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DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E INOVAÇÃO EM TECNOLOGIA

ASSISTIVA

Claudia de Andrade Tambascia


Facti - Fundação de Apoio à Capacitação em Tecnologia da Informação1

Janaina Francisco, Sonelise Auxiliadora Cizoto, Silvio Aparecido Spinella,


Victor Pellegrini Mammana
CTI Renato Archer2

Eixo Temático: Acessibilidade Tecnologia Assistiva


Categoria: Pôster

Resumo:
Esse artigo apresenta o projeto Desenvolvimento Tecnológico e Inovação em
Tecnologia Assistiva (DTITA), composto de 5 linhas de atuação englobando
concepção, desenvolvimento e teste de soluções para pessoas com deficiência,
que podem ser utilizadas em diferentes contextos, principalmente no
educacional. O objetivo principal desse projeto está relacionado à articulação
das demandas do mercado de Tecnologia Assistiva (TA), em busca da melhoria
de soluções e metodologias de desenvolvimento, que possam favorecer a
inclusão de pessoas com deficiência em um contexto escolar, além contribuir
para uma melhoria de sua qualidade de vida. Para definir o escopo de cada uma
das linhas de atuação, foi realizado um levantamento sobre as principais
necessidades do mercado em relação às pessoas com deficiência. Dentro desse
contexto, as soluções tecnológicas foram concebidas, estão sendo
desenvolvidas e validadas em um contexto e design participativo, onde nada
será construído e disponibilizado sem a participação do usuário que precisa de
uma determinada solução de hardware ou software. Adicionalmente é importante
a participação de instituições de ensino, para que também entendam os
benefícios que essas tecnologias podem promover em um contexto educacional
e possam também contribuir para sua aplicabilidade.

