Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
Auditoria
www.acasadoconcurseiro.com.br
Edital
BANCA: Cespe
CARGO: Auditor Fiscal do Trabalho
www.acasadoconcurseiro.com.br
Auditoria
Conceito de Auditoria
www.acasadoconcurseiro.com.br 7
por esses profissionais no exercício de suas funções. Elas estabelecem os conceitos básicos
sobre as exigências em relação à pessoa do auditor, à execução de seu trabalho e ao parecer
que deverá por ele ser emitido (Franco e Marra, 2011).
As Normas Brasileiras de Contabilidade – NBC –, editadas pelo CFC, devem seguir os padrões
internacionais e compreendem as normas propriamente ditas, as Interpretações Técnicas e
os Comunicados Técnicos. Elas entraram em vigor nos exercícios iniciados em ou após 1º de
janeiro de 2010.
As normas de auditoria independente são aprovadas pelo CFC por meio de Resoluções, e
classificadas em normas profissionais (NBC PA) e normas técnicas (NBC TA). Enquanto as NBC
PA estabelecem regras e procedimentos de conduta a serem observados como requisitos para
o exercício profissional contábil, as NBC TA descrevem conceitos doutrinários, princípios e
procedimentos a serem aplicados quando da realização dos trabalhos.
Fonte: IBRACON
A adoção dessas normas é obrigatória? Sim. De acordo com a própria Resolução CFC nº
1.328/11, a inobservância às NBC constitui infração disciplinar sujeita às penalidades previstas
no Decreto-Lei nº 9.295/46, alterado pela Lei nº 12.249/10, e ao Código de Ética Profissional do
Contador.
As Normas Brasileiras de Contabilidade compreendem:
•• Código de Ética Profissional do Contabilista;
•• Normas de Contabilidade, de Auditoria Independente e de Asseguração, de Auditoria
Interna e de Perícia.
8 www.acasadoconcurseiro.com.br
MTE - Auditor Fiscal do Trabalho – Auditoria – Prof. Rodrigo Fontenelle
Conceituação e Finalidade
Objetivos Gerais
Vantagens
www.acasadoconcurseiro.com.br 9
Auditoria Independente
10 www.acasadoconcurseiro.com.br
Questões
www.acasadoconcurseiro.com.br 11
FCC contábeis foram elaboradas, em todos os
aspectos relevantes, em conformidade com
uma estrutura de relatório financeiro. Esta
declaração identifica a auditoria:
4. (FCC – CNMP – 2015)
a) operacional, em conformidade com as
A empresa Plantio de Árvores do Norte S/A, NAT TCE.
contratou a firma de auditoria Aspectos & b) governamental, em conformidade com
Consultoria, para examinar as demonstra- as NAT TCE.
ções contábeis do exercício de 2014. O ob- c) governamental, em conformidade com
jetivo da auditoria é aumentar o grau de as NAG TCU.
confiança nas demonstrações contábeis por d) independente, em conformidade com
parte dos usuários. Isso é alcançado me- as NBC TA.
diante a: e) de regularidade, em conformidade com
a) expressão de uma opinião pelo auditor as NAG TCU.
sobre se as demonstrações contábeis
foram elaboradas, em todos os aspec- 6. (FCC – TCE-RS – 2014)
tos relevantes, em conformidade com
Os manuais, de uma maneira geral, definem
uma estrutura de relatório financeiro
auditoria como um exame analítico e peri-
aplicável.
cial das operações contábeis, desde o início
b) natureza, a oportunidade e a extensão
até o balanço. Nos termos da NBC TA 200, o
dos procedimentos de auditoria realiza-
objetivo da auditoria é:
dos pelo auditor, alinhados com o obje-
tivo da auditoria. a) levantar informações suficientes e ade-
c) obtenção, pelo auditor, de segurança quadas que permitam comparar as me-
razoável de que as demonstrações con- tas fixadas com os resultados alcança-
tábeis como um todo estão livres de dos.
distorção relevante, independentemen- b) controlar os procedimentos contábeis
te se causada por fraudes ou erros de para evitar que informações de interes-
conhecimento ou não dos responsáveis se da instituição auditada sejam divul-
pela governança. gados.
d) realização, pelo auditor, de exames nas c) aumentar o grau de confiança das de-
áreas, atividades, produtos e processos, monstrações contábeis por parte dos
de forma a alcançar evidências adequa- usuários.
das e suficientes para elaboração do re- d) estabelecer metodologia para ação in-
latório de auditoria. tegrada de todos os setores da institui-
e) elaboração dos programas de trabalho ção auditada.
de forma a servir como guia e meio de e) apurar e consolidar irregularidades con-
controle de execução do trabalho, de- tábeis em relatório para subsidiar even-
vendo ser revisados e atualizados sem- tual investigação de ilícitos administra-
pre que as circunstâncias o exigirem. tivos e penais.
12 www.acasadoconcurseiro.com.br
MTE - Auditor Fiscal do Trabalho – Auditoria – Prof. Rodrigo Fontenelle
www.acasadoconcurseiro.com.br 13
opinião sobre se as demonstrações con-
tábeis foram elaboradas, em todos os
aspectos considerados, em conformida-
de com a estrutura de parecer financei-
ro consolidado do auditor independen-
te.
Gabarito: 1. C 2. E 3. C 4. A 5. D 6. C 7. B 8. C 9. A 10. D
14 www.acasadoconcurseiro.com.br
MTE - Auditor Fiscal do Trabalho – Auditoria – Prof. Rodrigo Fontenelle
Antes de mais nada, deve-se ressaltar que, para exercer a atividade de auditor independente
o profissional deve ser bacharel em Ciências Contábeis, registrado no CRC. Caso a empresa
auditada seja companhia aberta, deverá também ter registro na Comissão de Valores
Mobiliários – CVM.
A Resolução CFC nº 803/96 aprovou o Código de Ética Profissional do Contador – CEPC – que
tem por objetivo fixar a forma pela qual se devem conduzir os Profissionais da Contabilidade,
quando no exercício profissional e nos assuntos relacionados à profissão e à classe.
1. Ética
Os princípios fundamentais de ética profissional relevantes para o auditor quando da condução
de auditoria de demonstrações contábeis estão implícitos no Código de Ética Profissional do
Prof.
Me.
Rodrigo
Fontenelle
Contabilista e na NBC PA 01, que trata do controle de qualidade. Esses princípios estão em linha
com osRequisitos paradeoÉtica
princípios do Código Exercício dacumprimento
do IFAC, cujo Auditoriaé exigido
(NBCdosTA 200) Os
auditores.
princípios são:
Comportamento
Confidencialidade
(ou conduta)
= Sigilo
profissional
www.acasadoconcurseiro.com.br 15
II – guardar sigilo sobre o que souber em razão do exercício profissional lícito, inclusive no
âmbito do serviço público, ressalvados os casos previstos em lei ou quando solicitado por
autoridades competentes, entre estas os Conselhos Regionais de Contabilidade;
III – zelar pela sua competência exclusiva na orientação técnica dos serviços a seu cargo;
IV – manifestar, a qualquer tempo, a existência de impedimento para o exercício da profissão;
V – cumprir os Programas Obrigatórios de Educação Continuada estabelecidos pelo CFC; (...)
2. Ceticismo Profissional
Ceticismo profissional é a postura que inclui uma mente questionadora e alerta para condições
que possam indicar possível distorção devido a erro ou fraude e uma avaliação crítica das
evidências de auditoria.
O auditor deve planejar e executar a auditoria com ceticismo profissional, reconhecendo que
podem existir circunstâncias que causam distorção relevante nas demonstrações contábeis. O
ceticismo profissional inclui estar alerta, por exemplo, a:
•• evidências de auditoria que contradigam outras evidências obtidas;
•• condições que possam indicar possível fraude;
•• circunstâncias que sugiram a necessidade de procedimentos de auditoria além dos exigidos
pelas NBC TAs.
A manutenção do ceticismo profissional ao longo de toda a auditoria é necessária, por exemplo,
para que o auditor reduza os riscos de:
16 www.acasadoconcurseiro.com.br
MTE - Auditor Fiscal do Trabalho – Auditoria – Prof. Rodrigo Fontenelle
www.acasadoconcurseiro.com.br 17
4. Evidência de auditoria apropriada e suficiente e risco de auditoria
Para obter segurança razoável, o auditor deve obter evidência de auditoria apropriada e
suficiente para reduzir o risco de auditoria a um nível baixo aceitável e, com isso, possibilitar
alcançar conclusões razoáveis e nelas basear a sua opinião.
18 www.acasadoconcurseiro.com.br
Questões
www.acasadoconcurseiro.com.br 19
ção de trabalhos de auditoria das demons- tâncias não usuais e extrair conclusões ba-
trações contábeis. seadas nas evidências de auditoria. Esses
objetivos podem ser alcançados, respecti-
a) Independência técnica. vamente, por meio:
b) Confidencialidade.
c) Competência e zelo profissional. a) do quadro de investigação atualizado e
d) Comportamento e conduta profissio- ferramenta de feedback.
nal. b) do planejamento de auditoria e agrupa-
e) Objetividade. mento de achados de auditoria.
c) da análise de relevância e análise lógica
6. (ESAF – RECEITA FEDERAL – 2009) das evidências de auditoria.
d) dos riscos de auditoria e riscos de de-
O auditor da empresa Negócios S.A. esta- tecção.
beleceu três procedimentos obrigatórios e) do ceticismo profissional e julgamento
para emissão do parecer. O primeiro, que a profissional.
empresa renovasse o contrato de auditoria
para o próximo ano, o segundo, que a em- 8 (FCC – SEFAZ-PE – 2014)
presa emitisse a carta de responsabilidade
da administração e o terceiro, que o pare- Contratado para realizar auditoria nas de-
cer seria assinado por sócio do escritório monstrações contábeis da empresa Queijos
de contabilidade, cuja única formação é ad- Coalho S/A, o auditor para obter segurança
ministração de empresas. Pode-se afirmar, razoável e reduzir o risco de auditoria a um
com relação aos procedimentos, respectiva- nível baixo aceitável e possibilitar alcançar
mente, que: conclusões razoáveis e nelas basear a sua
opinião deve:
a) é ético, não é procedimento de audito-
ria e atende as normas de auditoria e a) elaborar os papéis de trabalho de acor-
da pessoa do auditor. do com os procedimentos de auditoria.
b) não é ético, não é procedimento de au- b) obter evidência de auditoria apropriada
ditoria e não atende as normas de audi- e suficiente.
toria e da pessoa do auditor. c) planejar os trabalhos de auditoria to-
c) é ético, não deve ser considerado para mando por base o resultado de audito-
emissão do parecer e atende as normas rias anteriores.
de auditoria e da pessoa do auditor. d) realizar a auditoria de acordo com os
d) é ético, considera-se apenas em alguns procedimentos definidos.
casos para emissão do parecer e não e) avaliar o controle interno.
atende as normas de auditoria e pessoa
do auditor. 9. (FCC – TCE-GO – 2014)
e) não é ético, é procedimento de audito-
ria e não atende as normas de auditoria Com relação aos requisitos éticos relacio-
e da pessoa do auditor. nados à auditoria de demonstrações contá-
beis, no caso de trabalho de auditoria ser de
interesse público e, portanto, exigido pelo
Código de Ética Profissional do Contabilis-
FCC ta e pelas normas profissionais do CFC, nos
termos da NBC TA 200, requer-se que o:
7. (FCC – CGM-São Luís – 2015) a) auditor seja independente da entidade
Durante os trabalhos de auditoria, o auditor sujeita à auditoria.
deve reduzir os riscos de ignorar circuns-
20 www.acasadoconcurseiro.com.br
MTE - Auditor Fiscal do Trabalho – Auditoria – Prof. Rodrigo Fontenelle
www.acasadoconcurseiro.com.br 21
a) ceticismo profissional. a qual também doou o terreno a empresa
b) acesso irrestrito a todas as informações Grãos e Cia. Os funcionários também infor-
necessárias para fundamentar seu parecer. maram que nunca esteve na empresa Grãos
c) julgamento profissional. e Cia qualquer funcionário da empresa de
d) corresponsabilidade pela elaboração terraplanagem contratada.
das demonstrações contábeis da enti-
dade auditada. O procedimento do auditor mostra uma
e) obtenção de evidência de auditoria postura de:
apropriada e suficiente. a) falta de ética profissional por desconfiar
da administração.
16. (FCC – TRT - 6ª Região – 2012) b) investigação, atitude não pertinente às
De acordo com as normas de auditoria ex- atividades do auditor.
terna, quando o auditor desenvolve seus c) julgamento profissional avaliando a lici-
trabalhos com uma postura que inclui ques- tude dos atos da equipe de auditores.
tionamento e avaliação crítica e detalha- d) representante da Governança no proces-
da, e desempenhe os trabalhos com alerta so de identificação de todas as fraudes.
para condições que possam indicar possí- e) ceticismo profissional adequada às nor-
vel distorção, devido a erro ou fraude nas mas de auditoria.
demonstrações financeiras, o auditor está
aplicando: 18. (FCC – TRT - 20ª Região – 2011)
22 www.acasadoconcurseiro.com.br
MTE - Auditor Fiscal do Trabalho – Auditoria – Prof. Rodrigo Fontenelle
Gabarito: 1. E 2. C 3. E 4. A 5. A 6. E 7. E 8. B 9. A 10. D 11. B 12. D 13. A 14. B 15. D 16. B 17. E
18. E 19. B 20. A 21. B 22. D
www.acasadoconcurseiro.com.br 23
INDEPENDÊNCIA
Independência
• É a ameaça de que interesse financeiro ou outro interesse
Ameaça de
influenciará de forma não apropriada o julgamento ou o
interesse próprio
comportamento do auditor.
Ameaça de
defesa de
Prof.
Me.
Rodrigo
Fontenelle
• É a ameaça de que o auditor promoverá ou defenderá a posição de
interesse do seu cliente a ponto em que a sua objetividade fique comprometida.
cliente Independência
24 www.acasadoconcurseiro.com.br
MTE - Auditor Fiscal do Trabalho – Auditoria – Prof. Rodrigo Fontenelle
www.acasadoconcurseiro.com.br 25
São a propriedade de títulos e valores mobiliários e quaisquer outros tipos de investimentos
adquiridos ou mantidos pela entidade de auditoria, seus sócios, membros da equipe de
auditoria ou membros imediatos da família dessas pessoas, relativamente à entidade auditada,
suas controladas ou integrantes de um mesmo grupo econômico, dividindo-se em diretos e
indiretos:
a) interesses financeiros diretos são aqueles sobre os quais o detentor tem controle, seja em
ações, debêntures ou em outros títulos e valores mobiliários; e
b) interesses financeiros indiretos são aqueles sobre os quais o detentor não tem controle
algum. A relevância de interesse financeiro indireto deve ser considerada no contexto da
entidade auditada, do trabalho e do patrimônio líquido do indivíduo em questão.
Se um membro da equipe de auditoria, um familiar imediato dessa pessoa ou uma firma tiverem
interesse financeiro direto ou interesse financeiro indireto relevante no cliente de auditoria, a
Prof.
Me.
Rodrigo
Fontenelle
ameaça de interesse próprio criada será tão significativa que nenhuma salvaguarda poderá
Independência
reduzir a ameaça a um nível aceitável.
26 www.acasadoconcurseiro.com.br
MTE - Auditor Fiscal do Trabalho – Auditoria – Prof. Rodrigo Fontenelle
Honorários
www.acasadoconcurseiro.com.br 27
Questões
www.acasadoconcurseiro.com.br 29
ESAF e) Comunicar às entidades de supervisão
e controle a existência desse interesse e
aguardar pronunciamento.
4. (ESAF – RFB – 2012)
6. (ESAF – CVM – 2010)
A empresa Betume S.A. é uma empresa de
interesse público que vem sendo auditada Visando manter a qualidade e a credibilida-
pela empresa Justos Auditores Indepen- de do seu trabalho, ao identificar ameaças
dentes, pelo mesmo sócio-principal há sete que possam comprometer a sua indepen-
anos. Considerando a NBC PA 290, deve a dência, o auditor deve tomar a seguinte pro-
firma de auditoria externa: vidência:
a) ser substituída por outra, não podendo a) comunicar a direção da entidade audi-
retornar a fazer a auditoria da empresa tada, para que sejam tomadas as provi-
no prazo de dez anos. dências necessárias à sua eliminação.
b) fazer a substituição desse sócio-princi- b) aplicar as salvaguardas adequadas, para
pal, podendo o mesmo retornar a fazer eliminar as ameaças ou reduzi-las a um
trabalhos de auditoria nessa companhia nível aceitável, documentando-as.
somente após cinco anos. c) propor aos responsáveis pela entidade
c) substituir toda a equipe de auditoria, de auditoria a supressão das ameaças
podendo retornar aos trabalhos nessa mediante acordo entre as entidades.
companhia, decorridos no mínimo três d) documentar as ameaças e comunicá-las
anos. aos órgãos de supervisão e controle do
d) trocar o sócio-principal e demais sócios- setor em que atua a entidade auditada.
-chave do trabalho, podendo retornar a e) eliminar as ameaças mediante comuni-
fazer auditoria após decorrido o prazo cação aos responsáveis pela governan-
de dois anos. ça da entidade auditada e fazer constar
e) comunicar ao cliente a manutenção do tais providências no seu parecer.
sócio-principal, ficando a cargo do ór-
gão regulador a determinação ou não 7. (Pref. Natal – AFTM – 2008 – ESAF)
da substituição.
