulmão, aumenta a taxa de sobrevida (em 5 anos) dos paciente em 36
e 30% , respectivamente, quando comparado com o tratamento cirúrgico. Se 100mCi
de radioisótopo são injetados em um paciente no pós-operatório da ressecção
de um desses tumores, quanto do isótopo permanece ativo após 2 semanas se :
a) Nenhuma quantidade é eliminada do corpo por meio biológico?(T 1/2= 2,7 dias)
R: a) = λ= = 0,255 dias-1
N= 2,815mCi
-1
b) = λbio= = 0,138 dias
= = 0,138 + 0,255 = 0,393 dias-1
-0,393.(14)
N= N0. N=100e. =
N = 0,4 mCi
124. O fósforo radioativo tem como algumas de suas aplicações a detecção de tumores
oculares, câncer de pele ou tumores pós-cirúrgicos. Uma amostra de32P chegou ao
laboratório 12 dias depois de sua preparação. A atividade inicial era de 10 mCi.
a) Qual a atividade atual em KBq?
b) Qual a quantidade inicial de 32P, em gramas?
ln
A=2,072x108kBq
0,693
= = 3,36.10-5 min-1
20.592
1 mol ---------------- 32 g
0,108.10-8 mol----- X
X= 3,5 x 10-8 g
125. Um paciente recebeu uma dose de 131I e, ao fim de 10 dias, a atividade residual na
tireóide era de 12%. Calcule a meia-vida biológica do iodo na tireóide.
R: T1/2fis (131I) = 8,3 dias.
= 0,083 dias-1
ln (0,12) = . 10 = 0,21
24
126. O sódio radioativo Na que tem uma meia-vida de 15 horas é enviado de um
laboratório para um hospital, gastando no percurso 2 horas. Sabendo-se que sua
atividade deve ser de 20 mCi ao chegar ao hospital, calcule a atividade da fonte na saída
do laboratório.
R: T1/2= 15 h t=2 h A = 20 mCi A0 = ?
-λt -λ .2
A = A0 e ⇒ 20 = A0 e
-1
λ = 0,693/15 = 0,0462 h
A0 = 21,98 mCi
14
127. Em 2004, foi noticiado um estudo americano, que, por meio de datação de C,
afirmava que um assentamento indígena na Carolina do Sul, EUA, era anterior há até
então aceita teoria de que a ocupação das Américas pelo ser humano começou há 13 mil
anos.
Suponha que tais pesquisadores encontraram restos de carvão, cuja análise revelava uma
atividade de 3,6x10-2 desintegrações/min/g. Quantos anos teriam as amostras coletadas,
levando-se em conta que toda madeira viva tem uma atividade de 15,3
desintegrações/min/g e que o tempo de meia-vida do carbono 14 é de 5600 anos?
-4 -1
R: λ = 0,693/ T1/2 =0,693/ 5600 = 1,2 10 anos
-λ t -λ t -λt
A = A0 e A/A0 = e ⇒ ln (0,036/15,3) = ln e
128. O volume de um fluido extracelular pode ser medido injetando-se sulfato de sódio
35
marcado com S. Certa amostra tem uma atividade inicial de 2 mCi.
a) Sabendo-se que este isótopo tem uma meia-vida de 87 dias, calcule a atividade da
fonte após 60 dias em Ci e em Bq.
-3
R: a) A0 = 2 . 10 Ci T1/2 = 87 dias t = 60 dias A=?
