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EDITORA UNISINOS
2013
APRESENTAÇÃO
Esta obra tem como objetivo servir de apoio a alunos que desenvolvem estudos à
distância em disciplinas que abrangem o tema da contextualização histórica e social da
América Latina, a temática étnico-racial e a questão da sustentabilidade.
A UNISINOS (Universidade do Vale do Rio dos Sinos), como universidade
associada e alinhada à AUSJAL (Associação das Universidades Jesuítas da América
Latina), assume como uma de suas prioridades acadêmicas a formação integral de seus
estudantes, em relação à qual está aliada a proposta de formação humanística que
propõe, atravessando todos os cursos e compondo alianças com as respectivas áreas,
o estudo e a reflexão sistemática a partir de três eixos temáticos:
UNIDADE 3 – SUSTENTABILIDADE
CONCLUSÃO GERAL
INTRODUÇÃO
Esta primeira unidade quer situar o leitor em relação aos principais aspectos
sócio-históricos que formaram e ainda caracterizam parte significativa do contexto
latino-americano. M uitos aspectos estudados nos levam à compreensão de certos
aspectos estruturais que têm seu nascedouro num trajeto histórico e social que foi
marcando a evolução da América Latina. Na medida em que compomos esta leitura,
vamos percebendo o quanto ainda temos que lutar contra forças de poder parasitárias
que se fazem presentes nas relações de poder atuais e na maneira com se estabelecerm
processos educativos e produtivos. Que este resto (ou muito) de colonialismo que nos
atravessa seja um desafio a ser percebido e combatido nas práticas mais próximas de
nossas relações e nos processos e mecanismos que perpassam nossas instituições e
organizações.
CAPÍTULO 1
Por isso, ao desembarcar, Colombo faz algo mais do que pôr nomes às
coisas: dita uma ata notarial, sob o signo da coroa e da cruz, que o declara
descobridor do que viu e designou e proprietário perpétuo do que
descobriu […] O discurso colonial subordina epistemológica, ética e
juridicamente o existente a uma categoria inanimada de objeto e
dominação como processo de objetivação. Eis aqui o núcleo racional do
processo colonial moderno: processo de dominação indiferencial do real; e
processo igualizador da civilização. (SUBIRATS apud NOVAES, 2006,
pp. 122-123)
1.3 Os latino-americanos
REFERÊNCIAS
ALVAREZ, Maria Luísa Ortiz. (DES)Construção da Identidade Latino-Americana: heranças do
passado e desafios futuros. Disponível em: <http://unb.revistaintercambio.net.br/24h/
pessoa/temp/anexo/1/231/427.pdf> Acesso em: 01 abr. 2013.
AQUINO, Rubim Santos de; LEMOS, Nivaldo Jesus Freitas de; LOPES, Oscar Guilherme Pahl
Campos. História das sociedades americanas. Rio de Janeiro: Record, 2008.
BARROS, José D’Assunção. A construção social da cor. Rio de Janeiro: Vozes, 2009.
BEYHAUT, Gustavo. Dimensão cultural da integração na América Latina. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/ea/v8n20/v8n20a19.pdf>. Acesso em: 01 abr. 2013.
IANNI, Octavio. A questão nacional na América Latina. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/ea/v2n1/v2n1a03.pdf>. Acesso em: 01 abr. 2013.
ÍNDIOS NO BRASIL 3. Cadernos da TV Escola. Disponível em:
<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me001987.pdf>. Acesso em: 01 abr. 2013.
KLIKSBERG, Bernardo. Dez falácias sobre os problemas sociais na América Latina. Disponível
em: <http://www.ipardes.gov.br/pdf/revista_PR/98/bernardo.pdf>. Acesso em 01 abr. 2013.
LÉVI-STRAUSS, Claude. Raça e história. Lisboa: Editorial Presença, 2010.
MARTÍNEZ, Esperanza. Entrevista IHU. Disponível em:
<http://www.ihuonline.unisinos.br/index.php?
option=com_content&view=article&id=3448&secao=340>. Acesso em: 01 abr. 2013.
MUNANGA, Kabengele. Rediscutindo a mestiçagem no Brasil. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.
NOVAES, Adauto (organizador). Oito visões da América Latina. São Paulo: Editora Senac, 2006.
PACINI, Aloir. Entrevista IHU. Disponível em: <http://www.ihuonline.unisinos.br/index.php?
option=com_content&view=article&id=1774&secao=257>. Acesso em: 01 abr. 2013.
SANTOS, Milton. Ser negro no Brasil hoje: um olhar enviesado. Disponível em:
<http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mais/fs0705200007.htm>. Acesso em: 01 abr. 2013.
SILVA , Petronilha Beatriz Gonçalves e. Aprender, ensinar e relações étnico-raciais no Brasil.
Disponível em: <http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/ faced/article/viewFile/2745/2092>.
Acesso em: 01 abr. 2013.
1 Jerusalém tinha sido invadida e tomada pelos turcos otomanos muçulmanos, e o
discurso em favor de sua libertação tomava conta das nações cristãs da Europa,
animado pelos interesses burgueses e pelo espírito belicoso da época.
2 Nome pelo qual passaram a ser chamados os habitantes das terras desconhecidas,
na medida em que Cristóvão Colombo e os primeiros navegadores imaginavam ter
chegado às Índias.