A firma de auditoria Verificações Ltda. foi
convidada, pela empresa Múltiplos S.A.,
5. (ESAF – CVM – 2010)
para elaborar proposta de auditoria para
Assinale a opção que indica uma ação capaz suas demonstrações contábeis relativas ao
de eliminar a perda de independência da ano de 2007. O auditor, nesse período, já
entidade de auditoria por interesse finan- havia efetuado a revisão das declarações de
ceiro direto. imposto de renda da empresa e consultoria,
elaborando a avaliação dos ativos de uma
a) Fazer constar nos relatórios produzidos empresa coligada, para que a mesma fosse
o tipo de interesse financeiro, a exten- incorporada pela empresa Múltiplos S.A.
são desse interesse. Deve o auditor, nessa situação,
b) Encerrar o trabalho de auditoria ou
transferi-lo a outra entidade. a) recusar o convite de auditoria por con-
c) Alienar o interesse financeiro direto an- flito nos trabalhos já executados e os a
tes de a pessoa física tornar-se membro serem desempenhados.
da equipe de auditoria. b) participar do processo elaborando pro-
d) Alienar o interesse financeiro ou trans- posta que evidencie os trabalhos já exe-
feri-lo temporariamente até a conclusão cutados e os honorários cobrados.
dos trabalhos.
30 www.acasadoconcurseiro.com.br
MTE - Auditor Fiscal do Trabalho – Auditoria – Prof. Rodrigo Fontenelle
www.acasadoconcurseiro.com.br 31
AUDITORIA INTERNA
Prof.
Me.
Rodrigo
Fontenelle
Controles
Auditoria
Internos
Interna
Auditoria
Externa
Camadas de Controle
Organograma Empresarial
32 www.acasadoconcurseiro.com.br
MTE - Auditor Fiscal do Trabalho – Auditoria – Prof. Rodrigo Fontenelle
Definição:
A Auditoria Interna compreende os exames, análises, avaliações, levantamentos e
comprovações, metodologicamente estruturados para a avaliação da integridade,
adequação, eficácia, eficiência e economicidade dos processos, dos sistemas de informações
Prof.
Me.
Rodrigo
Fontenelle
Finalidade
Finalidade
PROCESSOS
AGREGAR
VALOR
APERFEIÇOAMENTO
GESTÃO
CONTROLES
INTERNOS
Principais objetivos:
•• Verificar se as normas relativas ao sistema contábil e de controles internos estão sendo
cumpridas.
•• Promover medidas de incentivo para o cumprimento das normas contábeis e dos controles
internos.
•• Verificar a necessidade de aperfeiçoamento e propor novas normas para o sistema contábil
e de controles internos.
A Auditoria Interna deve assessorar a administração da entidade no trabalho de prevenção de
fraudes e erros, obrigando-se a informá-la, sempre por escrito, de maneira reservada, sobre
quaisquer indícios ou confirmações de irregularidades detectadas no decorrer de seu trabalho.
A Auditoria Interna é exercida nas pessoas jurídicas de direito público, interno ou externo, e de
direito privado.
Segundo a Resolução CFC nº 560/83, o auditor interno deve ter formação em Contabilidade.
www.acasadoconcurseiro.com.br 33
Auditoria Interna X Externa
34 www.acasadoconcurseiro.com.br
MTE - Auditor Fiscal do Trabalho – Auditoria – Prof. Rodrigo Fontenelle
•• Suficiente: é aquela que é factual e convincente, de tal forma que uma pessoa prudente e
informada possa entendê-la da mesma forma que o auditor interno.
•• Adequada: é aquela que, sendo confiável, propicia a melhor evidência alcançável, por
meio do uso apropriado das técnicas de Auditoria Interna.
•• Relevante: é a que dá suporte às conclusões e às recomendações da Auditoria Interna.
•• Útil: é a que auxilia a entidade a atingir suas metas.
A Auditoria Interna deve ser documentada por meio de papéis de trabalho, elaborados em
meio físico ou eletrônico, que devem ser organizados e arquivados de forma sistemática e
racional.
Os papéis de trabalho constituem documentos e registros dos fatos, informações e provas,
obtidos no curso da auditoria, a fim de evidenciar os exames realizados e dar suporte à sua
opinião, críticas, sugestões e recomendações.
www.acasadoconcurseiro.com.br 35
Os papéis de trabalho devem ter abrangência e grau de detalhe suficientes para propiciarem a
compreensão do planejamento, da natureza, da oportunidade e da extensão dos procedimentos
de Auditoria Interna aplicados, bem como do julgamento exercido e do suporte das conclusões
alcançadas.
Análises, demonstrações ou quaisquer outros documentos devem ter sua integridade
verificada sempre que forem anexados aos papéis de trabalho.
Testes de observância:
Visam à obtenção de razoável segurança de que os controles internos estabelecidos pela
administração estão em efetivo funcionamento, inclusive quanto ao seu cumprimento pelos
funcionários e administradores da entidade.
Testes substantivos:
Visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos
pelos sistemas de informação da entidade.
Inspeção:
Verificação de registros, documentos e ativos tangíveis.
Observação:
Acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução.
36 www.acasadoconcurseiro.com.br
MTE - Auditor Fiscal do Trabalho – Auditoria – Prof. Rodrigo Fontenelle
Investigação e Confirmação:
Obtenção de informações perante pessoas físicas ou jurídicas conhecedoras das transações e
das operações, dentro ou fora da entidade.
O relatório é o documento pelo qual a Auditoria Interna apresenta o resultado dos seus
trabalhos, devendo ser redigido com objetividade e imparcialidade, de forma a expressar,
claramente, suas conclusões, recomendações e providências a serem tomadas pela
administração da entidade.
O relatório da Auditoria Interna deve abordar, no mínimo, os seguintes aspectos:
•• o objetivo e a extensão dos trabalhos;
•• a metodologia adotada;
•• os principais procedimentos de auditoria aplicados e sua extensão;
•• eventuais limitações ao alcance dos procedimentos de auditoria;
•• a descrição dos fatos constatados e as evidências encontradas;
•• os riscos associados aos fatos constatados; e
•• as conclusões e as recomendações resultantes dos fatos constatados.
O relatório da Auditoria Interna deve ser apresentado a quem tenha solicitado o trabalho ou a
quem este autorizar, devendo ser preservada a confidencialidade do seu conteúdo.
A Auditoria Interna deve avaliar a necessidade de emissão de relatório parcial, na hipótese de
constatar impropriedades/irregularidades/ilegalidades que necessitem providências imediatas
da administração da entidade e que não possam aguardar o final dos exames.
www.acasadoconcurseiro.com.br 37
Questões
www.acasadoconcurseiro.com.br 39
8. (CESPE – FUB-DF – 2013) 12. (CESPE – TCU – 2013)
No planejamento dos trabalhos da audito- As atribuições dos auditores internos e ex-
ria interna, cabe ao próprio setor definir a ternos diferem, pois, no primeiro caso, es-
extensão e profundidade dos exames, mas tão fixadas no contrato de trabalho, como
é a administração que determina a época da empregado da empresa, e, no segundo, no
realização de cada trabalho. contrato de prestação de serviços com o
profissional ou empresa. O auditor interno
( ) Certo ( ) Errado tem responsabilidade essencialmente tra-
balhista; o externo, responsabilidade profis-
9. (CESPE – ANP – 2013) sional, civil e criminal.
Em relação à natureza, campo de atuação e ( ) Certo ( ) Errado
noções básicas de auditoria interna e exter-
na, julgue os itens subsequentes.
13. (CESPE – BACEN – 2013)
Com a evolução da atividade empresarial e
o crescimento da captação de recursos de Ao suspeitar da ocorrência de fraude na en-
terceiros, os investidores precisam conhecer tidade sob seu controle, o auditor interno
a posição financeira e patrimonial das en- deve levar o fato ao conhecimento da admi-
tidades, o que ocorre por meio do parecer nistração da entidade, realizando essa co-
emitido pela auditoria interna das entidades municação em conversa reservada.
a respeito da adequação das demonstra-
ções contábeis. ( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
14. (CESPE – BACEN – 2013)
10. (CESPE – ANP – 2013) Os auditores internos de determinada en-
tidade desobrigam-se de prestar ajuda ou
Em relação à natureza, campo de atuação e assessoramento a equipe de auditoria in-
noções básicas de auditoria interna e exter- dependente contratada para examinar as
na, julgue os itens subsequentes. demonstrações contábeis da referida enti-
Quanto à natureza dos procedimentos rea- dade.
lizados durante a auditoria, o auditor é limi- ( ) Certo ( ) Errado
tado em sua investigação pela possibilidade
de distorção nas informações fornecidas
pela administração da auditada 15. (CESPE – FUB-DF – 2013)
( ) Certo ( ) Errado Na hipótese do uso de trabalhos de especia-
listas, o auditor interno está isento de quais-
11. (CESPE – AFT – 2013) quer responsabilidades em relação aos refe-
ridos trabalhos.
Um dos requisitos para assegurar a necessá-
ria independência técnica aos auditores in- ( ) Certo ( ) Errado
ternos é a garantia de que, no planejamento
de seu trabalho, eles não serão influencia- 16. (CESPE – FUB-DF – 2013)
dos pelas orientações emanadas da admi-
nistração da entidade e, eventualmente, por No caso de a auditoria interna detectar indí-
suas expectativas. cios de irregularidades no decorrer de seus
trabalhos e avaliar que a administração da
( ) Certo ( ) Errado
40 www.acasadoconcurseiro.com.br
MTE - Auditor Fiscal do Trabalho – Auditoria – Prof. Rodrigo Fontenelle
( ) Certo ( ) Errado ( ) Certo ( ) Errado
www.acasadoconcurseiro.com.br 41
ESAF c) a atuação de ambas não difere na es-
sência uma vez que os objetivos da ava-
liação é sempre a contabilidade.
d) a auditoria interna cuida em verificar os
25. (ESAF – SUSEP – 2010) aspectos financeiros da entidade, en-
O auditor interno, ao realizar seus testes, quanto a auditoria externa se preocu-
efetuou o acompanhamento dos inventários pa com os pareceres a respeito das de-
físicos, confrontou as notas fiscais do perí- monstrações contábeis.
odo com os registros e realizou a circulari- e) o objetivo da auditoria interna é produ-
zação dos advogados internos e externos. zir relatórios demonstrando as falhas e
Esses procedimentos correspondem respec- deficiências dos processos administra-
tivamente a: tivos e os da auditoria externa é emitir
parecer sobre a execução contábil e fi-
a) investigação, inspeção e observação. nanceira da entidade.
b) inspeção, observação e investigação.
c) confirmação, investigação e observa- 28. (ESAF – RECEITA FEDERAL – 2009)
ção.
d) circularização, observação e inspeção. Com relação aos relatórios de auditoria in-
e) observação, Inspeção e investigação. terna, pode-se afirmar que:
a) podem considerar posições de interesse
26. (ESAF – SEFAZ – PRJ – 2010) da administração e dos gestores, sendo
Para a obtenção de informações junto a pes- conduzidos aos interesses desses.
soas ou entidades conhecedoras da transa- b) devem estar disponíveis a qualquer ad-
ção, dentro ou fora da entidade, o procedi- ministrador da empresa, sem restrição.
mento de auditoria a ser aplicado é: c) podem relatar parcialmente os riscos
associados aos possíveis pontos a serem
a) inspeção. levantados pela auditoria externa.
b) observação. d) somente devem ser emitidos antes do
c) revisão analítica. final dos trabalhos, quando houver irre-
d) confirmação. gularidades que requeiram ações ime-
e) solicitação de informações. diatas.
e) não devem ser emitidos antes do final
27. (ESAF – Fiscal de Rendas-RJ – 2010) dos trabalhos, por não possuírem infor-
A respeito dos objetivos da auditoria interna mações completas.
e da auditoria independente, é correto afir-
mar que: 29. (ESAF – SEFAZ-SP – APOFP – 2009)
42 www.acasadoconcurseiro.com.br
MTE - Auditor Fiscal do Trabalho – Auditoria – Prof. Rodrigo Fontenelle
Gabarito: 1. E 2. E 3. C 4. C 5. C 6. E 7. E 8. E 9. E 10. C 11. E 12. C 13. E 14. C 15. E 16. C 17. E
18. C 19. E 20. C 21. C 22. E 23. E 24. C 25. E 26. D 27. A 28. D 29. C 30. A
www.acasadoconcurseiro.com.br 43
PLANEJAMENTO DE AUDITORIA
Fluxo de Auditoria
Fluxo de Auditoria
Relatório
de
Auditoria
Procedimentos
Substan=vos
Testes
de
Controle
Planejamento
(Avaliação
Inicial
de
Riscos)
Planejamento de Auditoria
Planejamento de Auditoria
A"vidades
Estratégia
Global
Preliminares
Programas
de
Plano
de
Auditoria
Auditoria
44 www.acasadoconcurseiro.com.br
MTE - Auditor Fiscal do Trabalho – Auditoria – Prof. Rodrigo Fontenelle
Planejamento não é uma fase isolada da auditoria, mas um processo contínuo e iterativo,
que muitas vezes começa logo após (ou em conexão com) a conclusão da auditoria anterior,
continuando até a conclusão do trabalho de auditoria atual.
O envolvimento do sócio do trabalho e de outros membros-chave da equipe de trabalho no
planejamento da auditoria incorpora a sua experiência e seus pontos de vista, otimizando assim
a eficácia e a eficiência do processo de planejamento.
Planejamento de Auditoria
www.acasadoconcurseiro.com.br 45
d) considerar os resultados das atividades preliminares do trabalho de auditoria e, quando
aplicável, se é relevante o conhecimento obtido em outros trabalhos realizados pelo sócio
do trabalho para a entidade; e
e) determinar a natureza, a época e a extensão dos recursos necessários para realizar o
trabalho.
O plano de auditoria é mais detalhado que a estratégia global de auditoria visto que inclui
a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria a serem realizados pelos
membros da equipe de trabalho. O planejamento desses procedimentos de auditoria ocorre no
decurso da auditoria, à medida que o plano de auditoria para o trabalho é desenvolvido.
Exemplo: o planejamento dos procedimentos de avaliação de riscos ocorre na fase inicial de
auditoria. Entretanto, o planejamento da natureza, da época e da extensão de procedimentos
específicos adicionais de auditoria depende do resultado dessa avaliação de riscos.
O auditor deve desenvolver o plano de auditoria, que deve incluir a descrição de:
a) natureza, época e extensão dos procedimentos planejados de avaliação de risco;
b) natureza, época e extensão dos procedimentos adicionais de auditoria planejados no nível
de afirmação;
c) outros procedimentos de auditoria planejados e necessários para que o trabalho esteja em
Planejamento
conformidade com as normas de auditoria. de Auditoria
46 www.acasadoconcurseiro.com.br
Planejamento de Auditoria
MTE - Auditor Fiscal do Trabalho – Auditoria – Prof. Rodrigo Fontenelle
Alterações
significa8vas
e
Estratégia
Global
Plano
de
Auditoria
razões
para
essas
alterações
Programa de Auditoria
Escopo de Auditoria
www.acasadoconcurseiro.com.br 47
Questões
www.acasadoconcurseiro.com.br 49
d) triagem de achados de auditoria. ESAF
e) avaliação de resultados de auditoria.
50 www.acasadoconcurseiro.com.br
MTE - Auditor Fiscal do Trabalho – Auditoria – Prof. Rodrigo Fontenelle
www.acasadoconcurseiro.com.br 51
13. (CESPE – BACEN – 2013) 17. (CESPE – MC – 2008)
Antes de iniciar uma auditoria, o auditor O programa de auditoria, elaborado pelo
independente deve avaliar os níveis de in- auditor interno, é um plano de ação deta-
flação, crescimento, recessão, deflação, de- lhado, pois define os objetivos, determina o
semprego e a situação política do setor eco- escopo e o roteiro de procedimentos. Além
nômico da entidade a ser auditada. de orientar a equipe de auditoria, configura-
-se na essência operacional do trabalho de
( ) Certo ( ) Errado auditagem relativamente a uma área espe-
cífica da companhia ou à gestão de determi-
14. (CESPE – FUB-DF – 2013) nado sistema organizacional, estabelecendo
Os procedimentos de auditoria são defini- os procedimentos para a identificação, aná-
dos no próprio programa. Nessa ocasião, lise, avaliação e registro da informação du-
descreve-se o que deve ser feito e como de- rante a execução do trabalho. Julgue CERTO
vem ser realizados os exames. As averigua- ou ERRADO.
ções e verificações devem permitir que os ( ) Certo ( ) Errado
auditores formem uma opinião que funda-
mente sua manifestação.
18. (CESPE – TCE-AC – 2008)
( ) Certo ( ) Errado
A elaboração do trabalho de auditoria deve
15. (CESPE – UNIPAMPA – 2009) ser planejado de forma a prever a natureza,
a extensão e a profundidade dos procedi-
O programa de auditoria deve ser estrutu- mentos que nele serão empregados, sendo
rado de forma que possa ser específico ou dispensáveis os exames preliminares. Julgue
padronizado. O programa específico é mais CERTO ou ERRADO.
apropriado para atividades que não se alte-
rem ao longo do tempo ou para situações ( ) Certo ( ) Errado
que contenham dados e informações simila-
res. Julgue CERTO ou ERRADO.
19. (CESPE – STF – 2008)
( ) Certo ( ) Errado
Sempre que novos fatos recomendarem, o
16. (CESPE – TCU – 2008) planejamento e os programas de trabalho
devem ser revisados e atualizados. Julgue
Segundo orientação do TCU, na fase de CERTO ou ERRADO.
planejamento, a equipe de auditoria deve
construir uma visão geral do objeto a ser ( ) Certo ( ) Errado
auditado. Entre as fontes de informação
disponíveis, recomenda-se que notícias vei-
culadas pela mídia não sejam levadas em
conta, a fim de evitar a contaminação ou o
direcionamento dos trabalhos, que devem
caracterizar-se pela isenção e pela objetivi-
dade. Julgue CERTO ou ERRADO.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: 1. E 2. D 3. D 4. C 5. E 6. A 7. E 8. C 9. A 10. E 11. B 12. E 13. C 14. C 15. E 16. E 17. C
18. E 19. C
52 www.acasadoconcurseiro.com.br
MTE - Auditor Fiscal do Trabalho – Auditoria – Prof. Rodrigo Fontenelle
DOCUMENTAÇÃO DE AUDITORIA
Definições:
Documentação de auditoria é o registro dos procedimentos de auditoria executados, da
evidência de auditoria relevante obtida e conclusões alcançadas pelo auditor (usualmente,
também é utilizada a expressão “papéis de trabalho”).