-1
λ . 87 = 0,693⇒ λ = 0,693/87 = 0,00797 dias
Exercícios Aplicados de Biofísica– Audrey Heloisa Ivanenko Salgado e Colaboradores 183
-λ.t -3 - 0,00797 . 60 -3
A = A e ⇒ A = 2 . 10 e ⇒A = 1,24 . 10 Ci
-3 10
A = (1,24 . 10 )(3,7 . 10 ) =
7
A = 4,59 . 10 Bq
ou
ln(0,25) = -0,00797.t
t = 174 dias
131. Em certa região do interior de Minas Gerais, após um período de seca com
grande mortandade de peixes e plantas aquáticas, a população ribeirinha observou
grande quantidade de matéria orgânica no rio, e notificou o IBAMA a respeito. Após
14
coleta da água e análise da relação C/12C, o IBAMA concluiu que essa matéria
orgânica resultava de uma indústria petroquímica da região, e não da decomposição dos
peixes e plantas mortos na seca anterior. Sabendo-se que a relação 14C/12C é constante
R: Após morrer, os seres vivos param de incorporar 14C do meio ambiente e, portanto, a
14
relação C/12C cai exponencialmente. Caso tal matéria orgânica resultasse da
decomposição dos peixes e plantas mortos recentemente nesse rio, esperar-se-ia uma
relação 14C/12C praticamente idêntica à dos seres vivos. O IBAMA deve ter encontrado
um valor baixo para tal relação, sendo justificado pela presença de material orgânico de
milhões de anos, como petróleo (que não sofre a ação dos nêutrons dos raios cósmicos,
responsáveis pela transformação14N em 14C nas camadas altas da atmosfera) e que sofre
decaimento a milhões de anos.
A braquiterapia pode ser utilizada como método adjunto após radioterapia externa,
aumentando-se a dose de radiação no local desejado, ou mesmo como um tratamento
exclusivo; de acordo com a doença.
d) Ela pode ser feita com vários isótopos, tais como Césio, Iodo, Rádio, Paládio, Ouro e
Iridium, sendo umas das principais características avaliadas a radiação emitida e o
tempo de meia-vida do radionuclídeo.
Sua principal desvantagem é a não uniformidade da dose desde que a radiação é muito
mais intensa perto da fonte, embora usando muitas fontes possa-se uniformizar a dose.
Outra desvantagem se relaciona com a segurança das radiações. O terapeuta deve estar
próximo à fonte enquanto elas estão sendo colocadas no local desejado. O paciente é
uma "fonte radioativa" durante os dias em que as fontes estão no lugar, e as enfermeiras
e outros estarão expostos assim à radiação.
b) Podem ser usados o F18, como no exemplo acima, que emite pósitron e apresenta
meia-vida de 110 minutos, ou mesmo N13 na marcação de amônia (t1/2=9,9 min) ou C11
(t1/2= 20,4 min), ambos emissores de β+ e elementos comumente presente em moléculas
do corpo humano.
d) O paciente deve ser isolado até a redução da radiação para proteger tanto
profissionais de saúde como outras pessoas que poderiam entrar em contato com esse
paciente. Deve ser feito também o controle da dose.
136.
No ano de 2008, o Ministério da Sáude distribuiu 3900 Testes de
Imonofluorescência para o HIV-1, utilizado no diagnóstico confirmatório de HIV em
indivíduos positivos no teste de ELISA (usado para triagem) para antígenos virais.
onda de 450 nm[luz azul] e emite um comprimento de 514 nm), estando estes ligados a
um anticorpo anti-Ab virais ou anti-anticorpos contra antígenos virais. No caso do
diagnóstico de HIV, são utilizadas luz azul e violeta.
137. O filtro solar é uma loção, spray ou produto tópico que ajuda a proteger a pele da
radiação ultravioleta do sol, o que reduz as queimaduras solares e outros danos à pele,
ultimamente ligado a um menor risco de câncer de pele.
b) Muitos protetores solares contêm tanto compostos orgânicos que absorvem a luz
ultravioleta (como o oxibenzeno) ou um material opaco que reflete a luz (como o
dióxido de titânio, o óxido de zinco), ou uma combinação de ambos.
138. A energia ultrassônica está entre as mais utilizadas pelo fisioterapeuta, para auxiliar
o tratamento das diversas disfunções dos tecidos moles, incluindo contraturas
articulares, tendinites, bursites, espasmos musculoesquelético e dor. Qual é o
mecanismo de ação do ultrassom terapêutico?
a) Quais são as reações fisiológicas ao calor nos tecidos e sistemas que justificam sua
utilização na terapêutica?
Ainda, por meio de uma ação sistêmica, o calor aumenta o fluxo de sangue circulante,
levando a um maior metabolismo celular e consumo de oxigênio e facilitando as trocas
hidroelétricas.