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1.

Ética e Sociedade

1.1. Ética geral e dos dilemas sociais

1.1.1) Mudanças Sociais

As sociedades estão em constante movimento e evolução.

“Nenhuma sociedade é perfeitamente igual a si mesma em dois momentos sucessivos de


sua história.”

- As rápidas mudanças são características das sociedades contemporâneas. Ex.


computador para tudo, doenças advindas do uso excessivo de aparelhos tecnológicos,
etc.

Indivíduos - Algumas pessoas causam mais impacto que outras – dependendo do grau
de poder que possui na organização social.

Forças externas - interação contínua que ocorre entre pessoas de sociedades diferentes,
aprende-se e compartilha-se. Muda-se porque as outras sociedades introduzem novos
costumes.

Grupos sociais

Mudança de Tecnologia

Conflito social

- Empenhar-se pela mudança inevitavelmente gera um conflito manifesto com os que têm
interesse em manter os padrões sociais. Esse próprio conflito gera mudança.

- Se o conflito manifesto for temido pelos que se encontram em posições de poder, eles
podem alterar a organização social em um grau que previna esse conflito.

Reações às mudanças

Podem incentivar ou reprimir mudanças:

- Atitude Conservadora: que se mostra contrária e temerosa em relação à mudanças


(tradicionalismo e reacionarismo).

- Atitude Reformista ou progressista: que apoia a mudança gradativa dos modos de vida e
das instituições.

- Atitude Revolucionária: que defende profundas transformações, até com emprego de


violência.

Mudança em padrões sociais

1.O casamento não é mais socialmente obrigatório e o divórcio é permitido e facilitado.

2. É possível o casamento gay.


3. Racismo é crime inafiançável.

4. É permitida a utilização de nomes sociais em registros oficiais.

5. Repartições públicas não podem expor imagens religiosas.

6. Lei Maria da Penha.

7. Estabilidade de emprego e salário para as gestantes.

8. Igualdade salarial entre homens e mulheres...etc

E mediante a mudança social alteram-se as relações sociais e os comportamentos


considerados aceitáveis.

Todo esse desenvolvimento e mudanças têm profundos efeitos sobre a natureza da


sociedade, sua estrutura social, cultura e instituições.

E essa reflexão acaba sendo feita, inclusive, no cotidiano quando somos obrigados a
tomar diversas decisões:

Devo sempre dizer a verdade ou existem ocasiões em que posso mentir?

Na hipótese de uma promoção de um funcionário, devo escolher o que me é mais


simpático ou o mais competente, mesmo esse sendo a antipatia em pessoa?

1.1.2) Dilemas Éticos

- Tendência humana:

a) proveito próprio;
b) comportamentos aceitos intimamente e reconhecidos como válidos e obrigatórios
(valores morais com caráter normativo).

- Ética: é algo exclusivamente humano - pressupõe razão, capacidade de escolha. É o


conjunto de valores e princípios que orientam a nossa conduta.

É a apreciação da conduta humana do ponto de vista do bem e do mal. A ética nos auxilia
a decidir na vida. A buscar o comportamento ideal.

O exercício prático dos valores éticos é realizado pela consciência humana.

Consiste na escolha interna e individual e sem sanção material - moral

Características da moral:

a) Interior e individual – não há uma obrigatoriedade externa, uma lei, por exemplo.
Depende da consciência de cada um.

b) Sem sanção material - natureza individual, interna e ética.

Diferentemente das sanções aplicadas em casos de cometimento de crimes.


Pode ser externa no caso de desconsideração social, mas não é coercitível.

Portanto, a ética está ligada a princípios e valores gerais, que tem como fundamentos o
homem e sua consciência.

Neutralidade é incompatível com a natureza humana, mas podemos e devemos ser


objetivos.

A ética, portanto, nos orienta nos dilemas da vida, diante de nossos interesses, desejos,
possibilidades e deveres.

É necessário que tenhamos regras, princípios, normas que nos ajudem a conviver de
maneira a preservar a integridade dos nossos negócios, da nossa profissão, da nossa
vida.