Arquivo de auditoria compreende uma ou mais pastas ou outras formas de armazenamento,
em forma física ou eletrônica, as quais contêm os registros que constituem a documentação de
trabalho específico.
Auditor experiente é um indivíduo (interno ou externo à firma de auditoria) que possui
experiência prática de auditoria e conhecimento razoável de:
(i) processos de auditoria;
(ii) normas de auditoria e exigências legais e regulamentares aplicáveis;
(iii) ambiente de negócios em que opera a entidade; e
(iv) assuntos de auditoria e de relatório financeiro relevantes ao setor de atividade da entidade.
Objetivo:
O objetivo do auditor é preparar documentação que forneça:
a) registro suficiente e apropriado do embasamento do relatório do auditor; e
b) evidências de que a auditoria foi planejada e executada em conformidade com as normas
e as exigências legais e regulamentares aplicáveis.
Natureza e Finalidade:
A documentação de auditoria fornece:
a) evidência da base do auditor para uma conclusão quanto ao cumprimento do objetivo
global do auditor; e
b) evidência de que a auditoria foi planejada e executada em conformidade com as normas
de auditoria e exigências legais e regulamentares aplicáveis.
www.acasadoconcurseiro.com.br 53
A documentação de auditoria serve ainda para:
•• assistir à equipe de trabalho no planejamento e execução da auditoria;
•• assistir aos membros da equipe de trabalho responsáveis pela direção e supervisão do
trabalho de auditoria no cumprimento de suas responsabilidades de revisão;
•• permitir que a equipe de trabalho possa ser responsabilizada por seu trabalho;
•• manter um registro de assuntos de importância recorrente para auditorias futuras;
•• permitir a condução de revisões e inspeções de controle de qualidade; e
•• permitir a condução de inspeções externas em conformidade com as exigências legais,
regulamentares e outras exigências aplicáveis.
O auditor deve preparar documentação de auditoria que seja suficiente para permitir que um
auditor experiente, sem nenhum envolvimento anterior com a auditoria, entenda:
a) a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria executados para cumprir
com as normas de auditoria e exigências legais e regulamentares aplicáveis;
b) os resultados dos procedimentos de auditoria executados e a evidência de auditoria obtida;
e
c) assuntos significativos identificados durante a auditoria, as conclusões obtidas a respeito
deles e os julgamentos profissionais significativos exercidos para chegar a essas
conclusões.
A forma, o conteúdo e a extensão da documentação de auditoria dependem de fatores como:
a) tamanho e complexidade da entidade;
b) riscos identificados de distorção relevante;
c) importância da evidência de auditoria obtida;
d) metodologia e ferramentas de auditoria usadas;
e) natureza dos procedimentos de auditoria a serem executados.
Ao documentar a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria executados,
o auditor deve registrar:
a) as características que identificam os itens ou assuntos específicos testados;
b) quem executou o trabalho de auditoria e a data em que foi concluído; e
c) quem revisou o trabalho de auditoria executado e a data e extensão de tal revisão.
Se, em circunstâncias excepcionais, o auditor executar procedimentos novos ou adicionais ou
chegar a outras conclusões após a data do relatório, o auditor deve documentar:
a) as circunstâncias identificadas;
b) os procedimentos novos ou adicionais executados, a evidência de auditoria obtida e as
novas conclusões alcançadas, e seu efeito sobre o relatório do auditor; e
54 www.acasadoconcurseiro.com.br
MTE - Auditor Fiscal do Trabalho – Auditoria – Prof. Rodrigo Fontenelle
a) Correntes:
Utilizados apenas no exercício social objeto da auditoria. Ex.: Extratos bancários, plano de
trabalho.
b) Permanentes:
Utilizados em mais de um período. Ex.: Estatuto Social, Manuais, Contratos de Financiamento
de longo prazo.
Técnicas de elaboração*:
•• Tiques (símbolos) são utilizados para evidenciar o serviço executado.
•• Devem ser identificados com o nome do auditor, data-base da auditoria e indicação do
processo auditado, procedimentos efetuados, documentos analisados e conclusão do
auditor.
www.acasadoconcurseiro.com.br 55
•• Referência Cruzada é uma técnica utilizada para evidenciar trabalhos realizados em uma
área que tenha influência em outras áreas de trabalho, por meio da utilização de letras
codificadoras dos papéis de trabalho. Essas codificações devem ser inscritas ao lado da
informação que se quer amarrar.
56 www.acasadoconcurseiro.com.br
MTE - Auditor Fiscal do Trabalho – Auditoria – Prof. Rodrigo Fontenelle
www.acasadoconcurseiro.com.br 57
Questões
www.acasadoconcurseiro.com.br 59
8. (CESPE – TCE-ES – 2012) a) as legislações específicas aplicáveis à
empresa auditada.
A natureza do conteúdo da documentação b) os manuais de procedimentos internos.
de auditoria caracteriza-se como corrente c) o questionário de controle interno.
ou permanente, sendo o plano de contas d) os cartões de assinaturas e rubricas dos
um exemplo de documento de natureza responsáveis pela aprovação das tran-
permanente. Julgue CERTO ou ERRADO. sações.
( ) Certo ( ) Errado e) as cópias de contratos de financiamen-
to para capital de giro.
60 www.acasadoconcurseiro.com.br
MTE - Auditor Fiscal do Trabalho – Auditoria – Prof. Rodrigo Fontenelle
www.acasadoconcurseiro.com.br 61
19. (FCC – TRF – 3ª Região – 2016) 21. (FCC – TJ-PI – 2015)
Nos termos da NBC TA 230, considere: Os papéis de trabalho constituem a docu-
mentação preparada pelo auditor ou for-
I – Identificação de quem revisou o trabalho necida a este na execução da auditoria; sua
de auditoria executado. guarda é responsabilidade do (a):
II – Discussões de assuntos significativos a) auditor responsável;
com a administração. b) auditoria interna;
III – Informações referentes a um assunto c) administração da entidade auditada;
significativo que são inconsistentes com sua d) contador da entidade auditada;
conclusão final. e) conselho fiscal.
62 www.acasadoconcurseiro.com.br
MTE - Auditor Fiscal do Trabalho – Auditoria – Prof. Rodrigo Fontenelle
www.acasadoconcurseiro.com.br 63
28. (FCC – TRT - 12ª Região – 2013) c) o conjunto de formulários que contém
os apontamentos obtidos pelo auditor
Os documentos que têm por finalidade o durante o seu exame.
registro das informações e fatos verificados d) as atividades desempenhadas por cada
durante a auditoria e que servem de supor- integrante do grupo de auditoria.
te para conclusões, ações e recomendações e) os documentos, selecionados pelo au-
denominam-se: ditor, que devem ficar arquivados por,
a) papéis de trabalho. pelo menos, dez anos após a emissão
b) resumos dos testes de auditoria. do parecer de auditoria.
c) documentos de evidenciação.
d) relatórios de aspectos relevantes. 31. (FCC – INFRAERO – 2011)
e) pareceres prévios. Ao conjunto de formulários que contém os
apontamentos obtidos pelo auditor durante
29. (FCC – TCE-AM – 2013) o seu exame dá-se o nome de:
No contexto dos procedimentos e métodos a) papéis-espelho.
de auditoria, os papéis de trabalho são: b) registros de riscos de auditoria.
a) documentos que comprovam a realiza- c) papéis de trabalho.
ção de trabalhos de auditoria e não se d) registros de planejamento de auditoria.
confundem com a documentação de e) quadro sinótico de auditoria.
auditoria.
b) um retrato fiel da fiscalização, contendo 32. (FCC – TRT - 20ª Região – 2011)
a documentação de todas as questões No que se refere à guarda da documenta-
que a auditoria aborde em seu relató- ção, o Auditor, para fins de fiscalização do
rio. exercício profissional, deve conservar a boa
c) preparados pelo auditado e conferidos guarda pelo prazo de:
pelo auditor, que tem o dever de atestar
a regularidade dos atos. a) dezoito meses, a partir da data de emis-
d) registros de procedimentos de audito- são do relatório e parecer relacionado
ria executados, de evidências relevantes com os serviços realizados.
obtidas e de conclusões alcançadas pelo b) dois anos, a partir da data do término
auditor. dos serviços realizados.
e) documentos físicos e não eletrônicos, c) três anos, a partir da data do início dos
uma vez que têm que ser assinados pelo serviços realizados.
auditor. d) cinco anos, a partir da data de emissão
do seu parecer, de toda a documen-
30. (FCC – TCE-PR – 2011) tação, papéis de trabalho, relatórios e
pareceres relacionados com os serviços
Sobre os papéis de trabalho é correto afir- realizados.
mar que são: e) dez anos, a partir da data de entrega ou
a) de propriedade da empresa ou órgão publicação do seu parecer relacionado
auditado. com os serviços realizados.
b) documentos elaborados pelo auditor na
fase que antecede o planejamento da
auditoria.
Gabarito: 1. E 2. E 3. E 4. E 5. C 6. C 7. C 8. C 9. C 10. E 11. C 12. C 13. A 14. C 15. E 16. B 17. C
18. E 19. E 20. E 21. A 22. C 23. D 24. E 25. D 26. B 27. B 28. A 29. D 30. C 31. C 32. D
64 www.acasadoconcurseiro.com.br
MTE - Auditor Fiscal do Trabalho – Auditoria – Prof. Rodrigo Fontenelle
Testes de Auditoria
AVALIAÇÃO
DE
RISCO
PROCEDIMENTOS
TESTES
DE
DE
AUDITORIA
CONTROLE
TESTE
DE
ADICIONAIS
DETALHES
PROCEDIMENTOS
SUBSTANTIVOS
PROCEDIMENTOS
ANALÍTICOS
SUBSTANTIVOS
www.acasadoconcurseiro.com.br 65
Testes de controle
Ao avaliar a efetividade operacional dos controles relevantes, o auditor deve avaliar se as
distorções que foram detectadas pelos procedimentos substantivos indicam que os controles
não estão operando efetivamente.
A ausência de detecção de distorções por procedimentos substantivos, entretanto, não fornece
evidência de auditoria de que os controles relacionados com a afirmação que está sendo
testada são efetivos.
Procedimentos Substantivos
Conforme verificado anteriormente, divide-se em:
a) Testes de Detalhes:
Fornece evidências quanto à adequação dos registros dos fatos contábeis.
b) Procedimentos analíticos substantivos:
Verifica o comportamento de valores significativos, por meio da aplicação de índices,
quocientes, quantidades absolutas e outros meios. Objetiva detectar e analisar situações
anormais/atípicas e relevantes constatadas nas demonstrações contábeis.
O auditor deve planejar e executar procedimentos substantivos para cada classe de transações,
saldo de contas e divulgações relevantes, independentemente dos riscos avaliados de distorção
relevante. Essa exigência reflete os fatos de que:
(i) a avaliação de risco do auditor é questão de julgamento e, portanto, pode não identificar
todos os riscos de distorção relevante; e
(ii) há limitações inerentes ao controle interno, incluindo a burla dos controles pela
administração.
Dependendo das circunstâncias, o auditor pode determinar que:
•• executar somente procedimentos analíticos substantivos é suficiente para reduzir o risco
de auditoria para um nível baixo aceitável;
•• somente os testes de detalhes são apropriados;
•• a combinação de procedimentos substantivos analíticos e testes de detalhes responde
melhor aos riscos identificados.
Os procedimentos básicos de auditoria descritos a seguir, também chamados de técnicas
de auditoria, podem ser utilizados como procedimentos de avaliação de riscos, testes de
controles ou procedimentos substantivos, dependendo do contexto em que sejam aplicados
pelo auditor.
Podem incluir inspeção, observação, confirmação, recálculo, reexecução e procedimentos
analíticos, muitas vezes em combinação, além da indagação.
66 www.acasadoconcurseiro.com.br
MTE - Auditor Fiscal do Trabalho – Auditoria – Prof. Rodrigo Fontenelle
Inspeção
A inspeção envolve o exame de registros ou documentos, internos ou externos, em forma de
papel, em forma eletrônica ou em outras mídias, ou o exame físico de um ativo.
A inspeção de ativos tangíveis pode fornecer evidência de auditoria confiável quanto à sua
existência, mas não necessariamente quanto aos direitos e obrigações da entidade ou à
avaliação dos ativos.
Observação
A observação consiste no exame do processo ou procedimento executado por outros, por
exemplo, a observação pelo auditor da contagem do estoque pelos empregados da entidade ou
da execução de atividades de controle.
A observação fornece evidência de auditoria a respeito da execução de processo ou
procedimento, mas é limitada ao ponto no tempo em que a observação ocorre e pelo fato de
que o ato de observar pode afetar a maneira como o processo ou o procedimento é executado.
Confirmação Externa
Confirmação externa é a evidência de auditoria obtida como resposta por escrito, direta para o
auditor, de um terceiro (a parte que confirma), em papel, no formato eletrônico ou outro meio.
(NBC TA 505)
Solicitação de confirmação positiva é a solicitação em que a parte que confirma responde
diretamente ao auditor indicando se concorda ou discorda das informações na solicitação
(positiva em preto), ou forneçe as informações solicitadas (positiva em branco).
A indagação consiste na busca de informações junto a pessoas com conhecimento, financeiro
e não financeiro, dentro ou fora da entidade. A indagação é utilizada extensamente em toda
a auditoria, além de outros procedimentos de auditoria. As indagações podem incluir desde
indagações escritas formais até indagações orais informais. A avaliação das respostas às
indagações é parte integral do processo de indagação.
As respostas às indagações podem fornecer ao auditor informações não obtidas anteriormente
ou evidência de auditoria comprobatória. Alternativamente, as respostas podem fornecer
informações significativamente divergentes das informações que o auditor obteve.
Recálculo
O recálculo consiste na verificação da exatidão matemática de documentos ou registros.
Reexecução
A reexecução envolve a execução independente pelo auditor de procedimentos ou controles
que foram originalmente realizados como parte do controle interno da entidade.
www.acasadoconcurseiro.com.br 67
Procedimentos analíticos
Os procedimentos analíticos consistem em avaliação das informações feitas por meio de
estudo das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros.
Os procedimentos analíticos incluem também a investigação de flutuações e relações
identificadas que sejam inconsistentes com outras informações relevantes ou que se desviem
significativamente dos valores previstos.
68 www.acasadoconcurseiro.com.br
Questões
A reexecução é uma técnica que consiste na Com relação aos testes e procedimentos de
simulação, pela equipe de auditoria, de to- auditoria, julgue o item seguinte.
das as etapas de realização da operação que
está sendo objeto de exame.
www.acasadoconcurseiro.com.br 69
Os testes de observância são aplicados pelo No que concerne aos testes e procedimen-
auditor quando ele deseja obter provas su- tos de auditoria e à revisão analítica, julgue
ficientes e convincentes sobre transações, os itens que se seguem.
de maneira a lhe proporcionar fundamenta-
ção para a opinião acerca de determinados 12. (CESPE – FUB-DF – 2013)
fatos e para avaliar a funcionalidade do sis-
tema contábil da empresa auditada. O auditor, ao examinar as rotinas adotadas
pelos servidores de um órgão e as comparar
( ) Certo ( ) Errado com os manuais da organização e as suas
normas de funcionamento, estará efetuan-
do um teste de observância.
9. (CESPE – TELEBRAS – 2013)
( ) Certo ( ) Errado
Com relação aos testes e procedimentos de
auditoria, julgue os itens subsecutivos.
13. (CESPE – FUB-DF – 2013)
Quando o auditor detecta inconsistência
entre evidências oriundas de fontes diferen- Uma das características da revisão analítica
tes, o julgamento profissional é o parâme- consiste na fixação de uma diferença máxi-
tro para decidir qual a fonte mais confiável. ma aceitável entre os valores observados e
os esperados, que pode ser expressa em va-
( ) Certo ( ) Errado lor monetário, percentual, uma combinação
de ambos ou, mais raramente, mediante o
10. (CESPE – TELEBRAS – 2013) resultado de modelos estatísticos mais so-
fisticados.
Com relação aos testes e procedimentos de
auditoria, julgue os itens subsecutivos. ( ) Certo ( ) Errado
70 www.acasadoconcurseiro.com.br
MTE - Auditor Fiscal do Trabalho – Auditoria – Prof. Rodrigo Fontenelle
www.acasadoconcurseiro.com.br 71
licitou à parte que formalizasse por escrito ditoria poderão ser suportados por re-
diretamente para ele e não obteve respos- latórios de confirmação feitos pela ad-
ta. Nesta situação o auditor: ministração da empresa.
e) deverá efetuar testes em todas as áre-
a) descarta definitivamente o procedi- as, conforme estabelece as normas de
mento, porque o mesmo não se enqua- auditoria.
dra na definição de confirmação exter-
na direta. 22. (ESAF – RECEITA FEDERAL – 2009)
b) aceita o procedimento, uma vez que
adotou procedimento de confirmação A empresa Agrotoxics S.A. tem seus produ-
suficiente. tos espalhados por diversos representantes,
c) classifica como confirmação negativa e em todas as regiões do Brasil. Seu proces-
valida a área auditada. so de vendas é por consignação, recebendo
d) procura outra evidência de auditoria somente após a venda. O procedimento de
para suportar as informações da res- auditoria que garantiria confirmar a quanti-
posta verbal. dade de produtos existentes em seus repre-
e) ressalva o relatório de auditoria, evi- sentantes seria:
denciando a falta de sucesso na circula-
rização. a) inventário físico.
b) custeio ponderado.
21. (ESAF – SUSEP – 2010) c) circularização.
d) custeio integrado.
O auditor externo, ao realizar os procedi- e) amostragem.
mentos para avaliação de três processos da
empresa a ser auditada, constatou a seguin- 23. (ESAF – RECEITA FEDERAL – 2009)
te situação:
A auditoria externa realizou na empresa
Área 1: Baixo nível de risco, com baixa pro- Avalia S.A. o cálculo do índice de rotativida-
babilidade de ocorrência de erros e/ou frau- de dos estoques para verificar se apresenta-
des. va índice correspondente às operações pra-
ticadas pela empresa. Esse procedimento
Área 2: Alto nível de risco, com média pro- técnico básico corresponde a:
babilidade de ocorrência de erros e/ou frau-
des. a) inspeção.
b) revisão analítica.
