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PROCEDIMENTOS ESPECIAIS NO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

PRINCIPAIS AÇÕES DE JURISDIÇÃO CONTENCIOSA - GENERALIDADES

1) AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO


É cabível a consignação em pagamento, consoante o artigo 976, e incisos do Código Civil,
quando:
I- o devedor pretende se exonerar da obrigação, se o credor, sem justa causa, recusar receber
o pagamento, ou dar quitação na forma devida;
II- se o credor não for ou não mandar receber a coisa no lugar, tempo e condições devidas;
III- se o credor for desconhecido, estiver declarado ausente, ou residir em lugar incerto, ou de
acesso perigoso ou difícil;
IV- se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento;
V- se pender litígio sobre o objeto do pagamento; ou
VI- se houver concurso de preferência aberto contra o credor ou se este for incapaz de receber
e quitar a obrigação.
A consignação poderá ser de dinheiro ou da coisa devida, e será requerida perante o lugar
onde a obrigação deve ser satisfeita, ou seja, no local do pagamento.
A ação de consignação segue p procedimento previsto nos artigos 890 ao 900 do Código de
Processo Civil, devendo ser frisado, que para a consignação de aluguéis, é utilizado o
procedimento específico preconizado na Lei n.º 8.245/91, que regula especificamente as
locações residenciais e não residenciais, que em seu artigo 67, prevê o procedimento para a
consignação dos alugueis e dos acessórios da locação.

2) AÇÃO DE DEPÓSITO
Tem por fim exigir a restituição da coisa depositada, e compete ao credor, que tem
legitimidade ativa, para propor tal ação.
Referida ação é usada com frequência, pelas instituições financeiras ou pelas empresas
administradoras de consórcios, que tem legitimidade para propor as ações de busca e
apreensão, embasadas nos contratos de alienação fiduciária, originados do Decreto-Lei
911/69.
Quando os bens alienados, não são localizados, cabe ao credor a conversão da ação de busca e
apreensão, em ação de depósito.
O procedimento da ação de depósito está previsto nos artigos 901 a 906 do CPC, cabendo a
decretação da prisão do depositário, no caso de não ser encontrada a coisa ou bem oferecido
em depósito.

3) AÇÃO DE ANULAÇÃO E SUBSTITUIÇÃO DE TÍTULOS AO PORTADOR


Tem legitimidade para propor a ação de anulação e substituição de título ao portador, aquele
que tiver perdido título ao portador ou que tenha sido desapossado injustamente do mesmo.
A ação será requerida para reinvindicar o título da pessoa que o detiver ou requerer-lhe a
anulação e substituição por outro.
O procedimento da ação está previsto no CPC, nos artigos 907 ao 913, e tem aplicação para os
títulos ao portador, que circulam livremente, de mão em mão, sem maiores formalidades.
Para os títulos nominativos, tais como cheques, letra de câmbio e notas promissórias, aplica-se
o procedimento específico previsto no Decreto n.º 2.044, de 31/12/1908, em seu artigo 36, e
para os títulos da dívida pública (municipal, estadual e federal), o procedimento delineado na
Lei n.º 4.728/65, em seu artigo 71.

4) AÇÃO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS


É cabível para quem tem a obrigação de prestar as contas, ou para quem tem o direito de
exigi-las, consoante o art. 914, do CPC.
No caso da prestação de contas ser provocada pelo autor, a ação divide-se em duas fases
processuais distintas. Na primeira, discute-se se a prestação de contas é efetivamente devida
pelo réu. Na segunda fase, se procedente a primeira, discute-se as contas propriamente ditas.
No final de cada fase, será proferida uma Sentença, onde o recurso cabível é o de apelação.
A ação de prestação de contas, segue o procedimento previsto nos artigos 914 a 919 do CPC.