3 Jogados nos porões dos navios, maltratados, sem condições higiênicas e sendo
infectados por diversas doenças, muitos negros morriam durante a travessia do
Atlântico. Sugere-se assistir ao filme Amistad.
4 Crioulos na colônia portuguesa, termo também cunhado para os descendentes de
africanos.
5 Podemos destacar como lideranças caudilhistas – quando o poder muitas vezes
ultrapassa o respeito às leis e às constituições – Getúlio Vargas no Brasil e Juan
Domingo Perón na Argentina.
6 Empreendeu-se na época a caça às bruxas, ou seja, os golpes militares se
justificavam em virtude de possíveis movimentos que estavam em marcha e
instituiriam nas nações latino-americanas o comunismo. Pesquisas recentes vêm
ratificando o apoio dos Estados Unidos a muitos desses golpes de Estado, dentro
da chamada Guerra Fria, em que se colocavam frente a frente os interesses dos
Estados Unidos (capitalista) e da antiga União Soviética (comunista).
7 Sabemos como os Estados Unidos se tornaram, durante a transição do século XIX
para o século XX, importantes parceiros comerciais dos países latino-americanos
e, a partir das duas Grandes Guerras M undiais, passaram a exercer tamanha
influência econômica e política sobre os mesmos, que muitos golpes de estado
tiverem participação, direta ou indiretamente, de forças americanas.
CAPÍTULO 2
Reconhecer que a afirmação acima reflete a realidade, não deve nos enfraquecer
diante do fato. Se o Estado, historicamente, caracterizou-se por essa limpeza, pela
lógica em que não se reconhece a diversidade, como se hinos e outros símbolos não
conseguissem revelar a diversidade como elemento constitutivo básico das nações
latino-americanas, devemos enfrentar o tema e avaliar o que perdemos, além de pensar
o que podemos ganhar com uma reflexão e uma proposta que acolhe a multiplicidade,
pensando a nação e a formação do Estado a partir de uma lógica da participação
efetiva dos diferentes grupos e suas diferentes experiências.
Devemos revisar as formas como narramos a história para os nossos estudantes,
em que certos personagens e culturas são privilegiados, enquanto outros grupos e
culturas acabam marginalizados. De forma semelhante, devemos revisitar a forma
como fazemos política e construímos a lógica do poder.
Assim como podemos e devemos revisitar a história, buscando estudar e
compreender o que aconteceu no passado a partir de outras histórias, percebendo e
reconhecendo o mundo a partir de mais ângulos e perspectivas, resistindo ao
preconceito que é fruto da visão unilateral da própria história, também podemos e
devemos revisar a lógica de poder que marcou o passado latino-americano. Pensar o
Estado democrático é radicalizar em relação à maneira como cada um de nós
desenvolve sua relação e suas atividades de forma aberta ao outro e à diversidade,
radicalizando em relação ao processo dialógico. O Estado do bem comum não é aquele
que, de maneira assistencialista, atende as populações mais carentes, mas aquele que
promove a participação e permite que projetos alternativos se aliem a um Estado
promovedor da cidadania.
Temos muito a experimentar e a aprender em relação às maneiras como
pensamos nossas identidades comuns, e às formas como podemos compor alianças
criativas. Esse exercício é o desafio permanente para profissionais de nosso tempo.
Essa lógica nos aproxima: a história mal acabada que deve ter o seu enredo
retrabalhado em favor de um Estado e de ações públicas que atendam o bem-estar
social, que possam ampliar a participação dos cidadãos no empreendimento de fazer
com que as nações evoluam positivamente.
Nessa perspectiva, a prioridade à educação de qualidade, em que se reconheça
que o incentivo à inserção de mais jovens no exercício do domínio das tecnologias
digitais, aliada à crítica aos modelos massivos de alienação ao consumo barato e sem
critério de nossas populações jovens, deve fazer com que tenhamos um laço de
integração.
REFERÊNCIAS
ALVAREZ, Maria Luísa Ortiz. (DES)Construção da Identidade Latino-Americana: heranças do
passado e desafios futuros. Disponível em: <http://unb.revistaintercambio.net.br/
24h/pessoa/temp/anexo/1/231/427.pdf> Acesso em: 01 abr. 2013.
AQUINO, Rubim Santos de; LEMOS, Nivaldo Jesus Freitas de; LOPES, Oscar Guilherme Pahl
Campos. História das sociedades americanas. Rio de Janeiro: Record, 2008.
BARROS, José D’Assunção. A construção social da cor. Rio de Janeiro: Vozes, 2009.
BEYHAUT, Gustavo. Dimensão cultural da integração na América Latina. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/ea/v8n20/v8n20a19.pdf>. Acesso em: 01 abr. 2013.
IANNI, Octavio. A questão nacional na América Latina. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/ea/v2n1/v2n1a03.pdf>. Acesso em: 01 abr. 2013.
ÍNDIOS NO BRASIL 3. Cadernos da TV Escola. Disponível em:
<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me001987.pdf>. Acesso em: 01 abr. 2013.
KLIKSBERG, Bernardo. Dez falácias sobre os problemas sociais na América Latina.Disponível em:
<http://www.ipardes.gov.br/pdf/revista_PR/98/bernardo.pdf>. Acesso em: 01 abr. 2013.