Área 3: Alto nível de risco, com alta probabi- c) investigação.
lidade de ocorrência de erros e/ou fraudes. d) observação.
Com base nas conclusões acima, pode-se e) confronto.
afirmar que o auditor:
24. (ESAF – RECEITA FEDERAL – 2009)
a) não deverá realizar testes para a área
1, visto que o risco e a probabilidade de A empresa Grandes Resultados S.A. possui
ocorrência de erros é baixa. prejuízos fiscais apurados nos últimos três
b) deverá aplicar testes considerando anos. A empresa estava em fase pré-opera-
grandes amostragens para todas as áre- cional e agora passou a operar em plena ati-
as. vidade. As projeções para os próximos cinco
c) somente deverá realizar testes nas áre- anos evidenciam lucros. O procedimento
as 2 e 3, as quais apresentam risco alto. técnico básico que aplicado pelo auditor
d) em decorrência da probabilidade baixa constataria esse evento seria:
e média nos itens 1 e 2, os testes de au- a) ocorrência.
72 www.acasadoconcurseiro.com.br
MTE - Auditor Fiscal do Trabalho – Auditoria – Prof. Rodrigo Fontenelle
www.acasadoconcurseiro.com.br 73
TESTES ESPECÍFICOS
Para cada tipo de conta das demonstrações contábeis, devemos aplicar testes e procedimentos
específicos, em busca de evidências de distorções relevantes que possam justificar a existência
de não conformidades porventura existentes.
Essa não conformidades – ou distorções, podem ser de quatro tipos:
•• saldo superavaliado (valor maior que o real);
•• saldo subavaliado (valor menor que o real);
•• saldo fictício (valor inexistente ou irreal); ou
•• saldo oculto (omissão de valor).
Os testes principais de superavaliação para as contas devedoras (ativo, despesas) e os de
subavaliação para as contas credoras (passivo, receitas).
Em linhas gerais, o auditor confere os cálculos dos grupos de contas apresentados nas DC, para
depois conferir os saldos iniciais com os saldos finais da auditoria do exercício anterior.
Adicionalmente, verifica se os saldos informados “batem” com os registrados nos livros
contábeis (principalmente no Livro-razão).
Se julgar conveniente, em vista do necessário ceticismo que deve possuir, estende as
verificações aos registros contábeis.
Exemplo:
Se, durante o exame das demonstrações contábeis de uma empresa para o ano findo em
31/12/2015, o auditor descobre que as despesas de pessoal estão superavaliadas, em função
Prof.
Me.
Rodrigo
Fontenelle
de os salários do mês de janeiro de 2016 terem sido provisionados erroneamente em 2015, é
Testes Específicos
evidente que a conta credora de salários a pagar, classificada no passivo circulante, também
está superavaliada.
Registro
Razão
Geral
Registro
Final
Intermediário
74 www.acasadoconcurseiro.com.br
Prof.
Me.
Rodrigo
Fontenelle
Testes Específicos
MTE - Auditor Fiscal do Trabalho – Auditoria – Prof. Rodrigo Fontenelle
Registro
Registro
Documento
Inicial
Intermediário
www.acasadoconcurseiro.com.br 75
Situação Definição Exemplo
Para compensar desfalque de 50 no
O saldo constante de uma conta da DC caixa, o contador intencionalmente
Saldo fictício
não existe no livro-razão. lança o respectivo valor na conta
“duplicatas a receber”.
Nota fiscal de venda de mercadorias a
prazo, no valor de 80, não escriturada
O saldo de uma conta constante do no livro diário. Essa omissão provocou
Saldo oculto livro-razão não foi informado nem uma subavaliação no saldo da conta
sequer contabilizado. “duplicatas a receber” e a consequente
subavaliação da conta de “receitas
com vendas”.
Contas do Ativo
Caixas e Bancos
76 www.acasadoconcurseiro.com.br
MTE - Auditor Fiscal do Trabalho – Auditoria – Prof. Rodrigo Fontenelle
Desfalques no Caixa
Basicamente, existem dois tipos de desfalques de caixa: o desfalque encoberto e o desfalque
não coberto.
Desfalque encoberto é aquele feito por meio de um lançamento de compensação nos registros
contábeis, de modo que a falta do bem não seja notada.
O desfalque não encoberto é aquele que não é acompanhado de lançamento contábil
em contrapartida. Portanto, as faltas resultantes de desfalques não encobertos podem
ser escondidas apenas por determinado tempo. Há dois tipos comuns de desfalques não
encobertos, que são o lapping e o kiting.
1. O lapping geralmente se faz com cobranças de contas a receber e consiste em desviar os
resultados de cobranças, substituindo-se o montante desviado por cobranças posteriores.
2. O kiting é um tipo de desfalque de caixa que envolve os desembolsos ali realizados. É,
essencialmente, um sistema de encobrir faltas de dinheiro com transferências, em cheques
não registrados.
Os itens mais comuns de reconciliação e os procedimentos de verificação para conferência de
saldos em bancos mais usualmente utilizados pelos auditores são:
Depósito em trânsito
Podem-se encobrir, temporariamente, certas faltas de dinheiro no caixa, simplesmente
apresentando a maior os depósitos em trânsito. Na data da verificação, o auditor deve ter
contato e, se necessário, controlado todo dinheiro em caixa, até este ser depositado no banco.
Cheques em circulação
Omitir da lista de cheques em circulação um item qualquer constitui outro meio de ocultar,
ainda que temporariamente, qualquer falta de dinheiro no caixa. O extrato bancário é usado
pelo auditor para garantir a exatidão da lista de cheques em circulação. A existência de cheques
antigos, lançados como em circulação, assim permanecendo por longos períodos, propicia o
encobrimento de desfalques.
Clientes
www.acasadoconcurseiro.com.br 77
•• coleta e exame de evidências externas;
•• exame de evidências internas da firma;
•• procedimentos analíticos referentes a saldos de contas a receber e Provisão para Créditos
de Liquidação Duvidosa.
Estoques
A importância dada a esse item, na auditoria das DC, deve-se ao fato de que os resultados
da empresa podem ser facilmente manipulados pela superavaliação ou subavaliação dos
estoques.
Os principais objetivos da auditoria de estoques são:
•• verificar se as quantidades de bens declaradas realmente existem;
•• verificar se os bens foram custeados e avaliados de acordo com os princípios de
contabilidade;
•• verificar se as informações referentes aos estoques foram adequadamente divulgadas nas
DC.
Os principais procedimentos de auditoria nos estoques são a inspeção física (verificação da
existência física) e os testes de avaliação (sistema de alocação de custos aos estoques).
A verificação da existência física ocorre por meio da observação e da contagem física,
confrontando os resultados com os registros contábeis.
O corte das operações (cut-off) consiste em determinar o momento em que os registros
contábeis auxiliares, bem como os documentos a ele relacionados, refletem o levantamento do
inventário. Assim, o que estiver registrado até aquele momento será incluído, o que vier a ser
registrado depois será excluído.
Investimentos
78 www.acasadoconcurseiro.com.br
MTE - Auditor Fiscal do Trabalho – Auditoria – Prof. Rodrigo Fontenelle
Imobilizado
Contas do Passivo
Segundo Attie (2010), a auditoria dos passivos tem como finalidade determinar:
•• Se são pertencentes à empresa.
•• Se foram utilizados os princípios de contabilidade.
•• A existência dos ativos dados em garantia ou vinculados aos passivos.
•• Se estão corretamente classificados no BP e se as divulgações cabíveis foram expostas em
notas explicativas.
www.acasadoconcurseiro.com.br 79
Fornecedores
Em geral, o maior volume de testes recai sobre as obrigações com fornecedores. A conta
fornecedores (componente do “contas a pagar”) representa uma obrigação da empresa
auditada, uma dívida com fornecedores, devido às aquisições de bens ou serviços, e deve ser
reconhecida quando a empresa recebe a prestação do serviço ou quando o ativo passa para
sua propriedade.
Os procedimentos de auditoria são semelhantes aos utilizados nas contas a receber e podem
ser identificados da seguinte forma:
•• Inspeção física;
•• Circularização;
•• Recálculo;
•• Investigação.
Advogados
Seguros
Para verificação desse item, além do exame atento das apólices vigentes, é recomendável a
circularização, com o objetivo principal de constatar qual a cobertura existente para os ativos da
empresa, se é suficiente e adequada, e se existem outros tipos de seguros para contingências.
Folha de Pagamentos
Os procedimentos são orientados sobre a razoabilidade do saldo final a pagar. Para tanto,
deve-se pesquisar o movimento durante o exercício, a fim de verificar possíveis lançamentos
extraordinários.
Almeida (2010) sugere as seguintes ações:
•• análise de composição do saldo da conta;
80 www.acasadoconcurseiro.com.br
MTE - Auditor Fiscal do Trabalho – Auditoria – Prof. Rodrigo Fontenelle
Passivo em geral
Procedimento Aplicação
•• Contagem das contas a pagar
Exame físico (inspeção)
•• Contagem dos títulos a pagar
•• Dos fornecedores
Circularização (confirmação) •• Dos empréstimos a pagar
•• Das contas a pagar
•• Exame documental das faturas / notas fiscais
•• Exame documental dos contratos de empréstimos
Inspeção de documentos
•• Exame das atas e assembleias
•• Exame documental das guias de recolhimento de impostos
•• Dos impostos a pagar
•• Dos juros a pagar
Cálculo (recálculo) •• Da composição dos fornecedores
•• Das provisões de férias, 13º salário
•• Dos royalties a pagar
•• Classificação adequada das contas
Observação •• Observação aos princípios de contabilidade
•• Observação de ativos dados em garantia
Auditoria do PL
www.acasadoconcurseiro.com.br 81
Auditoria de Contas de Resultado
Segundo Ferreira (2008), a auditoria das contas de resultado tem como objetivo verificar se:
1. As receitas e despesas foram apropriadas de acordo com os Princípios de Contabilidade,
aplicados uniformemente em relação ao exercício anterior.
2. As despesas e receitas antecipadas ou diferidas estão corretamente apresentadas em
contas patrimoniais.
3. As notas explicativas esclarecem os principais critérios adotados em relação à apropriação
das receitas e despesas.
4. Foram apropriadas todas as despesas correspondentes às receitas realizadas no período.
Receitas
O teste dessas transações consiste em o auditor verificar se os valores foram registrados
dentro do regime de competência, se foram aprovados, se estão de acordo com a natureza
dos negócios da empresa, se existe documentação suportando a operação e se a classificação
contábil foi adequada.
82 www.acasadoconcurseiro.com.br
MTE - Auditor Fiscal do Trabalho – Auditoria – Prof. Rodrigo Fontenelle
Esse fenômeno também é chamado de “estouro de caixa” e indica um saldo anormal, algo
atípico à natureza da conta.
Suprimentos de Caixa
Quando os recursos da empresa são insuficientes para cumprir suas necessidades, esta deve
optar por obter capital de fontes externas, seja a partir de uma instituição financeira ou até
mesmo junto aos proprietários da empresa, via aumento de capital ou empréstimos. Esse
aporte realizado pelos sócios também é chamado de suprimento de caixa. Isso tudo é legal.
Quando não se comprova o efetivo ingresso desse recurso na empresa, tem-se caracterizado
o ingresso de valores oriundos do “caixa 2”, devido ao “estouro” do caixa oficial. Nesse caso,
utiliza-se como contrapartida contábil uma operação fictícia, por exemplo, algum empréstimo
a pagar.
www.acasadoconcurseiro.com.br 83
Questões
( ) Certo ( ) Errado
5. (CESPE – TJ-CE – 2008)
www.acasadoconcurseiro.com.br 85
de credores combinado com o menor per- Se, ao examinar a movimentação das en-
centual possível dos valores corresponden- tradas e saídas de mercadorias para venda
tes a esses credores. em uma empresa, o auditor constatar que
as despesas com transporte e seguro são
( ) Certo ( ) Errado segregadas em sua totalidade e, posterior-
mente, lançadas diretamente no resultado,
7. (CESPE – TJ-CE – 2008) e o estoque é registrado pelo valor líquido
da aquisição, os testes conjugando contas
Julgue os itens a seguir, relativos à auditoria de ativo e de despesa apurarão, consequen-
em geral, suas normas, métodos, técnicas e temente, superavaliação de ativo e subava-
procedimentos. liação de despesa.
Na hipótese da existência de baixas em valo- ( ) Certo ( ) Errado
res a receber sem o recebimento correspon-
dente, o programa de auditoria deverá pre-
ver a realização de procedimentos tais como
o que permite a verificação das respectivas ESAF
autorizações, bem como a existência de nor-
mas internas e de legislação que respaldem
o reconhecimento dessas perdas, além da
10. (ESAF – SUSEP – 2010)
constatação das providências adotadas para
a cobrança e execução tempestiva dos valo- O auditor externo, ao realizar testes no cál-
res devidos. culo do valor recuperável de um ativo imo-
bilizado, feito pelo método do fluxo de caixa
( ) Certo ( ) Errado
descontado, identificou que a taxa utilizada
para descontar o fluxo de caixa estava maior
8. (CESPE – TJ-CE – 2008) que a recomendada para aquela atividade.
Dessa forma, pode-se afirmar que a conta:
Julgue os itens a seguir, relativos à auditoria
em geral, suas normas, métodos, técnicas e a) de ajuste especial no Patrimônio Líqui-
procedimentos. do, está subavaliada.
b) de despesa de depreciação, do imobili-
Em relação às aquisições de bens e serviços zado, está superavaliada.
em geral, entre os procedimentos de audi- c) do ajuste especial no Resultado do Exer-
toria a serem efetuados, deve-se verificar se cício, está subavaliada.
os encargos incorridos com os financiamen- d) de depreciação acumulada do imobiliza-
tos para tais aquisições estão sendo apro- do, está superavaliada.
priados de acordo com os períodos de sua e) do ativo imobilizado está subavaliada.
incorrência, ou seja, segundo o regime de
competência. 11. (ESAF – RECEITA FEDERAL – 2009)
( ) Certo ( ) Errado O auditor externo, ao realizar auditoria na
empresa Participações S.A., constatou con-
9. (CESPE – TJ-CE – 2008) trato de mútuo entre companhias coligadas,
com taxas de juros de 4% a.m. e sem o reco-
Julgue os itens a seguir, relativos à auditoria lhimento do IOF sobre a operação. Conside-
em geral, suas normas, métodos, técnicas e rando que a taxa de juros praticada no mer-
procedimentos. cado, no período do contrato, era de 2% a.m.,
o auditor pode afirmar que a transação:
86 www.acasadoconcurseiro.com.br
MTE - Auditor Fiscal do Trabalho – Auditoria – Prof. Rodrigo Fontenelle
a) é normal e está dentro das práticas es- 13. (Pref. Natal-RN – AFTM – ESAF – 2008)
tabelecidas pelo mercado para opera-
ções dessa natureza. No processo de acompanhamento do inven-
b) é normal, exceto quanto ao não reco- tário físico de estoques de matéria-prima, o
lhimento do IOF, que é obrigatório nas auditor constatou a existência de quantida-
operações de crédito. des relevantes de itens que não constavam
c) está irregular, por ter condições supe- dos registros físico-financeiros e contábeis.
riores às praticadas pelo mercado, bem Neste caso, o auditor pode ter descoberto:
como sem a retenção do IOF, obrigató- a) ativos e passivos fictícios
rio em todas as transações financeiras. b) ativos e passivos ocultos
d) é normal, visto que operações feitas c) ativos ocultos e passivos fictícios
entre companhias do mesmo grupo de- d) ativos fictícios e passivos ocultos
vem praticar taxas de juros superiores e) ativos obsoletos e passivos a descober-
às praticadas pelo mercado. to
e) é irregular por não ser permitido em-
préstimos entre companhias do grupo, 14. (ESAF – SEFAZ-CE – 2007)
mas que está correta sobre o não reco-
lhimento do IOF, o qual não incide em Ao analisar a contabilização em uma imobi-
operações feitas entre empresas não fi- liária, de um terreno destinado à constru-
nanceiras. ção da sede da empresa, percebeu-se que
o mesmo tinha sido contabilizado nos Esto-
12. (ESAF – RECEITA FEDERAL – 2009) ques. Pode-se afirmar que:
Gabarito: 1. C 2. E 3. C 4. C 5. C 6. E 7. C 8. C 9. E 10. E 11. C 12. Anulada 13. B 14. A
www.acasadoconcurseiro.com.br 87
EVENTOS SUBSEQUENTES
Definições:
Data das demonstrações contábeis é a data de encerramento do último período coberto pelas
demonstrações contábeis.
Data de aprovação das demonstrações contábeis é a data em que todos os quadros que
compõem as demonstrações contábeis foram elaborados e em que aqueles com autoridade
reconhecida afirmam que assumem a responsabilidade por essas demonstrações contábeis.
Data do relatório do auditor independente é a data do relatório do auditor independente sobre
as demonstrações contábeis de acordo com a NBC TA 700.
Data de divulgação das demonstrações contábeis é a data em que o relatório do auditor
independente e as demonstrações contábeis auditadas são disponibilizados para terceiros.
Eventos subsequentes são eventos ocorridos entre a data das demonstrações contábeis e a
data do relatório do auditor independente e fatos que chegaram ao conhecimento do auditor
independente após a data do seu relatório.
Os objetivos do auditor em relação aos eventos subsequentes são:
Prof.
Me.
Rodrigo
Fontenelle
a) obter evidência sobre se os eventos ocorridos entre a data das demonstrações contábeis e
Eventos Subsequentes
a data do relatório do auditor independente, que precisam ser ajustados ou divulgados nas
demonstrações contábeis, estão adequadamente refletidos; e
b) responder adequadamente aos fatos que chegaram ao conhecimento do auditor
independente após a data de seu relatório, que, se fossem do seu conhecimento naquela
data (do relatório), poderiam ter levado o auditor a alterá-lo.
