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Ética e Sociedade
Indivíduos - Algumas pessoas causam mais impacto que outras – dependendo do grau
de poder que possui na organização social.
Forças externas - interação contínua que ocorre entre pessoas de sociedades diferentes,
aprende-se e compartilha-se. Muda-se porque as outras sociedades introduzem novos
costumes.
Grupos sociais
Mudança de Tecnologia
Conflito social
- Empenhar-se pela mudança inevitavelmente gera um conflito manifesto com os que têm
interesse em manter os padrões sociais. Esse próprio conflito gera mudança.
- Se o conflito manifesto for temido pelos que se encontram em posições de poder, eles
podem alterar a organização social em um grau que previna esse conflito.
Reações às mudanças
- Atitude Reformista ou progressista: que apoia a mudança gradativa dos modos de vida e
das instituições.
E essa reflexão acaba sendo feita, inclusive, no cotidiano quando somos obrigados a
tomar diversas decisões:
- Tendência humana:
a) proveito próprio;
b) comportamentos aceitos intimamente e reconhecidos como válidos e obrigatórios
(valores morais com caráter normativo).
É a apreciação da conduta humana do ponto de vista do bem e do mal. A ética nos auxilia
a decidir na vida. A buscar o comportamento ideal.
Características da moral:
a) Interior e individual – não há uma obrigatoriedade externa, uma lei, por exemplo.
Depende da consciência de cada um.
Portanto, a ética está ligada a princípios e valores gerais, que tem como fundamentos o
homem e sua consciência.
A ética, portanto, nos orienta nos dilemas da vida, diante de nossos interesses, desejos,
possibilidades e deveres.
É necessário que tenhamos regras, princípios, normas que nos ajudem a conviver de
maneira a preservar a integridade dos nossos negócios, da nossa profissão, da nossa
vida.
E se a ética é o conjunto e princípios que orientam a nossa conduta, podemos dizer que
há alguém sem ética?
É antiético para a nossa comunidade, mas para quem pratica o ato é considerado ético.
Isso quer dizer que existem formas de aplicarmos os princípios éticos de maneira mais
particular.
Não
Por isso, alguém incapaz de decidir, privado de juízo de decisão, não tem ética. É aético.
O aético é diferente do antiético, que é aquele que tem uma ética que colide com a ética
da coletividade em que vive.
Mas como fazer essa reflexão entre o certo e o errado, o justo e o injusto no dia-a-dia?
Raciocínio moral
Teorias Filosóficas:
a) raciocínio moral consequencial/ consequencialismo: teoria filosófica mais influente
é o Utilitarismo, desenvolvido por Jeremy Bentham.
Utilidade: saldo entre prazer e dor, entre felicidade e sofrimento. As ações são boas
conforme seu potencial de promover a felicidade. Assim, a melhor forma de agir é aquela
que produzir a maior quantidade de bem-estar (Princípio do bem-estar máximo).
O bem-estar deve ser o de todos e não o de uma única pessoa. Assim, o utilitarismo
rejeita o egoísmo, opondo-se a que o indivíduo deva perseguir os seus próprios
interesses, mesmo às custas dos outros.
O problema dessa teoria é quando a analisamos sob a ótica de uma motivação. Pois
entende ser possível advir um bom resultado mesmo que de uma má motivação.
Para ele existem dois tipos de imperativos, ou seja, premissas que determinam uma ação
como necessária: categóricos e hipotéticos.
Imperativos categóricos: são as máximas aceitas como lei universal, podendo ser
consideradas motivação adequada para a ação humana, implicando em exigência
absoluta e incondicional.
O imperativo categórico é uma decisão moral pautada pela razão e não por nossas
inclinações, devendo ser aplicável a qualquer ser racional. Por isso em suas primeiras
formulações, foi chamado "princípio da universabilidade".
Imperativos hipotéticos: tem aplicação quando desejamos atingir algum fim determinado.
Ex. se desejamos adquirir conhecimento, é imperativo que estudemos, aprendamos. É
facultativo e condicionado a nossas inclinações. Caso não tenha interesse em realizar
aquele fim, ou não esteja disposto a ação necessária para realiza-lo, não existe qualquer
obrigação de segui-lo.
Kant entendia que o utilitarismo desconsiderava o aspecto individual e era, assim como os
imperativos hipotéticos, subjetivo.
Ele buscava, então, uma forma de sistema moral que estivesse para além da
subjetividade e pudesse ser aplicado universalmente.
Assim, para determinar a moralidade de uma ação seria necessário considerar os motivos
do agente e não as consequências da ação promovida por ele. O valor moral de uma
ação derivaria de sua máxima e não de seus resultados.
Esse raciocínio moral foi o que fundamentou a ética legalista (dos deveres), que é a ética
moderna, com o foco nas obrigações e proibições.
A ética legalista estabelece, com fundamentação filosófica, regras ou códigos de
comportamento ético.
Quando uma empresa ou profissão tem um código, determina o que é aceitável, qual a
conduta desejada.
- Pai, por que eu não posso fazer o que gosto e devo fazer o que não gosto?
O próprio Aristóteles reconhece que a virtude guarda relação com o prazer e a dor, mas
entende que para agir da melhor forma em relação a eles, não se deve pautar pela
exclusiva busca do prazer e fuga da dor, o que não permite realizar ações nobres.
- guarda relação com o prazer e a dor, uma vez que supõe agir da melhor forma em
relação a eles.
- está no agir de acordo com a justa razão, que supõe o meio termo entre a deficiência e o
excesso (o corajoso é o que vence o medo e a temeridade).
- é uma disposição que torna bom o homem e faz com que funcione bem (de modo
excelente). Enquanto o meio-termo é a virtude, o excesso e o defeito são os vícios.
a) evitar o extremo que mais se opõe ao meio-termo, pois, dos dois extremos, um
constitui erro mais grave do que o outro;
b) observar quais os erros aos quais nós mesmos estamos mais propensos (verificando
os prazeres que mais procuramos e as dores que mais evitamos) e dirigir-nos na direção
oposta;
c) Estar atento em relação ao que é prazeroso, pois nessa matéria não somos juizes
imparciais, e seguir o conselho dos anciãos quanto ao prazer que convém descartar, pela
experiência que têm.
a) Delinquência:
Quem é delinquente?
Delinquência consiste nos pequenos delitos do cotidiano.
E ao aceitar determinados comportamentos, abrimos portas para outros. Acostumamos.
Ex. produtos piratas ou baixados pela internet.
b) Violência.
Pode ser física, como uma arma na cabeça ou a fome. E pode ser moral (simbólica),
como a discriminação.
Correspondem a um risco ético fortíssimo.
As influências ambientais podem ser tão fortes que o ser passa a ceder sua própria
liberdade espiritual, em favor da pressão e dos interesses de seu semelhante –
determinismo ambiental (foto criança com tijolos na cabeça e criança com arma)
Investigar se a pessoa pôde escolher entre duas ou mais alternativas de ação e agir de
acordo com sua decisão é um problema ético, pois verifica a liberdade ou o determinismo
ao qual nossos atos estão sujeitos.
Se o determinismo é total, então não há mais espaço para a ética. Só se pode falar em
ética em um contexto de liberdade.