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MANCAIS E ROLAMENTOS
Salvador, BA
2018.2
VITOR ALMEIDA DOS SANTOS
MANCAIS E ROLAMENTOS
Fklfpd
Salvador, BA
2018.2
RESUMO
O presente estudo tem como tema Mancais e Rolamentos. Estes elementos considerados
como elementos de apoio são fundamentais na constituição das máquinas, fornecendo um apoio
fixo e móvel para os eixos. Os mancais podem ser divididos em diversos tipos como, mancais
hidrodinâmicos, hidrostáticos, aerostático, mancais de deslizamento (escorregamento ou bucha)
e mancais de rolamento. Neste artigo iremos dar uma maior atenção para estes dois últimos
tipos de mancais apresentados (deslizamento e rolamento). Em relação aos rolamentos eles
podem ser classificados em três grupos, rolamento de esfera, rolamentos de rolos e rolamentos
de agulhas, existindo ainda outros tipos no mercado. A escolha do rolamento ideal depende da
aplicação do mesmo. Existem diferentes tipos de aplicações de mancais e rolamentos que serão
apresentadas no decorrer deste artigo.
1. INTRODUÇÃO ------------------------------------------------------------------------------------------------- 01
2. MANCAIS ------------------------------------------------------------------------------------------------------- 02
2.1. DEFINIÇÃO --------------------------------------------------------------------------------------------------- 02
2.2. MANCAIS DE DESLIZAMENTO --------------------------------------------------------------- 02
2.2.1. DEFINIÇÕES ---------------------------------------------------------------------------- 02
2.2.2. CARACTERÍSTICAS ------------------------------------------------------------------- 03
2.2.3. TIPOS DE LUBRIFICAÇÃO ---------------------------------------------------------- 05
2.3. MANCAIS DE ROLAMENTO ------------------------------------------------------------------- 06
2.3.1. DEFINIÇÕES -------------------------------------------------------------------- 06
2.3.2. TIPOS ----------------------------------------------------------------------------- 08
3. ROLAMENTOS ------------------------------------------------------------------------------------------------ 09
3.1. DEFINIÇÃO --------------------------------------------------------------------------------------------------- 09
3.2. TIPOS E CARACTERÍSTICAS ---------------------------------------------------------------------------- 10
3.2.1. ROLAMENTOS DE ESFERAS ----------------------------------------------------------------- 10
3.2.2. ROLAMENTOS DE ROLOS -------------------------------------------------------------------- 11
3.2.3. ROLAMENTOS DE AGULHAS --------------------------------------------------------------- 12
A roda é um artefato muito antigo que até sua invenção se perde nos períodos pré-
histórico, historiadores suspeitam que este marco tecnológico seja bem mais antigo. As rodas
primitivas, desencravadas pelos arqueólogos, eram feitas de madeira, inteiriças embora
compostas com várias tábuas, e centradas num dos nós, conhecidamente mais duros que a
madeira adjacente e é no eixo que fica o ponto de apoio da massa fixa, sobre a giratória. Deste
modo que funcionou o primeiro mancal desenvolvido na história.
Os primeiros mancais (mancais primitivos) por terem pouca exatidão em sua geometria
apresentavam bastante atrito entre a parte fixa e móvel. Isto implicava em altas perdas de
energia para vencer a fricção, além de gerar aquecimento nas superfícies de contato. Outro fator
que implicava no baixo desempenho são as folgas mecânicas nos mancais, pois a trepidação
rouba energia do movimento, dissipando o embalo.
Embora seja difícil precisar as épocas dos aperfeiçoamentos, uns dos avanços referentes
aos mancais têm seu surgimento estimado há 4.000 anos, durante a era do bronze. Os avanços
consistiram na adoção de rodas vazadas (mais leves). Mas para um desempenho em velocidade,
foi essencial a adoção de mancais geometricamente precisos e isentos de folgas proibitivas. Um
dos requisitos para a durabilidade é a lubrificação, que para época era precária e incipiente,
baseada em lubrificantes de origem biológica, referenciava-se em experiência e ensaios
empíricos. Lubrificantes minerais cientificamente formulados, aplicados automaticamente,
estavam milênios no futuro. Até o império romano ocidental, no século IV os mancais de eixos
de roda continuaram praticamente sem evolução, podendo ter variado no que tange à liga
utilizada, e ao uso de bronzinas escamoteáveis.