5) AÇÕES POSSESSÓRIAS
No Código de Processo Civil, do artigo 920 ao 932, temos a previsão das seguintes ações
possessórias:
a) reintegração de posse;
b) manutenção de posse;
c) interdito proibitório.
Nas três ações acima, o que a lei visa preservar é chamado direito de posse (jus possessionis),
assim entendido:
a) na reintegração de posse, para recuperar a posse perdida por esbulho;
b) na manutenção de posse, a continuação da posse, no caso de turbação (ambas conforme
art. 926, do CPC);
c) no interdito proibitório, para o possuidor direito ou indireito se proteger da turbação ou
esbulho iminente, mediante mandado proibitório, em que se comine ao réu determinada pena
pecuniária, caso transgrida o preceito (art.932)
Cumpre ser esclarecido, que no caso de direito à posse (jus possidendi), originada do direito de
propriedade, para quem nunca esteve na posse, a ação cabível é a ação reivindicatória,
embasada no título de domínio, e que segue o rito comum ordinário.
Nas ações possessórias, cabe ao autor provar, conforme o artigo 927:
I- a sua posse;
II- a turbação ou o esbulho praticado pelo réu;
III- a data da turbação ou do esbulho;
IV- a continuação da posse, embora turbada, na ação de manutenção; a perda da posse, na
ação de reintegração.
Nas três modalidades de ação possessória, desde que o autor prove os requisitos acima
relacionados, e que o esbulho tenha ocorrido antes de um ano e dia, poderá o juiz deferir
liminarmente a reintegração ou de manutenção na posse, sem ouvir a parte contrária,
expedindo o respectivo mandado.
Não estando os requisitos provados satisfatoriamente, determinará o juiz que o autor
justifique previamente o alegado, e nesse caso, o réu será citado para comparecer a audiência
de justificação a ser designada
Colhida a prova testemunhal, se o juiz julgar procedente a justificação, deferirá desde logo a
ordem liminar de manutenção ou de reintegração. A seguir, deferida ou não a liminar, caberá
ao autor, promover nos 5 (cinco) dias subseqüentes, a citação do réu para contestar a ação
prosseguindo a ação, daí por diante, pelo procedimento comum ordinário.

6) AÇÃO DE NUNCIAÇÃO DE OBRA NOVA


É a ação cabível, conforme a previsão do artigo 934, do CPC:
I- ao proprietário ou possuidor, a fim de impedir que a edificação de obra nova em imóvel
vizinho lhe prejudique o prédio, suas servidões ou fins a que é destinado;
II- ao condômino, para impedir que o co- proprietário execute alguma obra com prejuízo ou
alteração da coisa comum;
III- ao Município, a fim de impedir que o particular construa em contravenção da lei, do
regulamento ou de postura.
O Estatuto Processual possibilita, no seu artigo 935, ao prejudicado, se o caso for urgente,
fazer o embargo da obra, extrajudicialmente, notificando verbalmente, perante duas
testemunhas, o proprietário ou, em sua falta, o construtor, para nào continuar a obra.
A seguir, caberá ao interessado, no prazo de até três dias, proceder a ratificação em juízo, sob
pena de cessar o efeito do embargo, conforme o parágrafo único do mencionado art. 935.
Caberá ao nunciante, ao elaborar a petição inicial, a observância do art.282, do CPC,
requerendo ainda, conforme a previsão do art. 936:
I- o embargo para que fique suspensa a obra e se mande afinal reconstituir, modificar ou
demolir o que tiver feito em seu detrimento;
II- a cominação de pena para ocaso de inobservância do preceito;
III- a condenação por perdas e danos.
Recebido o pedido inicial, poderá o juiz, liminarmente, conceder o embargo, e se insuficiente a
prova documental, determinar a justificação prévia, quando reexaminará o pedido,
concedendo-o, ou não.
Desde que deferido o embargo, caberá ao oficial de justiça, lavrar o auto circunstanciado do
estado da obra, intimando de imediato o construtor e os operários a que não continuem a
obra sob pena de desobediência. A seguir citará o proprietário a contestar a ação no prazo de
5 dias, conforme o artigo 938 do CPC.
Se o réu não contestar o pedido, serão tidos como verdadeiros e aceitos pelo requerido, os
fatos alegados pelo requerente, aplicando-lhe os efeitos da revelia, caso em que o juiz decidirá
no prazo de 5 (cinco) dias. Ocorrendo a contestação, e havendo prova a ser produzida, o juiz
designará audiência de instrução e julgamento.
O requerido poderá a qualquer tempo e em qualquer grau de jurisdição, requerer o
prosseguimento da obra, desde que preste caução e demonstre prejuízo resultante da
suspensão dela (art. 940), sendo que a mesma não poderá ter prosseguimento, em nenhuma
hipótese, quando se tratar de obra nova edificada contra determinação de regulamentos
administrativos.

