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MARCONES MENDES DE SA
MARCONES MENDES DE SA
São Luís
2018
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
MARCONES MENDES DE SA
MARCONES MENDES DE SA
São Luís
2018
MARCONES MENDES DE SA
MARCONES MENDES DE SA
BANCA EXAMINADORA
___________________________________________________________
Prof. Dra. Renata Medeiros Lobo Muller (Orientadora)
___________________________________________________________
1º Examinador
___________________________________________________________
2º Examinador
AGRADECIMENTOS
• Agradeço primeiramente a Deus, autor da minha vida, por ter me dado a dadiva de ter
chegado até aqui, e por renovar minha fé sempre;
• Aos meus pais por terem sido meu porto seguro pelo amor incondicional e dedicação,
onde me apoiam em todos os desafios e vitorias;
• A minha professora orientadora Dra. Renata Medeiros Lobo Muller, pela confiança e
empenho durante todo esse trabalho;
• A minha esposa Edinete que me apoia e me encoraja durante toda essa caminhada;
• Por fim a todos aqueles que contribuíram para realização deste trabalho, a todos só tenho
dizer o meu muito obrigado.
“Que os vossos esforços desafiem as
impossibilidades, lembrai-vos de que as
grandes coisas do homem foram
conquistadas do que parecia impossível.”
Charles Chaplin
RESUMO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 14
1.1.Problemática ..................................................................................................................... 16
2.2.Carbonatação .................................................................................................................... 19
2.3.1. Observações referente corrosão nas armadura por ação de íons cloreto ........................ 22
2.3.3. Formas de ação da corrosão nas armadura por ação de íons cloreto .............................. 24
3. METODOLOGIA............................................................................................................... 37
5. CONCLUSÕES................................................................................................................... 61
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 67
GLOSSÁRIO .......................................................................................................................... 71
ÍNDICE .................................................................................................................................... 72
14
1. INTRODUÇÃO
disso os valores adotados como critérios para compreender os resultados dos potenciais de
corrosão nas barras revestidas com zinco Tabela 2. O foco deste trabalho é verificar a
contribuição da galvanização a frio de zinco de forma a garantir uma maior contribuição
na vida útil das armaduras de concreto armado. Onde através de ensaios de corrosão
acelerada, os corpos de prova serão monitorados através da avaliação do potencial de
corrosão, e ao fim dos ensaios será confirmada a taxa de corrosão através do cálculo de
perda de massa.
Tabela 2 - Faixa de potencial utilizado como referência quanto a probabilidade de degradação ou passivação das
armaduras
1.1. Problemática
1.2. Hipóteses
25m porem bem mais uniforme não gerando excesso de material depositado sobre a
superfície.
1.3. Justificativas
1.4. Objetivos
1.4.1 Geral
Aplicar a galvanização a frio nas armaduras como solução face a corrosão, contra
os ataques químicos as estruturas
1.4.2. Específicos
2. REFERÊNCIAL TÉORICO
impostas as intempéries tais como (névoa marinha, poluição, chuva, sol, vento, etc.), e também
a efeitos internos, como os de expansão (reações de agregados contaminados por sulfetos,
reação álcali-agregado, etc.).
Produzir defesas contra esses efeitos são os desafios da engenharia (VAGHETTI,
2005). Neste trabalho se restringirá aos efeitos gás carbônico (CO2), proveniente da queima de
combustíveis fosseis, e do setor industrial etc. E aos efeitos da névoa marinha carregada com
íons cloreto e este por sua vez será abordado com mais ênfase. O (CO2) é um agente, que entra
em contato com o concreto, da camada de cobrimento estrutural. Camada essa que assume
propriedades distintas do concreto alojado nas partes internas dos elementos estruturais, logo
possui a característica, de ser mais porosa, e portanto mais permeável, sendo suscetível a
entrada de agentes agressivos.
Evidenciando as diferenças entre a microestrutura no interior de um elemento de
concreto armado e sua envoltória externa, que necessariamente deveria ser mais compacta e
resistente à entrada de agentes agressivos externos, promovendo maior durabilidade à estrutura.
Porem a mesma se mostra porosa e passível de fissuração (CADORE, 2008).