Palavras-chave: Inovação em Tecnologia Assistiva, Inclusão escolar,


Tecnologia da Informação em sala de aula

1,2
Rodovia Dom Pedro I (SP-65), Km 143,6 - Amarais - Campinas, SP - CEP 13069-901
Introdução
Dados do último censo populacional brasileiro de 2010 (IBGE, 2010)
apontam para 23,9 % da população, o equivalente a 45.606.048 de pessoas com
algum tipo de deficiência. Dentre os números apresentados, de acordo com o
Censo Escolar (BRASIL, 2015), 886.815 são jovens entre 4 e 17 anos, ou seja,
em fase de escolarização e, dentre esses, encontram-se 61.374 crianças
matriculadas em escolas de educação infantil pelo Brasil.
O projeto DTITA foi concebido no âmbito do Plano Viver sem Limite, do
Governo Federal, que busca implementar novas iniciativas e intensificar ações
já desenvolvidas em benefício das pessoas com deficiência. Este projeto é
financiado pela Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), que tem por
objetivo principal articular demandas do mercado de TA, em busca da melhoria
de soluções e metodologias de desenvolvimento, por meio de um Núcleo de
Referência em Tecnologia Assistiva (NRTA). Esse núcleo será responsável por
viabilizar a transferência tecnológica das soluções desenvolvidas por esse
projeto no mercado, possibilitando uma produção em larga escala e permitindo
que as soluções cheguem a um número maior de pessoas com deficiências e
instituições de ensino, que atendam essas pessoas.
Além do NRTA, este projeto tem como resultado esperado a produção
de 5 soluções de hardware e software, envolvendo o desenvolvimento de um
leitor digital autônomo, criação de uma rede nacional de captura de movimentos,
desenvolvimento de uma interface de comunicação com sensores em plataforma
móvel, desenvolvimento de lousa digital com resposta motora e desenvolvimento
de display tátil com tecnologia SAW, possibilitando atender as necessidades de
pessoas com deficiência visual, auditiva e motora em contextos escolares, mas
não exclusivamente.
Considerando as dificuldades que os professores em sala de aula
enfrentam nos dias de hoje, com múltiplas atividades sendo requeridas e com
necessidades cada vez maiores de atenção sobre aspectos de aprendizagem
que precisam aplicar, além do número elevado de alunos por sala, é nítida a
importância do investimento em TA que possa vir a facilitar a inclusão de
pessoas com deficiência em um contexto escolar.
A implantação das Salas de Recurso Multifuncionais (SRMF) é uma das
medidas implementadas pelo Ministério da Educação (MEC) para garantir que
os alunos com deficiência sejam incluídos com qualidade no processo de ensino-
aprendizagem (BRASIL, 2010). As SRMF possuem um espectro de recursos de
TA disponíveis aos alunos com deficiência no atendimento com o professor de
Educação Especial no período do contra turno escolar.
Considerando a composição das SRMF, as soluções a serem
desenvolvidas pelo projeto DTITA poderiam contribuir para possibilitar uma
maior interação dos alunos com deficiência com seus colegas de sala e com
seus professores, garantindo ainda a apropriação do conteúdo apresentado em
sala de aula. Porém, somente a disponibilização dos recursos em sala de aula
não garante um sistema educacional inclusivo, uma vez que é necessário que
também harmonize seus valores à noção fundamental de inclusão, e possa dirigir
seus esforços para atender às diversas dimensões da acessibilidade.
Além dos recursos tecnológicos, são necessárias mudanças físicas,
comunicacionais, metodológicas, instrumentais, pragmáticas e atitudinais, nem
sempre tão claras e simples, muitas vezes exigindo uma evolução dos valores
da sociedade como um todo.
Assim, a acessibilidade no que concerne à dimensão física das
instituições de ensino deve cuidar não só do aspecto arquitetônico do espaço de
trabalho e dos meios de transporte utilizados no acesso às instituições de ensino,
mas também da dimensão comunicacional da acessibilidade, reduzindo as
barreiras existentes nas relações interpessoais, desde o uso da sinalização em
Libras por alunos deficientes auditivos até a escrita Braille e uso de leitores de
tela para alunos com deficiência visual, ou tecnologias de sensores para permitir
a interação de pessoas com deficiência motora. Adequações na comunicação
dos professores com seus alunos também fazem parte da dimensão
comunicacional a fim de garantir acessibilidade digital aos alunos e professores
em sala de aula. Ao se investir no conceito de inclusão social e digital de alunos
com deficiência em sala de aula, aumenta-se o potencial de benefício que as
soluções de TA podem trazer. Além do atendimento de preceitos legais, a
inclusão do aluno com deficiência, se bem resolvida, contribui não somente para
a dignidade e realização da pessoa, mas, sobretudo, para o enriquecimento das
instituições de ensino, em vista da agregação de capacidades e potenciais de
professores e diretores, além de estimular, entre os demais colaboradores,
posturas e atitudes mais abertas e inclusivas.
Dentro desse contexto, esse projeto apresenta soluções voltadas a
pessoas com deficiência auditiva, visual e motora que podem ser customizadas
para uso em ambiente escolar, possibilitando as instituições de ensino que as
utilizem possam ser tornar uma referência em inclusão, inclusive com a
possibilidade de transferir a metodologia e conhecimento para outras instituições
ou empresas.
É esperado com os resultados desse projeto que se tenham
disponibilizadas soluções tecnológicas e recomendações de acessibilidade que
possam se tornar referência, contribuindo para uma efetiva inclusão social e
digital de pessoas com deficiência em um ambiente escolar.