LÉVI-STRAUSS, Claude. Raça e história. Lisboa: Editorial Presença, 2010.
MARTÍNEZ, Esperanza. Entrevista IHU. Disponível em:
<http://www.ihuonline.unisinos.br/index.php?
option=com_content&view=article&id=3448&secao=340>. Acesso em: 01 abr. 2013.
MUNANGA, Kabengele. Rediscutindo a mestiçagem no Brasil. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.
NOVAES, Adauto (organizador). Oito visões da América Latina. São Paulo: Editora Senac, 2006.
PACINI, Aloir. Entrevista IHU. Disponível em: <http://www.ihuonline.unisinos.br/index.php?
option=com_content&view=article&id=1774&secao=257>. Acesso em: 01 abr. 2013.
SANTOS, Milton. Ser negro no Brasil hoje: um olhar enviesado. Disponível em:
<http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mais/fs0705200007.htm>. Acesso em: 01 abr. 2013.
SILVA, Petronilha Beatriz Gonçalves e. Aprender, ensinar e relações étnico-raciais no Brasil.
Disponível em: <http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/ index.php/faced/article/viewFile/2745/2092>.
Acesso em: 01 abr. 2013.
UNIDADE 2
Não podemos passar pela História da América Latina sem reconhecer o desafio
de recuperar muito das histórias esquecidas de índios e negros. Porém, além de
perceber a importância de recontar histórias que foram, não poucas vezes, ignoradas
em escritos oficiais e escolares, o comprometimento com a educação das relações
étnico-racias nos convida a pensar e refletir sobre a diversidade e a importância da
educação para uma cultura da diversidade. Temos o que resgatar historicamente e o
que produzir de narrativas alternativas em relação às histórias esquecidas. O objetivo
que anima esta luta é o compromisso de projetar uma sociedade mais justa e fraterna,
em que as diferenças mais nos aproximam do que nos afastam na construção de uma
sociedade mais justa e rica em estética cultural. Lembramos, por fim, que a Lei 10.639
de 2003, que tornou obrigatório o estudo da cultura afro-brasileira em nossas escolas,
completa dez anos e nos desafia a pensar também em como no ensino superior nos
comprometemos em estender o estudo, a reflexão e o debate sobre a diversidade e a
partilha cultural.
CAPÍTULO 3
Quero propor a leitura abaixo como forma de provocar uma reflexão radical em
relação à contradição que pode estar presente na forma como pensamos o
desenvolvimento:
M esmo quem não leu sobre M acunaína ou não assistiu ao filme, ou mesmo
quem leu outras análises e críticas em relação ao livro ou filme em questão, não deixará
de refletir a partir do recorte acima mencionado. Pensar em como estamos perdendo a
sensibilidade que nos aproxima da natureza, dos afetos para com as coisas mais
simples da vida que estão presentes na maneira dos índios conceberem a suas vidas e
as suas relações, deve nos fazer refletir sobre o peso com que podemos estar
carregando a vida a partir do ritmo alucinante das grandes metrópoles. Aqui não quero
tecer uma crítica à vida nas cidades e uma possível apologia à vida no campo, mas
tensionar o quanto deixamos que as nossa vidas estejam marcadas por certa
superficialidade moderna. Vivemos muitas vezes tão alucinados pela velocidade, pelo
controle do tempo e das coisas, por resultados que devem ser alcançados, que
perdemos o espírito espontâneo e natural dos encontros. Os encontros acabam
agenciados e ajuizados, automatizados. É outro o fluxo da natureza e da
espontaneidade – da gratuidade. M as quando tentamos voltar ao tempo da preguiça,
ao tempo que se perde para se encontrar novamente com a possibilidade do
pensamento e da reflexão, já não conseguimos, pois o mundo ao qual nos submetemos,
nos condicionou a tal ponto que devemos continuar a luta pela sobrevivência e
deixamos de viver o que fazemos. Autômatos, não somos forças que compõem
possibilidades no encontro com as coisas que fazemos. Somos meros mecanismos
reprodutores do sistema.
Um capitalismo selvagem em que a lógica do ganho é que faz o sucesso dos
indivíduos, não cabe na tradição indígena. A visão solidária em relação ao mundo é
radicalmente oposta ao discurso do lucro e da competição predatória. Talvez seja
estranho propor a visão indígena como alternativa ao capitalismo predador, pois
podemos pensar que o movimento é irreversível. Porém, acredito que teremos que
enfrentar a violência de um sistema que ignora o outro como irmão espiritual. O outro
é alguém com quem nos unimos na luta pela vida, que nele se revela tanto quanto em
mim. Essa visão afirmativa deve ser resgatada, mesmo que seja em meio aos modos de
produção capitalista em que trabalhamos.
REFERÊNCIAS
ALVAREZ, Maria Luísa Ortiz. (DES)Construção da Identidade Latino-Americana: heranças do
passado e desafios futuros. Disponível em: <http://unb.revistaintercambio.net.br/
24h/pessoa/temp/anexo/1/231/427.pdf> Acesso em: 01 abr. 2013.
AQUINO, Rubim Santos de; LEMOS, Nivaldo Jesus Freitas de; LOPES, Oscar Guilherme Pahl
Campos. História das sociedades americanas. Rio de Janeiro: Record, 2008.
BARROS, José D’Assunção. A construção social da cor. Rio de Janeiro: Vozes, 2009.