2.2.Carbonatação
teste rápido para identificação das área atingidas pela carbonatação, é feita com uso da aspersão
fenolftaleína sobre a área suspeita de contaminação. Há uma mudança de tonalidade de incolor
para lilás, indicando onde a área permanece passivada na Figura 1.
Diferente dos ataques por carbonatação, a corrosão por íons cloreto, atinge tanto
concreto reduzindo o pH, quanto ao aço formando pites Figura 3. A ataque se dá pela interação
do íons cloretos(halogênios), presente da névoa salina em regiões litorâneas. O 𝐶𝑙 − impregna
dentro da camada de cobrimento poroso, juntamente com a água H2O. Dessa interação resulta
na formação do ácido clorídrico (HCl) (3) de baixo pH. Com isso tem-se a destruição da camada
passivadora que envolve e protege o aço (MEIRA, 2017).
𝐶𝑙 − + 𝐻2 𝑂 → 𝐻𝐶𝑙 + 𝑂2 (3)
Se tratando da interação dos íons 𝐶𝑙 − com a armadura, quando este por sua vez,
encontra o íon ferro 𝐹𝑒 2+ forma-se o cloreto de ferro II (FeCl2) (4) que é um composto instável.
Há uma reação cíclica, pois por ser instável o cloreto de ferro II reage facilmente com a
hidroxila 𝑂𝐻, sendo o produto da reação o próprio íons cloreto e a formação de hidróxido de
ferro (5).
22
2.3.1. Observações referente corrosão nas armadura por ação de íons cloreto
Segundo Bohni (2005) para que se tenha um processo corrosivo deve se ter:
• Existir uma diferença de potencial entre dois pontos na armadura de concreto armado
permitindo o fluxo de elétrons.
• O concreto deve estar úmido e assim garantindo a presença de um eletrólito.
• A presença de oxigênio facilitando a reação catódica.
• O rompimento da camada passivadora que protege a armadura, sendo que tal
rompimento pode se dá por carbonatação do concreto ou pela ação de íons cloreto.
Para se entender os fatores necessários e para que se obtenha o processo corrosivo,
como visto na Figura 3. Ressalta-se que a corrosão trata-se de um processo oriundo do efeito
da carbonatação e dos íons cloreto, entretanto como foco deste trabalho teremos ênfase na ação
dos íons cloreto.
Figura 3 - Condições para surgimento da corrosão
2.3.3. Formas de ação da corrosão nas armadura por ação de íons cloreto
Segundo Freire (2005) a corrosão das armaduras sofre influência por fatores: como
efeito mecânico (vibração e erosão), efeito físico (variação da temperatura), efeito biológicos
(bactérias) e efeitos químicos (sais e ácidos). Se tratando de corrosão de armaduras devido a
ação de cloretos pode-se destacar:
• Concreto: desempenha uma função de proteção mecânica. Umas das suas propriedades
atuam exatamente na ocorrência da corrosão de armaduras são elas: ação passivante do
concreto sobre os vergalhões, pH, espessura de cobrimento, permeabilidade (tipo de
cimento, a granulometria dos agregados, e à relação A/C), resistividade (maior atividade
iônica, menor resistividade elétrica do eletrólito e maior probabilidade de corrosão);
• Tipos do aço;
• Propriedades do meio no qual está inserido o elemento de concreto;
• Existência de íons de cloreto no concreto podem ser incorporados na produção do
concreto ou podem adentrar mesmo em estado já endurecido, que ocorre devido
estruturas expostas a ventos contaminados com cloretos, por exemplo atmosferas
marinhas, extratos da lavagem de pisos e fachadas com ácido muriático, efluentes
proveniente de processos industriais.
1
Cloro-aluminato de cálcio hidratado
27
• A saturação dos poros do concreto e o acumulo de íons cloreto: a entrada de íons cloreto
no concreto se dá através de métodos de difusão ou absorção de água contaminada com
íons por capilaridade quando há alternância de ciclos de umedecimento e secagem
(TORRES, 2011);
• Fissuração: a primeira área afetada pelos íons cloreto é onde há incidência de fissuras,
nessas áreas criam-se minúsculas regiões anódicas dentro das fissuras e áreas catódicas
maiores fora das mesmas. A velocidade de desenvolvimento e propagação da corrosão
depende de quão aberta é a fissura, da relação zona anódica/catódica e da qualidade do
concreto (PAGE et al, 1986).