Objetivos
O objetivo principal desse projeto é subsidiar instituições educacionais
com TAs que possam ser inseridas em sala de aula, possibilitando a efetiva
participação de pessoas com deficiência visual, auditiva e motora nas atividades
educacionais, permitindo a apropriação e entendimento do conteúdo, a
otimização do processo de ensino-aprendizagem, como também uma
participação colaborativa. A disponibilização de um número maior de soluções
de TA é fundamental na estratégia de socialização de pessoas com deficiência
em um ambiente escolar, possibilitando o fortalecimento de políticas públicas
eficientes, que coordene as competências tecnológicas nacionais contribuindo
para o desenvolvimento de soluções que, de fato, promovam a inclusão social e
digital.
Adicionalmente, o NRTA que será criado terá como objetivo acompanhar
o desenvolvimento e avaliar as soluções geradas, certificando-se de que
atendam às necessidades do mercado de forma satisfatória e as expectativas
definidas no projeto, capacitando às instituições de ensino para que utilizem de
forma eficiente e eficaz as soluções desenvolvidas no âmbito desse projeto.
Nesse contexto, o modelo de gestão com base no NRTA que pode permitir uma
melhor orientação dessas competências, trazendo maior visibilidade para a TA,
contribuindo para uma maior difusão do conceito e ampliação dos esforços por
meio da adesão de um número maior de parceiros e participantes, que
enxerguem, na figura do núcleo, uma estrutura organizada e preparada para dar
o encaminhamento correto direcionando os esforços de desenvolvimento destas
tecnologias investidos nesse projeto.

Metodologia
Para a escolha das tecnologias de hardware e software a serem
previstas no âmbito do projeto DTITA, foram feitos levantamento sobre as
principais necessidades do mercado em relação às pessoas com deficiência,
considerando instituições especializadas no trabalho com pessoas com
deficiência, órgãos públicos e instituições de ensino.
Após a definição de quais seriam as soluções de hardware e software a
serem desenvolvidas, atividades de especificação de requisitos,
desenvolvimento e testes foram planejadas e executadas, considerando um
contexto de design participativo, ou seja, com a participação das pessoas com
deficiência junto à equipe executora, para que fosse possível já entender
previamente se uma determinada solução idealizada seria útil ou poderia ter o
resultado esperado ao ser utilizado por uma pessoa com deficiência.
Nesse sentido, foram realizados grupos focais, que são grupos de
discussão estruturada, informal e de tamanho reduzido, com o objetivo de obter
informações relevantes sobre um assunto específico. É considerada uma técnica
rápida e de baixo custo para avaliação e obtenção de dados qualitativos,
podendo ser utilizada sozinha ou com outras ferramentas de pesquisa, para
aprofundar o conhecimento. Especificamente no projeto DTITA a aplicação de
grupos focais foi exploratória, com o propósito de gerar novas ideias e estimular
avanços e melhoria no produto final das linhas de atuação do projeto.
Dentro do contexto desse projeto, foram utilizadas atividades específicas
de planejamento, construção, aprofundamento e conclusão dos grupos focais.
As atividades de planejamento eram responsáveis pela definição dos objetivos
do grupo, preparação das questões e escolha dos participantes, seguidas de
acolhimento, introdução sobre os objetivos gerais da discussão e orientações
sobre a dinâmica. Em seguida, o grupo era construído e o moderador passava a
interagir por meio de perguntas simples aos participantes, motivando a
colaboração e troca de informações. A etapa de aprofundamento era marcada
por um tempo maior de dedicação com perguntas relacionadas ao objetivo
principal do grupo, incentivando pensamentos e opiniões, concluindo com o
resumo das informações coletadas e a consolidação dos resultados obtidos com
os participantes.
O NRTA, para sua efetiva atuação no projeto, precisou do
desenvolvimento de um modelo de gestão e governança, para possibilitar que
as linhas de atuação do projeto trabalhassem de forma cooperativa e pudessem
ter seus resultados combinados em uma solução robusta e completa.