BEYHAUT, Gustavo. Dimensão cultural da integração na América Latina. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/ea/v8n20/v8n20a19.pdf>. Acesso em: 01 abr. 2013.
IANNI, Octavio. A questão nacional na América Latina. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/ea/v2n1/v2n1a03.pdf>. Acesso em: 01 abr. 2013.
ÍNDIOS NO BRSAIL 3. Cadernos da TV Escola. Disponível em:
<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me001987.pdf>. Acesso em: 01 abr. 2013.
KLIKSBERG, Bernardo. Dez falácias sobre os problemas sociais na América Latina. Disponível
em: <http://www.ipardes.gov.br/pdf/revista_PR/98/bernardo.pdf>. Acesso em: 01 abr. 2013.
LÉVI-STRAUSS, Claude. Raça e história. Lisboa: Editorial Presença, 2010.
MARTÍNEZ, Esperanza. Entrevista IHU. Disponível em:
<http://www.ihuonline.unisinos.br/index.php?
option=com_content&view=article&id=3448&secao=340>. Acesso em: 01 abr. 2013.
MUNANGA, Kabengele. Rediscutindo a mestiçagem no Brasil. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.
NOVAES, Adauto (organizador). Oito visões da América Latina. São Paulo: Editora Senac, 2006.
PACINI, Aloir. Entrevista IHU. Disponível em: <http://www.ihuonline.unisinos.br/index.php?
option=com_content&view=article&id=1774&secao=257>. Acesso em: 01 abr. 2013.
SANTOS, Milton. Ser negro no Brasil hoje: um olhar enviesado. Disponível em:
<http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mais/fs0705200007.htm>. Acesso em: 01 abr. 2013.
SILVA , Petronilha Beatriz Gonçalves e. Aprender, ensinar e relações étnico-raciais no Brasil.
Disponível em: <http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/ index.php/faced/article/viewFile/2745/2092>.
Acesso em: 01 abr. 2013.
Por outro lado, se para fins de censo e controle era preciso classificar de
algum modo os negros despejados pelo tráfico no Brasil, também se
operava a construção de novas diferenças, muito pouco coincidentes com
as realidades étnicas originais. Incorporava-se à identidade do negro uma
procedência geográfica que via de regra relacionava-se aos portos
africanos de tráfico que os haviam exportado para o Brasil, independente
de sua verdadeira origem. (BARROS, 2009, p. 48)
O discurso que naturaliza o Brasil, por exemplo, como país mestiço, em que
haveria uma saudável convivência entre as diferentes etnias, carrega consigo a
indiferença em relação ao nível social em que cada um dos grupos humanos se situa e
com a condição socioeconômica. Talvez mais do que indiferença, o que se forma é uma
convicção fatalista em relação ao estrato social em que cada grupo humano se situa. O
olhar enviesado apresentado por M ilton Santos é esse estado social em que o negro foi
feito para povoar a base da pirâmide social e que, circunstancialmente, ascende
socialmente, o que não lhe retira a marca de raça2 inferior. Como se afirma: apesar de
negro, venceu na vida, ou seja, o discurso da desigualdade e do preconceito,
historicamente instituídos, acaba registrado na maneira como boa parte da população
faz seu juízo.
Diante dessa constatação, proponho que tal fato não faz com que um discurso
vitimista e ressentido ocupe a resistência e faça voz nas políticas públicas afirmativas.
O valor do outro está na igualdade com que percebemos a sua diferença, não mais
classificado dentro de um quadro social vertical e hierarquizado, segundo poderes que
constituíram a história da América Latina.
Retorno aqui à crítica ao discurso político abolicionista tradicional. No caso do
Brasil, a Lei Áurea de 13 de maio de 1888 não compõe o movimento de autêntica
libertação da nação brasileira do preconceito. M ais do que isso, muitos senhores
estavam querendo se livrar do peso dos escravos. Também a sociedade brasileira
estava e está longe de reconhecer a abolição como um processo de luta social por uma
sociedade mais fraterna e solidária.
Podemos afirmar que, no caso brasileiro, a imagem de Zumbi3 e a resistência do
quilombo dos Palmares como novo marco da libertação negra4 , mesmo tendo colocado
a luta pela libertação nas mãos de verdadeiras resistências negras, não representa a
retomada da discussão por parte da sociedade em geral. Sem dúvida, os movimentos
negros têm sua legitimidade e representam a história verdadeira da luta pela liberdade
por parte dessa etnia, porém, o comprometimento com uma sociedade igualitária deve
ser fonte de um novo discurso por parte de todos, por um espírito cidadão que
abrange todos os brasileiros e latino-americanos. O grito de liberdade se efetiva quando
passamos a viver em uma sociedade igual, e não em grupos fechados que lutam por
uma autonomia restringida ao próprio grupo (o que eu não chamaria de autonomia e
sim de autossuficiência). A proposta da evolução para um espírito democrático e de
justiça, reconhece valor igual em todos os grupos humanos e em cada indivíduo. Toda
relação de poder e de preconceito em relação ao próximo é atestado de miséria humana
e ignorância pátria.
