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1 Coríntios 13:11
Uma das melhores coisas que pode acontecer na vida de um homem é o amadurecimento. Não
se trata apenas de envelhecer, mas de amadurecer, e existe uma grande diferença nisso. Uma
pessoa pode ser velha em idade, mas ser tão estúpida quanto era jovem e não ter amadurecido
nada ao longo dos anos.
O amadurecimento vem com as lições que a vida ensina. Quando se é jovem, as paixões
inebriantes cegam o julgamento. Por isso os jovens são tão ávidos em se envolver com qualquer
coisa que lhes estimule, seja a adrenalina de atos violentos, sejam paixões sexuais, envolvimento
com drogas e o que for. Tudo o que querem é extravasar suas energias em algo excitante e
perigoso sem se importar com as consequências.
Geralmente isso acaba sendo uma escapatória da realidade. Com uma vida cheia de altos e
baixos, talvez por problemas na família, na escola e afins, o jovem busca uma fuga em um
mundo paralelo, onde ele é o "dono" do seu destino, bem aceito pelos seus pares e reconhecido
pelos seus atos "deliquentes" e "descolados".
Na maioria dos casos, se revoltam contra a própria família, trocando a quem tudo lhe deu pela
horda de bárbaros que tudo lhe exige. No fundo sabe que sua rebeldia só poderia ser contra
aqueles que lhe amam, pois seus semelhantes pouco se importariam com ele em qualquer caso.
Não a toa a maioria do movimentos revolucionários que trouxeram algum mal ao mundo tinham
muitos jovens em suas fileiras, como na Revolução Francesa, o nazismo na Alemanha e a Rússia
comunista. E não é difícil encontrá-los engrossando as fileiras de manifestações políticas,
gritando palavras de ordem contra o "sistema" e exigindo algo do governo, provavelmente algo
estúpido e gratuito. São levados por qualquer vento de doutrina, que explora sua ânsia em
mudar o mundo e seu desejo por algo que lhe dê a oportunidade de extravasar suas paixões.
Essa massa se converge militantando em prol de algo "libertador".
Mas graças à misericórdia divina essa situação pode melhorar. Gosto de citar como exemplo um
dos homens mais importantes da história do cristianismo, Santo Agostinho. Quem conhece a sua
memorável obra autobiográfica, Confissões, conhece bem o tipo de jovem que ele foi.
Completamente cego pelas paxões mundanas, gloficando a própria cegueira em sua busca
desenfreada por poder e prazer. O resto é história, hoje ele é um dos maiores nomes da teologia
cristã. E lendo seu livro, vemos o quanto ele amadureceu, o quanto a vida lhe ensinou e mostrou
que tudo aquilo que ele buscava na juventude era palha, sem nenhum valor e vazio.
Vemos que quando jovens, raramente valorizamos o que verdadeiramente importa, mas só o
que é superficial e passageiro. A juventude pensa saber todas as coisas e tem sempre as
soluções mais simples para qualquer complexidade da vida. Tolos! Perdidos dentro de si
mesmos, são os carcereiros de sua própria prisão. São cegos, sendo guiados por outros cegos
rumo ao abismo. Não arrumam o próprio quarto e querem mudar o mundo!
Verdadeiros homens são como o apóstolo Paulo, Agostinho e tantos outros, se sacrificam por
amor, assumem suas responsabilidades, enfrentam as dificuldades de frente, mesmo que isso
lhe traga um enorme peso e não abandonam aqueles que Deus lhe deu.
Acreditar nessa juventude é como acreditar num castelo de cartas, só porque é um castelo, não
quer dizer que seja capaz de habitar um rei. Um mundo que acredita que o futuro pertence a
esses jovens é um mundo sem futuro algum.