E se a ética é o conjunto e princípios que orientam a nossa conduta, podemos dizer que
há alguém sem ética?

Um parlamentar que frauda o orçamento ou que desvia recursos tem ética?

Uma ética diferente da maioria, mas tem.

E por ser conflitante em relação à da sociedade, da maioria, a chamamos de antiética.

É antiético para a nossa comunidade, mas para quem pratica o ato é considerado ético.

Isso quer dizer que existem formas de aplicarmos os princípios éticos de maneira mais
particular.

Isso significa que todos têm ética?

Não

A ética pressupõe possibilidade de escolha, racionalidade.

Por isso, alguém incapaz de decidir, privado de juízo de decisão, não tem ética. É aético.

O aético é diferente do antiético, que é aquele que tem uma ética que colide com a ética
da coletividade em que vive.

Mas como fazer essa reflexão entre o certo e o errado, o justo e o injusto no dia-a-dia?

Raciocínio moral

a) raciocínio moral consequencial: situa a moralidade no resultado, na consequência


do ato.

b) raciocínio moral categórico: situa a moralidade em certos requisitos morais


absolutos, certos deveres e direitos categóricos, que independem das consequências.

Teorias Filosóficas:
a) raciocínio moral consequencial/ consequencialismo: teoria filosófica mais influente
é o Utilitarismo, desenvolvido por Jeremy Bentham.

Ideia central: a coisa certa a fazer, o justo, é maximizar a utilidade.

Utilidade: saldo entre prazer e dor, entre felicidade e sofrimento. As ações são boas
conforme seu potencial de promover a felicidade. Assim, a melhor forma de agir é aquela
que produzir a maior quantidade de bem-estar (Princípio do bem-estar máximo).

Um dos slogans desse raciocínio é “o bem maior para o maior número”.

O bem-estar deve ser o de todos e não o de uma única pessoa. Assim, o utilitarismo
rejeita o egoísmo, opondo-se a que o indivíduo deva perseguir os seus próprios
interesses, mesmo às custas dos outros.

O problema dessa teoria é quando a analisamos sob a ótica de uma motivação. Pois
entende ser possível advir um bom resultado mesmo que de uma má motivação.

2) raciocínio moral categórico/deontológico: teoria filosófica mais influente é o


imperativo categórico que foi desenvolvido pelo filósofo alemão Immanuel Kant, como
conceito central de sua filosofia moral que trata dos deveres, que buscava uma forma de
avaliar as motivações para a ação humana.

Para ele existem dois tipos de imperativos, ou seja, premissas que determinam uma ação
como necessária: categóricos e hipotéticos.

Imperativos categóricos: são as máximas aceitas como lei universal, podendo ser
consideradas motivação adequada para a ação humana, implicando em exigência
absoluta e incondicional.

O imperativo categórico é uma decisão moral pautada pela razão e não por nossas
inclinações, devendo ser aplicável a qualquer ser racional. Por isso em suas primeiras
formulações, foi chamado "princípio da universabilidade".

Imperativos hipotéticos: tem aplicação quando desejamos atingir algum fim determinado.
Ex. se desejamos adquirir conhecimento, é imperativo que estudemos, aprendamos. É
facultativo e condicionado a nossas inclinações. Caso não tenha interesse em realizar
aquele fim, ou não esteja disposto a ação necessária para realiza-lo, não existe qualquer
obrigação de segui-lo.

Kant entendia que o utilitarismo desconsiderava o aspecto individual e era, assim como os
imperativos hipotéticos, subjetivo.

Ele buscava, então, uma forma de sistema moral que estivesse para além da
subjetividade e pudesse ser aplicado universalmente.

Assim, para determinar a moralidade de uma ação seria necessário considerar os motivos
do agente e não as consequências da ação promovida por ele. O valor moral de uma
ação derivaria de sua máxima e não de seus resultados.

Esse raciocínio moral foi o que fundamentou a ética legalista (dos deveres), que é a ética
moderna, com o foco nas obrigações e proibições.
A ética legalista estabelece, com fundamentação filosófica, regras ou códigos de
comportamento ético.