7) USUCAPIÃO DE TERRAS PARTICULARES


É a ação cabível ao possuidor, para que nos termos da lei, o juiz declare o domínio do imóvel
ou a servidão predial, conforme o procedimento adotado no art. 941 ao 945 do CPC.
Temos na legislação pátria, a previsão de quatro modalidades de usucapião, sendo os dois
primeiros, tratados no Código Civil, e os dois últimos contemplados na Constituição Federal, a
saber:
a) usucapião extraordinário, previsto no Código Civil, no art. 550, cabível ao possuidor, que por
20 (vinte) anos ininterruptos, sem oposição, possuir como se dono fosse, um determinado
bem imóvel e através de sentença judicial, adquirir-lhe-á o domínio, podendo ser transcrito no
registro imobiliário competente;
b) usucapião ordinário, previsto no Código Civil, do art. 551, cabível ao possuidor que, por 10
(dez) anos entre presentes, ou 15 (quinze) anos entre ausentes, o possuir como seu, de forma
contínua e inconteste, com justo título e boa-fé;
c) usucapião constitucional rural, previsto na Constituição Federal, artigo 191, cabível a quem
possuir como seu, um imóvel rural por mais de cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de
terra, em zona rural, não superior a 50 (cinqüenta) hectares, tornando-a produtiva por seu
trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia;
d) usucapião urbano constitucional, previsto na Constituição Federal, no artigo 183 e
parágrafos, cabível para todo aquele que possuir como sua área urbana de até 250 (duzentos e
cinquenta) metros de quadrados, por cinco anos ininterruptos e sem oposição, utilizando-a
para sua moradia ou de sua família, e que não seja proprietário de outro imóvel rural ou
urbano.
O pedido inicial da ação de usucapião, deve preencher os requisitos do artigos 282 e 283, c.c.
com os artigos 941 ao 945, todos do Código de Processo Cívil, e a ação devidamente instruída,
será distribuída perante o juizo do local do imóvel objeto do usucapião, conforme o artigo 95,
do Estatuto Processual Civil.

8) DIVISÃO E DEMARCAÇÃO DE TERRAS PARTICULARES


Segundo dispõe o artigo 946, do CPC, cabe:
I- a ação de demarcação ao proprietário para obrigar o seu confinante a extremar os
respectivos prédios, fixando-se novos limites entre eles ou aviventando-se os já apagados;
II- a ação de divisão, ao condômino para obrigar os demais consortes, a partilhar a coisa
comum.
Assim, através da ação demarcatória, o autor tem por objetivo descrever novos limites,
aviventar ou renovar os já apagados, delimitando a área demarcanda, com os confiantes e
lindeiros.
Através da ação de divisão de terras particulares, os condôminos de uma área comum poderão
extinguir o condomínio, atribuindo a cada um deles um quinhão autônomo.