Por onde começar a ação? Pelo resgate das histórias e culturas que foram
ignoradas e marginalizadas nas narrativas. Visitar os subterrâneos que não fizeram
parte do discurso oficial, branco demais. Quando uso o conceito branco, não estou
querendo afirmar que é um maniqueísmo dos brancos civilizados que instituiu o
racismo e o preconceito. Branco demais se refere a toda lógica de purificação, da
necessidade de reduzir a história e a vida a um discurso único, unilateral,
predominantemente vinculado a estruturas convencionais da política e da economia.
Havia manifestações políticas e econômicas entre índios e negros, porém, é possível
que o mais importante para essas culturas não era a conquista e o enriquecimento,
marcos fortes das lógicas políticas e econômicas dos conquistadores e dos
promovedores do progresso a qualquer preço. Ignoramos, muitas vezes, que essas
culturas, em suas experiências cotidianas, em seus rituais ou em suas artes,
manifestavam o sentido maior da vida.
Cada corpo, cada cultura, cada povo representa uma história viva, um manancial
de possibilidades, uma geografia a ser visitada de diferentes maneiras e a se conceber
como parte ativa na conjunção de forças criativas.
Como promover o diálogo sem sair de si, sem conhecer outras culturas e outras
histórias? Como podemos dialogar mais conosco mesmos sem esse movimento? O
reconhecimento de que as histórias negras e índias devem ser recontadas, a valorização
daquilo que está para além de uma visão restrita de mundo, é o que pode fazer emergir
uma América Latina para todos. O diverso na América Latina é o outro, é aquilo que
se abre à nossa frente.
REFERÊNCIAS
ALVAREZ, Maria Luísa Ortiz. (DES)Construção da Identidade Latino-Americana: heranças do
passado e desafios futuros. Disponível em: <http://unb.revistaintercambio.net.br/24h/
pessoa/temp/anexo/1/231/427.pdf> Acesso em: 01 abr. 2013.
AQUINO, Rubim Santos de, LEMOS, Nivaldo Jesus Freitas de, LOPES, Oscar Guilherme Pahl
Campos. História das sociedades americanas. Rio de Janeiro: Record, 2008.
BARROS, José D’Assunção. A construção social da cor. Rio de Janeiro: Vozes, 2009.
BEYHAUT, Gustavo. Dimensão cultural da integração na América Latina. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/ea/v8n20/v8n20a19.pdf>. Acesso em: 01 abr. 2013.
IANNI, Octavio. A questão nacional na América Latina. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/ea/v2n1/v2n1a03.pdf>. Acesso em: 01 abr. 2013.
ÍNDIOS NO BRASIL 3. Cadernos da TV Escola. Disponível em:
<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me001987.pdf>. Acesso em: 01 abr. 2013.
KLIKSBERG, Bernardo. Dez falácias sobre os problemas sociais na América Latina. Disponível
em: <http://www.ipardes.gov.br/pdf/revista_PR/98/bernardo.pdf>. Acesso em: 01 abr. 2013.
LÉVI-STRAUSS, Claude. Raça e história. Lisboa: Editorial Presença, 2010.
MARTÍNEZ, Esperanza. Entrevista IHU. Disponível em:
<http://www.ihuonline.unisinos.br/index.php?
option=com_content&view=article&id=3448&secao=340>. Acesso em: 01 abr. 2013.
MUNANGA, Kabengele. Rediscutindo a mestiçagem no Brasil. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.
NOVAES, Adauto (organizador). Oito visões da América Latina. São Paulo: Editora Senac, 2006.
PACINI, Aloir. Entrevista IHU. Disponível em: <http://www.ihuonline.unisinos.br/index.php?
option=com_content&view=article&id=1774&secao=257>. Acesso em: 01 abr. 2013.
SANTOS, Milton. Ser negro no Brasil hoje: um olhar enviesado. Disponível em:
<http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mais/fs0705200007.htm>. Acesso em: 01 abr. 2013.
SILVA, Petronilha Beatriz Gonçalves e. Aprender, ensinar e relações étnico-raciais no Brasil.
Disponível em: <http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/ index.php/faced/article/viewFile/2745/2092>.
Acesso em: 01 abr. 2013.
SUSTENTABILIDADE
OS DESAFIOS DA SUSTENTABILIDADE
Este texto tem como objetivo uma reflexão introdutória para questões
emergenciais do mundo de hoje. O foco dessas reflexões é o conceito de
desenvolvimento, para o que nos apropriamos de autores como Ignacy
Sachs, Leonardo Boff, Ladislau Dowbor, José Eli da Veiga e M ilton
Santos. Partindo da limitação do conceito mais utilizado de
desenvolvimento, com a utilização do PIB como indicador, apresenta
questionamentos e posições atualizadas sobre o tema, migrando para uma
perspectiva sistêmica e utópica e apontando outros indicadores para a
compreensão desse conceito.
5.1 Introdução
Esse texto tem a intenção de provocar algumas reflexões sobre a temática que
está na agenda de todos os países comprometidos com a sustentabilidade do planeta.
Os discursos dos chefes de Estado hoje chamam atenção para a importância da
qualidade de vida de seus povos e para isso propõem ações políticas de vasta
importância.
Definir qualidade de vida não é uma tarefa simples, porque ela está permeada
por visões de mundo e por influência das culturas diversificadas que habitam a Terra.
Quando se pensa em qualidade de vida, imediatamente surgem as medidas
utilizadas para se ter essa dimensão. Na visão macro, qualidade de vida está vinculada
a desenvolvimento econômico, e aqui se iniciam as questões de debate que permearão
esse texto.