Resultados parciais
Os resultados parciais obtidos com o projeto DTITA envolvem 5
tecnologias específicas considerando pessoas com deficiência.
Para pessoas com deficiência visual, estão em fase de desenvolvimento
avançado um leitor digital autônomo, uma tecnologia de resposta motora para
lousa digital e um display tátil baseado em tecnologia SAW.
O leitor digital autônomo foi concebido para oferecer um dispositivo que,
por meio do processamento e tratamento de uma imagem capturada, reconhece
um texto disposto sobre uma determinada superfície e o apresente para um
usuário por meio de um sintetizador de voz.
O grande diferencial desse dispositivo é que o mesmo realiza a
identificação de um texto na imagem capturada permitindo sua análise e
reconhecimento com tolerância a variações de iluminação e de posicionamento
da câmera em relação ao texto, características e funcionalidades não existentes
nos leitores atuais, que são leitores de mesa conectados a um computador,
dificultando seu uso principalmente com relação à mobilidade.
Nesse caso, o leitor em desenvolvimento leva em conta as
características e funcionalidades do leitor de mesa, porém considerando o
universo de dispositivos móveis e se valendo de recursos comumente presentes
nesses dispositivos, como câmeras e autofalantes. No contexto educacional, é
uma solução que possibilita acesso a conteúdo textuais apresentados em algum
tipo de mídia impressa placas, livros, jornais, entre outros) por pessoas com
deficiência visual, baixa visão, baixo letramento, deficientes intelectuais, em
processo de alfabetização e disléxicos. Este recurso pode contribuir com uma
nova dinâmica na sala de aula e no processo de ensino e aprendizagem, já que
ele favorece, também, alunos que apresentam facilidade de aprendizado
utilizando a memória auditiva.
A tecnologia de resposta motora para lousa digital engloba o
desenvolvimento de uma ponteira com recursos de resposta motora (haptic),
como forma de aprimorar a tecnologia de lousa digital, com um dispositivo de
baixo custo e fácil utilização. O conceito de haptic envolve a emissão de resposta
motora através de sinais vibratórios na interação do usuário com as informações
contidas na tela da lousa digital, permitindo aos usuários "sentir" que algo foi feito
em uma interface por causa de alguma resposta mecânica, geralmente na forma
de uma vibração. Em aparelhos de telefone celular, a “resposta tátil” comumente
acompanha as interações na tela sensível ao toque, como quando é pressionado
um botão virtual, para compensar a falta de movimento real (BALASHOV, 2000).
A integração desse dispositivo com a tecnologia da lousa possibilitará a
um usuário com deficiência visual reconhecer, por exemplo, a presença de
elementos gráficos, tais como, ícones ou botões na tela através da variação da
sensação tátil obtida a partir de pontos percorridos pela ponteira, além de
identificar formas geométrica e seus limites, facilitando o aprendizado em sala
de aula. Considerando ainda o contexto escolar, este dispositivo também poderá
beneficiar pessoas com múltiplas deficiências, como surdo-cegos, alunos com
deficiência intelectual e contribuir com o processo de aprendizagem da escrita
nos anos iniciais do ensino fundamental.
O display táctil baseado em tecnologia SAW engloba o desenvolvimento
de uma superfície de interação que forneça uma resposta tátil ao usuário que
está interagindo com ela, por meio de uma linha Braille que utiliza um sistema
eletromecânico que administra o ato de levantar e abaixar um conjunto de pontos
para obter as letras. Para a obtenção desta sensação está sendo proposto o uso
da tecnologia de ondas acústicas superficiais, conhecida como SAW (Surface
Acoustic Waves) (BALASHOV, 2000), para a concepção de um dispositivo,
utilizando cristais com componentes de vibração, que pode provocar sensações
diferentes em função do conteúdo que está sendo exibido no display, otimizando
o tempo que um deficiente visual realiza uma leitura em braile.
Nesse dispositivo, o dedo do usuário fica em contato com o cristal onde
são geradas as ondas acústicas e essas ondas passam pelo tecido do dedo. A
energia das ondas acústicas pode causar vários danos no tecido humano
dependendo de potência da onda, sua frequência e o ponto de aplicação do
transdutor. Assim, para gerar as especificações técnicas detalhadas do
dispositivo, os parâmetros utilizados na onda acústica estão sendo estudados