Emissão
do
Término
do
Divulgação
das
1
Relatório
de
2
3
Exercício
Social
Demonstrações
Auditoria
88 www.acasadoconcurseiro.com.br
MTE - Auditor Fiscal do Trabalho – Auditoria – Prof. Rodrigo Fontenelle
O auditor independente deve executar tais procedimentos de forma a cobrir o período entre a
data das demonstrações contábeis e a data do seu relatório, ou o mais próximo possível dessa
data.
Se, em decorrência dos procedimentos aplicados, o auditor identificar eventos que requeiram
ajuste ou divulgação nas demonstrações contábeis, o auditor independente deve determinar
se cada um desses eventos está refletido de maneira apropriada nas referidas demonstrações
contábeis, de acordo com a estrutura conceitual aplicável.
O auditor independente deve solicitar à administração e, quando apropriado, aos responsáveis
pela governança, uma representação formal de que todos os eventos subsequentes à data
das demonstrações contábeis e que, segundo a estrutura de relatório financeiro aplicável,
requeiram ajuste ou divulgação foram ajustados ou divulgados.
www.acasadoconcurseiro.com.br 89
Exemplo de dupla data
(Data do relatório do auditor independente), exceto para a Nota Y, que é de (data da conclusão
dos procedimentos de auditoria restritos à alteração descrita na Nota Y).
Se a
Auditor fica Define se as DC
Questiona a administração
sabendo de fato devem ser
administração altera as
que não sabia alteradas
demonstrações ...
Auditor passa a
ter Auditor emite DC e relatório do
responsabilidade nova opinião ou auditor são
novamente em emite relatório publicados
auditar o que foi com dupla data
alterado
Após a divulgação das demonstrações contábeis, o auditor independente não tem obrigação
de executar nenhum procedimento de auditoria em relação às demonstrações contábeis.
Entretanto, se, após a divulgação das demonstrações contábeis, o auditor independente tomar
conhecimento de fato que, se fosse do seu conhecimento na data do relatório do auditor
independente, poderia tê-lo levado a alterar seu relatório, o auditor independente deve:
a) discutir o assunto com a administração e, quando apropriado, com os responsáveis pela
governança;
b) determinar se as demonstrações contábeis precisam ser alteradas e, caso afirmativo,
indagar como a administração pretende tratar do assunto nas demonstrações contábeis.
Caso a administração altere as demonstrações contábeis, o auditor independente deve:
a) aplicar os procedimentos de auditoria necessários nas circunstâncias das alterações
e revisar as providências tomadas pela administração para garantir que todos os que
receberam as demonstrações contábeis juntamente com o respectivo relatório do auditor
independente sejam informados da situação;
b) quando a legislação proibir a administração de restringir a alteração das DCs aos efeitos
dos eventos subsequentes que causaram essa alteração:
90 www.acasadoconcurseiro.com.br
MTE - Auditor Fiscal do Trabalho – Auditoria – Prof. Rodrigo Fontenelle
Se a
Auditor fica Define se as
Questiona a administração
sabendo de fato alterações devem
administração altera as
que não sabia ser alteradas
demonstrações ...
Auditor passa a
DC e relatório do Auditor deve
ter Auditor emite
auditor, com verificar
responsabilidade nova opinião ou
parágrafo de providências
novamente em emite relatório
ênfase, são adotadas pela
auditar o que foi com dupla data
republicados empresa
alterado
www.acasadoconcurseiro.com.br 91
Questões
www.acasadoconcurseiro.com.br 93
a) manter o parecer com data anterior ao a) ao acaso.
evento, dando encerramento aos traba- b) estatística.
lhos. c) em bloco.
b) obrigatoriamente, rever o parecer con- d) aleatória.
siderando o fato relevante. e) de unidades monetárias.
c) estabelecer que a empresa inclua o
evento relevante nas notas explicativas. 7. (FCC – TCE-RS – 2014)
d) refazer o parecer considerando as no-
vas informações, determinando nova Segundo as Normas Brasileiras de Conta-
data para publicação das demonstra- bilidade Técnicas de Auditoria – NBC TA,
ções contábeis. a amostragem em auditoria destina-se a
e) decidir se as demonstrações devem ser possibilitar conclusões a serem tiradas de
ajustadas, discutir o assunto com a ad- uma população inteira com base no teste
ministração e tomar as medidas apro- de amostragem dela extraída (NBC TA 500).
priadas às circunstâncias. Existem muitos métodos para selecionar
amostras (NBC TA 530), entre os principais
5. (ESAF – Pref. Natal – ATM – 2008) citados nas normas. Aquela em que a quan-
tidade de unidades de amostragem na po-
Não corresponde a um evento subsequente pulação é dividida pelo tamanho da amos-
que gera ajuste nas demonstrações finan- tra para dar um intervalo de amostragem é
ceiras: a seleção:
a) decisão definitiva de processo judicial, a) em bloco.
dando ganho ou perda da causa que re- b) estatística.
presente valor relevante. c) aleatória.
b) perda de valor de investimentos, em d) ao acaso.
decorrência do declínio do valor de e) sistemática.
mercado das ações.
c) descoberta de erros ou fraudes poste- 8. (FCC – TRT - 15ª Região – 2013)
riores, que afetam o resultado da em-
presa. O auditor da empresa Seringueira S.A. ela-
d) determinação de valores referentes a borou exame seletivo nas notas fiscais emi-
pagamento de participação nos lucros tidas, para confirmação do saldo de Contas
ou referente a gratificações assumidas a Receber e da Receita do período. Referido
legalmente e não formalizadas. procedimento:
e) ativos deteriorados, que constavam a) é suficiente para confirmação dos sal-
com valor significativo e que não foram dos, por expressar o perfil da população
ajustados. inteira.
b) é um meio eficiente de constituir uma
FCC amostragem em auditoria.
c) não é um meio eficiente de obter evi-
dência de auditoria.
6. (FCC – ICMS-PI – 2015) d) é um meio eficiente de obter evidência
Entre os principais métodos de seleção de de auditoria, mas não podem ser proje-
amostras citados nas Normas Brasileiras de tados para a população inteira.
Contabilidade Técnicas de Auditoria, aquela e) não é um meio de evidências previsto
em que o tamanho, a seleção e a avaliação nas normas de auditoria, sendo vedada
da amostra resultam em uma conclusão em a utilização.
quantias de dinheiro é a amostragem
94 www.acasadoconcurseiro.com.br
MTE - Auditor Fiscal do Trabalho – Auditoria – Prof. Rodrigo Fontenelle
www.acasadoconcurseiro.com.br 95
e) Quando o erro projetado for inferior ao d) amostragem por bloco.
erro tolerável, o auditor deve reconsi- e) amostragem ao acaso.
derar sua avaliação anterior do risco
de amostragem e, se esse risco for ina- 17. (FCC – TCM-CE – ACE – 2010)
ceitável, considerar a possibilidade de
ampliar o procedimento de auditoria ou Conforme normas técnicas de auditoria in-
executar procedimentos de auditoria al- dependente, NÃO se refere à definição de
ternativos. uma amostragem de auditoria:
a) a possibilidade de existência de fraude.
15. (FCC – TCE-SE – 2011) b) os fins específicos da auditoria.
Segundo a NBC TA 530, que versa sobre a c) a população da qual o auditor deseja ex-
utilização de amostragem em auditoria, é trair a amostra.
correto afirmar: d) as condições de desvio ou distorção.
e) a natureza da evidência da auditoria.
a) O objetivo da estratificação da amos-
tra é o de aumentar a variabilidade dos 18. (FCC – SEFAZ-SP – Fiscal de Rendas – 2009)
itens de cada estrato e permitir que o
tamanho da amostra seja aumentado. O auditor, ao escolher as notas fiscais a se-
b) Quanto menor o risco de amostragem rem examinadas, determinou que fossem
que o auditor está disposto a aceitar, separadas as notas com último dígito repre-
menor deve ser o tamanho da amostra. sentado pelo número cinco. Esse procedi-
c) Anomalia é a distorção ou o desvio com- mento representa uma seleção:
provadamente representativo de distor- a) casual.
ção ou desvio em uma população. b) sistemática.
d) O método de seleção da amostra em c) aleatória.
que o auditor não segue nenhuma téc- d) direcionada.
nica estruturada é denominado método e) geométrica.
de seleção aleatório.
e) Quanto maior a confiança do auditor 19. (FCC – TJ-PI – Auditor – 2009)
em procedimentos substantivos (testes
de detalhes ou procedimentos analíti- Seleção casual da amostragem é o tipo de
cos substantivos), menor pode ser o ta- seleção:
manho da amostra.
a) aleatória, a ser utilizada quando os va-
lores do componente patrimonial apre-
16. (FCC – SEFAZ-SP – APOFP – 2010)
sentam grande índice de dispersão.
Para propiciar representatividade da popu- b) randômica, com o objetivo de aumentar
lação contábil aplicada nos testes de audito- o risco de detecção.
ria, o auditor pode estipular intervalos uni- c) estratificada, a ser utilizada quando os
formes entre os itens a serem selecionados valores do componente patrimonial
como um método de seleção de amostras apresentam grande índice de dispersão.
denominado: d) baseada na experiência profissional do
auditor.
a) números aleatórios. e) com o objetivo de aprofundar riscos de
b) amostragem de atributos. fraude ou de erro nos controles inter-
c) amostragem sistêmica. nos.
Gabarito: 1. C 2. B 3. D 4. E 5. B 6. E 7. E 8. D 9. E 10. E 11. D 12. C 13. B 14. C 15. E 16. C 17. A
18. B 19. D
96 www.acasadoconcurseiro.com.br
MTE - Auditor Fiscal do Trabalho – Auditoria – Prof. Rodrigo Fontenelle
AMOSTRAGEM
•• População pequena.
•• Há um risco significativo e outros meios não fornecem evidência de auditoria suficiente e
adequada.
•• Características são de fácil mensuração.
•• Necessidade de alta precisão.
•• Custo não é alto.
Objetivo
www.acasadoconcurseiro.com.br 97
Definições
98 www.acasadoconcurseiro.com.br
MTE - Auditor Fiscal do Trabalho – Auditoria – Prof. Rodrigo Fontenelle
O auditor está preocupado com esse tipo de conclusão errônea, porque ela afeta a eficácia da
auditoria e é provável que leve a uma opinião de auditoria não apropriada.
b) no caso de teste de controles, em que os controles são considerados menos eficazes do
que realmente são ou no caso de teste de detalhes, em que seja identificada distorção
relevante, quando, na verdade, ela não existe.
Esse tipo de conclusão errônea afeta a eficiência da auditoria, porque ela normalmente levaria
Prof.
Me.
Rodrigo
Fontenelle
Definição da amostra
www.acasadoconcurseiro.com.br 99
Estratificação
Estrato 1
População Inicial
De R$ 1,00 a
R$ 5.000,00
R$ 1,00
Estrato 2
R$ 50,00 De R$
R$ 1.000,00 5.001,00 a
R$ 50.000,00 Estrato 3 R$
R$ 200.000,00 30.000,00
De R$
30.001,00
a R$
200.000,00
Se uma classe de operações ou o saldo de uma conta tiver sido dividido em estratos, a distorção
é projetada para cada estrato separadamente. As distorções projetadas para cada estrato são,
então, combinadas na consideração do possível efeito das distorções no total das classes de
operações ou do saldo da conta.
Ao executar os testes de detalhes, pode ser eficaz identificar a unidade de amostragem como
unidades monetárias individuais que compõem a população. Após ter selecionado unidades
específicas da população, o auditor pode, então, examinar os itens específicos.
100 www.acasadoconcurseiro.com.br
MTE - Auditor Fiscal do Trabalho – Auditoria – Prof. Rodrigo Fontenelle
Tamanho da amostra
O auditor deve determinar o tamanho de amostra suficiente para reduzir o risco de amostragem
a um nível mínimo aceitável.
O nível de risco de amostragem que o auditor está disposto a aceitar afeta o tamanho da
Prof.
Me.
Rodrigo
Fontenelle
amostra exigido. Quanto menor o risco que o auditor está disposto a aceitar, maior deve ser o
tamanho da amostra. Amostragem
Risco
Amostra
Testes de Controle
Fator Relação
Taxa tolerável de Desvio Inversa
Taxa esperada de Desvio Direta
Nível de segurança desejado pelo auditor Direta
Extensão da avaliação de riscos dos controles relevantes Direta
Testes de Detalhes
Fator Relação
Distorção Tolerável Inversa
Risco de Distorção Relevante Direta
Distorção Esperada Direta
Estratificação da População Redução
Uso de Procedimentos Alternativos Inversa
www.acasadoconcurseiro.com.br 101
Prof.
Me.
Rodrigo
Fontenelle
Amostragem
102 www.acasadoconcurseiro.com.br
Questões
www.acasadoconcurseiro.com.br 103
determinado o nível de confiança estatísti- possa avaliar a gestão de riscos dos financia-
ca em 95% e um erro tolerável de 5%, com mentos concedidos, é mais adequado em-
emprego da amostragem aleatória simples. pregar a amostragem estratificada em fun-
Nessa situação, durante o processo de re- ção das classes de clientes, o que terá maior
visão, se a supervisão da equipe de audito- probabilidade de aumentar a eficiência do
ria sugerir reduzir o erro tolerável, será ne- trabalho, desde que as subpopulações se-
cessário aumentar o tamanho da amostra, jam distintas e cada classe possua caracte-
mantendo-se o mesmo nível de significân- rísticas similares.
cia.
( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
12. (CESPE – TELEBRAS – 2013)
9. (CESPE – TELEBRAS – 2013)
Com base nos procedimentos de empre-
Com base nos procedimentos de empre- go de amostragem em auditoria, julgue os
go de amostragem em auditoria, julgue os itens a seguir.
itens a seguir.
O risco de amostragem está relacionado,
Na aplicação de testes de controles, o risco entre outras hipóteses, com a possibilidade
de amostragem pode indicar conclusões in- de que uma amostra tenha sido selecionada
corretas, ao evidenciar uma distorção rele- com base em critérios estatísticos corretos,
vante, que, na verdade, inexiste. mas que não é adequada para representar a
população.
( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
10. (CESPE – TELEBRAS – 2013)
13. (CESPE – TELEBRAS – 2013)
Com base nos procedimentos de empre-
go de amostragem em auditoria, julgue os Com base nos procedimentos de empre-
itens a seguir. go de amostragem em auditoria, julgue os
itens a seguir.
Em auditoria, quando a população é muito
grande, deve-se realizar a amostragem, que Um auditor deve se ater aos aspectos quan-
é a aplicação de procedimentos exclusiva- titativos dos desvios amostrais obtidos nas
mente estatísticos na totalidade da popula- amostragens estatísticas, uma vez que os
ção para a seleção de uma amostra repre- desvios causados por aspectos qualitativos
sentativa do estudo. são pouco relevantes para a auditoria.
( ) Certo ( ) Errado ( ) Certo ( ) Errado
104 www.acasadoconcurseiro.com.br
MTE - Auditor Fiscal do Trabalho – Auditoria – Prof. Rodrigo Fontenelle
www.acasadoconcurseiro.com.br 105
21. (ESAF – CGU – 2012) 23. (ESAF – RFB – 2012)
Nos casos em que o auditor independente Ao selecionar os itens nas condições estabe-
desejar reduzir o tamanho da amostra sem lecidas na questão anterior, o auditor identi-
aumentar o risco de amostragem, dividin- ficou dois desvios.
do a população em subpopulações distintas
que tenham características similares, deve Dessa forma, pode-se afirmar que o nível de
proceder a um(a): segurança apresentado é:
a) Estratificação. a) alto.
b) Seleção com base em valores. b) baixo.
c) Teste de detalhes. c) moderado.
d) Seleção sistemática. d) sem segurança.
e) Detalhamento populacional. e) ponderado.
106 www.acasadoconcurseiro.com.br
MTE - Auditor Fiscal do Trabalho – Auditoria – Prof. Rodrigo Fontenelle
Gabarito: 1. E 2. C 3. C 4. E 5. C 6. E 7. E 8. C 9. C 10. E 11. C 12. C 13. E 14. E 15. C 16. C 17. E
18. E 19. D 20. D 21. A 22. C 23. C 24. B 25. B
www.acasadoconcurseiro.com.br 107
RELATÓRIO DE AUDITORIA
Opinião do Auditor
108 www.acasadoconcurseiro.com.br
MTE - Auditor Fiscal do Trabalho – Auditoria – Prof. Rodrigo Fontenelle
Destinatário
O relatório do auditor independente é, normalmente, endereçado às pessoas para quem o
relatório de auditoria é elaborado, frequentemente para os acionistas ou para os responsáveis
pela governança da entidade, cujas demonstrações contábeis estão sendo auditadas.
Parágrafo Introdutório
O parágrafo introdutório do relatório do auditor independente deve:
a) identificar a entidade cujas demonstrações contábeis foram auditadas;
b) afirmar que as demonstrações contábeis foram auditadas;
c) identificar o título de cada demonstração que compõe as demonstrações contábeis;
d) fazer referência ao resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas; e
e) especificar a data ou o período de cada demonstração que compõe as demonstrações
contábeis.
Responsabilidade do auditor
O relatório do auditor independente deve especificar que a responsabilidade do auditor é
expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis com base na auditoria.
O relatório do auditor independente deve especificar que a auditoria foi conduzida em
conformidade com as normas brasileiras e internacionais de auditoria.
O relatório do auditor independente deve explicar, também, que essas normas requerem que o
auditor cumpra as exigências éticas, planeje e realize a auditoria para obter segurança razoável
de que as demonstrações contábeis não apresentam distorção relevante.
O relatório do auditor independente deve descrever a auditoria especificando que:
a) a auditoria envolve a execução de procedimentos para obtenção de evidência de auditoria
a respeito dos valores e divulgações nas demonstrações contábeis;
www.acasadoconcurseiro.com.br 109
b) os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação
dos riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis, independentemente se
causadas por fraude ou erro.
c) a auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a
razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação
da apresentação das demonstrações contábeis, tomadas em conjunto.