A primeira e mais conhecida métrica da economia é o PIB – Produto Interno
Bruto – que mede o capital físico construído e humano. Ficam abstraídos desse cálculo
muitos aspectos que contribuem para a economia nacional, e isso então deixa de
oferecer a compreensão correta do que significa produto interno bruto.
Os indicadores utilizados para a composição do PIB foram perdendo sua força
na medida em que as análises vêm considerando uma amplitude de aspectos que
podem ser medidos para poderem realmente avaliar a qualidade de vida e,
consequentemente, o desenvolvimento em uma dimensão mais ampla e verdadeira.
Outras perspectivas vêm sendo consideradas para medir o PIB. Uma medida de
desenvolvimento sustentável vai ter sempre dois indicadores, um referente ao
desempenho econômico e outro que faz referência a sua própria sustentabilidade.
Um exemplo assustador no que se refere à incompletude dos indicadores do PIB
nos é oferecido por José Eli da Veiga:
Por exemplo, se eu tiver uma mina, eu exploro a mina e tudo o que sair de
lá será colocado como produto. O PIB não contabiliza o que estou
degradando do meu capital natural. Outra falha: uma das primeiras críticas
ao PIB é de que o trabalho doméstico não é considerado. Essa crítica vem
dos anos 1970 e esteve ligada ao feminismo. Depois veio a problemática
ambiental. Agora imagine um grave acidente de avião, com mortes.
Fazendo a contabilidade, você pode chegar à conclusão de que esse
acidente ajudou a aumentar o PIB, o que é um contrassenso.
Essas contribuições nos auxiliam a distinguir, daqui para a frente, como podemos
compreender o desenvolvimento de um país. Não podemos aceitar só o indicador
econômico como elemento de medida de desenvolvimento, mas sim buscar saber se o
país continua com suas florestas, se seu povo se alimenta bem, se mora dignamente, se
tem acesso ao estudo, se está incluído digitalmente, se o trânsito nas cidades apresenta
boas condições de trafegabilidade sem provocar o atraso das pessoas aos seus
compromissos, se há investimento em saúde preventiva, se os acidentes de trabalho
diminuíram nas empresas, se está havendo diminuição nas taxas de mortalidade
infantil, se há um bom sistema de segurança, e muitos outros aspectos e itens que é
possível destacar.
Para Ladislau Dowbor, a indagação é substantiva: Como pode-se dizer que a
economia vai bem se o povo vai mal? Crescer por crescer é a filosofia da célula
cancerosa.
A esse dilema soma-se uma outra alternativa contábil chamada FIB – Felicidade
Interna Bruta –, apresentada hoje por inúmeras pessoas no mundo que defendem
menos lucros, melhores condições de vida e sustentabilidade ambiental e que começa a
se transformar em uma avaliação alternativa pela amplitude de seus indicadores:
No Brasil a discussão entrou com força recentemente, em particular a
partir do cálculo do IDH (Indicadores de Desenvolvimento Humano), que
inclui, além do PIB, a avaliação da expectativa de vida (saúde) e do nível
da educação. M ais recentemente, foram lançados dois livros básicos,
Reconsiderar a riqueza, de Patrick Viveret, e Os novos indicadores de
riqueza, de Jean-Gadrey e Jany-Catrice. Há inúmeras outras iniciativas
em curso, que envolvem desde os Indicadores de Qualidade do
Desenvolvimento do IPEA até os sistemas integrados de indicadores de
qualidade de vida nas cidades na linha da nossa São Paulo. O movimento
FIB é mais uma contribuição para a mudança em curso. O essencial para
nós é o fato que esta mos refazendo as nossas contas. (DOWBOR, 2009)
Esses são alguns dos exemplos a que podemos nos referir quando tentamos
conceituar o desenvolvimento em uma dimensão ampla e focada na viabilidade. Rivero
(apud VEIGA, 2008, p. 27) recomenda como prioridade “substituir a agenda da
riqueza das nações pela agenda da sobrevivência das nações”.
Essa ideia nos encaminha para compreender as questões colocadas na dimensão
global/local, caso contrário, compreender o desenvolvimento e buscar a participação
nesse processo de forma responsável fica muito difícil e até inviável, tanto do ponto
de vista individual quanto coletivo.
Para Veiga (ibidem, p. 33), o livro editado com as conferências proferidas por
Amartya Sen – o economista indiano que recebeu em 1998 o Prêmio Nobel de
Economia – é a obra que talvez mais contribui com respostas positivas e diretas para
responder a pergunta: o que é desenvolvimento?
Essa obra procura demonstrar o papel das diferentes formas de liberdade no
combate às absurdas privações, destituições e opressões existentes em um mundo
marcado por um grau de opulência que teria sido difícil até mesmo imaginar um ou
dois séculos atrás.
O conceito de ecodesenvolvimento, lançado por M aurice Strong em junho de
1973, consistiu na definição de um estilo de desenvolvimento adaptado às áreas rurais
do Terceiro M undo, baseado na utilização criteriosa dos recursos locais, sem
comprometer o esgotamento da natureza.
Na década de 1980, o economista Ignacy Sachs se apropria do termo e o
desenvolve conceitualmente, criando um quadro de estratégias ao ecodesenvolvimento
com base em três pilares: eficiência econômica, justiça social e prudência ecológica.