Este ensaio nasceu nos anos 50 na América do Norte onde passou a ser usada com
frequência nos Estados Unidos. Sua utilização é muito semelhante ao mapeamento das
manifestações patológicas provocadas pela corrosão em estruturas reais. Entretanto
prevalecem-se de estratégias de trabalhos onde conseguem rapidez e economia no processo.
Tais estratégias são determinadas conforme o estado de degradação e o porte da estrutura em
analisada.
O método de potenciais de corrosão traduz-se em avaliar a variação de potencial
entre um eletrodo de trabalho por exemplo os vergalhões das armaduras e um eletrodo padrão
como referência por exemplo: o eletrodo de calomelano saturado, prata-cloreto de prata e cobre-
sulfato de cobre e através do uso de um voltímetro de alta impedância de entrada. Neste método
os resultados se apresentam na forma de linhas equipotenciais atuando sobre a estrutura de
concreto, sendo esse procedimento conhecido como mapeamento de potenciais (TORRES,
2011).
A ASTM C876 (1991) define em seus resultados de referência que são dados pela
Tabela 4. Entretanto deve-se ressaltar que tais valores podem conter desvio em relação as
condições no ensaio. Logo faz-se uso da média em sua análise.
29
𝐸 (6)
𝑅𝑃 =
𝐼
= R K (8)
: resistividade calculada, em ohm.cm;
R: resistência avaliada pelo aparelho, em ohm;
a: espaçamento entre eletrodos em cm;
b: profundidade dos eletrodos no interior do cp, em
De acordo com CEB 192 (1988) os intervalos são expressos conforme Tabela 6
Informações importantes devem ser destacadas quanto ao uso desse método como
segue abaixo:
• Efeitos estimulados pela polarização;
• Resistencia gerada no contato do eletrodo com a superfície do concreto;
• Dimensões dos corpos de prova, armadura, frequência, tipo de onda, o efeito da
amplitude de corrente;
• Tipos de cimento: o uso de adições de agentes pozolânicos, provoca um incremento na
resistividade quando posto em comparação com o cimento Portland;
• O efeito da porosidade no concreto: adensamento e cura utilizada tanto na estrutura real
como em corpos de prova. O aumento do a/c causa uma redução na resistividade
(TORRES, 2011).
Segundo Panek et al. 2011, o aço quando é galvanizado com zinco, possui sua
medição de potencial de corrosão em relação ao eletrodo de calomelano saturado reduzida e a
medição de potencial indicador de grande probabilidade de corrosão fica abaixo de -1,043 V,
portanto a passivação é observada em potenciais superiores a -0,650 V. Ainda conforme Panek
et al. 2011, a medição do potencial de corrosão que aponta alta probabilidade de corrosão do
aço galvanizado tendo como padrão uma liga Zinco-Níquel que é abaixo de cerca de -0,953 V,
e a medição do potencial indicador de passivação é superior a -0,550 V. A utilização de tais
resultados que foram adotados como padrão para análise dos valores do potencial de corrosão
32
O zinco vem sendo utilizado por mais de 170 anos como metal de sacrifício e por
trata-se de um revestimento de baixo custo e curto ciclo de preparação do substrato metálico,
boa ductilidade mesmo em camadas espessas (RIEDEL, 1988). A seleção do método de
aplicação do revestimento de zinco, leva em consideração os seguintes fatores: geometria da
peça, tamanho da peça, espessura do revestimento (TOMACHUK, 2015). Segundo a NBR 6118
(2007) em seu item 7.7 define como a adoção da zincagem como medida especial de
conservação e proteção das armaduras, quando submetidas a ambientes de exposição adversa.
Dentre as técnicas de proteção conhecidas destaca-se a proteção galvânica, que se
trata da aplicação de um revestimento metálico de materiais mais nobres que o aço, sendo o
zinco o comercialmente mais o usado. A habilidade de formar uma película protetora, densa e
aderente nos vergalhões da armadura, com torna-se a taxa de corrosão extremamente baixa em
comparação à materiais ferrosos (YEOMANS, S.2004).