Opinião do auditor
Exemplo: Em nossa opinião, as demonstrações contábeis consolidadas acima referidas
apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e
financeira consolidada da Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras e suas controladas em 31
de dezembro de 2015, o desempenho consolidado de suas operações e os fluxos de caixa
consolidados para o exercício findo naquela data, de acordo com as normas internacionais de
relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board – IASB e as
práticas contábeis adotadas no Brasil.
O auditor deve modificar a opinião no seu relatório de auditoria de acordo com a NBC TA 705
se:
a) concluir, com base em evidência de auditoria obtida, que as demonstrações contábeis
tomadas em conjunto apresentam distorções relevantes; ou
b) não conseguir obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para concluir se as
demonstrações contábeis tomadas em conjunto não apresentam distorções relevantes.
110 www.acasadoconcurseiro.com.br
MTE - Auditor Fiscal do Trabalho – Auditoria – Prof. Rodrigo Fontenelle
Opinião adversa
•• O auditor deve expressar uma opinião adversa quando, tendo obtido evidência de auditoria
apropriada e suficiente, conclui que as distorções, individualmente ou em conjunto, são
relevantes e generalizadas para as demonstrações contábeis.
Abstenção de opinião
•• O auditor deve abster-se de expressar uma opinião quando não consegue obter evidência
de auditoria apropriada e suficiente para suportar sua opinião, e conclui que os possíveis
efeitos de distorções não detectadas, se houver, sobre as demonstrações contábeis
poderiam ser relevantes e generalizados.
NÃO.
SIM.
Se
exis?rem
distorções
relevantes
Há
distorções
elas
podem
ser
generalizadas?
relevantes?
NÃO.
SIM.
Emite
opinião
Emite
opinião
com
ressalvas.
adversa.
www.acasadoconcurseiro.com.br 111
Se o auditor concluir que os possíveis efeitos de distorções não detectadas, se houver, sobre as
demonstrações contábeis poderiam ser relevantes e generalizados, de modo que uma ressalva
na opinião seria não adequada para comunicar a gravidade da situação, o auditor deve:
•• renunciar ao trabalho de auditoria, quando possível, de acordo com as leis ou regulamentos
aplicáveis; ou
•• se a renúncia ao trabalho de auditoria antes da emissão do seu relatório de auditoria
independente não for possível, abster-se de expressar uma opinião sobre as
demonstrações contábeis.
112 www.acasadoconcurseiro.com.br
MTE - Auditor Fiscal do Trabalho – Auditoria – Prof. Rodrigo Fontenelle
www.acasadoconcurseiro.com.br 113
Questões
www.acasadoconcurseiro.com.br 115
Se o auditor não obtiver evidência de audi- e) Em caso de incerteza acerca de fato
toria apropriada e suficiente para concluir relevante, o auditor deve abster-se de
que inexistem distorções relevantes nas opinar, desde que haja nota explicativa
demonstrações contábeis tomadas em con- da administração relacionada ao fato.
junto, ele não deverá modificar sua opinião
no relatório de auditoria. 7. (CESPE – TCE-TO – 2009)
( ) Certo ( ) Errado O auditor contábil externo é responsável
pela emissão de parecer acerca das de-
monstrações contábeis de empresas. Acer-
5. (CESPE – MPE-PI – 2012) ca da responsabilidade do auditor e as es-
Com referência a papéis de trabalho e rela- pecificidades na condução de seus exames,
tórios de auditoria, julgue os itens a seguir. assinale a opção correta.
116 www.acasadoconcurseiro.com.br
MTE - Auditor Fiscal do Trabalho – Auditoria – Prof. Rodrigo Fontenelle
www.acasadoconcurseiro.com.br 117
13. (ESAF – RECEITA FEDERAL – 2009) 15. (FCC – TCE-CE – 2015)
Na emissão de parecer com abstenção de Na auditoria das demonstrações contábeis
opinião para as demonstrações contábeis do exercício de 2014 da Companhia de Dis-
de uma entidade, pode-se afirmar que: tribuição de Águas e Limpeza de Mananciais
do Estado, o auditor constatou diversas dis-
a) elimina a responsabilidade do auditor torções. Tendo o auditor obtido evidência
de emitir qualquer parecer devendo de auditoria apropriada e suficiente, con-
este comunicar à administração da em- cluiu que as distorções, individualmente ou
presa da suspensão dos trabalhos. em conjunto, são relevantes, mas não ge-
b) não suprime a responsabilidade do au- neralizadas nas demonstrações contábeis.
ditor de mencionar, no parecer, qual- Nestas condições, de acordo com as Normas
quer desvio, independente da rele- de Auditoria NBC TAs, deve o auditor:
vância ou materialidade, que possa
influenciar a decisão do usuário dessas a) expressar uma opinião com ressalva.
demonstrações. b) considerar as demonstrações contábeis
c) exclui a responsabilidade do auditor de irregulares.
se manifestar sob qualquer aspecto das c) expressar uma opinião adversa.
demonstrações. d) considerar as demonstrações contábeis
d) não elimina a responsabilidade do audi- regulares, com ressalvas.
tor de mencionar, no parecer, qualquer e) expressar uma opinião sem ressalva,
desvio relevante que possa influenciar mas com recomendação.
a decisão do usuário dessas demonstra-
ções. 16. (FCC – ICMS-PI – 2015)
e) extingue a responsabilidade do auditor
de mencionar, no parecer, qualquer des- O auditor, quando, não consegue obter evi-
vio relevante que possa influenciar a de- dência de auditoria apropriada e suficiente
cisão do usuário dessas demonstrações. para suportar sua opinião, concluindo que
os possíveis efeitos de distorções não detec-
tadas, se houver, sobre as demonstrações
contábeis poderiam ser relevantes e gene-
FCC ralizadas, deverá expressar sua opinião por
meio de
a) Relatório com Abstenção de opinião.
14. (FCC – TJ-PI – 2015)
b) Certificado de Regularidade com Ressal-
A auditoria consiste no levantamento, exa- va.
me e avaliação de procedimentos, opera- c) Parecer Adverso.
ções, rotinas e demonstrações contábeis d) Parecer Limpo com parágrafo de ênfase.
de uma entidade. A partir da compreensão e) Certificado de Regularidade.
conceitual, é correto dizer que o objeto do
trabalho de auditoria se circunscreve: 17. (FCC – CNMP – 2015)
a) a fatos não registrados documental- Na realização dos trabalhos de auditoria das
mente; demonstrações contábeis do exercício de
b) ao conjunto de elementos de controle 2014 da Indústria de Calças e Camisas do
do patrimônio administrado; Sul S/A, o auditor não conseguiu obter evi-
c) aos papéis de trabalho; dência apropriada e suficiente de auditoria
d) aos registros contábeis; para suportar sua opinião, mas concluiu que
e) ao relatório com a opinião de auditor. os possíveis efeitos de distorções não detec-
118 www.acasadoconcurseiro.com.br
MTE - Auditor Fiscal do Trabalho – Auditoria – Prof. Rodrigo Fontenelle
tadas, se houver, sobre as demonstrações car que a auditoria foi conduzida de acordo
contábeis poderiam ser relevantes, mas não com as normas brasileiras e internacionais
generalizados. Nestas condições, o auditor de auditoria. O relatório deve explicar, tam-
deve: bém, que essas normas requerem o cumpri-
mento de exigências éticas pelo auditor e
a) considerar as demonstrações contábeis que:
irregulares.
b) expressar uma opinião, com ressalvas. a) os procedimentos de auditoria sejam
c) expressar uma opinião sem ressalvas, elaborados com o objetivo de solucio-
apenas para os itens examinados. nar e prevenir fraudes e erros.
d) comunicar ao conselho fiscal da empre- b) o programa de auditoria seja aprovado
sa e adotar novos procedimentos de au- pela administração da entidade.
ditoria. c) a auditoria seja planejada e executada
e) abster-se de expressar uma opinião. com o objetivo de obter segurança razo-
ável de que as demonstrações contábeis
18. (FCC – TCM-GO – 2015) estão livres de distorção relevante.
d) a aprovação e a divulgação das demons-
O auditor, quando obtida evidência de au- trações contábeis sejam de responsabi-
ditoria apropriada e suficiente, conclui que lidade do sistema de controle interno da
as distorções, individualmente ou em con- entidade.
junto, são relevantes e generalizadas para as e) a avaliação do controle interno seja exe-
demonstrações contábeis, deve expressar- cutada pela auditoria interna.
-se por meio de:
a) opinião adversa. 21. (FCC – SEFAZ-PE – 2014)
b) opinião sem ressalva. Bartolomeu Guimarães, auditor indepen-
c) renúncia do trabalho. dente, na realização de auditoria das de-
d) opinião com parágrafo de ênfase. monstrações contábeis da empresa Baratão
e) abstenção de opinião. do Norte S/A, tendo obtido evidências de
auditoria apropriadas e suficientes, concluiu
19. (FCC – SEFAZ-PE – 2014) que as distorções detectadas, individual-
O objetivo da auditoria é aumentar o grau mente ou em conjunto, são relevantes e
de confiança nas demonstrações contábeis generalizadas para as demonstrações contá-
por parte dos usuários. No relatório do au- beis. Nestas condições, o auditor deve:
ditor independente deve constar que a ela- a) emitir uma opinião adversa.
boração e adequada apresentação das de- b) emitir uma opinião sem ressalva.
monstrações contábeis de acordo com as c) emitir uma opinião com ressalvas.
práticas contábeis adotadas no Brasil é de d) abster-se de opinar.
responsabilidade: e) emitir uma opinião pela irregularidade.
a) do controle interno.
b) da auditoria interna. 22. (FCC – TCE-RS – 2014)
c) dos acionistas majoritários. Nas circunstâncias em que o auditor, tendo
d) do departamento de contabilidade. obtido evidência de auditoria apropriada e
e) da administração. suficiente, conclui que as distorções, indivi-
dualmente ou em conjunto, são relevantes,
20. (FCC – SEFAZ-PE – 2014) mas não generalizadas nas demonstrações
O relatório do auditor independente sobre contábeis; ou, não consegue obter evidên-
as demonstrações contábeis deve especifi- cia apropriada e suficiente de auditoria para
www.acasadoconcurseiro.com.br 119
suportar sua opinião, mas conclui que os 24. (FCC – ASLEPE – 2014)
possíveis efeitos de distorções não detec-
tadas, se houver, sobre as demonstrações Quando o auditor conclui que as demons-
contábeis poderiam ser relevantes, mas não trações contábeis são elaboradas, em todos
generalizados, sua opinião a ser expressada, os aspectos relevantes, de acordo com a es-
no parecer ou relatório de auditoria, deve trutura de relatório financeiro aplicável, de-
ser: verá expressar uma opinião:
Gabarito: 1. E 2. E 3. E 4. E 5. E 6. D 7. C 8. E 9. C 10. A 11. A 12. E 13. D 14. B 15. A 16. A 17. B
18. A 19. E 20. C 21. A 22. C 23. A 24. D
120 www.acasadoconcurseiro.com.br
MTE - Auditor Fiscal do Trabalho – Auditoria – Prof. Rodrigo Fontenelle
Camadas de Controle
Camadas de Controle
Controle
Externo
(TCU)
Sistema
de
Controle
Interno
do
PEF
(CGU)
Controles
Internos
Constituição Federal
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das
entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade,
aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante
controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.
Parágrafo Único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que
utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos
quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.
www.acasadoconcurseiro.com.br 121
O SCI-PEF tem as seguintes finalidades:
I – avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas
de governo e dos orçamentos da União;
II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e à eficiência, da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e nas entidades da Administração Pública
Federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
III – exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e
haveres da União;
IV – apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
Operações de Crédito
4 - Controlar Avais
Garantias
Conceituação
Auditoria Governamental é o conjunto de técnicas que visa a avaliar a gestão pública pelos
processos e resultados gerenciais, e a aplicação de recursos públicos por entidades de
direito público e privado, mediante a confrontação entre uma situação encontrada com um
determinado critério técnico, operacional ou legal.
Tem por objetivo primordial garantir resultados operacionais na gerência da coisa pública.
122 www.acasadoconcurseiro.com.br
MTE - Auditor Fiscal do Trabalho – Auditoria – Prof. Rodrigo Fontenelle
Atividades Complementares
•• Elaboração da PCPR
•• Controle Social
•• Auditoria de Tomada de Contas Especial
•• Análise de Processos de Pessoal
•• Avaliação das Unidades de Auditoria Interna
•• Diligências
Organização e Estrutura
Organização e Estrutura
Integram
Integram o Sistemaode
Sistema
Controlede Controle
Interno Interno
do Poder do Poder
Executivo Federal:Executivo Federal:
www.acasadoconcurseiro.com.br 123
Organização e Estrutura
Órgão
Central
(CGU)
Unidades
Setoriais
(Comandos
Militares)
Auditorias
AECI
Internas
A área de atuação da CGU, além das funções de órgão central, abrange todos os órgãos e
unidades do Poder Executivo Federal, excetuados aqueles jurisdicionados pelos órgãos
setoriais.
A Secretaria de Controle Interno da Casa Civil tem como área de atuação todos os órgãos
integrantes da Presidência da República, além de outros determinados em legislação específica,
sendo, ainda, responsável pelas atividades de Controle Interno da Advocacia-Geral da União
até a criação do seu órgão próprio.
Constituem objetos de exames realizados pelo SCI-PEF, nos órgãos da Administração Direta,
entidades da Administração Indireta Federal e entidades privadas:
I – os sistemas administrativos e operacionais de controle interno administrativo utilizados na
gestão orçamentária, financeira, patrimonial, operacional e de pessoal;
II – a execução dos planos, programas, projetos e atividades que envolvam aplicação de
recursos públicos federais;
III – a aplicação dos recursos do Tesouro Nacional transferidos a entidades públicas ou privadas;
IV – os contratos firmados por gestores públicos com entidades públicas ou privadas para
prestação de serviços, execução de obras e fornecimento de materiais;
V – os processos de licitação, sua dispensa ou inexigibilidade;
124 www.acasadoconcurseiro.com.br
MTE - Auditor Fiscal do Trabalho – Auditoria – Prof. Rodrigo Fontenelle
Abrangência de Atuação
www.acasadoconcurseiro.com.br 125
Abrangência de Atuação
Unidades da Administração Direta
Atividades de gestão
Entidades da Administração Indireta
Ajuste
126 www.acasadoconcurseiro.com.br
Questões
www.acasadoconcurseiro.com.br 127
7. (CESPE – TCU – 2007) c) execução / de direito privado / avais e
garantias / externo.
A auditoria no setor público federal, concei- d) eficiência / de direito público / finanças
tuada como o conjunto de técnicas utilizado e avais / interno.
na avaliação da gestão pública, é ferramen- e) vulnerabilidade / de direito privado /
ta de controle do Estado para melhor apli- avais e garantias / externo.
cação de seus recursos. Com relação a esse
tema, julgue os itens que se seguem. 9. (ESAF – DNIT – 2013)
A aplicação dos recursos transferidos pelo Entre as competências dos órgãos e unida-
Tesouro Nacional a entidades privadas é um des do Sistema de Controle Interno do Po-
dos objetos dos exames de auditoria, cuja der Executivo Federal, menciona-se:
finalidade primordial é garantir resultados
operacionais na gerência da coisa pública. a) estabelecer as metas a serem atingidas
pelo PPA.
( ) Certo ( ) Errado b) participar da elaboração dos orçamen-
tos da União.
c) aprovar as operações que envolvam
ESAF avais e garantias.
d) monitorar a atuação das auditorias ex-
8. (ESAF – APO-MPOG – 2015) ternas das entidades estatais.
e) apurar atos inquinados de irregulares,
Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciá- praticados por agentes privados com
rio manterão, de forma integrada, sistema recursos públicos.
de controle interno com a finalidade de:
I – Avaliar o cumprimento das metas previs- 10. (ESAF – CGU – 2012)
tas no plano plurianual, a _______________ Constitui uma atividade complementar do
dos programas de governo e dos orçamen- Sistema de Controle Interno do Poder Exe-
tos da União. cutivo Federal avaliar:
II – Comprovar a legalidade e avaliar os re-
sultados, quanto à eficácia e eficiência, a) a execução dos programas de governo.
da gestão orçamentária, financeira e pa- b) o cumprimento das metas do Plano Plu-
trimonial nos órgãos e entidades da ad- rianual.
ministração federal, bem como da aplica- c) a gestão dos administradores públicos
ção de recursos públicos por entidades de federais.
______________. d) a aplicação de recursos públicos por en-
tidades de Direito Privado.
III – Exercer o controle das operações de
e) as unidades de auditoria interna das enti-
crédito, _______________, bem como dos
dades da Administração Indireta Federal.
direitos e haveres da União.
IV – Apoiar o controle _______________, 11. (ESAF – CGU – 2012)
no exercício de sua missão institucional.
Nos termos da Constituição Federal, tanto o
Assinale a opção que contém a sequência Congresso Nacional quanto os sistemas de
correta para o preenchimento das lacunas. controle interno de cada Poder podem exer-
a) aplicação / de direito privado / finanças cer fiscalizações da seguinte ordem, exceto:
e avais / interno. a) Contábil.
b) eficácia / de direito público / avais e ga- b) Ambiental.
rantias / externo. c) Patrimonial.
128 www.acasadoconcurseiro.com.br
MTE - Auditor Fiscal do Trabalho – Auditoria – Prof. Rodrigo Fontenelle
www.acasadoconcurseiro.com.br 129
for cientificada ao Ministro Chefe da ( ) Exercer o controle das operações de
Casa Civil da Presidência da República. crédito, avais e garantias, bem como dos di-
reitos e haveres da União.
