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Universidade do Estado do Pará

Centro de Ciências Sociais e Educação – CCSE


Curso de Licenciatura Plena em História

Alliny dos Santos Trindade

Resumo do capítulo “A era da guerra total” do livro:


Era dos extremos de Eric Hobsbawm

Belém – PA
2018
ALLINY DOS SANTOS TRINDADE
No capítulo entitulado “A era da guerra total” de Eric Hobsbawm
presente no seu mais famoso livro “Era dos extremos”, o historiador faz uma
análise das duas Grandes Guerras mundiais para além de uma análise
desvinculada entre elas, mas as compreendendo como uma única “Guerra
total” com a durabilidade de 31 anos, agregando junto à essa análise do
período de mais ou menos 20 anos entre essas guerras tal qual a análise do
século XX – Breve século XX – pontuando a estruturação de um período de
guerra total.

A tese que fundamenta o ponto central da análise é sobre como todos os


recursos e atenções das principais potências do mundo estavam voltadas
basicamente para o esforço da guerra, a produção industrial, o emprego e
recrutamento de varios civis.

Inicialmente o autor explana breves aspectos da primeira Guerra


Mundial, deixando claro que já fora discutido em seu livro anterior “Era dos
Impérios” sobre, intentando não apresentar as origens da primeira Guerra
Mundial mas, pontuar as disputas econômicas bem como políticas como
motivações principais para a difusão da Guerra.

No período de cem anos anterior a primeira Guerra, não houvera


grandes movimentações na ordem mundial afirma o autor, aliás, antes de 1914,
em absoluto, nenhuma Guerra tomou proporções mundiais provocando baixas
em todos os lados em questão.

A Primeira Guerra Mundial envolveu todas as grandes potências, e na


verdade todos os Estados europeus, com exceção da Espanha, os Países
Baixos, os três países da Escandinávia e a Suíça. Embora a ação militar fora
da Europa não fosse muito significativa a não ser no Oriente Médio, a guerra
naval foi sem dúvida global, assim como na Segunda Guerra Mundial.

Para Hobsbawm, o que de muito importante vai marcar esta guerra é o


número de mortos em decorrência dela. Segundo ele, 1914 inaugura a era do
massacre. Em quatro anos de guerra, os franceses perderam 800 mil pessoas;
os franceses 1,6 milhão; a Alemanha 1,8 milhão e os EUA 116 mil. Alem disso,
a Guerra total inaugurou o uso de armas químicas, assolou civis com
bombardeios aéreos e embargou economias com a utilização de políticas
ultramarinas. A Guerra ocasionou dois anos de mero impasse entre as partes,
não havia progresso e muito menos recuo. A Alemanha percebe, nesse
momento, uma Guerra emergindo entre duas frentes: a frente oriental contra a
Rússia, e a frente ocidental contra França e Inglaterra.

Num resumo da obra, a superioridade tecnológica e numérica dos


ingleses e americanos conseguem romper esse impasse para a frente
ocidental e ao final da guerra o tratado de Versalhes vai ser discutido e
assinado pelas potências vencedoras, o que vai gerar grande revolta dos
países derrotados, principalmente da Alemanha que sai humilhada do conflito,
perde território, tem que pagar indenizações, seu exército é limitado, etc.

Ao final da Guerra também é criada a Liga das Nações, um verdadeiro


fracasso da diplomacia da época. Seu principal objetivo era evitar uma nova
guerra daquelas proporções, no entanto, menos de vinte anos depois, o mundo
já estava mergulhado em uma guerra mais violenta ainda, segundo Hobsbawm,
uma continuação da primeira.

A segunda parte do capítulo vai tratar da Segunda Guerra Mundial.


Basicamente, Hobsbawm vai apontar algumas causas desta guerra, sempre
tendo em mente que a Segunda foi uma continuação da primeira. Os países
em conflito eram basicamente os mesmos contra os mesmos, quem iniciou a
agressão mais uma vez foi a Alemanha e o mundo sentia os efeitos da Crise de
1929 e, Alemanha e Itália encontraram maneiras inéditas para saírem desta
crise econômica: o fascismo.

A Segunda Guerra Mundial foi organizada de forma a racionalizar as


forma de matar. Ao mesmo tempo em que apressou a revolução tecnológica,
mas não necessariamente modificou a vida das pessoas. Serviu para alavancar
ainda mais a industrialização e a produção em massa. Que tornou a guerra
impessoal, não se matava mais pessoas e sim estatísticas. E justificando a
tese de Hobsbawm, todos estes eventos sepultaram de uma vez por todas os
ideais liberais. De uma sociedade que acreditava piamente que o progresso
tecnológico levaria à humanidade a felicidade. Na verdade o progresso
tecnológico levou milhões de seres humanos à morte. E não foi capaz de
solucionar problemas como fome e as doenças que assolam o Terceiro Mundo.
E que o único país que de fato saiu no lucro foi os EUA, que aumentou o seu
comércio enquanto toda a Europa estava em guerra.

Enfim, Hobsbawm quer defender neste capítulo a continuidade das


guerras em questão, a segunda sendo decorrência da primeira e o período
entre guerras como sendo apenas um intervalo para as potências centrais se
rearmarem e partirem de novo para um conflito total, onde pela primeira vez,
sistematicamente, não houve divisão entre civis e militares, não houve campos
de batalha. As batalhas podiam ser travadas em qualquer lugar, principalmente
nas cidades civis, o que levou a Segunda Guerra Mundial a ser o conflito
mundial com maior número de mortos em relação ao tempo de guerra.

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