Esse tipo de revestimento pode se dá de diversas formas, dentre as quais pode-se
destacar a galvanização a quente e a eletrodeposição. Na galvanização a quente há uma imersão
da peça em zinco fundido chegando a temperaturas na faixa de 420°C a 460°C. Como próxima
etapa faz-se a imersão da peça em água, para que cesse a formação da camada intermediaria de
(ZnFe). Esse tipo caracteriza pela formação de revestimentos, relativamente espessos, do qual
são chamados “flores de zinco” e por último na parte mais externa uma camada de zinco puro.
Na hierarquia as segue a seguinte ordem, a camada de Fe5Zn21 (fase gama,) com 25% de Fe e
75% Zn e seguida da fase delta (FeZn, ) com 10% de Fe e 90% de Zn, e a fase zeta (FeZn,)
com 6% de Fe e 94% de Zn e por último a fase eta () que é composta de Zn puro
(TOMACHUK, 2015 apud BRESCIANI, 1986)
Na eletrodeposição o zinco este em forma de íons, sendo o mesmo aplicado em
forma de banhos eletrolíticos. Os revestimentos eletrodepositados tem como principal
33
l (9)
R=
a
a (10)
C=k
l
P
Q = Idt = mnF; m = (11)
A
Logo a expressões de peso e espessura do deposito ficara respectivamente.
It A
P= (12)
96.500 n
P
L= (13)
ad
q processo mdep
%= 100 = 100 (14)
qtéorico mtéorico
A montagem é feita colocando o amperímetro em série no circuito medido o tempo
de deposição. O material depositado é obtido pela variação na massa e o valor teórico de
material que deveria ser eletrodepositado, de acordo com a Lei de Faraday. Imprecisões na
medição da eficiência causa flutuação nos valores de corrente durante o processo de
eletrodeposição, variação dos valores do amperímetro, imprecisão na aferição do tempo
(PONTE, 2017). A importância controle de da corrente que passou no processo, se faz
importante para:
37
• Reposição dos reativos dos banhos, sendo previstos com base no Ah de trabalho;
• Reposição de aditivos, niveladores abrilhantadores, aliviadores de tensão, etc, que
também são baseados no Ah;
• Cálculo de material depositado;
• Cálculo do custo do processo com base dos Ah consumidos
3. METODOLOGIA
A extração dos dados será feita através de bibliografias relevante ao tema proposto,
presente nos mais diversos meios disponíveis. Haverá ainda uma busca de dados através de
experimentação do tipo de solução proposta neste trabalho, através de testes quantitativos em
que serão coletados dados em relação a agressividade do ambiente de forma acelerada através
de ciclos de imersão e secagem. Onde ao longo do ensaio os valores de potencial de corrosão
exibiram desempenho esperado conforme percebido em literatura.
As barras selecionadas para o procedimento de eletrodeposição foram limpas com
auxílio de escova de aço e lavadas em água para a retirada de impurezas, e pesadas em balança
de precisão com divisão de 0,01g, após preparação das barras dar-se início a preparação da
solução eletrolítica. As soluções usadas no banho eletrostático foram cloreto de zinco (ZnCl),
Cloreto de potássio (KCl) e Ácido bórico (H3BO2)
38
3.3. Materiais
A brita e a areia teve suas granulometrias estabelecida conforme NBR NM 248 (2003)
assim como dimensão máxima característica, modulo de finura. A massa especifica do agregado
miúdo foi apurada segundo NBR NM 52 (2009). Para determinação da granulométrica do
agregado graúdo forma pesados 5kg de brita de origem basáltica Figura 5.
Para o agregado miúdo foi realizado procedimento conforme a NBR NM 248 (2003)
Para determinação da granulométrica do agregado miúdo forma pesados 1kg de areia conforme
Figura 7. Onde a areia está livre de impurezas e torrões.