16. (ESAF – CGU – 2004)
Com relação às sentenças acima, assinale
É função do sistema de Controle Interno do com V as verdadeiras e com F as falsas e in-
Poder Executivo Federal prestar: dique a opção correta.
a) consultoria aos administradores de a) V, V, V
bens e recursos públicos nos assuntos b) V, V, F
pertinentes à área de competência do c) F, F, V
Sistema de Controle Interno. d) F, F, F
b) orientação aos administradores de bens e) V, F, F
e recursos públicos nos assuntos perti-
nentes à área de competência do Siste- 18. (ESAF – MPU – 2004)
ma de Controle Interno.
c) serviços de elaboração de relatórios São finalidades do sistema de controle inter-
contábeis aos administradores de bens no do Poder Executivo federal, exceto:
e recursos públicos nos assuntos perti- a) avaliar o cumprimento das metas pre-
nentes à área de competência do Siste- vistas no Plano Plurianual, a execução
ma de Controle Interno. dos programas de governo e dos orça-
d) serviços advocatícios aos administrado- mentos da União.
res de bens e recursos públicos nos as- b) comprovar a legalidade e avaliar os re-
suntos pertinentes à área de competên- sultados, quanto à eficácia e à eficiência
cia do Sistema de Controle Interno. da gestão orçamentária, financeira e pa-
e) assessoramento jurídico aos administra- trimonial nos órgãos e entidades da ad-
dores de bens e recursos públicos nos ministração pública federal, bem como
assuntos pertinentes à área de compe- da aplicação de recursos públicos por
tência do Sistema de Controle Interno. entidades de direito privado.
c) prestar orientação aos administradores
17. (ESAF – CGU – 2004) de bens e recursos públicos nos assun-
O Sistema de Controle Interno do Poder Exe- tos pertinentes à área de competência
cutivo Federal tem as seguintes finalidades: do sistema de controle interno, inclusi-
ve sobre a forma de prestar contas.
( ) Avaliar o cumprimento das metas pre- d) exercer o controle das operações de
vistas no Plano Plurianual, a execução dos crédito, avais e garantias, bem como
programas de governo e dos orçamentos da dos direitos e haveres da União.
União. e) apoiar o controle externo no exercício
de sua missão institucional.
( ) Comprovar a legalidade e avaliar os re-
sultados, quanto à eficácia e à eficiência da
gestão orçamentária, financeira e patrimo-
nial dos órgãos e das entidades da Adminis-
tração Pública Federal, bem como da aplica-
ção de recursos públicos por entidades de
direito privado.
Gabarito: 1. E 2. C 3. E 4. E 5. E 6. E 7. E 8. C 9. E 10. E 11. B 12. D 13. B 14. C 15. B 16. B 17. A
18. C
130 www.acasadoconcurseiro.com.br
MTE - Auditor Fiscal do Trabalho – Auditoria – Prof. Rodrigo Fontenelle
Auditoria
de
Avaliação
da
Gestão
Auditoria
de
Auditoria
Acompanha
Especial
mento
da
Tipos
de
Gestão
Auditoria
Auditoria
Auditoria
Contábil
Operacional
www.acasadoconcurseiro.com.br 131
Auditoria de Acompanhamento da Gestão
Auditoria Operacional
Auditoria Contábil
132 www.acasadoconcurseiro.com.br
MTE - Auditor Fiscal do Trabalho – Auditoria – Prof. Rodrigo Fontenelle
Auditoria Especial
• Centralizada • Compartilhada
• Descentralizada • Terceirizada
• Integrada
Direta
Direta
Trata-se das atividades de auditoria executadas diretamente por servidores em exercício nos
órgãosTrata-se
e unidades
dasdoatividades
SCI-PEF, sendo subdividas
de auditoria em:
executadas diretamente por servidores em
exercício nos órgãos e unidades do SCI-PEF, sendo subdividas em:
Centralizada
• Executada exclusivamente por servidores em exercício nos
Órgãos Central ou setoriais do SCI-PEF.
Descentralizada
• Executada exclusivamente por servidores em exercício nas
unidades regionais ou setoriais do SCI-PEF.
Integrada
• Executada conjuntamente por servidores em exercício nos Órgãos
Central, setoriais, unidades regionais e/ou setoriais do SCI-PEF.
www.acasadoconcurseiro.com.br 133
Prof.
Me.
Rodrigo
Fontenelle
Indireta Indireta
Trata-se
Trata-se das das de
atividades atividades
auditoria de auditoriacom
executadas executadas com adeparticipação
a participação servidores nãodelotados
servidores não lotados nos órgãos e unidades do SCI-PEF, que desempenham
nos órgãos e unidades do SCI-PEF, que desempenham atividades de auditoria em quaisquer
instituiçõesatividades de auditoria
da Administração em Federal
Pública quaisquer instituições
ou entidade da Administração Pública
privada.
Federal ou entidade privada.
Compartilhada
• Coordenada pelo SCI-PEF com o auxílio de órgãos/
instituições públicas ou privada.
Terceirizada
• Executada por instituições privadas, ou seja, pelas
denominadas empresas de auditoria externa.
Simplificada
•• Trata-se das atividades de auditoria realizadas por servidores em exercício nos Órgãos
Central, setoriais, unidades regionais ou setoriais do SCI-PEF.
•• Sobre informações obtidas por meio de exame de processos e por meio eletrônico,
específico das unidades ou entidades federais, cujo custo-benefício não justifica o
deslocamento de uma equipe para o órgão.
•• Essa forma de execução de auditoria pressupõe a utilização de indicadores de desempenho
que fundamentam a opinião do agente executor das ações de controle.
134 www.acasadoconcurseiro.com.br
Questões
www.acasadoconcurseiro.com.br 135
8. (CESPE – TCE-ES-Auditor – 2012) 12. (CESPE – DETRAN-ES – 2010)
Com base nas normas de controle interno No âmbito da administração pública, a audi-
do Poder Executivo federal, julgue o item toria integrada consiste no exame simultâ-
seguinte. neo dos demonstrativos de todas as unida-
des administrativas vinculadas a um mesmo
Classifica-se como indireta e simplificada a ministério.
auditoria executada em órgãos públicos pe-
las denominadas empresas de auditoria ex- ( ) Certo ( ) Errado
terna, contratadas quando o deslocamento
de servidores em exercício no órgão central 13. (MPU – 2010 – CESPE)
é considerado inviável.
Com respeito ao controle interno e ao ex-
( ) Certo ( ) Errado terno e à prestação de contas no âmbito da
União, julgue os itens subsequentes.
9. (CESPE – TCE-ES-ACE – 2012) Após o término de cada exercício, o órgão
A auditoria coordenada pelo sistema de público organiza seu processo de prestação
controle interno do Poder Executivo federal de contas, que é auditado pelo controle in-
e, de forma auxiliar, pelos órgãos e(ou) ins- terno mediante auditoria de programas.
tituições publicas ou privadas e classificada, ( ) Certo ( ) Errado
quanto a forma de execução, como indireta
e compartilhada.
14. (CESPE – DETRAN-ES – 2010)
( ) Certo ( ) Errado
A auditoria de acompanhamento da gestão
compreende o exame dos registros e docu-
10. (CESPE – PREVIC – 2011) mentos e tem a finalidade de obter elemen-
Para que uma auditoria seja classificada tos comprobatórios suficientes para opinar
como do tipo especial, não basta que tra- se os demonstrativos refletem a situação
te de fatos ou situações relevantes e tenha econômica da entidade.
sido determinada pela autoridade compe- ( ) Certo ( ) Errado
tente.
( ) Certo ( ) Errado
ESAF
11. (CESPE – PREVIC – 2011)
A auditoria indireta, realizada com a partici- 15. (ESAF – CGU – 2012)
pação de servidores não lotados nos órgãos
Uma auditoria qualquer, coordenada pelo
e unidades do sistema de controle interno,
Sistema de Controle Interno do Poder Exe-
pode também ser feita de forma integrada.
cutivo Federal com o auxílio de uma empre-
( ) Certo ( ) Errado sa privada de auditoria, deve ter sua forma
de execução classificada como:
a) Centralizada.
b) Descentralizada.
c) Integrada.
d) Compartilhada.
e) Terceirizada.
136 www.acasadoconcurseiro.com.br
MTE - Auditor Fiscal do Trabalho – Auditoria – Prof. Rodrigo Fontenelle
www.acasadoconcurseiro.com.br 137
21. (ESAF – CGU – 2006)
De acordo com a IN SFC/MF nº 01/2001, as-
sinale a opção que apresenta uma classifica-
ção de auditoria incorreta.
a) Auditoria contábil.
b) Auditoria de avaliação da gestão.
c) Auditoria de acompanhamento da ges-
tão.
d) Auditoria financeira.
e) Auditoria especial.
Gabarito: 1. E 2. C 3. E 4. E 5. E 6. E 7. E 8. E 9. C 10. C 11. E 12. E 13. E 14. E 15. D 16. A 17. B
18. C 21. D 20. A 21. D
138 www.acasadoconcurseiro.com.br
MTE - Auditor Fiscal do Trabalho – Auditoria – Prof. Rodrigo Fontenelle
Documentos de Auditoria
Solicitação de Auditoria
Documento utilizado para formalizar pedido de documentos, informações, justificativas e
outros assuntos relevantes, emitido antes ou durante o desenvolvimento dos trabalhos de
campo.
Nota
Nota é o documento destinado a dar ciência ao gestor/administrador da área examinada, no
decorrer dos exames, das impropriedades ou irregularidades constatadas ou apuradas no
desenvolvimento dos trabalhos. Tem a finalidade de obter a manifestação dos agentes sobre
fatos que resultaram em prejuízo à Fazenda Nacional ou sobre outras situações que necessitem
de esclarecimentos formais.
Relatório
Os Relatórios constituem-se na forma pela qual os resultados dos trabalhos realizados são
levados ao conhecimento das autoridades competentes, com as seguintes finalidades:
a) à direção, fornecendo dados para tomada de decisões sobre a política de área
supervisionada;
b) às gerências executivas, com vistas ao atendimento das recomendações sobre as operações
de sua responsabilidade;
www.acasadoconcurseiro.com.br 139
c) aos responsáveis pela execução das tarefas, para correção de erros detectados;
d) ao Tribunal de Contas da União, como resultado dos exames efetuados; e
e) a outras autoridades interessadas, dependendo do tipo ou forma de auditoria/fiscalização
realizada.
Certificado
O Certificado é o documento que representa a opinião do Sistema de Controle Interno sobre
a exatidão e regularidade, ou não, da gestão e a adequacidade, ou não, das peças examinadas,
devendo ser assinado pelo Coordenador-Geral ou Gerente Regional de Controle Interno, ou
ainda, autoridades de nível hierárquico equivalentes nos órgãos e unidades setoriais do Sistema
de Controle Interno do Poder Executivo Federal.
140 www.acasadoconcurseiro.com.br
MTE - Auditor Fiscal do Trabalho – Auditoria – Prof. Rodrigo Fontenelle
A opinião do Órgão ou Unidade de Controle Interno do Poder Executivo Federal deve ser
expressa por meio de Relatório, Parecer, Certificado ou Nota.
O Certificado de Auditoria será emitido na verificação das contas dos responsáveis pela
aplicação, utilização ou guarda de bens e valores públicos, e de todo aquele que der causa à
perda, subtração ou estrago de valores, bens e materiais de propriedade ou responsabilidade
da União.
Os tipos de Certificado são:
I. Certificado de Regularidade – será emitido quando o Órgão ou Unidade de Controle
Interno formar a opinião de que na gestão dos recursos públicos foram adequadamente
observados os princípios da legalidade, legitimidade e economicidade.
II. Certificado de Regularidade com Ressalvas – será emitido quando o Órgão ou Unidade
de Controle Interno constatar falhas, omissões ou impropriedades de natureza formal no
cumprimento das normas e diretrizes governamentais, quanto à legalidade, legitimidade
e economicidade e que, pela sua irrelevância ou imaterialidade, não caracterizem
irregularidade de atuação dos agentes responsáveis.
III. Certificado de Irregularidade – será emitido quando o Órgão ou Unidade de Controle
Interno verificar a não observância da aplicação dos princípios de legalidade, legitimidade
e economicidade, constatando a existência de desfalque, alcance, desvio de bens ou
outra irregularidade de que resulte prejuízo quantificável para a Fazenda Nacional e/ou
comprometam, substancialmente, as demonstrações financeiras e a respectiva gestão dos
agentes responsáveis, no período ou exercício examinado.
O Órgão ou Unidade de Controle Interno do Poder Executivo Federal deve emitir o Certificado
de Auditoria levando em consideração a jurisprudência do Tribunal de Contas da União, suas
súmulas e decisões julgadas em casos semelhantes, de modo a garantir adequada uniformidade
de entendimento.
O Certificado de Auditoria ou Parecer, requer o atendimento dos seguintes requisitos:
I. indicar número do processo, exercício examinado, unidade gestora/entidade examinada;
II. citar, no parágrafo inicial, o escopo do trabalho em função do tipo de auditoria realizada;
III. registrar, no parágrafo intermediário, as impropriedades ou irregularidades que:
a) caracterizem a inobservância de normas legais e regulamentares;
b) afetem a gestão ou situação examinada;
c) comprometam a economicidade, legalidade e legitimidade da gestão ou situação
examinada; e
d) resultem ou não em prejuízo à Fazenda Nacional.
www.acasadoconcurseiro.com.br 141
IV. observado o contido no parágrafo intermediário, concluir, no parágrafo final, emitindo
opinião quanto à regularidade, ou não, da gestão examinada;
V. conter data do Certificado correspondente ao dia de sua emissão;
VI. conter assinatura do Coordenador-Geral ou Gerente Regional de Controle Interno, ou
ainda, autoridades hierárquicas equivalentes nos órgãos e unidade setoriais do SCI-PEF; e
VII. no caso de auditoria contábil, conter o nome e o número de registro no Conselho Regional
de Contabilidade do servidor do SCI-PEF que examinou as demonstrações financeiras.
Quando o Órgão ou Unidade de Controle Interno do Poder Executivo Federal não obtiver
elementos comprobatórios suficientes e adequados, de tal modo que impeça-o de formar
opinião quanto à regularidade da gestão, a opinião decorrente dos exames fica sobrestada,
por prazo previamente fixado para o cumprimento de diligência pelo órgão ou entidade
examinado, quando então, mediante novos exames, o SCI-PEF emitirá o competente
Certificado. ATENÇÃO!!!
Neste caso, quando sobrestado o exame, o órgão do Sistema de Controle Interno do Poder
Executivo Federal deve dar ciência da ocorrência ao Tribunal de Contas da União.
Na ocorrência de eventos ou transações subsequentes ao período examinado que, pela sua
relevância, possam influir substancialmente na posição financeira e patrimonial da unidade ou
entidade examinada, é indispensável que esses fatos sejam considerados em seu Certificado.
O Órgão ou Unidade de Controle Interno do Poder Executivo Federal deve usar de toda
acuidade e prudência no momento de definir o tipo de Certificado que emitirá como resultado
dos trabalhos realizados.
Deve levar em conta, principalmente, que determinadas constatações relacionadas com falhas,
omissões e impropriedades podem significar situações simplesmente impróprias, quando
caberá a emissão de Certificado de Regularidade ou de Regularidade com Ressalvas, ou até
mesmo irregulares, quando caberá a emissão de Certificado de Regularidade com Ressalvas ou
de Irregularidade.
Tudo dependerá do acurado exame de todas as circunstâncias envolvidas na situação em
julgamento, quando o Órgão ou Unidade de Controle Interno do Poder Executivo Federal terá
de avaliar, em conjunto, fatores tais como: frequência da incidência no exercício; reincidência
de constatação em exercícios anteriores; descumprimento a recomendações anteriores;
evidência da intenção; ocorrência de prejuízo à Fazenda Nacional; jurisprudência de decisões
do Tribunal de Contas da União na apreciação de casos semelhantes; e outros fatores que
possam contribuir para a adequada definição do tipo de certificado a ser emitido.
142 www.acasadoconcurseiro.com.br
Questões
( ) Certo ( ) Errado
www.acasadoconcurseiro.com.br 143
6. (CESPE – TCE-AC – 2008) c) É por meio do registro das constatações
que os resultados dos exames realiza-
Sabendo que a auditoria governamental dos pelo controle interno são levados
visa avaliar a gestão pública e a aplicação de ao conhecimento do TCU.
recursos públicos e considerando os mode- d) Os papéis de trabalho do auditor são do-
los para elaboração de documentos no se- cumentos que não podem ser obtidos a
tor público, assinale a opção incorreta. partir de qualquer outra fonte além das
a) O registro das constatações de auditoria informações contidas em seus próprios
é um documento pós-auditoria destina- trabalhos de auditoria e fiscalização.
do a registrar as verificações significati- e) O parecer do dirigente do órgão do con-
vas detectadas no desenvolvimento dos trole interno é peça documental que
trabalhos, com base em cada relatório externaliza a avaliação conclusiva do
de auditoria. controle interno e deve ser inserida,
b) O relatório de auditoria é o documento compulsoriamente, nos processos de
por meio do qual os resultados dos tra- tomada e prestação de contas.
balhos realizados são levados ao conhe-
cimento das auditorias competentes. 8. (CESPE – TJDFT – 2008)
c) A nota de auditoria é o documento des-
tinado a dar ciência ao gestor da área A diferença entre o certificado de regulari-
examinada, ao final dos exames, das dade com ressalva e o de irregularidade, no
impropriedades ou irregularidades de- setor público, a exemplo do que ocorre no
tectadas, proporcionando, assim, maior setor privado, entre pareceres com ressal-
suporte à opinião do auditor na emis- va e adverso, depende não só da natureza,
são do seu parecer de auditoria. mas também da materialidade das circuns-
d) O parecer de auditoria tem como fina- tâncias. É o caso, por exemplo, de registros
lidade consignar qualquer irregularida- e demonstrações contábeis inadequados ou
de constatada, indicando as medidas a incorretos.
serem adotadas para corrigir as falhas ( ) Certo ( ) Errado
identificadas.
e) O certificado de auditoria é o documen-
to que representa a opinião dos mem- ESAF
bros do sistema de controle interno
sobre a exatidão e a regularidade da
9. (ESAF – CGU – 2012)
gestão, além da adequabilidade das pe-
ças examinadas. Se compararmos as normas aplicáveis à au-
ditoria independente com as normas apli-
7. (CESPE – TCE-AC – 2008)
cáveis à auditoria no setor público, no que
A auditoria do controle interno deve ser re- tange à emissão de opinião, é correto afir-
gistrada por meio de relatório, parecer, cer- mar que:
tificado ou nota. Acerca desse assunto, assi-
a) na auditoria independente, uma opi-
nale a opção correta.
nião deve ser sempre emitida.
a) No certificado de auditoria citam-se, no b) grosso modo, uma opinião adversa equi-
parágrafo final, as irregularidades que vale a um Certificado de Regularidade.
afetam a gestão. c) o auditor independente pode emitir sua
b) O certificado de auditoria, no caso de opinião ou abster-se de fazê-lo.
auditoria contábil, dispensa o número d) ao lidar com fraudes contábeis, o audi-
do registro do auditor no Conselho Re- tor independente deve opinar pela irre-
gional de Contabilidade. gularidade.