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competição, equipando motores cuja rotina consiste de operação durante centenas ou alguns
milhares de quilômetros, ao fim dos quais, seguem para desmontagem, para troca dos
componentes desgastados, voltando em seguida para as pistas de corridas.
2. MANCAIS
2.1. DEFINIÇÃO
Mancais são elementos de máquinas que sevem para dar apoio fixo para eixos.
Geralmente são compostos de uma estrutura de ferro fundido ou aço e bipartida (base tampa),
que encerra o casquilho, no qual gira o eixo (e antigamente também de madeira, onde se apoia
um eixo, girante, deslizante ou oscilante).
Figura 1: Os dois pedaços de madeira e as rodas que apoiam o eixo constituem os mancais do carro de boi. Fonte:
Referência Bibliográfica [6].
2.2.1. DEFINIÇÕES
Os mancais de deslizamento são constituídos de uma bucha fixada num suporte. Esses
mancais são utilizados em máquinas pesadas ou em equipamentos de baixa rotação, porque a
baixa velocidade evita superaquecimento dos componentes expostos ao atrito. São simples de
montar e desmontar, e apresentam vida útil prolongada se respeitados os ciclos de lubrificação,
limpeza e alinhamento. O conjunto de eixo-casquilho denomina-se mancais de deslizamento. O
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eixo desenvolve movimento giratório, apoiado no casquilho de formato circular, separado dele
por uma película de lubrificante.
Figura 2: Os dois pedaços de madeira e as rodas que apoiam o eixo constituem os mancais do carro de boi. Fonte:
Referência Bibliográfica [6].
2.2.2. CARACTERÍSTICAS
Compatibilidade: O atrito seco na partida pode vir a provocar riscos nas superfícies de
contato, por meio da ligação dos seus picos microscópicos, diminuindo a vida do mancal. Para
minimizar o atrito, recomenda-se a utilização de materiais não aderentes.
Condutividade térmica: O atrito gerado no mancal deve ser dissipado em forma de calor
para o meio ambiente. Materiais bons condutores de calor conseguem manter baixa a
temperatura na película do óleo lubrificante, o que aumenta a resistência mecânica e a fadiga.
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Resistência a Corrosão: Os componentes oxidantes dos lubrificantes atacam as ligas de
cobre, cádmio, zinco e chumbo. Para a minimização do efeito, recomenda-se a aplicação de
uma camada de índio (In) nas ligas de cádmio (Cd) ou chumbo (Pb). Acrescentar estanho (Sn)
á liga de Babbit ao chumbo (Pb) que normalmente não são afetados por óleos oxidados.
Usinabilidade: A usinagem deve ser realizada por meio de processos convencionais sem
utilizar operações complicadas, visando reduzir custo.
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2.2.3. TIPOS DE LUBRIFICAÇÃO
No caso de óleo lubrificante, podemos utilizar os chamados “motor oil” (óleo para
motores de combustão interna), que normalmente suprem as condições necessárias, além de
serem facilmente encontrados. Para condições mais severas, poderemos recorrer aos chamados
óleos industriais com aditivos específicos.
No caso da graxa, as mais utilizadas são a base de Cálcio, Sódio, ou Lítio, com óleo
mineral na viscosidade adequada e o número de consistência NGLI 1 ou 2.
Existem 5 formas distintas de lubrificação que podem ser identificadas nos mancais, neste
artigo iremos apresentar 3 delas:
2.3.1. DEFINIÇÕES
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Figura 3: Mancal de Rolamento. Fonte: Referência Bibliográfica [1].
Para uma melhor compreensão dos itens a seguir iremos abordar sobre três definições
abaixo:
Carga axial (𝑭𝒂 ): É a carga que atua na direção do eixo longitudinal do rolamento.