40
100%
90%
80%
Utilizavel Superior
% Retido Acumulado
70%
10%
0%
0,01 0,10 1,00 10,00 100,00
Diâmetro Equivalente (mm)
A distribuição da faixa granulométrica é exposto conforme para o agregado graúdo brita (4,75
– 12,5mm, sendo enquadrada como brita 0)
42
100%
90%
80%
% Retido Acumulado
70%
60%
50%
40%
Limite Inferior
30%
Agregado Graúdo
20%
10% Limite Superior
0%
0,01 0,1 1 10 100
Diâmetro Equivalente (mm)
500
= (15)
L − 200
| 1 − 2 |= 0,05g / cm³ (16)
43
O traço de concreto utilizado nesse estudo foi definido baseado nas pesquisas de
MORELLI et al (2012) pelo método da ACI2 que tem como base definição de valores obtidos
experimentalmente com relação aos agregados graúdo/miúdo, Para a determinação da
resistência média de projeto aos 28 dias de idade (Fcj) faz-se uso da Equação 17, de posse
desse valor é preciso determinar o consumo de cimento é definido pelo consumo de água e
relação A/C e também a quantidade de agregado graúdo de acordo com as Equações 18, com
valores de água, cimento e brita definidos e suas massas especificas aplicando na Equação 19
chegou-se aos valores do agregado miúdo e dividindo todos os itens pela massa do cimento
obtém-se o traço de 1 : 2,3 : 2,7 : 0,48 (cimento : areia : brita : água). O teor de argamassa ficou
definido em 55% conforme Equação 20 e consumo de cimento de 472,1 kg/m³.
Fcj = Fck + 1,65 Sd (17)
92,8
A / C = 1,11 log ; M AG = VTAB BRITA 1000 (18)
Fcj 28
M CIMENTO M AREIA M BRITA
1000 = + + + M ÁGUA + TAR (19)
CIMENTO AREIA BRITA
2
American Concrete Institute
44
(1 + a) (20)
=
(1 + m)
A dosagem do concreto procedeu-se com a pesagem dos materiais secos (cimento,
areia, brita) em balança analítica com precisão de 0,01g com base nos valores definidos no traço
para um metro cubico de concreto como exposto na Tabela 9, para viragem do traço foi feito
uso de betoneira Figura 10 fazendo primeiramente um traço piloto verificar-se a
trabalhabilidade do mesmo via ensaio de slump test onde verifica o abatimento de tronco de
cone. Após a confirmação dos parâmetros de trabalhabilidade, foi feita moldagem dos corpos
de prova onde a seguir serão curados para posteriormente ser a verificação de compressão axial
Tabela 9 - Propriedade das misturas e consumo de materiais
Ms (21)
DA = L
Mu − Mi
46
Mu − Ms (22)
%P = 100
Mu − Mi
O L é a densidade do liquido onde as amostras foram inseridas onde ensaio em questão foi
empregado a água (L = 1,0g/cm³) as medições foram realizadas nas amostras com 28 dias de
idade sendo computada uma média de cinco resultados. A absorção por capilaridade no
concreto é um parâmetro necessário, visto que uma absorção excessiva indica maior difusão
nos elementos para dentro do material, portanto um aumento da chance de acontecimento de
corrosão nas armaduras.
Figura 12 - Determinação da massa em um dos corpos de prova
A = S. t (23)
3.8. Galvanização
Antes do processo de galvanização houve o preparo das barras passando-se por três
etapas necessárias antes de receber o revestimento que foram limpeza superficial, desengraxe e
decapagem. Começou-se inicialmente com a corte das barras no tamanho de 12cm especificado
segundo tamanho da forma do corpo de prova, cuidado esse onde se garantira o cobrimento
uniforme em todas as dimensões do corpo de prova. Na próxima etapa com auxílio de uma
escova de aço é feita a remoção superficial da ferrugem carepas entre outros detritos das
superfícies das barras.
48
sujidades que não foram removidas no processo de limpeza ativando e preparando as barras
para recebimento da zincagem ficando com o aspecto conforme
Figura 16
Figura 16 - Aspecto das barras após decapagem
Durante o posicionamento das barras no corpo de prova foi atentado para que não
haja mistura de barras galvanizadas com barras não galvanizadas, devido ao efeito de corrosão
eletrolítica que acontece metais com eletropositividade diferentes na presença de um eletrólito.
Metais mais eletropositivos tendem a perder elétrons com maior facilidade
(RAMANATHAN.1997). Logo tem-se um alto índice de fluxo de elétrons migrando do zinco
para o aço nesse par eletrolítico, fazendo com que o zinco seja consumido rapidamente na
reação, daí a necessidade de verificar a compatibilidade galvânica.