Nela se fundamentam os códigos de ética profissional.

Quando uma empresa ou profissão tem um código, determina o que é aceitável, qual a
conduta desejada.

O seguinte diálogo da história em quadrinhos de Calvin (personagem criado por Bill


Watterson) é emblemático dessa visão pessimista com respeito a ética:

- Pai, por que eu não posso fazer o que gosto e devo fazer o que não gosto?

- Bem-vindo ao mundo, Calvin.

c) raciocínio moral das virtudes - ética eudemonológica: é a ética clássica, focada no


que pode conduzir à felicidade natural (Platão e Aristóteles);

O próprio Aristóteles reconhece que a virtude guarda relação com o prazer e a dor, mas
entende que para agir da melhor forma em relação a eles, não se deve pautar pela
exclusiva busca do prazer e fuga da dor, o que não permite realizar ações nobres.

É focada na busca da felicidade, mas essa felicidade é atingida conforme se obtém um


comportamento virtuoso.

As virtudes éticas são adquiridas pela prática de atos bons:

- é um hábito bom que se adquire pela repetição de atos nobres.

- guarda relação com o prazer e a dor, uma vez que supõe agir da melhor forma em
relação a eles.

- está no agir de acordo com a justa razão, que supõe o meio termo entre a deficiência e o
excesso (o corajoso é o que vence o medo e a temeridade).

- é uma disposição que torna bom o homem e faz com que funcione bem (de modo
excelente). Enquanto o meio-termo é a virtude, o excesso e o defeito são os vícios.

Em relação a algumas virtudes, temos:

a) coragem - o defeito é o medo e o excesso é a temeridade;

b) generosidade - o defeito é a mesquinhez e o excesso é a prodigalidade;

c) temperança - o defeito é a insensibilidade e o excesso é o desregramento.

d) ira - o meio-termo é a brandura, o defeito é o desalento e o excesso é a irascibilidade.

e) amabilidade - o excesso é a bajulação e o defeito é o mau-humor.

f) espirituosidade - o excesso é a bufonaria e o defeito é a rudeza.


A virtude procura encontrar o ponto de equilíbrio nas paixões e nas ações o que não é
tarefa fácil, pois agir bem com a pessoa certa, na medida certa, na ocasião certa, com o
objetivo certo e da maneira certa exige árduo esforço. As três regras básicas para intentar
fazê-lo são:

a) evitar o extremo que mais se opõe ao meio-termo, pois, dos dois extremos, um
constitui erro mais grave do que o outro;

b) observar quais os erros aos quais nós mesmos estamos mais propensos (verificando
os prazeres que mais procuramos e as dores que mais evitamos) e dirigir-nos na direção
oposta;

c) Estar atento em relação ao que é prazeroso, pois nessa matéria não somos juizes
imparciais, e seguir o conselho dos anciãos quanto ao prazer que convém descartar, pela
experiência que têm.

Riscos ao comportamento moral

a) Delinquência:

Quem é delinquente?
Delinquência consiste nos pequenos delitos do cotidiano.
E ao aceitar determinados comportamentos, abrimos portas para outros. Acostumamos.
Ex. produtos piratas ou baixados pela internet.

b) Violência.
Pode ser física, como uma arma na cabeça ou a fome. E pode ser moral (simbólica),
como a discriminação.
Correspondem a um risco ético fortíssimo.

As influências ambientais podem ser tão fortes que o ser passa a ceder sua própria
liberdade espiritual, em favor da pressão e dos interesses de seu semelhante –
determinismo ambiental (foto criança com tijolos na cabeça e criança com arma)

Determinismo genético: o ser já nasce bem ou mal?


Responsabilidade do ato moral

A ética também estuda a responsabilidade do ato moral.

Investigar se a pessoa pôde escolher entre duas ou mais alternativas de ação e agir de
acordo com sua decisão é um problema ético, pois verifica a liberdade ou o determinismo
ao qual nossos atos estão sujeitos.

Se o determinismo é total, então não há mais espaço para a ética. Só se pode falar em
ética em um contexto de liberdade.

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