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Curso de Pedagogia
Pará de Minas
2013
Maria José Aparecida de Lima
Pará de Minas
2013
Maria José Aparecida de Lima
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Orientadora: Profª. MS. Maria Goreth Nogueira Carneiro
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Examinador: Prof. Geová Nepomuceno Mota
Dedico a toda minha família, principalmente a
minha amada mãe, pela compreensão nos
momentos de aflições com suas palavras e
orações.
Agradeço acima de tudo a Deus pelo dom
da vida e por nos proporcionar
maravilhas; ao meu noivo, pela
compreensão da ausência e pelo amor
dispensado; a minha família e meus
amigos, por me terem dado as mãos
nessa longa caminhada
RESUMO
1INTRODUÇÃO-------------------------------------------------------------------------- 8
2 REFERENCIAL TEÓRICO---------------------------------------------------------------------- 11
2.1.O processo histórico da pessoa com deficiência -------------------------------------- 11
2.2 Conhecendo a história da inclusão escolar ---------------------------------------------- 12
2.3 A base legal--------------------------------------------------------------------------------------- 13
3 A EDUCAÇÃO INCLUSIVA-------------------------------------------------------------------- 18
3.1 A inclusão na escola---------------------------------------------------------------------------- 18
3.2 A importância do professor apoio na sala de aula-------------------------------------- 19
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS--------------------------------------------------------------------- 32
REFERÊNCIAS--------------------------------------------------------------------------------------- 34
ANEXOS ----------------------------------------------------------------------------------------------- 36
8
1 INTRODUÇÃO
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Existem registros que nos mostram com clareza todo o percurso histórico da
visão da humanidade acerca da deficiência.
Na Antiguidade, os deficientes eram tratados como subumanos, sem direito à
vida. Vistos como se não tivessem alma, eram abandonados e esquecidos pela
sociedade e pela família e, muitas vezes, exterminados; tudo isso era consequência
da ignorância das pessoas.
Na Idade Média, estes deficientes já eram vistos como criaturas de Deus,
pois acreditavam que quem tem alma é filho de Deus e, assim sendo, tinham direito
à vida; no entanto, entendiam ainda que eles eram possuídos pelo demônio, seres
sobrenaturais demoníacos, ou seja, eram vinculados à bruxaria e por isso estavam
sujeitos aos castigos divinos e humanos.
Na Idade Moderna, já no século XVI, os portadores de necessidades
especiais começam a ser visto como pessoas, deixando de ser um problema
teológico e moral e passam a ser vistos como problemas médicos e sobre humanos.
Ainda na Idade Moderna, houve uma crença na educabilidade que deu início
a um estudo científico em que foram diagnosticados que essas deficiências podiam
ser tratadas e controladas com acompanhamentos médicos.
No século XX, as pessoas com deficiências tiveram seus direitos
reconhecidos e garantidos na sociedade. Passaram a ter direito à cidadania, à
convivência, à igualdade, a uma educação de qualidade. Nesse período, surgem as
leis que asseguraram os direitos da pessoa com deficiência. Dentre estas leis, é
importante destacar a Declaração de Salamanca e a LDB. Nesse contexto é que
surge a efetivação da pessoa com deficiência no ambiente escolar.
A Declaração de Salamanca tem como objetivo maior a educação para
todos, além de assegurar para as pessoas que tem deficiência direito de liberdade e
vida digna. A educação é fundamental para o desenvolvimento pessoal e social dos
portadores de deficiência.
12
Até o século XVIII, a educação especial para alunos deficientes era ligada ao
misticismo e ocultismo; a falta de conhecimentos das pessoas em relação ao
conhecimento das deficiências contribuiu para que essas crianças fossem
consideradas diferentes, marginalizadas e excluídas da sociedade.
A religião com toda sua força cultural ao colocar o homem como imagem e
semelhança de Deus, ser perfeito inculcavam a ideia da condição humana
como incluindo perfeição física e mental. (Em não sendo parecidos com
Deus os portadores de deficiências eram postos à margem da condição
humana. (MAZZOTA, 2011, p.16).
Este tópico como principal objetivo apresentar algumas leis que constituem o
embasamento legal da Educação Especial como uma modalidade escolar
14
3 A EDUCAÇÃO INCLUSIVA
De acordo com Mantoan, todo ser humano é diferente; não importa sua
religião e sua cor, cada um pensa e age diferente, mas todos têm direitos iguais, por
isso ser deficientes não é um problema, pois eles também fazem parte da
sociedade.
As crianças, quando se matriculam na escola regular, tendem a ser
diferentes, mas com o passar do ano letivo ela deveria ir se igualando em
conhecimento conforme padrão previsto para aquela série. No entanto, se ela não
se igualar ela será excluída por repetência ou passarão a frequentar grupos de
reforço, chegando, muitas vezes, a abandonar a escola.
De acordo com Mantoan (2006), a inclusão questiona não somente as
políticas e as organizações da educação especial, mas também o próprio conceito
de integração. O objetivo de integração é inserir o aluno ou um grupo de alunos que
já foram anteriormente excluídos. As escolas inclusivas propõem um modo de
organização do sistema educacional que considera as necessidades de todos os
alunos e que é estruturado em função dessas necessidades.
A inclusão implica uma mudança de perspectiva educacional, uma vez não
atinge apenas os alunos com deficiência ou aqueles que apresentam dificuldades
de aprender, mas todos os demais, afirma Mantoan (2006).