O ecodesenvolvimento representa uma abordagem ao desenvolvimento cujo
horizonte temporal coloca-se a décadas ou mesmo séculos adiante. Entende que a
satisfação das necessidades das gerações futuras deve ser garantida, isto é, deve haver
uma solidariedade diacrônica sem que, no entanto, comprometa a solidariedade
sincrônica com a geração presente, já por demais sacrificada pelas disparidades sociais
da atualidade.
O avanço político com o estabelecimento do regime democrático e participativo
como modelo proeminente de organização política no final do século XX e os avanços
nos conceitos de direitos humanos e liberdade política são frutos desse processo que
se quer irreversível, numa composição dialética.
O planeta ficou pequeno se considerarmos a rapidez das comunicações e a rede
de comércio que se estabeleceu entre os países e os continentes. M as problemas
crônicos como a pobreza, a fome e a violação de liberdades políticas ainda são
encontrados tanto em países pobres quanto em países ricos.
Por isso, a concepção de Amartya Sen sobre desenvolvimento como liberdade
ainda nos impele a buscar definir exatamente o que isso significa, pela atualidade dos
problemas que enfrentamos.
Complementação de estudos
Além dos sites recomendados, sugiro as leituras dos próprios autores nos
quais este texto está fundamentado.
Como filme, seria interessante os alunos assistirem Uma verdade
Inconveniente – o que devemos saber (e fazer) sobre o aquecimento global.
Baseado no livro de Al Gore.
Outra recomendação é a visita a sites oficiais para a leitura de dados sobre
a temática discutida no texto, como, por exemplo, o site do M inistério do M eio
Ambiente e de ONGs.
O site do Instituto IKATU apresenta filmes de curta duração sobre o
aquecimento global.
O site da ONG Planeta Sustentável é especializado na análise da
sustentabilidade das cidades, tendo como objetivo o monitoramento das
mesmas em relação ao aquecimento global.
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VEIGA, Jose Eli da. Desenvolvimento Sustentável – o desafio do século XXI. Rio de Janeiro: Edt
Garamond Universitária, 2008.
Este capítulo foi elaborado por Vera Lúcia S. Bemvenuti.
Complementação de estudos
Conceitos importantes
Agenda 21
Desenvolvimento sustentável
Economia ecológica
M eio ambiente
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corta o litoral de 12 estados e é a 2ª maior rota rodoviária do país.
Fonte: Fernando Donasci/Folha Imagem – Folha de S. Paulo, 21/12/2009.
Um dos grandes desafios para aqueles que não se conformam com o atual
curso da história talvez seja entender em profundidade as novas
modalidades de sociabilidade capitalista, para pensar e construir também
novas formas de luta e resistência que permitam frear os efeitos
discriminatórios das políticas de exclusão promovidas pelos Estados
neoliberais. (FRIGOTTO; GENTILI, 2001, p. 10).
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1 Termo da Teoria Crítica, usado por Hegel para indicar o processo dialético que, ao
mesmo tempo, conserva e elimina cada um de seus momentos. “Progresso que
conservou o que havia de verdadeiro nos momentos precedentes, levando-o a
completar-se” (ABBAGNANO, 2000, p. 932).
2 A perspectiva histórica é profundamente analisada por Arendt (2003),
especialmente em sua obra Entre o passado e o futuro. A partir das suas duras
considerações acerca da perda da natureza e da história humana na
contemporaneidade, compreendemos como emergente o desafio de apostar no seu
resgate. Em vista disso, introduzimos, em todos os ambientes nos quais atuamos, a
feitura, individual e coletiva, da memória e do contexto como questões de reflexão
cotidiana.
3 Esta realidade foi condenada desde a emergência do capitalismo por M arx e seus
seguidores. No M anifesto Comunista fica explicitada esta relação de dominação
constitutiva do capitalismo, em que o proletariado é “vítima principal da
acumulação capitalista, condenado à indigência e à pauperização: o progresso
industrial o empurraria inexoravelmente para a condição de massa miserável,
problematizando inclusive a própria estruturação de uma classe revolucionária”
(M ARX; ENGELS, 1990, p. 23).
4 Uma síntese importante desses relatórios de indicadores está apresenta da no livro
Necessidades Humanas de Potyara Pereira (2000).
5 A partir do IDH estão sendo compostos outros indicadores sintéticos que
permitem uma analise mais ampla e, ao mesmo tempo, aprofundada da realidade
social (antes quase exclusiva de indicadores econômicos). Disponível em:
<http://hdr.undp.org/reports/global/2004/ portuguese/pdf/hdro4_po_hdi.pdf>
Acesso em: 10 jan. 2004. Destaca-se o Índice de Desenvolvimento Sustentável
(IDS), que no Brasil foi criado em 2002. Disponível em:
<http://www.ftp.ibge.gov.br/in-dicadores_desenvolvimentoustentavel/ids2004>
Acesso em: 10 jan. 2004.
E o Índice de Exclusão Social (IES) publicado desde 2001. Disponível em:
<http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u85608.shtml>. Acesso em:
30 jun. 2004.