Para tanto é indispensável que a área objeto do condomínio admita divisão, conforme as leis
municipais, no caso de imóvel urbano, e atinja o módulo rural, no caso de imóvel localizado na
região rural.
No caso da área condominal não admitir divisão, uma vez que a fração ideal não atinge o
mínimo admitido para o desmembramento urbano para o módulo rural, e não persistir mais
interesse na continuidade do condomínio, o procedimento adequado é o da ação de extinção
do condomínio.
O pedido de demarcação segue o procedimento previsto nos artigos 950 ao 966, e a ação de
divisão segue o procedimento previsto nos artigos 967 ao 981, todos do Código de Processo
Civil, devendo o autor, em ambos os procedimentos, no pedido inicial, preencher os requisitos
do artigo 282, do mesmo estatuto processual, distribuindo a ação perante o juízo da situação
do imóvel objeto da demarcação ou da divisão.
9 ) INVENTÁRIO E PARTILHA
Através do inventário e da partilha, são arrolados os bens do “de cujus”, e partilhados entre os
seus herdeiros ou legatários.
O processo de INVENTÁRIO, segue o procedimento previsto nos artigos 982 ao 1.045, do
Código de Processo Cívil, e pode ser requerido no prazo de 30 (trinta) dias, contados da data
do falecimento, perante o juízo do útimo domicílio do “de cujus”, por quem estiver na posse e
administração do espólio (art. 987).
Na falta deste, tem legitimidade concorrente, conforme a previsão do art. 988, os seguintes:
I - o cônjuqe supérstite;
II- o herdeiro;
III- o legatário;
IV- o testamenteiro;
V- o cessionário do herdeiro ou do legatário;
VI- o credor do herdeiro, do legatário ou do autor da herança;
VII- o síndico da falência do herdeiro, do legatário do autor da herança ou do cônjuge
supérstite;
VIII- o Ministério público, havendo herdeiros incapazes;
IX- a Fazendo Pública, quando tiver interesse.
Conforme a previsão do artigo 989, pode o juíz, de ofício, determinar que se inicie o
inventário, se nenhuma das pessoas nomeadas, o requerer no prazo legal.
Temos assim, que no inventário, são relacionados os bens móveis e imóveis, os créditos e as
dividas líquidas e certas do falecido, que formam o acervo hereditário, para ser partilhado
entre os herdeiros, ou ainda adjudicado, no caso de existir um único herdeiro, quando ao final,
será referida partilha ou adjudicação homologada por sentença judicial, e expedido o
competente formal de partilha ou carta de adjudicação, que se constituem no título aquisitivo
da propriedade dos bens partilhados.
O estatuto processual admite a transmissão dos bens do falecimento, através do chamado
arrolamento sumário e do arrolamento comum.
O ARROLAMENTO SUMÁRIO é previsto nos artigos 1.031 ao 1.035, do CPC, e possibilita a
partilha amigável, desde que as partes sejam maiores e capazes, nos termos do artigo 1.773 do
Código Civil, e será homologada de plano pelo juiz, mediante a prova da quitação dos tributos
relativos aos bens do espólio e às suas rendas, conforme a previsão do artigo 1.031.
O procedimento a ser seguido, é o previsto nos artigos 1.032 ao 1.035, do Código de Processo
Civil.
O ARROLAMENTO COMUM é cabível mesmo quando existam herdeiros menores e incapazes,
mas desde que o valor dos bens do espólio não ultrapasse o equivalente a 2.000 Obrigações do
Tesouro Nacional- OTN-, e será processado conforme os artigos 1.036 ao 1.038 do CPC.
Por fim, é de ser esclarecido que o juiz apreciará no inventário, as questões de direito e as de
fato, devidamente comprovada nos autos. As discussões de “alta indagação” e que “dependem
de outras provas”, que eventualmente sejam postas no curso do inventário, ou pelos próprios
herdeiros, ou por terceiro interessado, não serão decididas pelo juízo do inventário, mas sim,
remetidos aos meios ordinários, conforme a previsão do artigo 984 do Estatuto Processual.

10) EMBARGOS DE TERCEIRO


Os embargos de terceiro são cabíveis a quem não sendo parte no processo, sofre turbação ou
esbulho na posse dos bens constitutivos de seu patrimônio, por ato de apreensão judicial.
Tais atos estão representados pela penhora de bens, depósito, alienação judicial, arrecadação,
inventário e partilha, arresto de bens, dentre outros e através de EMBARGOS DE TERCEIRO,
poderá o autor ser mantido ou restituídos na posse de tais bens.
O procedimento dos embargos de terceiro, está previsto nos artigos 1.046 ao 1.054, do CPC, e
poderão ser distribuídos por dependência e perante o mesmo juiz que ordenou a apreensão
dos bens, a qualquer tempo no processo de conhecimento enquanto não transita em julgado a
sentença, e, no processo de execução, até 5 (cinco) dias depois da arrematação, adjudicação
ou remição, mas sempre antes da assinatura da respectiva carta.