Para o alojamento das barras nos corpos de prova que serão expostas aos ataques
químicos, as barras foram previamente pesadas em balança analítica com precisão de 0,01g. A
seguir foi feita a delimitação da área com fita isolante ficando exposta ao ataque de íons cloreto
área de cerca de 15,83cm². As barras foram acondicionadas de forma que a área que ficara
exposta será situada na região central do corpo de prova e cobrimento das armaduras foi
garantido com uso de espaçadores circulares de acordo com Figura 20
52
o corpo de prova e o eletrodo de referência. As medidas eram realizadas ao final de cada ciclo
de secagem, os corpos de prova tinham a face pré-umedecida durante o período de 1 minuto
através do posicionamento de uma esponja molhada.
Figura 24 - Medição do potencial de corrosão
a medida de absorção capilar é feita, de uma simplificação com base na lei de Jurin onde
relaciona altura de ascensão capilar, tensão superficial, densidade do liquido e raio do poro.
Segundo SANTOS (2006) a difusão trata-se de um processo de transporte de
substâncias de um meio a outro conseguido através de uma diferença de concentração. Trata-
se de um processo automático de transporte de massa devido ao gradiente de concentração
ajustado por dois distintos meios em conexão onde a substância se difunde e promove a
igualdade das concentrações fenômeno esse que pode ocorrer tanto em meio liquido quanto
gasoso.
Ainda de acordo com SANTOS (2006) no material poroso existe uma relação entre
o grau de saturação e a força de sucção capilar. Logo quando há uma área seca exposta, as
forças de sucção por serem maiores, resultaram no movimento da água para dentro do concreto
de forma mais rápida. A concentração salina de NaCl adotada foi de 3% que é uma
concentração próxima a água do mar, além de ser uma concentração critica.
A concentração de NaCl antes de cada ciclo era previamente medida e caso
necessário o ajuste era feito conforme Figura 27, a cada 8 ciclos a solução é trocada por de mesma
concentração. Durante cada ciclo eram coletados os dados da massa dos corpos de prova, onde
a variação da massa faz-se necessário para avaliar o grau de saturação dos poros do concreto e
o potencial de corrosão (ECORR), que se trata de uma indicativo com relação a condição de
passivação da armadura.
Com base na análise dos resultados do potencial de corrosão (ECORR) observa-se
que os vergalhões apresentam um estado ativo e passivo de corrosão, tendo como base o
eletrodo de calomelano saturado. O parâmetro para finalização dos ciclos do ensaio foi
determinado quando após dois ciclos completos e sucessivos os valores do potencial de
corrosão indicavam valores abaixo do valor crítico conforme comparado na Tabela 1
57
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
em 2,78Kg/dm³ e dimensão característica máxima (Dmax) igual a 9,5 ficando assim o agregado
classificado como brita na faixa de 4,75 – 12,5mm (brita 0) conforme Gráfico 2. Com relação
as distribuições granulométricas é definido de acordo com
O concreto utilizado nesta pesquisa foi caracterizado após os 28 dias, onde suas
propriedades fundamentais: porosidade, densidade aparentes, trabalhabilidade, resistência a
compressão axial e absorção capilar por capilaridade são apresentados conforme Tabela 11
Passivação
0,100
Aço Zinco
-0,100
Potencial de corrosão Ecorr (V)
-0,300
-0,500
-0,700
Aço
Zinco
-0,900
-1,100
0 800 1520 2240 2960 3600 Corrosão
Tempo de ensaio em (Horas)
350
300
Taxa de Corrosão (m/ano)
250
200
150
100
50
0
Referência Zinco
5. CONCLUSÕES
uma interação metalúrgica entre o aço e o zinco fundido com isso há formação de ligas
intermediarias (flores de zinco). Nesse processo há formação de camadas de revestimento
espessas acima de (80m) havendo a necessidade de um maior raio de dobramento para evitar
fissuras no revestimento.