144 www.acasadoconcurseiro.com.br
MTE - Auditor Fiscal do Trabalho – Auditoria – Prof. Rodrigo Fontenelle
Gabarito: 1. C 2. E 3. C 4. C 5. E 6. C 7. E 8. C 9. C 10. C 11. B 12. A 13. B 14. A
www.acasadoconcurseiro.com.br 145
RESUMÃO
146 www.acasadoconcurseiro.com.br
MTE - Auditor Fiscal do Trabalho – Auditoria – Prof. Rodrigo Fontenelle
•• O relatório da Auditoria Interna deve ser apresentado a quem tenha solicitado o trabalho
ou a quem este autorizar, devendo ser preservada a confidencialidade do seu conteúdo.
•• A auditoria interna pode emitir relatório parcial, caso constate impropriedade / irregulari-
dade / ilegalidade que necessite de providência imediata.
•• A Auditoria Interna é exercida em pessoas jurídicas de direito público, interno ou externo,
e de direito privado.
•• A princípio, apenas quando o auditor interno estiver realizando auditoria contábil será
exigida a formação em ciências contábeis e consequente registro no CRC.
•• A finalidade da Auditoria Interna é agregar valor ao resultado da organização, apresentando
subsídios para o aperfeiçoamento dos processos, da gestão e dos controles internos, por
meio da recomendação de soluções para as não conformidades apontadas nos relatórios.
•• É atribuição da Auditoria Interna assessorar a administração da entidade nesse sentido,
informando-a, sempre por escrito e de maneira reservada, sobre quaisquer indícios de
irregularidades detectados no decorrer do trabalho.
•• A prevenção de fraudes e erros não é atribuição principal, finalidade precípua, objetivo
maior, e outras afirmações desse tipo, da Auditoria Interna. É da administração da empresa.
•• O planejamento de auditoria interna deve seguir as diretrizes estabelecidas pela
administração da entidade.
•• O documento de planejamento do auditor interno é chamado de Programa de Trabalho
e deve conter natureza, oportunidade, extensão, equipe técnica e necessidade do uso de
especialistas.
•• A análise de riscos da auditoria interna é feita na fase de planejamento, quando devem
ser consideradas eventuais limitações da auditoria a ser realizada e também a extensão da
responsabilidade do auditor interno no uso de especialistas.
•• Para as normas de auditoria interna, as informações devem ser suficientes (factual e
convicente), adequadas (melhor evidência alcançável), relevantes (suporta as conclusões)
e úteis (auxilia a entidade).
•• As normas de auditoria interna preveem, para os testes de observância, apenas as seguintes
técnicas:
•• Inspeção – verificação de registros, documentos e ativos tangíveis.
•• Observação – acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua
execução.
•• Investigação e confirmação – obtenção de informações perante pessoas físicas ou
jurídicas conhecedoras das transações e das operações, dentro ou fora da entidade.
•• O planejamento é a primeira fase da auditoria, é flexível e não se encerra com o início dos
trabalhos de campo (execução da auditoria).
•• Escopo é a profundidade e amplitude do trabalho para alcançar o objetivo da fiscalização, e
é definido em função do tempo e dos recursos humanos e materiais disponíveis.
www.acasadoconcurseiro.com.br 147
•• Os dois documentos de planejamento previstos pela NBC TA 300 são a Estratégia Global
(mais amplo) e o Plano de Auditoria (mais específico).
•• O Planejamento não é uma fase isolada da auditoria, mas um processo contínuo e iterativo,
que muitas vezes começa logo após (ou em conexão com) a conclusão da auditoria anterior,
continuando até a conclusão do trabalho de auditoria atual.
•• O auditor deve atualizar e alterar a estratégia global de auditoria e o plano de auditoria
sempre que necessário no curso da auditoria.
•• A definição da estratégia global de auditoria e o plano de auditoria detalhado não são
necessariamente processos isolados ou sequenciais, estando intimamente relacionados.
•• Na Estratégia Global são determinadas a natureza, a época e a extensão dos recursos
necessários para realizar o trabalho.
•• Já no Plano de Auditoria são definidas a natureza, a época e a extensão dos procedimentos
de auditoria a serem realizados pelos membros da equipe de trabalho.
•• Programa de Auditoria é o plano de ação detalhado, um guia de auditoria, que pode ser
específico ou padronizado. Ex.: Check-list.
•• Em uma auditoria inicial, além de todos os fatores comumente analisados, o auditor
também deverá tomar alguns cuidados extras, como a verificação do saldo inicial das
demonstrações financeiras e a verificação dos papéis de trabalho do auditor antecessor,
quando possível.
•• Os programas de trabalho devem ser estruturados de forma a servir como guia e meio
de controle de execução do trabalho, devendo ser revisados e atualizados sempre que as
circunstâncias o exigirem.
•• Os testes de auditoria podem ser classificados em testes de observância (também
chamados de controle ou aderência) e testes substantivos (procedimentos substantivos).
•• Teste de controle é o procedimento de auditoria planejado para avaliar a efetividade
operacional dos controles na prevenção ou detecção e correção de distorções relevantes
no nível de afirmações.
•• Procedimento substantivo é o procedimento de auditoria planejado para detectar distorções
relevantes no nível de afirmações. Divide-se em: Testes de Detalhes e Procedimentos de
Revisão Analítica.
•• Inspeção de registros e documentos envolve o exame de registros ou documentos, internos
ou externos, em forma de papel, em forma eletrônica ou em outras mídias, ou o exame
físico de um ativo.
•• Recálculo consiste na verificação da exatidão matemática de documentos ou registros.
Pode ser realizado manual ou eletronicamente.
•• Observação consiste no exame de processo ou procedimento executado por outros.
•• Indagação consiste na busca de informações junto a pessoas com conhecimento, financeiro
e não financeiro, dentro ou fora da entidade.
148 www.acasadoconcurseiro.com.br
MTE - Auditor Fiscal do Trabalho – Auditoria – Prof. Rodrigo Fontenelle
•• Confirmação Externa representa evidência de auditoria obtida pelo auditor como resposta
escrita de terceiro (a parte que confirma) ao auditor, em forma escrita, eletrônica ou em
outra mídia. Pode ser Positiva (quando exige uma resposta da parte que confirma) ou
Negativa (quando a parte só precisa responder se discordar).
•• A Confirmação Positiva pode ser Preta (quando se colocam os valores que serão
confirmados) ou Branca (quando não se colocam).
•• Revisão Analítica objetiva verificar o comportamento de valores significativos, mediante
índices, quocientes, quantidades absolutas ou outros meios, com vistas à identificação de
situações ou tendências atípicas.
•• Reexecução envolve a execução independente pelo auditor de procedimentos ou controles
que foram originalmente realizados como parte do controle interno da entidade.
•• As não conformidades ou distorções encontradas nas DC podem ser de quatro tipos: saldo
superavaliado, saldo subavaliado, saldo fictício e saldo oculto.
•• A experiência tem demonstrado que se devem dirigir os testes principais de superavaliação
para as contas devedoras (ativo, despesas) e os de subavaliação para as contas credoras
(passivo, receitas).
•• No teste para superavaliação, o auditor parte do valor registrado no livro-razão geral para
o documento-suporte da transação. Já no teste para subavaliação, o auditor parte desse
documento para o valor registrado no livro-razão geral.
•• Ativo fictício é quando bens e direitos existem apenas no Balanço Patrimonial, mas de
fato não constam no patrimônio da empresa. Já o Passivo fictício seria uma obrigação que
somente consta nas demonstrações contábeis, mas já foi quitada ou de fato não existe.
•• Podem existir direitos e obrigações que de fato existem, mas não estão registrados na
contabilidade da empresa. Nesse caso, dá-se o nome de Ativos ocultos e Passivos ocultos,
respectivamente.
•• São objetivos da aplicação de programas de auditoria em contas do ativo, verificar
integridade, existência, propriedade, precisão, valorização e apresentação.
•• Documentação de auditoria é o registro dos procedimentos de auditoria executados, da
evidência de auditoria relevante obtida e conclusões alcançadas pelo auditor.
•• Arquivo de auditoria compreende uma ou mais pastas ou outras formas de armazenamento,
em forma física ou eletrônica, as quais contêm os registros que constituem a documentação
de trabalho específico.
•• A documentação de auditoria fornece a evidência da base do auditor para uma conclusão
quanto ao cumprimento do objetivo global do auditor e evidência de que a auditoria foi
planejada e executada em conformidade com as normas de auditoria e exigências legais e
regulamentares aplicáveis.
•• Explicações verbais do auditor não representam documentação adequada para o trabalho
executado pelo auditor ou para as conclusões obtidas, mas podem ser usadas para explicar
ou esclarecer informações contidas na documentação de auditoria.
www.acasadoconcurseiro.com.br 149
•• Um limite de tempo apropriado para concluir a montagem do arquivo final de auditoria
geralmente não ultrapassa 60 dias após a data do relatório do auditor.
•• O período de retenção da documentação de auditoria geralmente não é inferior a cinco
anos, a contar da data do relatório do auditor.
•• Os papéis de trabalho podem ser classificados quanto à sua natureza em: i) Correntes, que
são aqueles utilizados apenas no exercício social objeto da auditoria e ii) Permanentes,
quando são utilizados em mais de um período.
•• Amostragem estatística é a abordagem à amostragem com as seguintes características: (a)
seleção aleatória dos itens da amostra; e (b) o uso da teoria das probabilidades para avaliar
os resultados das amostras, incluindo a mensuração do risco de amostragem.
•• Amostragem não estatística é aquela em que a amostra é determinada pelo auditor
utilizando sua experiência, critério e conhecimento da entidade.
•• A representatividade é uma característica fundamental para a amostra, que depende da
forma de seleção e do tamanho da amostra.
•• Risco de amostragem é o risco de que a conclusão do auditor, com base em amostra,
pudesse ser diferente se toda a população fosse sujeita ao mesmo procedimento de
auditoria.
•• Risco não resultante da amostragem é o risco de que o auditor chegue a uma conclusão
errônea por qualquer outra razão que não seja relacionada ao risco de amostragem.
•• Anomalia é a distorção ou o desvio que é comprovadamente não representativo em uma
população.
•• Unidade de amostragem é cada um dos itens individuais que constituem uma população.
•• Estratificação é o processo de dividir uma população em subpopulações, cada uma sendo
um grupo de unidades de amostragem com características semelhantes.
•• O objetivo da estratificação é reduzir a variabilidade dos itens de cada estrato e, portanto,
permitir que o tamanho da amostra seja reduzido sem aumentar o risco de amostragem.
•• Na Estratificação, os resultados dos procedimentos de auditoria aplicados a uma amostra
de itens dentro de um estrato só podem ser projetados para os itens que compõem esse
estrato.
•• Não se recomenda a utilização de amostragem quando: a) a população é considerada muito
pequena e a sua amostra fica relativamente grande; b) as características da população são
de fácil mensuração, mesmo que a população não seja pequena; e c) há necessidade de
alta precisão.
•• Afeta a Eficácia da auditoria: quando os controles são considerados mais eficazes do que
realmente são ou quando não se detectou distorção relevante, mas ela existe.
•• Afeta a Eficiência da auditoria: quando os controles são considerados menos eficazes do
que realmente são ou quando se detectou distorção relevante, mas ela não existe.
150 www.acasadoconcurseiro.com.br
MTE - Auditor Fiscal do Trabalho – Auditoria – Prof. Rodrigo Fontenelle
www.acasadoconcurseiro.com.br 151
assunto com a administração e caso as demonstrações sejam alteradas, executar novos
procedimentos de auditoria nos pontos modificados.
•• Nesse caso, o auditor deve alterar o relatório para incluir data adicional restrita a essa
alteração, que indique que os procedimentos do auditor independente sobre os eventos
subsequentes estão restritos unicamente às alterações descritas na nota explicativa.
•• Se esses fatos chegarem ao conhecimento do auditor após a publicação das demonstrações,
além dos procedimentos adotados nos itens anteriores, o auditor deve verificar quais as
ações implementadas pela empresa para que todos que tiveram acesso às demonstrações
retificadas sejam informados dessa nova situação.
•• São formas de opinião do auditor: sem ressalvas, com ressalvas, adversa ou abstenção de
opinião.
•• Quando o auditor modificar sua opinião ele deve, antes do parágrafo da opinião, incluir
um parágrafo para fornecer uma descrição do assunto que deu origem à modificação. Esse
parágrafo deve ter a denominação de “base para opinião com ressalva”; “base para opinião
adversa” ou “base para abstenção de opinião”.
•• Parágrafo de Ênfase refere-se a um assunto apropriadamente apresentado nas DC que, de
acordo com o julgamento do auditor, é de tal importância para o entendimento do usuário,
que justifica que se chame a atenção para o assunto. Deve ser inserido imediatamente após
o parágrafo de opinião, com o título “Ênfase”.
•• Estrutura de um relatório de auditoria independente: 1) Introdução; 2) Parágrafo de
Responsabilidade da Administração; 3) Parágrafo de Responsabilidade do Auditor; 4) Base
para a modificação da opinião do auditor (não tem em relatório sem ressalvas); 5) Opinião
do Auditor; 6) Parágrafo de Ênfase (a critério do auditor); e 7) Parágrafo de Outros Assuntos
(a critério do auditor).
•• O relatório do auditor independente não pode ter data anterior à data em que ele obteve
evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar a sua opinião.
152 www.acasadoconcurseiro.com.br
MTE - Auditor Fiscal do Trabalho – Auditoria – Prof. Rodrigo Fontenelle
•• Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade,
guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União
responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.
•• O SCI-PEF tem as seguintes finalidades:
I – avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos
programas de governo e dos orçamentos da União;
II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e nas entidades da Administração Pública
Federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
III – exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos
e haveres da União;
IV – apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
•• São atividades complementares do SCI-PEF, e não finalidades: a elaboração da PCPR, o
controle social, a auditoria de Tomada de Contas Especial, análise de Processos de Pessoal,
avaliação das Unidades de Auditoria Interna e diligências.
•• Tipos de Auditoria: Avaliação da Gestão, Acompanhamento da Gestão, Contábil,
Operacional e Especial.
•• Auditoria de Avaliação da Gestão: regularidade das contas. Verifica a execução de contratos,
acordos, convênios e ajustes.
•• Auditoria de Acompanhamento da Gestão: ao longo do processo de gestão. Tempo real.
Previne gargalos.
•• Auditoria Contábil: controle do patrimônio, registros contábeis e aplicação de recursos
externos oriundos de organismos internacionais.
•• Auditoria Operacional: procedimentos relacionados ao processo operacional. Avalia
programas de governo, projetos e atividades. Emite opinião sobre a gestão quanto aos
aspectos da eficiência, eficácia e economicidade. Atividade de assessoramento ao gestor
público.
•• Auditoria Especial: situações relevantes de natureza incomum ou extraordinária. Demais
trabalhos.
•• Formas de execução: Direta (centralizada, descentralizada ou integrada), Indireta
(compartilhada ou terceirizada) e Simplificada.
•• Centralizada: órgão central ou setoriais.
•• Descentralizada: unidades regionais ou setoriais.
•• Integrada: órgãos e unidades do SCI-PEF em conjunto.
•• Compartilhada: SCI-PEF + órgãos/instituições públicas ou privadas.
•• Terceirizada: auditoria externa (independente).
www.acasadoconcurseiro.com.br 153
•• Simplificada: exame de processo e meio eletrônico. Relação custo/beneficio. Indicadores
de desempenho.
•• Solicitação de Auditoria: formaliza pedido de documentos. Antes ou durante os trabalhos
de campo.
•• Nota: documento destinado a dar ciência ao gestor da área examinada, no decorrer
dos exames, das impropriedades ou irregularidades constatadas ou apuradas no
desenvolvimento dos trabalhos.
•• Relatório: forma pela qual os resultados dos trabalhos realizados são levados ao
conhecimento das autoridades competentes.
•• Certificado: representa a opinião do Sistema de Controle Interno sobre a exatidão e
regularidade, ou não, da gestão e a adequacidade, ou não, das peças examinadas.
•• Parecer: peça documental que externaliza a avaliação conclusiva do Sistema de Controle
Interno sobre a gestão examinada.
•• A opinião do Órgão ou Unidade de Controle Interno do Poder Executivo Federal deve ser
expressa por meio de Relatório, Parecer, Certificado ou Nota.
•• Certificado pode ser:
•• de regularidade: gestão observou os princípios da legalidade, legitimidade e
economicidade.
•• de regularidade com ressalvas: há falhas, omissões ou impropriedades de natureza
formal, mas irrelevantes ou imateriais.
•• de irregularidade: existência de desfalque, alcance, desvio de bens ou outra
irregularidade de que resulte prejuízo quantificável.
•• Quando o auditor não obtiver elementos comprobatórios suficientes e adequados, de tal
modo que impeça-o de formar opinião quanto à regularidade da gestão, a opinião fica
sobrestada. NÃO EXISTE CERTIFICADO COM ABSTENÇÃO DE OPINIÃO!
154 www.acasadoconcurseiro.com.br