11) AÇÃO MONITÓRIA


A ação monitória foi introduzida em nosso ordenamento jurídico, através da Lei Federal n.º
9.079, de 14/07/95, com vigência a partir de 14/09/95, que deu nova redação ao artigo 1.102
do CPC, subdividindo-o em artigos 1.102a, 1.102b e 1.102c, com seus respectivos parágrafos.
Por força do artigo 1.102a., “a ação monitória compete a quem pretender, com base em prova
escrita sem eficácia de título executivo, pagamento de soma em dinheiro, entrega de coisa
fungível ou de determinado bem móvel”.
Significa dizer, que o detentor de um documento escrito, comprobatório da existência de
dívida, de entrega da coisa fungível ou de bem móvel, que não se revista de título executivo
judicial ou extrajudicial, conforme a previsão dos artigos 584 e 585, do CPC, estará habilitado
para promover a ação monitória, onde promoverá a execução, independentemente da
instauração do processo de cognição.
Para tanto, o autor instruirá o pedido inicial, que conterá os requisitos básicos do artigo 282 do
CPC, com os documentos disponíveis, representados por pedidos de mercadorias, contratos
sem a formalização de rigor, recibos, orçamentos, e outros escritos que comprovem a
existência de obrigação não satisfeita pelo requerido, podendo o juiz, deferir de plano a
expedição do mandado de pagamento ou da entrega da coisa no prazo de 15 (quinze) dias,
conforme o teor do artigo 1.102b.
No prazo assinalado no mandado, poderá o requerido oferecer embargos, que suspenderão a
eficácia do mandado inicial. No caso do réu não opor embargos no prazo de 15 dias, constituir-
se-á, de pleno direito, o título executivo judicial, convertendo-se o mandado inicial em
mandado executivo, prosseguindo-se na forma do livro II (DO PROCESSO DE EXECUÇÃO), Tïtulo
II (DAS DIVERSAS ESPÉCIES DE EXECUÇÃO), Capítulos II (DA EXECUÇÃO PARA A ENTREGA DE
COISA) E IV (DA EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA CONTRA DEVEDOR SOLVENTE).
No caso do réu interpor embargos estes serão processados independentemente da garantia do
juízo, e serão processados nos próprios autos, seguindo o procedimento ordinário, portanto ao
contrário do processo de execução (art. 737, incisos I e II), onde os embargos à execução, são
admitidos somente quando seguro o juízo, sendo autuados em apenso, seguindo o
procedimento próprio estabelecido no processo executivo.
Temos assim, que pelo procedimento monitório, se busca a agilização do processo judicial.
Admite a supressão da fase de conhecimento, desde que o requerido não embargue o
mandado de pagamento ou de entrega da coisa, expedido pelo juiz, a requerimento do autor.
No caso do réu resistir à ordem de pagamento ou de entrega da coisa, a ação monitória terá
que tramitar regularmente, adotando o procedimento ordinário, conforme pressupõe o artigo
1.102c., em seu parágrafo 2º.
Por fim, se os embargos forem rejeitados, através da sentença judicial proferida, se constituirá
o título executivo judicial, prosseguindo-se a execução conforme a previsão do parágrafo 3º,
do artigo acima citado.