A galvanização a frio gera uma revestimento após a deposição de íons sobre o
substrato na passagem de uma corrente elétrica através de uma solução eletrolítica. Com isso
há formação de um película podendo chagar até (25m) e por ser menos espessa não
necessidade raio de dobramento maiores
A técnica de monitoramento do potencial de corrosão foi eficiente conseguindo demonstrar a
mudança de estados de passivo para o estado ativo das barras, porém o método se limita a um
intervalo grande de incerteza, do qual não se consegue precisar níveis intermediários de
corrosão como percebido em literatura. As barras sem revestimento houve um perda
significativa de massa comprovando que se faz necessário um tipo de proteção adicional as
barras e não tão somente o camada de cobrimento do concreto que é usualmente utilizado onde
se torna dependente da qualidade empregada tanto na seleção da matéria prima (agregados)
quando do processo de execução do concreto.
A eletrodeposição é um método eficaz no tocante a proteção de vergalhões para a
construção civil. Os revestimentos se mostraram eficiente proporcionando uma ampliação na
vida útil dos vergalhões. A reduzida espessura utilizada neste trabalho mostrou-se eficaz no
trabalho de proteção. Pode se notar a existência de uma relação direta com a espessura do
revestimento galvânico com o aumento da durabilidade quanto menor a espessura mais
deficiente é a formação de oxido de zinco substância amplia o efeito de proteção do
revestimento galvânico, pois oxido de zinco atua como um agente auto-cura para o
revestimento.
Em regiões onde as estruturas de concreto armado estão expostas a áreas de forte
agressividade ambiental faz-se necessário o emprego de uma medida adicional de proteção. Os
grandes níveis de cloretos, sendo esses os principais agentes que perpetuam prolongamento da
corrosão. Assim sendo as estruturas de concreto carecem de manutenção constante, item
observado na NBR 6118 (2014) – conforme item 7.7 que relata uso de aço galvanizado e com
isso uma drástica redução na frequência das manutenções, ocasionando maior segurança nas
obras. Conforme verificado nos estudos de YEOMANS (2004) as barras galvanizadas com
zinco por eletrodeposição não tem suas propriedades mecânicas alteradas após o processo de
zincagem. O aço revestido possui as mesmas características do aço comum. Foi identificado no
63
ensaio um ganho de durabilidade das barras revestidas de 51% o que demonstra a eficiência do
revestimento contra os agente agressivos.
1. Tanque de polipropileno PP
É a estrutura responsável por receber as soluções eletrolíticas onde será feito a deposição
do material Figura 4, por ser um material termoplástico e possuir excelente resistência química.
O tanque do estudo possui dimensões de 4m x 1m x 1m e volume de 4000 litros e valor médio
de R$1.700
Figura 29 - Tanque de polipropileno
Fonte:www.solucoesindustriais.com.br%2Fimages%2Fprodutos%2Fimagens_10130%2Fp_ta
nques-para-galvanoplastia-10.jpg
2. Grade conexão (Barramento)
É um sistema necessário para ponto de contato da peça a ser galvanizada e a fonte de
alimentação(retificador), as barras podem ser redondas ou chatas. A grade possui dimensões
64
3,8m x 0,8m é articulada com uma grua já existente ou pode ser aplicado um sistema de elevação
o custo do barramento para o tanque escolhido fica em R$560
Retificador de tensão
É um conjunto de fonte e maquina elétrica que transforma a tensão alternada em
continua, o conjunto é formado por transformador trifásico, unidade retificadora, unidade de
resfriamento, se faz necessário para que ocorra a deposição dos íons Figura 5, possui custo de
mercado para o retificador de 2000A de R$1500
Figura 30 - Retificador de tensão 2000A
Fonte:http://www.solucoesindustriais.com.br/empresa/instalacoes_e_equipamento_industrial/t
ecway/produtos/instalacoes-e-equipamentos-industriais/retificadores-para-zincagem
3. Aquecimento
Pode ser utilizada resistência elétrica ou com vapor, no caso de resistência faz-se
necessário uso de termostato em cada banho para controle de temperatura. O valor de mercado
da grade resistiva de R$300 Figura 6.