Carga radial (𝑭𝒓 ): É a carga que atua na direção dos raios do rolamento.
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Carga combinada (𝑭𝒓 + 𝑭𝒂 ): Neste caso, as cargas radial e axial atuam
simultaneamente no rolamento originando uma suposta carga resultante, denominada
equivalente.
2.3.2. TIPOS
Os mancais são fabricados para receber cargas radiais puras, cargas de empuxo somente
ou uma combinação dos dois tipos de cargas. Neste item iremos apenas citar os tipos de
mancais de rolamento, e no item 3.2 abordaremos os detalhes sobre os mesmos.
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Mancais de rolamento de rolo: Os corpos rolantes são formados de cilindros, rolos
cônicos ou barriletes. Esses rolamentos suportam cargas maiores e devem ser usados em
velocidades menores.
3. ROLAMENTOS
3.1. DEFINIÇÃO
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Figura 10: Rolamento de Esfera. Fonte: Referência Bibliográfica [1].
Os rolamentos podem ser de diversos tipos: fixo de uma carreira de esferas, de contato
angular de uma carreira de esferas, autocompensador de esferas, de rolo cilíndrico,
autocompensador de uma carreira de rolos, autocompensador de duas carreiras de rolos, de
rolos cônicos, axial de esfera, axial autocompensador de rolos, de agulha e com proteção.
Rolamento fixo de uma carreira de esferas: Suporta carga radial de intensidade média e
carga axial leve simultaneamente, sendo ainda recomendado para altas rotações. Devido a sua
versatilidade e custo reduzido, é amplamente utilizado.
Rolamento radial separável de esferas: Esse tipo de rolamento é separável, o que favorece
a montagem em série. O diâmetro interno máximo desse tipo de rolamento é d=25mm.
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Rolamento de contato angular de esferas: Esse tipo suporta carga axial em um único
sentido. Por este motivo é montado contraposto a outro rolamento que suporta carga no sentido
oposto. Os rolamentos de esferas de contato angular não são desmontáveis. A utilização desse
tipo de rolamento é frequente em fusos de máquinas-ferramenta.
Rolamento de quatro pistas: Gaiolas de poliamida reforçada com fibras de vidro são
adequadas para suportar temperaturas de serviço constante de até 120°C.
Rolamento axial de esferas com escora simples: Indicado para carga axial em um único
sentido. Por ser um rolamento desmontável, não suporta carga radial.
Rolamento axial de esferas com escora dupla: Indicado para carga axial com sentido
duplo. Como no caso anterior, não suporta cargas radiais.
Rolamento de rolos cilíndricos de uma carreira: Esse tipo é separável, o que facilita
montagem e desmontagem.
Rolamento de rolos cilíndricos de dupla carreira: Esse tipo também é separável, o que
facilita montagem e desmontagem.
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Rolamento de rolos cilíndricos sem gaiola: Esse rolamento é desmontável, indicado para
altas rotações.
Rolamento axial autocompensador de rolos: É indicado para suportar altas cargas axiais e
altas rotações. Consegue ainda suportar carga radial desde que ela não ultrapasse a intensidade
de 55% da carga axial.
Coroa de agulhas com dupla carreira: Indicações idênticas a de uma carreira, porém
admite carga radial maior.
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Bucha de agulhas com fundo e sem fundo: São compostas por coroa de agulhas e uma
capa fina, de chapa de aço, temperada, com o anel externo. As buchas de agulhas sem fundo
são abertas de ambos os lados. São indicadas para assentamento de pontas de eixo.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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[3] MELCONIAN, Sarkis – Elementos de máquinas, 10ª ED – Saraiva Educação
2012.
22/10/2017 ás 16:40.
2000/metal-mecanica/elementos-de-maquinas/apostila-1/17-mancais.pdf?x36150>. Consultado:
23/10/2017 ás 13:45.
2000/metal-mecanica/elementos-de-maquinas/apostila-1/18-rolamentos-I.pdf?x36150>.
2000/metal-mecanica/elementos-de-maquinas/apostila-1/19-rolamentos-II.pdf?x36150>.
24/10/2017 ás 11:55.
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