PRINCIPAIS AÇÕES DE JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA - GENERALIDADES


No CPC, do artigo 1.103 a 1.210, vêm previstas várias ações pelo procedimento especial, que
terão inicio por provocação do interessado ou do Ministério Público, conforme a previsão do
artigo 1.104.
As regras gerais do procedimento vem previstas nos artigos 1.103 a 1.112, que enumera os
pedidos que seguirão referido procedimento, tais como:
I- emancipação;
II- sub-rogação;
III- alienação, arrendamento ou oneração de bens dotais, de menores, de órfões e de
interditos;
IV- alienação, locação e administração da coisa comum;
V- alienação de quinhão em coisa comum;
VI- extinção de usufruto e de fideicomisso.
Além dos pedidos acima referidos, existem outros que seguem o mesmo procedimento, dos
quais destaca-se um, muito utilizado no dia a dia da advocacia, ou seja, o PEDIDO DE
SUPRIMENTO DE IDADE para fins de casamento, necessário para a mulher menor de 16 anos e
para o homem, menor de 18 anos, conforme dispõe o artigo 214 do Código Civil.

1) ALIENAÇÕES JUDICIAIS
Procedimento adotado para os casos expressos em lei e sempre que os bens depositados
judicialmente forem de fácil deterioração, estiverem avariados ou exigirem grandes despesas
para a sua guarda, e que o juiz, de ofício ou a requerimento do depositário ou de qualquer das
partes interessadas, mandará aliená-los em leilão, conforme dispõe o artigo 1.113, do CPC.
As alienações judiciais seguirão o procedimento disposto nos artigos 1.113 ao 1.119, e seus
incisos e parágrafos correspondentes.

2) SEPARACÃO CONSENSUAL
É o meio pelo qual os cônjuges casados há mais de dois anos, por convenção mútua e
consensual, dão por finalizada a sociedade conjugal.
O pedido deve ser formulados em conjuntos pelos separandos, que poderão ser representados
nesse caso, por um único advogado, devendo o pedido preencher os requisitos do artigo 282,
além de dispor sobre:
a) a relação de descrição dos bens do casal, e a forma da partilha;
b) a convenção a respeito da guarda dos filhos menores, se existentes, bem como a
regulamentação das visitas, pelo cônjuge que não ficar com a guarda do filho;
c) o valor da pensão alimentícia a ser paga para o sustento dos filhos menores e ao cônjuge
que necessitar recebê-la, sendo esta dispensada, quando os separandos tiverem meios
próprios de sobrevivência.
A separação consensual segue basicamente o procedimento dos artigos 1.120 ao 1.124 do
Código de Processo Civil, sendo que, no Estado de São Paulo, através do Provimento CLXXXIII,
de 26/11/84, o Conselho Superior da Magistratura disciplinou a respeito do procedimento a
ser adotado em nosso estado, para os casos de separação consensual e do divórcio
consensual, cabível para os casais já separados por mais de dois anos consecutivos, e que não
precisam assim, previamente promover a separação, conforme a previsão do artigo 40, da Lei
n.º 6.515/77.
Proferida a Sentença homologatória da separação ou do divórcio consensual, em cumprimento
ao artigo 1.124, será expedido mandado de averbação ao Cartório de Registro Civil onde foi
lavrado o casamento, para as averbações necessárias, nos termos do que dispõe a Lei n.º
6.015/73.

3) PEDIDO DE INTERDIÇÃO
Através desse procedimento, poderá ser requerida a interdição de determinada pessoa, em
razão de doença ou de alguma anomalia psíquica, caso em que será declarada incapaz para
administrar os seus bens e as própria pessoa , sendo-lhe nomeado um curador para
representá-la.
São passíveis de curatela, conforme o artigo 446, do Código Civil:
I- os loucos de todo o gênero (arts. 448, nº I, 450 e 457 );
II- os surdos-mudos, sem educação que os habilite a enunciar preciosamente a sua vontade
(arts. 451 e 456);
III- os pródigos (arts.459 e 461).
A interdição poderá ser requerida, conforme o artigo 1.177 do CPC, e em conformidade com o
artigo 447, do Código Civil, pelos seguintes:
I- pelo pai, mãe ou tutor;
II- pelo cônjuge ou algum parente próximo;
III- pelo órgão do Ministério Público, e nesse caso, somente nos casos previstos nos incisos I ao
III, do artigo 1.178 (CPC) e 448 (CC).
A curatela dos interditos seguirá o procedimento estabelecido nos artigos 1.177 ao 1.198 do
Código de Processo Civil.

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