Figura 31 - Resistência tubular sobre borda
Fonte: http://www.anek.com.br/resistencia-tubular-sobre-borda
65
4. Agitador
Sua função é fazer o turbilhonamento da solução Figura 7, para promover uma
homogeneidade da película seu valor de mercado incluindo motor(1/4CV) aletas e suporte R$
475
Figura 32 - Agitador acoplado ao tanque de Polipropileno
Fonte: http://www.tecwey.com.br/imagens/informacoes/tanques-galvanoplastia-06.jpg
5. Filtro
Promove a limpeza de detritos do banho eletroquímico, desempenha uma economia de
recursos pois permite a utilização das soluções diversas inúmeras vezes Figura 8 possui um
valor de mercado de R$1.900 referente a um unidade com vazão de 1000l/h
Figura 33 - Filtro de limpeza de detritos/ lodo
66
Fonte: http://www.tecwey.com.br/bomba-filtro-galvanoplastia
6. Tratamento de Resíduos
Mesmo não sendo o foco deste trabalho, existe a necessidade de pensar, de forma
sustentável no tocante a destinação de resíduos, o tratamento poderá ser duas formas, via
estação de tratamento compacta Figura 9 com capacidade de tratamento de 1000𝑙/ℎ segundo
pesquisas/ cotação o sistema completo é de R$12500, sendo que o mesmo necessita de um
operador habilitado, porém não full time, podendo acumular outras funções. A outra forma de
tratamento é contratar empresa especializada que dará destino adequado ao efluente.
Tendo em vista que processo gera resíduos tais como. Efluentes ácidos – soluções
decapante e suas águas de lavagem; efluentes alcalinos – desengraxantes e suas águas de
lavagem; efluentes cianídricos – banhos zinco e suas águas de lavagem
Figura 34 - Estação de tratamento compacta
Fonte:www.suisei.com.br/produtos/estacoes/ete/compacta.jpg
67
REFERÊNCIAS
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Construction and Building Materials, vol. 10. n. 5, p. 315-328, 1996.
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ASTM Standards. Standard test for half-cell potentils of uncoated reinforcing steel in
concrete. ASTM C876, Philadelphia, 1991.
ASTM G57. AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS. Annual book of
ASTM Standards. Standard Method for field measurement of soil resistivity using the
Wnner foureletrode method. ASTM G57, Philadelphia, 1984.
BARD, A.J. FALKNER, L.R. Electrochemical Methods, 2nd ed., Wiley, New York, 2001, ch 8.
CALLISTER, Jr., W.D. Ciência e engenharia de materiais: Uma introdução, Rio de Janeiro:
LTC, 7ed, 2008.
GONZÁLEZ, J. A.; FELIÚ, S.; RODRIGUEZ, P.; RAMIREZ, E.; ALONSO, C.; ANDRADE,
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MORELLI M. R; RIBEIRO D. V.; LABRINCHA J. A.. Effect of the addition of red mud on
the corrosion parameters of reinforced concrete. Cement and Concrete Research, v. 42,
2012;
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induced corrosion of reinforcing stell. Cement and Concrete Reserach, Vol. 16,1986, p. 79-
86.
TOMACHUK, C. Revestimentos de zinco sobre aços e suas aplicações. Artigo. C&P. 2015
GLOSSÁRIO
72
ÍNDICE
ABSTRACT, 7
AGRADECIMENTOS, 4
Caracterização das matérias primas para concreto, 38
Caracterização do concreto, 58
Carbonatação, 19
CONCLUSÕES, 61
Elementos que influenciam a deterioração das armaduras, 26
Fatores determinantes da velocidade e profundidade de penetração de íons cloreto, 26
Galvanização, 48
Galvanização a frio, 34
Galvanização como camada de proteção, 32
INTRODUÇÃO, 14
Íons cloreto, 21
LISTA DE FIGURAS, 8
LISTA DE GRÁFICOS, 11
LISTA DE TABELAS, 10
METODOLOGIA, 37
Modelo de vida útil da corrosão segundo Tuuti, 24
Monitoramento e potenciais de corrosão, 27
Potencial de corrosão, 58
REFERÊNCIAL TÉORICO, 18
REFERÊNCIAS, 67
RESULTADOS E DISCUSSÕES, 57
RESUMO, 6
Surgimento e efeitos da corrosão nas armaduras, 18
Taxa de corrosão, 60
Verificação dos potenciais de corrosão, 52