19
Como já foi dito, muitos são os desafios a serem enfrentados para que se
possa conseguir a educação para todos. “Um deles é não permitir que esse direito
20
sala de aula com o aluno deficiente, pois ele é quem vai ajudar esse aluno nas suas
atividades escolares diárias.
Sabe-se que, para que o trabalho do monitor seja eficaz e eficiente, é preciso
que tenha conhecimento prévio e domínio do conteúdo que será trabalhado na sala
de aula e que participe dos planejamentos pedagógicos, pois é ele quem auxilia os
alunos deficientes e complementa os conteúdos repassados pelo regente.
Além disso, são muitas as funções do monitor de apoio, com destaque para a
observação das necessidades dos alunos deficientes e avaliação do processo
ensino-aprendizagem em seu sentido mais amplo, ou seja, uma avaliação que
abranja comportamentos, ritmos, níveis de conhecimentos e experiências.
No próximo tópico, serão relatados, descritos e analisados os instrumentos da
pesquisa de campo, com o intuito de ampliar a compreensão do processo de
inclusão e participação do monitor nesse processo.
.
22
A questão três (3) teve como objetivo indagar dos respondentes se eles
receberam orientações sobre o papel do monitor na sala de aula. Do grupo
analisado, 25% responderam ‘sim’ e a maioria (75%) afirmou que não obtiveram
informações a respeito.
Entende-se que, o trabalho do monitor só contribuirá para a evolução da
turma, se ele estiver bem orientado no sentido de conhecer e praticar suas devidas
funções. Conforme consideração feita pela Professora A, na questão 7:
monitor, quais sejam: ter alguns conhecimentos prévios, ter um domínio de sala,
participar da elaboração de atividades didático-pedagógicas, etc.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após este estudo, pôde-se concluir que a inclusão vem acontecendo de forma
lenta, ainda há muitas barreiras e obstáculos a serem vencidos.
O trabalho do monitor é muito importante para facilitar o processo ensino
aprendizagem do aluno com deficiência. O apoio do monitor na rotina de sala de
aula facilita a realização das atividades pedagógicas, já que a atenção ao aluno é
individual e favorece a busca de novas estratégias e adaptações.
Não são todas as escolas que possuem monitores e muitas das vezes a falta
do monitor dificulta o trabalho do professor. Uma das principais dificuldades para o
desenvolvimento do trabalho de qualidade com um aluno com deficiência é o grande
número de alunos nas salas de aula, o que faz com que o professor não tenha
condições de oferecer um apoio mais individualizado a seus alunos, fato que
interfere não só para o aluno com deficiência, mas para toda a turma.
É possível concluir também que a relação entre os monitores e os
professores é bastante tranquila, o trabalho é de parceria, o que facilita e melhora a
qualidade do ensino. Não existe uma rivalidade entre as funções, se o trabalho é
realizado de forma profissional, o monitor se torna uma estratégia facilitadora do
processo de inclusão do aluno com deficiência.
Analisando a situação educacional no Brasil, pôde-se perceber que a inclusão
ainda não é bem vista e respeitada pela sociedade e educadores, as pessoas têm
certo receio de aceitar a inclusão, talvez por não saber de forma clara o que é a
educação inclusiva. A educação é direito para todos, como cita a Constituição
Federal de 88. No entanto, essa não é a realidade no Brasil. Mesmo sendo
obrigatória a inclusão de alunos deficientes nas escolas, públicas ou privadas, o
sistema de ensino brasileiro ainda não está estruturado para receber e nem oferecer
esse serviço aos que delas precisam. E como visto nessa pesquisa, ainda faltam
profissionais de apoio para acompanhar essas crianças.
A inclusão não diz respeito só ao aluno, mas também à escola e ao professor
que vai receber esse aluno.
Ao receber um aluno ‘diferente’ na sala de aula da escola comum, o professor
deve rever sua postura e suas práticas pedagógicas.
Nesse contexto, o professor vai precisar de um monitor ou de um professor
apoio para ajudá-lo com esse aluno na sala de aula para tentar sanar suas
33
REFERÊNCIAS
CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia científica 5.ed. São
Paulo: Prendesse Hall, 2002.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas,
2010.
GOÉS, Maria Cecília Rafael de; LAPLENE, Adriana Lia Friszman de. Políticas e
práticas de educação inclusiva. 2. ed. Campinas, São Paulo: Autores Associados,
2007.
MANTOAN, Maria Tereza Eglér. Inclusão escolar: o que é? Por quê? Como
fazer? São Paulo: Moderna, 2006a.
ANEXOS
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QUESTIONÁRIO
4) Você acredita que todas as turmas que tenham alunos com deficiência
necessitam de um monitor?
( )SIM ( )NÃO
5) Em sua opinião, você, monitor, é visto também como um professor?
( )SIM ( )NÃO
6) O seu trabalho como monitor é reconhecido pelo professor titular na sala de aula?
( )SIM ( )NÃO
7) O trabalho do monitor contribui de forma efetiva para facilitar o processo-
aprendizagem do aluno?
( )SIM ( )NÃO
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QUESTIONÁRIO
4) Você acredita que todas as turmas que tenham alunos com deficiência
necessitam de um monitor?
( )SIM ( )NÃO