para evitar danos na superfície e no interior da pele, considerando os parâmetros
e limites da onda acústica que podem ser utilizados e que em contato com a pele
não apresentam riscos ao usuário final do equipamento.
Visando o contexto educacional, esse display poderá contribuir com o
acesso a informações em um contexto computacional, sem a necessidade da
impressão deste material em Braille, já que essas impressões apresentam
grande volume de materiais e pouca durabilidade do mesmo, além de ser uma
alternativa aos alunos que preferem o uso do Braille ao uso do recurso do leitor
digital.
Para pessoas com deficiência auditiva foi concebido o desenvolvimento
de uma rede de cooperação institucional para a criação de um banco de dados
de sinais e expressões faciais, relacionadas a Língua Brasileira de Sinais
(Libras). Essa rede irá promover a cooperação entre instituições no estudo e
difusão da Libras, otimizando o processo de registro de sinais, com ganhos de
escala e eficiência na construção da base de dados que será disponibilizada
para a comunidade. Com isso será possível o desenvolvimento de aplicações
em dispositivos móveis que possam sinalizar as informações textuais
disponíveis, possibilitando a inclusão de deficientes auditivos em sala de aula
com pleno acesso as informações transmitidas pelo professor.
Como a Libras é uma língua oficial no Brasil e, no entanto, é um idioma
jovem, e vem crescendo organicamente à medida que os surdos vão ocupando
espaços na sociedade da informação, investimentos e inovações em aplicações
que envolvam pessoas com deficiência auditiva são cada vez necessários. Dado
que o português é uma língua secundária para os surdos, e que a inserção da
Libras no contexto educacional é ainda incipiente, no que tange o processo
primário de alfabetização e aquisição cognitiva da linguagem, tem-se uma
parcela significativa da sociedade excluída de aspectos fundamentais de
cidadania, que poderão se beneficiar com os resultados dessa rede de
cooperação. É importante salientar que para concepção desse banco de dados,
os movimentos dos membros do corpo e dos músculos faciais complementares
à expressão do sinal são mapeados tridimensionalmente e essas informações
estarão disponibilizadas nesse banco que irá prover os modelos básicos para a
criação de uma interface de comunicação em Libras na forma, por exemplo, de
personagens virtuais (avatares).
Por fim, para pessoas com deficiência motora está sendo desenvolvida
uma interface de comunicação contemplando as demandas do mercado para
soluções em plataformas móveis. Durante os últimos anos, avanços
significativos na tecnologia dos sistemas computacionais passaram a ocupar
papel de destaque na vida de pessoas com deficiência motora, uma vez que
podem dar voz e permitir a interação de pessoas com comprometimentos físicos
que limitam sua participação social. Essa interface permite ao indivíduo com
graves comprometimentos motores, interagir com um sistema computacional
que comunica as vontades e necessidades do usuário através de sinais
fidedignos.
Estes sinais, tais como sons, sopros, contração muscular de membros
ou piscar de olhos, podem ser captados por diferentes tipos de sensores, tais
como, sensores de pressão, de movimento, de aceleração ou de contato, que
podem ser acoplados a uma solução de hardware e software, permitindo que o
usuário possa interagir com uma determinada aplicação por meio do
acionamento desses dispositivos.
É importante salientar que para que essa ação em relação ao
favorecimento da comunicação e do acesso a informações acontecem de forma
satisfatória, além de garantir que essa interface funcione em aplicativos comuns,
como jogos, é indispensável que se garanta essa interação disponível com
requisitos de configurações diversas, para que seja possível utilizar em
diferentes dispositivos, como celulares, tablets ou pranchas de comunicação.
Essa interface contribuirá diretamente na inclusão social e escolar de pessoas
com deficiência motora, permitindo a interação comunicacional através da
interface computacional, possibilitando a um aluno, em contexto educacional,
efetivar sua participação durante a aula.
Em resumo, essas linhas de ação do projeto DTITA possibilitarão o
desenvolvimento de soluções de hardware e software relevantes para pessoas
com deficiência visual, auditiva e motora, considerando suas reais necessidades
e análises com relação a aplicabilidade e utilidade dessas aplicações,
principalmente em um contexto educacional.

