Modelagem matemática de sistemas mecânicos A descrição do movimento de
determinado sistema físico por meio de um sistema de equações é chamado de
modelagem matemática do sistema. O modelo matemático de um dado sistema não é único, isto é, um sistema pode ser representado por diferentes modelos dependendo da análise que se deseja fazer. A nalidade da modelagem matemática é representar todos os apectos importantes do sistema com o propósito de obter as equações matemáticas (ou analíticas) que governam o comportamento do sistema. O modelo matemático deve incluir detalhes su cientes para conseguir descrever o sistema em termos de equações sem torná-lo muito complexo; deve-se ter um compromisso entre a simplicidade do modelo e a sua precisão. Nenhum modelo matemático, por mais preciso que seja, consegue representar completamente um sistema (RAO, 2012). O modelo matemático pode ser linear ou não linear, dependendo do comportamento dos componentes do sistema. Modelos lineares permitem soluções rápidas e são simples de manipular; contudo, modelos não lineares às vezes revelam certas características do sistema que não podem ser previstas usando modelos lineares. Assim, é preciso ter uma boa capacidade de discernimento para propor um modelo matemático adequado de um sistema. Em geral, deve-se obter um modelo matemático que seja adequado para solucionar o problema especí co que está em análise. Porém, é importante ressaltar que os resultados obtidos desta análise serão válidos somente para os casos em que o modelo é válido. Quando vamos obter um modelo simpli cado de um sistema, geralmente ignoramos algumas propriedades físicas deste sistema. Se os efeitos que estas propriedades causam na resposta do sistema são pequenos, então uma boa semelhança entre os resultados da análise matemática e os resultados práticos do sistema é obtido. Muitas vezes, o modelo matemático de um sistema é aperfeiçoado gradativamente para obter resultados mais precisos. Inicialmente, um modelo elementar é usado para ter uma idéia do comportamento global do sistema. Na sequência, o modelo é re nado com a inclusão de mais componentes e/ou detalhes de modo que o comportamento do sistema possa ser observado com mais rigor. A Figura (4.9) representa um modelo simpli cado da suspensão independente de um carro considerando apenas o movimento de uma das rodas do veículo.