No RS o Índice Social M unicipal (ISM A) foi criado nesta perspectiva pela
Fundação de Economia e Estatística (FEE) (SANTAGADA, 2003). Este índice
desde 2003 passou a denominar-se Índice de Desenvolvimento Socioeconômico
(IDESE).
6 A Conferência das Nações Unidas sobre M eio Ambiente e Desenvolvimento,
conhecida também como Eco-92 ou Rio-92, marcou a ampliação dessa discussão.
7 A relação “Norte” e “Sul” constitui-se, ainda hoje, uma forma de identificar a
relação entre os países desenvolvidos e os países em desenvolvimento, apesar da
nova condição de globalização da pobreza, que oportuniza esta relação
(desenvolvido/não desenvolvido) em um mesmo território nacional.
8 M inayo (2004) afirma que a realidade é reconhecida em pintura, muito mais do
que em foto, na medida em que ela é captada e projetada por diferentes artistas, a
partir de diferentes lugares e perspectivas.
9 São inúmeras as legislações, internacionais e nacionais, que explicitam e reafirmam
garantias à vida, à justiça e à liberdade. Podemos iniciar essa identificação pela
Declaração Universal dos Direitos Humanos, assumida na Assembleia Geral da
Nações Unidas, em 10 de dezembro de 1948, Constituição Federal Brasileira de
1988, também identificada como Constituição Cidadã, além de inúmeras outras
cartas, declarações e notas assumidas por diferentes organizações de
reconhecimento mundial e nacional.
10 Exclusão é concebida por Sposati: “[…] situação de privação coletiva que inclui
pobreza, discriminação, subalternidade, a não equidade, a não acessibilidade, a não
representação pública como situações multiformes” (SPOSATI, 1999, p. 67).
CONCLUSÃO GERAL
Somos históricos porque somos livres, pois diante do passado e dos fatos
recentes, podemos reescrever o que foi vivido e narrado de outras maneiras. Não
podemos alterar o que é fato histórico passado dentro de seu tempo formal, mas
podemos estudar outras histórias, narrar de forma diferente o que aconteceu e atualizar
a história em nossas experiências de maneira criativa, digna e afirmativa.
Propusemos nessa obra que há uma história a ser revisitada, reconhecendo que
estruturas injustas marcaram o passado latino-americano e que muitas histórias foram
marginalizadas e excluídas do discurso oficial. Ao reconhecer e estudar tal processo,
estamos assumindo a história a partir da crítica e da resistência às estruturas e às
mentalidades que ainda reproduzem as chagas do colonialismo, da segregação e das
injustiças sociais. A crítica, porém, se fortalece a partir do comprometimento com uma
proposta alternativa que afirma o discurso em favor da solidariedade e do
reconhecimento da diversidade.
Proponho que, ao nos defrontarmos com o peso histórico que se impôs aos
povos indígenas e às populações negras, podemos fazer com que essa experiência
negativa na história da América Latina nos desafie ao comprometimento com uma
nova ação. Essa iniciativa se constrói a partir do diálogo que sugiro que se inicie com a
aprendizagem de aspectos culturais das sociedades índias e negras, negligenciadas na
história.
Vimos, por exemplo, que a visão cósmica dos ameríndios nos educa para esse
movimento cooperativo. Da mesma forma, temos muito a aprender com a capacidade
que diferentes grupos negros revelaram ao construírem sua identidade na América
Latina a partir de uma nova cultura, dinâmica e esteticamente rica em sua variedade,
conjugando elementos próprios com elementos da cultura dos colonizadores.
A era da informação facilita o acesso privilegiado à leitura de mais aspectos
relativos à história dessas culturas. Aposto na vantagem que podem levar as
populações latino-americanas, a partir de uma sensibilidade mestiça, em desenvolver
estratégias mais dinâmicas de partilhar informações com um mundo aberto e global.
Por fim, nessa perspectiva, o debate sobre o tema da sustentabiliade é
emergencial para a sociedade atual e para todos os organismos públicos e de iniciativa
privada. A ampliação de espaços democráticos deve se tornar no mecanismo
fundamental para o desenvolvimento consistente dos países da América Latina, aliado
a uma educação alternativa de seus cidadãos para a compreensão da complexidade do
tema da sustentabilidade e do papel de cidadania que cada um está desafiado a compor
para o bem comum social em suas práticas.
Finalizo convidando cada um dos leitores a pensar a sua vida em favor da
dignidade a ser potencializada em si e nos outros, reconhecendo que a América Latina
se revela como um espaço privilegiado e singular para se fazer uma nova história, mais
bela e bem vivida.
UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS – UNISINOS
Reitor
Pe. Marcelo Fernandes de Aquino, SJ
Vice-reitor
Pe. José Ivo Follmann, SJ
E DITORA UNISINOS
Diretor
Pe. Pedro Gilberto Gomes, SJ
© do autor, 2013
2013 Direitos de publicação e comercialização da
Editora da Universidade do Vale do Rio dos Sinos
EDITORA UNISINOS
A512 América Latina e sustentabilidade / Angélica Massuquetti … [et al.]; Laércio Antônio
Pilz (org.). – São Leopoldo, RS : Ed. UNISINOS, 2013.
96 p. – (EAD)
ISBN 978-85-7431-587-4
Esta obra segue as normas do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa vigente desde 2009.
Editor
Carlos Alberto Gianotti
Acompanhamento editorial
Mateus Colombo Mendes