Conclusões parciais
O desenvolvimento deste projeto traz consigo novos desafios tais como:
a busca por novas plataformas colaborativas para a integração de soluções
tecnológicas, desenvolvimentos sustentáveis em TA e interação social. A
concepção inicial do projeto foi muito importante, pois foi ela quem delineou
como as atividades estão sendo executadas e, principalmente, como a
comunicação entre as diferentes linhas de atuação se configurou. Essa
comunicação foi essencial para garantir a sinergia, colaboração e uniformidade
dos resultados produzidos.
Com relação a alguns resultados, o banco de dados que se pretende
obter com a rede de cooperação demandará, após a conclusão do projeto, um
esforço de gestão e de constante atualização, dado que a língua é um sistema
dinâmico. A busca por uma plataforma de publicação, modelo de gestão e
manutenção deste banco também será tema desta linha de ação, dado o
entendimento de que a adoção de um modelo de sustentabilidade é essencial
para garantir que este esforço alcance a sociedade.
Essa situação também aparece nas outras soluções sendo
desenvolvidas, uma vez que novas plataformas computacionais surgem a cada
momento com uma inovação e uma arquitetura diferente, o que muitas vezes
pode demandar adequações e novas configurações nas soluções já
desenvolvidas, para que seu uso não seja interrompido e os resultados obtidos
não sejam perdidos.
Em relação aos grupos focais, levando em consideração que sua
aplicação poderia acontecer no desenvolvimento de qualquer uma das soluções
propostas no projeto, foi proposta uma metodologia básica, com o que é
necessário minimamente para que, de acordo com a necessidade de cada linha
de atuação, fosse possível uma customização para atender aspectos
relacionados a particularidades de cada resultado que está sendo produzido,
além de permitir a customização em relação ao público-alvo que participaria das
oficinas. É esperado, até o final do projeto, que essa metodologia tenha
melhorias e novas adaptações, para que possa ser aplicada de forma efetiva no
NRTA a ser constituído também como resultado desse projeto como um todo.
Para a sociedade, o desenvolvimento das soluções previstas nesse
projeto deve causar impacto positivo nos aspectos sociais e econômicos. No
aspecto social, a disponibilização de uma variedade mais ampla de itens de TA
no mercado conduz a efetiva inclusão de uma parcela maior da população,
principalmente com a adequação dessas soluções e aplicabilidade de cada uma
delas no contexto educacional. Do ponto de vista econômico, o tamanho da
demanda por TA no mercado interno justifica que se busque a convergências
das políticas de inclusão com as políticas industriais, para que as indústrias
possam ser incentivadas a atender esse mercado, com tecnologias de baixo
custo, que possam beneficiar uma parcela maior da sociedade.
Com relação às soluções de hardware e software produzidas, é
esperado que seus resultados possam ser transferidos para empresas que
possam fazer a produção em larga escala, e com isso viabilizem uma utilização
efetiva em sala de aula. Além disso, pretende-se apresentar como resultado
diferentes contextos de uso para essas soluções, em busca de uma melhor
inserção de pessoas com deficiência em sala de aula, fomentando o sistema
educacional inclusivo, garantindo a participação junto aos colegas de sala, a
interação entre os atores envolvidos, entendimento e apropriação do conteúdo
apresentado pelo professor, e possível colaboração e integração, reduzindo as
barreiras da inclusão social e digital.

Agradecimentos
Esse projeto é financiado pela Financiadora de Estudos e Projetos
(FINEP), no âmbito do Programa Viver sem Limites do Governo Federal.

Referências Bibliográficas
BALASHOV, S.M; BAEK, K.H. Baek, Optimal design of wide band low loss
SAW filters, using slanted interdigital transducers. In: Proc. IEEE Ultrason.
Symp. Vol. 1, pp. 83-86, 2000.

BRASIL. Ministério da Educação - MEC. Censo Escolar. 2015. Disponível em:


<http://www.educacenso.inep.gov.br/censobasico/#/>. Acesso em: 25 nov.
2015.

BRASIL. Ministério da Educação - MEC. Secretaria de Educação Especial -


SEESP. Manual de Orientação: Programa de Implantação de Salas de
Recursos Multifuncionais. Brasília: 2010. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view
=download&alias=9936-manual-orientacao-programa-implantacao-salas-
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FUNDAÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSITICA -


IBGE. Censo de 2010. 2010. Disponível em: <http://censo2010.ibge.gov.br/>.
Acesso em: 25 jul. 2016.

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